quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Hipótese catatônica.

 

                                                   Image by Jacqueline Macou from Pixabay.




 Hipótese catatônica.




Em algum lugar da nossa superfície real se abriga um país interessante, onde coisas fora da curva são consideradas normais, um algo de surrealidade, um detalhe agridoce no cheiro peculiar de ser e de pensar de seu povo. Este lugar, de população formada por uma mistura entre antropófagos e a escória europeia surgiu com grande abrangência uma forma de ser que dança entre a insanidade e a completa ignorância. Um valhacouto de espertalhões com abundância de idiotas de toda espécie. Uma gente altaneira que se orgulha de ser o que exatamente é, nada. Pindorama, estamos aqui! E nesse aqui seu passado comprometedor pode ser lavado e enxaguado na frente do povo que ninguém percebe o que se passou, uma penumbra escolástica de conteúdo escatológico de profunda abrangência se impõe e domina todo o cenário que se especifica como um campanário insinuante para ser notado sem ser visto, uma aberração lógica apenas possível por essas bandas. Aqui, até a fome causa riso, o que seria uma aberração em todos os sentidos se considera viável de aplicação na estrutura da realidade. Vejam bem, vou procurar narrar para a posteridade um evento insólito proporcionado por unidades militares de elite, bom, se é possível chamar de elite algo que elabora uma coisa dessa magnitude na boçalidade profunda dos seus termos, mas acreditem, tem gente que leva fé. Temos que levar em conta que esse planejamento que será descrito nos seus detalhes supostamente partiu da estrutura mais preparada profissionalmente do exercito desse país utópico. Um núcleo de excelência no que se considera inteligência de ação e de resolução de problemas relativos a atividade de estratégia militar, não foi de alguma unidade qualquer. Supõe-se que uma unidade assim se constitui de profissionais de altíssimo nível de informação, espionagem, e de neutralização de alvos de interesse. A ponta da lança, aquela unidade que não dá oportunidade ao adversário, ou ao menos deveria ser assim. Mas Pindorama tem suas particularidades exotéricas, o que deveria ser costuma não condizer com a realidade. As hipóteses aqui são tão lúcidas com um jovem do final dos anos 60 início dos anos 70, psicodelismo puro, paz e amor bicho. Reitero, o que supostamente aconteceu partiu de uma unidade de elite, entendam, se faz necessário reforçar isso. Em algum momento histórico houve um descontentamento com personagem do governo nesse grupo, e sendo assim eles elaboraram um planejamento inusitado de resolução do problema que os incomodava. Entendam, sou formado em Administração, tenho experiência na construção de cronogramas normais, e portanto, entendo da estrutura que se deve criar para qualquer tarefa a se realizar. Mesmo as reconhecidamente ilegais. E se é ilegal e representa risco para os envolvidos, qualquer um que tenha o mínimo de inteligência aplicará sigilo absoluto no escalonamento das ações. Mas segundo veio ao conhecimento público, essa unidade de elite usou um aplicativo de conversação social muito utilizado e de possível rastreio. Não é brincadeira! É a versão que circula. Fizeram reuniões em endereço conhecido e possivelmente monitorado com autoridades do governo anterior, produziram minuta com ações diversas e alvos específicos, só faltou reconhecerem firma das assinaturas dos participantes no cartório. Eu procuro crer que seja piada tudo isso, Dedé. Didi, Muçum, Zacarias e o Sargento Pincel não produziriam tal trapalhada, vocês se lembram deles no programa de humor né? A coisa está mais ou menos nesse nível, e se for real temos a maior desmoralização de uma organização militar no mundo. Sendo verdade, essa turma não serve para nada! Mas Pindorama tolera qualquer coisa, qualquer injúria à logica pode ser assimilada de bom grado aqui. E não fica apenas nisso não, após uma reunião preliminar na casa de um general um dos conspiradores foi com um míssil portátil nas costas ou também conhecido popularmente como “bazooka” buscou pegar um táxi, mas como não conseguiu o golpe foi abortado. Olhem, eu prefiro sinceramente que tudo isso não passe de um devaneio de um drogado. Uma esquete de humor não seria tão surreal. Mas para escritores e produtores cinematográficos pode gerar uma comédia e tanto. Mas o que complementa a comédia é que as demais autoridades e mídia do país acreditam e botam fé nessa narrativa, procuram dar-lhe sustentação verossímil para que o povo acredite nisso, não sei se consideram o povo extremamente burro, ou são eles que possuem algum sério problema de interpretação da realidade. Afinal, Pindorama tem suas dificuldades na área da educação, mas a ponto de uma pantomima dessas passar como crível já é pedir demais.



Sabemos que o povo dessa terra possui um sério embotamento cognitivo, e isto também está nas autoridades mas mesmo dentro de toda essa dissonância há um limite aceitável para o que é ridículo em relação a suposta normalidade onde vivem. A discrepância atuarial das expectativas aqui ultrapassou a textura de qualquer comédia. Afinal, até para o ridículo se deve ter algum limite, e Pindorama vai acabar assim com seu prestígio de um lugar onde um sorriso brejeiro explica qualquer coisa com uma malícia oportunista porém quase sincera para se fazer crer dentro da mais sofisticada trapaça. Isto comprometeria a tradição da velha e cultuada malandragem local. A engenhosidade malandra do povo dessa terra não pode ser comprometida desse jeito, seria uma ofensa aos princípios tortos desse lugar que Deus esqueceu. Um bando de patetas, que se dizem tropa de elite proporcionaram a maior comédia dos últimos tempos e tentam tonar crível a patuscada institucional para fins políticos e para uma possível assepsia de discordantes do cenário. Porque em regimes de força tudo é possível, mas deveriam procurar um produtor de realidades alternativas mais competente, para criar um cenário verossímil e aceitável para vender ao povo, sejam mais criativos, a criação de narrativas exige competência e versatilidade, e olhem o adversário de vocês é um idiota, imagine se não fosse. Mas afinal, o que seria de Pindorama sem uma controvérsia para mastigar no fim de semana. O bom de morar no hospício é o certo reconhecimento da loucura assim que se vê. Então, abra uma cerveja gelada e aprecie o circo, o momento é importante porque a certeza de outra loucura semana que vem é total. E lembre-se: essa gente condescendente com o absurdo supostamente cuida dos nossos interesses e segurança.




Gerson Ferreira Filho.  



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domingo, 10 de novembro de 2024

Economia e suas circunstâncias.

 

                                                       Image by WikiImages from Pixabay.




Economia e suas circunstâncias.



Alguém disse por aí que a economia não aceita desaforos, uns dizem que é o dinheiro, mas são exatamente a mesma coisa. E trabalho está diretamente relacionado com ela, a economia, porque é dele que se constitui o mercado, os negócios e a movimentação de tudo o que tem valor para ser trocado e comercializado. Pequenas alterações arbitrárias realizadas nesse contexto por governos e legisladores, embora possam parecer a princípio um benefício, podem se transformar repentinamente numa tragédia se faltar análise de efeitos no cenário. Estão querendo reduzir a escala de trabalho de sete por um, que é um sacrifício para quem se encontra nela, mas essa escala já é antiga no mercado de trabalho e a redução dela vai impactar na economia. Essa escala é majoritariamente usada por quem tem baixa qualificação e portanto são os que possuem menor remuneração. Em um mundo perfeito, seria o trabalho de início de atividade, de novatos, de estudantes por remunerar mal e exigir muito. Pessoas com profissionalização definida, como eletricistas, mecânicos, serralheiros, etc. Normalmente não trabalham nesse período, tem suas próprias escalas de trabalho definidas em outras condições, algumas vezes até mais pesadas, porém com melhor remuneração devido a especialização. E mais uma vez temos que alertar que o mercado nem sempre procede assim, muita gente especializada se sujeita a trabalhar por um salário-mínimo mesmo tendo qualificação. Aqui no Brasil é comum, inclusive o acúmulo de funções, o empregador brasileiro não é amigável. O que pode ser utilizado como atenuante, o empregador paga pelo funcionário o dobro ou quase isso do que o empregado realmente recebe. E aqui estamos no gargalo, para que se reduza a carga horária para algo mais humano, o empresário terá menos mão de obra e dias para faturar e gerar recursos para pagar seu staff de trabalho, o que acontecerá? Vai demitir, pois reduz-se esses dias de geração de lucro e a folha de pagamento permanece. Entradas e saídas. Alguns cretinos acham que alguém que ganha salário-mínimo aproveitará mais a folga prolongada. Atenção! Quem ganha salário-mínimo miserável como o nosso nunca aproveita a vida. Acordem! O que se paga aqui como o mínimo serve para sobreviver e não viver. E por que não pagam mais? Porque a carga tributária é enorme, o governo impede com sua ganância a existência possível de um salário melhor. A aplicação de uma carga horária menor e um salário maior passa pela desoneração tributária, renúncia fiscal do governo. Uma coisa leva a outra e a economia não se sente ultrajada, com salário melhor e carga horária menor se pode até obter crescimento econômico, mais dinheiro permanecerá em circulação, bens de consumo serão adquiridos, até com entretenimento se pode faturar onde o trabalhador recebe mais e tem mais tempo e liberdade para gastar a suposta sobra orçamentária que tiver. Quer melhorar a condição do trabalhador brasileiro? Reduza o custo da mão de obra, sim, teremos os espertalhões de sempre, que irão manter o salário baixo e lucrar mais. Mas essa é a real função do governo, achar esses pilantras e dar um jeito neles, o ser humano é complicado, e no país dos espertos onde todo mundo que levar vantagem, mais complicado ainda. De tão espertos que somos, foi necessário implementar a CLT consolidação das leis do trabalho, um texto fascista de inspiração em Mussolini para haver equilíbrio na relação. Uma vez, lá no passado profundo, me lembro de perguntar ao meu pai o motivo de termos essas regras: ele me disse que antes era pura exploração, não havia limite de horário de jornada de trabalho era do amanhecer ao anoitecer, e por um salário miserável, pior do que o salário mínimo. Se você não entende o motivo de um ditador como Getúlio Vargas ser tão amado pelo povo, aí está. Ele regulamentou e acabou com a exploração. Querem acabar com a CLT? Eu acho que ela hoje é um entrave para a atividade, mas alguma regulamentação trabalhista terá de existir, ou vamos virar uma China comunista, onde funcionários até dormem e se alimentam no trabalho por melhor produtividade e lucro do Estado e de suas empresas fantoches. A sociedade brasileira ainda possui um resíduo de Casa grande senzala, volte uns 50 anos no tempo e teremos apartamento com quartos minúsculos e desumanos para empregadas domésticas, elevador de serviço, pois a criadagem não pode usar o elevador dos supostos “nobres”. Aqui, alguém atinge a classe média e já se sente especial, diferenciado, o criado doméstico uniformizado até hoje provavelmente trabalha em residências um pouco mais abastadas. Tem de existir alguma diferenciação da nobreza de terceiro mundo, ou a sofisticação blasé ficaria prejudicada.



E assim a economia deve ser gerenciada por quem entende dela, ou teremos um desastre certo. Não é algo com que se deve brincar ou fazer experiências heterodoxas, ela é vingativa, vai cobrar um alto preço por qualquer ousadia. As tomadas de decisões nessa área devem ser livres o máximo que puderem Não se preocupem ela, a economia se organiza não há caos se apenas deixar acontecer. Como explica Thomas Sowell no seu livro Economia Básica: “Cada consumidor, produtor, varejista, senhorio ou trabalhador realiza suas transações individuais em termos mutuamente acordados. Os preços são representativos desses termos, não somente para os indivíduos particularmente envolvidos, mas por todo o sistema econômico – e, com certeza, pelo mundo. Caso alguém mais, em qualquer outro lugar, tenha um produto melhor, ou um preço menor para o mesmo produto ou serviço, o fato é transmitido e repercute nos preços, sem que políticos eleitos ou uma comissão de planejamento determine o procedimento de consumidores ou produtores”. Entenderam? O mercado se regula sem a participação de políticos ou profissionais de economia do governo. E mão de obra também é uma mercadoria comercializada, existe negociação e barganha por ela, se o governo não estrangular a atividade com impostos e regulamentações, quem vai cuidar disso são os envolvidos nessa troca de interesses, o que o governo deve acompanhar é apenas se existe algum abuso nessa atividade comercial. Receita de bolo para ajustar o mercado: reduza a carga tributária, desonere o empresário contratante de mão de obra, e acompanhe se não vai existir má fé nas novas contratações, e que nesse caso após redução de impostos deve oferecer mais folga e melhores salários ao contratado. E assim aumentar a arrecadação reduzindo impostos em apenas um setor, pois o aumento de renda do trabalhador propicia mais consumo, e como os produtos estão com sua carga tributária especificadas, haverá aumento de arrecadação em setores periféricos dependentes de consumo, a economia, como já citei em crônica anterior, é uma moça seria, recatada e independente, se você passar a mão na bunda dela como os socialistas gostam, vai levar um soco na cara e perder alguns dentes, óbvio. Então, deixe-a em paz, seguir seu rumo, apenas acompanhe de longe o desempenho e lucre com uma boa relação. Uma economia livre enriquece nações, excesso de controle e tributos matam países e seus povos. Portanto, as dicas estão colocadas na mesa, aproveitem a oportunidade.




Gerson Ferreira Filho.



Citação:


Economia Básica. Um guia de economia voltado ao senso comum. Thomas Sowell. Alta Books Editora.  


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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Inflexão da textura.

 

                                                             Image by Alexa from Pixabay. 





Inflexão da textura.



E assim amigos, aconteceu a eleição americana ontem. Queiram ou não ainda é o país mais poderoso e influente do mundo, a Roma dos nossos dias, o império. Até ontem estava dominada por gente muito estranha, que vive na maior democracia do mundo mas tenta transformá-la em algo irreconhecível e sem a tradicional liberdade que sempre teve. Claro, com seus problemas internos, perfeição não existe. Mas essa turma que foi expelida do poder ontem por vontade popular majoritária, possuía costumes estranhos como: gostar de matar crianças no útero de mães, castrar meninos para que se transformem em meninas, participar de orgias e bacanais onde vale tudo, inclusive pedofilia, consumir drogas sem limites e freios, se fracionar em tribos de influência com comportamento excludente de outras etnias, gerando racismo, vitimização e cobrança de coisas que estão no passado e sem responsáveis hoje, como se culpa migrasse entre gerações. Um contexto distópico capaz de destruir qualquer civilização. Onde o ódio e o ressentimento constante alimenta uma turba de celerados com um cérebro de galinha. Fica evidente que isso tudo contamina outras nações, mas sabemos que isso faz parte de um projeto de destruição social, forçado na estrutura de nações com fim de domínio total por empobrecimento cultural. Tem gente que investe fortunas incalculáveis para moldar o mundo não em algo melhor, mas em alguma coisa insuportável para a maioria da população. Muitos deles dessa população, nem sabem em qual caldo cultural estão mergulhados, vivem por viver, sem regras e diretrizes que venham a levar a um bom resultado. Os agentes da disseminação dessa praga estão de prontidão na mídia e nas escolas e universidades, nos sindicatos, e associações de classe, eles estão em todo lugar. E com muitos anos de doutrinação hoje temos uma imprensa, principalmente ela, quase e assim completamente infame na sua arrogância de uma superioridade artificial com relação à sociedade onde está inserida, acham realmente que são superiores, mas não passam de mamulengos, operando sob cordas de seus mestres, seus financiadores, e os bonecos, depois de tantos anos operando por controle, hoje já adquiriram o cacoete da performance, do desempenho torto e assim prosseguem dissimulando pretextos contra a sociedade com se fossem senhores da razão. E então, de repente, a sociedade americana parece ter entendido que seu país estava caminhando para a destruição, e assim resolveram eliminar essa gente da governança do seu país. Muito bom para eles, e péssimo para essa turma de alienados políticos que vivem na maior democracia do mundo e não a valorizam. Entendam, o voto de forma massiva que derrotou essa gente estranha veio da diversidade cultural, pois ninguém normal quer esse tipo de sociedade deformada. Negros, brancos, latinos, árabes, indígenas, a maior parte da sociedade deu um basta nessa gente louca, que não tem religiosidade, não respeita a família tradicional e os bons costumes, porque no fundo o que todos querem é paz, oportunidades de trabalho e progresso e viver bem no seu núcleo familiar, e não viver acossado por perversões particulares de um determinado grupo que alcançou poder dissimulando uma qualidade que nunca tiveram. Em nome da diversidade e de uma suposta evolução positiva social se apoderaram do contexto, impondo seus valores deturpados e imorais como regra a ser seguida e parece que finalmente a sociedade lá de forma geral percebeu isso. O que todos desejam é uma estrutura familiar: esposa, marido, filhos, trabalho, liberdade religiosa, e um tempo para a recreação merecida em algum lugar seguro, onde criminosos não sejam tratados com privilégios inaceitáveis. Parece simples e realmente é, mas os engenheiros sociais comandados por milionários sem nenhuma ética resolveram brincar de deus, e não faltam aqueles disponíveis para cumprir as determinações do idiotas útil. Não se esqueçam, houve um desestímulo ao trato cultural mais refinado, ao verdadeiro conhecimento, e assim fica mais fácil a manipulação, eu tenho abordado nos meus livros e crônicas esse procedimento sistematicamente, com o objetivo de alertar de alguma forma a uma parte da sociedade do risco que corremos hoje de manipulação dos sentidos. Mas a perda do hábito da leitura se tornou um grande obstáculo nesse processo, ninguém ou quase ninguém gosta de ler, acha desconfortável e isso já é um efeito desse programa de empobrecimento social forçado. Mas observem, esse movimento da população nos Estados Unidos traz esperança pois significa que grande parte da sociedade parece ter entendido a situação e não aceita mais este estilo depravado de vida que querem impor de maneira arbitrária, sem a real aprovação do povo.



Claro, isso vai acontecer de maneira diferente em cada país, lá na América, existe ainda um nível de liberdade onde é possível um resultado correto, que mostre a real vontade popular, em outros lugares já não é mais assim. Até lá existem fraudes como a história mostra recentemente mas se houver acompanhamento e vontade popular a coisa fica mais difícil. E assim tivemos um espetacular resultado de mudança de rumo político, uma verdadeira inflexão da textura da realidade daquela sociedade, e essa inflexão pode trazer resultados positivos em todo o mundo, como já citei, a influência deles, os americanos, no mundo é enorme. Nem só de calça jeans e Coca-Cola vive o mundo, mas de toda ideia implementada por lá. Agora, resta aos eleitos trabalharem correto, cumprirem as promessas feitas, reorganizarem a economia, criarem mais empregos, reduzirem a violência, e o principal e indispensável: não fazer acordos com gente suja de jeito nenhum! Um velho ditado popular diz: “quem se mistura com porcos farelo come”. Aqui em Pindorama nossa esperança repentinamente resolveu se casar politicamente com gente suja, e hoje vive na dependência da caridade deles para não ser preso. Que isso sirva de lição para nossos irmãos Americanos, a politica conhecida como “a arte do possível” é o caminho do inferno, não se abre oportunidade para gente suja e para oportunistas. O lugar dessa gente é na cadeia, ou eles vão nos colocar lá. O resultado das eleições lá nos Estados Unidos foi espetacular para os conservadores, como se diz popularmente; foi barba, cabelo e bigode. O representante eleito venceu no voto popular e no número de delegados, e ainda fez maioria no Senado e Na Câmara dos Deputados. Ou seja, todo o sistema político está na mão, agora basta fazer a coisa certa. Desinfetar a máquina pública, reorganizar o país e mais uma vez servir de exemplo para o mundo. Que fique para registro, a liberdade ainda respira.




Gerson Ferreira Filho.


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sábado, 2 de novembro de 2024

Os termos existenciais.

 

                                                  Image by Dimitris Vetsikas from Pixabay. 




Os termos existenciais.



E assim, enquanto toda relatividade se exaspera, tudo do todo se curva na margem de uma hipótese sestrosa, que na sua manha dengosa apenas fala de propósito, e se não se vive apenas de objetivo, mas de toda circunstância aleatória que contenha emoção onde fica a paixão? Lamento, amigos, mas quem nunca sentiu o coração ferver por alguém, não viveu. Sem a razoabilidade de um beijo em quem se ama, o todo não se completa. O agora não passa de um planejamento sem meta, um ser sem sentido que o seja, uma parcela de nada para suprir um desassossego. Neste satisfatório pleonasmo de bem-querer seja o que o momento te oferece, um algo para o termo, uma ocasião que se estabeleça no tempo mesmo quanto tudo estiver passado. Entenda, o nada se trata apenas de uma abstração filosófica, o tudo teve origem nele e se tudo tem procedência no nada, aprenda a perceber-se dentro de tudo, embora para o contexto você não seja nada. Nos detalhes que escapam da percepção moram todos os argumentos e todas as respostas que ainda estão no âmbito do impossível. Você, apenas ainda não entrou nesse recanto onde todas as hipóteses se cumprem, na especulação está todo o sentido de ser. E é preciso ser para sentir, para amar, para se apaixonar, se entregar, nem que seja por apenas um momento fortuito à energia da conexão, onde se sincronizam ocasiões, para marcar eternamente o espaço tempo com um plissado de ocasião na periferia insegura dessa circunstância. Ao marcar com elegância o tempo, esse ambiente onde estamos inseridos e que nos arrasta inexoravelmente para um determinado fim. E se para o fim certo caminhamos, assim devemos então também não negligenciarmos a nossa alma. Como certa vez Sócrates definiu: “Que é o homem? A resposta socrática é inequívoca: o homem é a sua alma, uma vez que é o que distingue de todas as outras coisas”. Porque no fim tudo é filosofia, tudo é a abordagem do todo e de tudo, pormenorizado na questão do infinito, que não se permite sondar em sua total profundidade porém, dessa alma que constitui o homem há um quê de impertinência voraz que não se delimita a parâmetros e padrões, sempre procura a resposta que falta, e sendo assim, bem-vindo a filosofia. Nela se procura o todo. Não sinta sua condição de asceta da ciência violada, se privar de conteúdo pode lhe causar satisfação mas nossa missão está no questionamento eterno, Enfim, essa é a nossa finalidade, imiscuir-nos na proposta e dissecá-la até que fique explícita a origem de ser como é. Conforme Giovanni Reale cita: “Mas para que serve filosofar hoje, num mundo onde ciência, técnica e política parecem dividir entre si os poderes num mundo onde cientistas, técnicos, políticos, transformados em novos magos, movem todos os fios? O propósito a nosso ver , continua sendo o mesmo que a filosofia teve desde a origem: desmitizar. Os antigos mitos eram os da poesia, da fantasia, da imaginação: os novos mitos são os da ciência, da técnica e das ideologias, vale dizer, os mitos do poder”. Mitos científicos e políticos puderam ser sentidos de forma terrível na pandemia passada, aquelas coisas vendidas e distribuídas como uma certeza praticamente absoluta mas na verdade não se possuía certeza de nada. Tanto em produtos como em técnica de controle comportamental vivenciamos um verdadeiro festival de inconsequências que jamais foram discutidas com a seriedade necessária. Conhecer, aprender e usar a filosofia tem suas vantagens, afinal. Mas hoje, isso é considerado coisa de gente pedante, sofisticada e sem foco para análise de contexto. De certa forma a perda de capacidade cultural nas camadas de comando causam um estrago tremendo na estrutura da realidade. Sem análise profundamente verdadeira o que sobra é o mito, a crendice e a análise empobrecida do contexto. Sim, é possível se perder em suposições errôneas como no período da fantasia e da poesia mesmo estando em pleno período científico se faltar a análise profunda do tema. A arrogância científica pode causar desastres irreparáveis. E olhe, eu estou sendo gentil com essa gente. O Autor citado ainda adverte: “Ciência e técnica se apresenta como o triunfo da razão. Mas trata-se de uma razão que, uma vez perdido o sentido da totalidade, uma vez que se elevam as “partes” ao lugar do “todo”, periga fazer sucumbir o sentido de si mesma”. O homem se constitui de alma, e portanto, pensa, pensa e se atribui ser específico na natureza, onde reina em plenitude, submetendo todo esse restante da natureza. Não há rivalidade possível, apenas seu semelhante na luta eterna por protagonismo.


E entre iguais existe um antagonismo de fronteira, criado nos primórdios da existência, onde iguais se separaram por características de cor e de culto, provocando um divisionismo inadequado para a reunião dos povos. Um anacronismo como o termo sofista ontem e hoje, o que na antiguidade representava sábio, hoje representa um enganador embusteiro. Portanto, se faz necessário ter cuidado no uso do termo, poderíamos dizer que, de compartimentalização natural já temos problemas, não precisamos de mais um. Necessitamos de mais amor, de mais apego e atenção com aquelas coisas que realmente marcam, que fazem a diferença, aquilo que levaremos como crédito, para energizar-nos nos momentos de incerteza. O beijo de um amor, o abraço de um filho, um carinho de mãe uma orientação do pai. Muitas vezes, são tão efêmeros na sua esmagadora brevidade, que dão todo o significado para o resto da vida. Uma transitoriedade que especifica o que exatamente será de nós. Defina-se dentro do argumento da vida, se apodere da oportunidade de estar aqui, cumpra seus termos existenciais pois talvez não exista outra oportunidade. Mas mesmo assim, se não existir, acumule apaixonadamente cada momento, para criar um caminho, uma trilha confortável para sua descendência passar.




Gerson Ferreira Filho.



Citação:



Sofistas, Sócrates e Socráticos menores. Giovanni Reale. Edições Loyola.


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terça-feira, 29 de outubro de 2024

Ilusões no atacado e no varejo.

 

                                                             Image by Stefan from Pixabay. 




Ilusões no atacado e no varejo.




E assim cá estamos, no após eleições, dentro desse circuito viciado onde as possibilidades não são confiáveis, mas e ainda assim, a turma se dá ao trabalho de encorpar o procedimento, afinal, uma ilusão sempre amortece o efeito da realidade, gera penumbra, o artifício tem essa finalidade, ser o que não é. E não sendo o que parece possui uma única finalidade moderna, perpetuação do poder do mesmo grupo que se mantém predominante no cenário político. Não existe elite tão versátil no mundo como a nossa, eles nunca perdem. Na minha crônica Um problema entre conceitos, hoje presente no meu livro O murmúrio do tempo, eu coloquei uma citação longa de Darcy Ribeiro a respeito desse nosso problema crônico que perpetua a miséria nesse país. “é o modo de ordenação da sociedade, estruturada contra os interesses da população” . Este é um pequeno fragmento da citação presente no livro O povo brasileiro. Essa gente, viscosa e de alma pegajosa conduz os seus próprios interesses não se importando nem um pouco com o real interesse do país. Não há pátria, apenas o grupo de interesse e seus negócios, o resto que se dane. Aceitam qualquer tipo de acordo, com qualquer um que lhes ofereça benefícios e manutenção do seu estilo de vida. Hoje se atrelaram ao Fórum Econômico Mundial, que deve regar com recursos extravagantes essa gente para que se mantenham leais, dóceis, submissos e apliquem no povo uma agenda invasiva e redutora de liberdades individuais e desrespeitosas com as tradições locais. Foi essa turma que venceu a atual eleição em praticamente todos os municípios do país. Conservadorismo? Ora, globalistas odeiam essa agenda. Preferem a submissão confortável, para eles, de todos e de tudo. Por falar em Darcy Ribeiro, vou colocar aqui mais um pouco dele, era um especialista em povo brasileiro, sim, de esquerda, porém inteligente. Vamos lá: “Nossa tipologia das classes sociais vê na cúpula dois corpos conflitantes, mas mutuamente complementares. O patronato de empresários, cujo poder vem da riqueza através da exploração econômica; e o patriarcado, cujo mando decorre do desempenho de cargos, tal como o general, o deputado, o bispo, o líder sindical e tantíssimos outros. Naturalmente, cada patrício enriquecido quer ser patrão e cada patrão aspira às glorias de um mandato que lhes dê, além de riqueza, o poder de determinar o destino alheio”. Vejam, aqui em Pindorama, qualquer pé inchado que ocasionalmente alcance relevância e poder sonha em ser um tirano que decide a vida de todo mundo, acho um cenário hoje em aplicação, não? Eu sei! Você teve aquela sensação de déjà vu desconfortável por reparar que estamos agora nessa situação. Gente assim não hesita em aproveitar a oportunidade de se tornar um Napoleão. Bom, vamos prosseguir com Darcy Ribeiro, mesmo que esse texto fique longo, se faz necessário para entender onde estamos enfiados: “Abaixo dessa cúpula ficam as classes intermediárias, feitas de pequenos oficiais, profissionais liberais, policiais, professores, o baixo clero e similares. Todos eles propensos a prestar homenagem às classes dominantes, procurando tirar disso alguma vantagem”. Ah essa tal vantagem, tão sedutora nessas terras, aqui um benefício compra sem dificuldades muita gente, e isso faz muita diferença na trajetória de desenvolvimento social. Vamos a mais informação: "Seguem-se as classes subalternas, formadas por um bolsão da aristocracia operária, que tem empregos estáveis , sobretudo os trabalhadores especializados, e por outro bolsão que é formado por pequenos proprietários, arrendatários, gerentes de grandes propriedades rurais etc.”. Esse nicho social se constitui de funcionários públicos e de estatais majoritariamente, os subalternos que pensam pertencer a uma elite, mas são o que são, subordinados do sistema. São as engrenagens da máquina, e sua importância não vai além disso embora possuam uma arrogância peculiar de quem emite flatos coloridos e perfumados. Normalmente se aliam ao sindicalismo mais troglodita de esquerda pois imaginam ser proletários, proletários com uma caminhonete Hilux cabine dupla ou similar na garagem, muitos deles. Algo está completamente disfuncional nessa turma. Então vamos prosseguir com Darcy Ribeiro: “Abaixo desses bolsões, formando a linha mais ampla do losango das classes sociais brasileiras, fica a grande massa das classes oprimidas. Dos chamados marginais, principalmente negros e mulatos, moradores de favelas e periferias das cidade. São os enxadeiros, os boias frias, os empregados na limpeza, as empregadas domésticas, as pequenas prostitutas, quase todos analfabetos e incapazes de organizar-se para reivindicar”. Aqui está majoritariamente o povo, não se enganem com avenidas cheias de automóveis, cidades com muitos prédios sofisticados, essa realidade fica oculta, não aparece, mas está presente sempre. A grande maioria vive em penúria para manter a boa vida de uma elite que já usa um discurso socializante de igualdade com a consistência vagabunda de quem a criou, só se trata de discurso.



Ação real? Zero! Ou estaríamos numa condição social maravilhosa hoje, uma vez que gente alinhada com essa doutrina, o socialismo, aparelhou todos os órgãos públicos e universidades. Deveríamos ser um paraíso na terra, mas as evidências geradas em outros países que adotam essa ideologia testemunha a respeito do fracasso administrativo que criam. Nossos socialistas de araque se amasiaram com a oligarquia para participar do banquete. Essa união imoral de sicários ideológicos com a fina flor da oligarquia de Pindorama faria um canibal Tupinambá se sentir envergonhado. Vamos a mais um pouco de Darcy Ribeiro: “Essa estrutura de classes engloba e organiza todo o povo, operando como um sistema autoperpetuado da ordem social vigente. Seu comando natural são as classes dominantes. Seus setores mais dinâmicos São as classes intermédias. Seu núcleo mais combativo, as classes subalternas. E seu componente majoritário são as classes oprimidas, só capazes de explosões catárticas ou de expressão indireta de sua revolta. Geralmente estão resignadas com seu destino, apesar da miserabilidade em que vivem e por sua incapacidade de organizar-se e enfrentar os donos do poder”. Bom aqui está o panorama desse povo brasileiro, onde pouquíssimos vivem como reis, com sua proteção realizada por seus representantes políticos no congresso e no judiciário. Para que a estrutura seja preservada eternamente para seus descendentes e famílias. Foi necessário mostrar para vocês mais um pouco de quem entendia muito bem de nossas origens, nossa particular maldição, e o motivo de permanecermos esquecidos num canto de mundo apenas produzindo insumos básicos e não tecnologia de ponta. Somos apenas um porto seguro para o mundo comprar seu sustento à custa da nossa escravidão, e onde os senhores do engenho se perpetuam na sua vida de nababos dos novos tempos. Não há a mínima preocupação com o conjunto país e sim com particularidades familiares que possam ser atendidas por toda fortuna amealhada pelo grupo. E não se enganem, a elite política de esquerda já se agregou a esse grupo tem tempo, hoje, todos bailam agarradinhos rindo e fazendo pouco-caso do povo. A fortuna é um a delicia companheiros!




Gerson Ferreira Filho.



Citação:


O povo brasileiro. Darcy Ribeiro. A formação e o sentido do Brasil. Companhia das Letras Editora.



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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Salsicha genérica.

 

                                                           Image by Em Te from Pixabay.




Salsicha genérica.



Que fique para registro de uma época, vai parecer até um conto do saudoso Stanislaw Ponte Preta pseudônimo de Sérgio Porto, nossa política hoje virou algo indefinido e de corpo esguio, apenas possível ser consumido porque recebe uma roupa agradável e temperos estimulantes, sem contar a quantidade estratosférica de sódio para que resista ao apodrecimento de uma mistura tão inusitada. O ano é dois mil e vinte e quatro o mês Outubro e o local é o Brasil, primavera nesse quadrante de mundo, o recanto do malandro inzoneiro, brejeiro e versátil, que possui uma flexibilidade moral nata, se ajeita bem em qualquer circunstância. Não há o que não aceite por uma vantagem, afinal, ser esperto está estipulado no seu destino. Aqui sombra, tomba e leva pernada e dão nó em fumaça tranquilamente como uma jurisprudência rompida em algum beco imundo. É pela democracia, dirão. Com esse recato de lupanar prosseguimos na composição do conteúdo ao agrupar os ingredientes da salsicha genérica de mercado popular: item básico e indispensável, falta de vergonha na cara. Some mais um punhado de deslealdade com o próprio país, arrume um punhado de jornalistas venais, não é muito difícil de arrumar, qualquer redação hoje tem, acrescente também uma pasta de militância de aluguel, tenha a essência de um político populista, se tiver mais de um político vigarista serve, aumenta a viscosidade do conteúdo. Eles hoje se disfarçam de conservadores, bom; como Thomas Sowell definiu, conservador é quem conserva alguma coisa, qualquer coisa, então sendo assim nossos políticos são realmente conservadores, conservam o esquema. Conservam a repartição de atitudes deploráveis como um interlúdio entre as estrofes. Acrescente à massa também uma boa quantidade de oportunistas e não esqueça do estrato de influencers ambiciosos e de podcasts pilantras e interesseiros que visam apenas monetização , trafego e visibilidade para gerar dinheiro. Estamos com a pasta base quase pronta, falta apenas um pouco de lágrimas de um político mentiroso e safado, e uma boa dose de regras jurídicas violadas, essa é a parte da nossa justiça, não poderia faltar na nossa salsicha ocasional. Pronto, podem entubar, colocar na tripa de revestimento, ou seja lá o tipo de embalagem preferida, triture tudo e empurre na máquina. Ela vai fazer o que vocês mais gostam, encher linguiça. Com o produto pronto, salsicha ou linguiça sirva para o povo com bom molho e sorria para o otário. Afinal, o brasileiro pede para ser enganado, sabem, tem muito malandro e portanto, muito otário também, um depende do outro. Os malandros hoje vestem conservadorismo de direita, os otários acreditam e o jogo está feito, tudo volta ao normal nesse canto de mundo, os mesmos de sempre continuam se revezando no poder, o povo levando tiro de bandido nas ruas, o preço de tudo disparando, energia elétrica em grandes centros virou uma incerteza, crianças recebendo aulas de sexo, a saúde pública quase não existe e apesar de tudo isso o patrocinador do descalabro se elege no primeiro turno com grande maioria. Eu sei! É difícil de entender essa lógica, Não espere muita coisa de uma população débil em inteligência, a capacidade intelectual aqui não está em bom nível, e isso colabora com o império dos espertos, aqueles que colocam toda a família para viver à custa do Estado, dos impostos pagos pelo povo, e não produzem absolutamente nada de relevante. Portanto, a oligarquia recebe novos membros, se ajeita aqui e ali por manutenção do status quo que já vem desde as Capitanias hereditárias. Prosseguimos no estilo casa grande e senzala. Senhores vivem em seus palácios enquanto o povo sobrevive dentro de limites estoicos e ainda riem de tudo isso, outro efeito de limite cognitivo, rir da própria desgraça. Não há indignação, revolta ou sublevação social. O embotamento é a principal característica de populações onde o coeficiente de inteligência não tem certo nível de normalidade. Essa característica cria o perfil rebanho, muito apropriado para manejo por capatazia de grupos de animais de corte. Não há esperança no inferno disse Dante Alighieri na sua obra literária. Estamos exatamente nesse ponto, dominados subjugados e controlados completamente e nada indica uma melhoria no cenário, ao contrário a perspectiva é piorar mais ainda, pois com a certeza de que nada existe no horizonte que os deterá , foi criado o parque de diversões para o descalabro total. Algo como quem viveu os anos de Nero ou Calígula, simplesmente estar vivo pode ser uma punição.



Quando a reduzida parte de uma sociedade, aquela que ainda pensa procura associação com o erro, aceita uma parceria por sobrevivência momentânea com gente suja, está na verdade pagando uma fatura de cartão de crédito com outro cartão de crédito. Não preciso detalhar que isso dará problema. Valores morais de ética de real civilização e conduta moral são flexionadas para obter “governabilidade” e claro, sempre nessas ocasiões, dinheiro. O tal do procedimento do inferno conhecido como “a politica do possível”. Tem depoimentos públicos na internet revelando o quanto ganham senadores e deputados. É uma festa com o dinheiro público, imagine se alguém que ganhe tanto vai brigar por você? Eu já disse em outras oportunidades, ser político é o melhor emprego do mundo, uma vez dentro, ninguém quer sair nunca mais. E não vai se desgastar defendendo o que é justo e correto. Que se dane a ética, dirão: ela não paga as contas e os boletos. E isso causa o efeito absorção. As pessoas que trafegam no entorno de políticos começam assim a serem cooptados para fazer parte do esquema, afinal, necessidades financeiras todos têm. Aqueles que realmente precisam eu nem recrimino tanto, é uma questão de sobrevivência, mas tem muita gente que não precisaria participar e vai mesmo assim. Afinal, participar da “sociedade” tem suas vantagens. O problema está no futuro. Onde vai parar uma sociedade assim? Que tipo de país restará para nossos filhos e netos? Por isso se faz necessário a uma sociedade sadia conter a corrupção e privilegiar a liberdade e a democracia. Não por nós, mas por aqueles que ainda virão e encontrarão apenas destroços de uma sociedade, ou nem isso. Estas coisas nunca acabarão, são como insetos, baratas, você dedetiza mas elas sempre surgem de volta, mas o controle deve ser feito. Se você não se vermifugar uma vez por ano ao menos, provavelmente terá problemas, o corpo social também precisa de vermifugação periódica. Agora coma sua salsicha genérica recheada de antagonismo e como suas escolhas políticas diga que está gostoso, que nunca comeu tal iguaria, afinal você é versátil e se adapta a qualquer circunstância. Sem nojinho hein? Assuma suas escolhas e boa refeição.






Gerson Ferreira Filho.



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terça-feira, 22 de outubro de 2024

A soma dos contextos.

 

                                                     Image by Gordon Johnson from Pixabay.





A soma dos contextos.


Alguns acreditam que por negociação se resolve tudo, outros preferem o confronto, mas a toda circunstância se pede a ação, ou existirá construção de algo que será obstáculo e estorvo no futuro. A negligência e o descaso de hoje será base para uma realidade futura, e ela pode não ser amigável. A tendência é de não existir preocupação com isso, nosso ciclo de vida é muito curto, e muitas vezes as decisões que tomamos não irão nos atingir diretamente no agora, mas gerações futuras pagarão um pesado e caro preço pelo erro estimulado por fata de planejamento ou por ousadia irresponsável que tivemos no passado. A linha do tempo segue, mas as ações permanecem e dão cria. Funciona como o surgimento de uma barreira de corais no mar, na trajetória do tempo, minúsculos organismos vão se acumulando em algum lugar específico até que formem algo enorme e incontornável para a navegação no futuro, uma estrutura agigantada, sólida e viva do que antes parecia ser nada. Assim é o desvio, o mau procedimento, a corrupção. Se você não a controla de forma rígida, abrindo oportunidades com descaso e tolerância, chegará um tempo que ela vai dominar o ambiente de tal forma que sua embarcação não poderá mais navegar no ambiente. Você terá permitido a construção de uma fortaleza no seu perímetro de segurança, e a partir desse momento terá de conviver no desconforto e no risco da permissividade que outrora gerou conforto e satisfação momentânea para disfarçar a irresponsabilidade de alguns. Parece coisa simples, mas não é. Este estilo evasivo quanto ao enfrentamento real de todo problema está impregnado na alma da maioria dos brasileiros, que preferencialmente escolhem o caminho do menor esforço, menor desgaste e assim toleram e admitem conviver sempre com algum nível de desvio que consideram aceitável naquele momento onde ele se apresentou. Estamos de frente para o popular jeitinho brasileiro, uma flexibilidade que passou através do tempo a ser considerada algo bom, alguma coisa que azeita as relações pessoais e políticas. Um progressismo para nós já com perfil arqueológico, que surgiu muito antes das permissividades modernas. O brasileiro é pioneiro nessa construção mental, Onde tudo pode ser ajeitado confortavelmente embora possa ser repugnante e deplorável. Conviver bem com o inaceitável se trata de coisa nossa, que foi distribuída pelo mundo hoje como política global, porque massa de moldar se adapta a qualquer formato. Mas não é assim uma novidade humana, com pão e circo os romanos podiam manipular ânimos e opiniões para que assim pudessem reinar com tranquilidade interna no seu império. Se deve levar em conta que procurar equilíbrio com o que está errado, pode gerar relações inusitadas. Claro, nesse ambiente, provavelmente quase todo mundo já teve de fazer algo errado para sobreviver mais um dia. Uma Bandalha não permitida em alguma via sem retornos e acessos aceitáveis e necessários, um pagamento de arrego, pois se não o fizesse não teria prosseguimento em seu atendimento e por ai vai. Isto aqui é Brasil, a terra da caixinha, obrigado! Daquele incentivo por fora para que o procedimento, seja lá qual for assim flua no devido tempo normal, mesmo não existindo nenhuma regra que o defina como obrigação. Aqui é normal, praticamente inevitável! Some tudo isso no contexto processual da nossa realidade, mas ainda assim é possível manter uma boa compostura no restante, nas coisas mais graves e decisivas. Não se deve criar intimidade com o erro entrando em negociação equilibrada com ele. Isto gera afinidade, e afinidade é tudo na relação. Desse ponto, a estar debaixo de lençóis na cama em intenso coito com a corrupção não tem muita distância. O dinheiro passa a não ter carimbo, a procedência de algum produto não importa mais, não se faz mais questão de ver, ouvir e tomar conhecimento das performances heterodoxas em relação a lei de fato. A parcimônia com o escândalo não vai torná-lo austero, você será apenas mais um sem-vergonha. E assim sendo, para qualquer um que esteja no espectro da legalidade e viva sob bom procedimento irá concordar que os mais ousados na prática da corrupção e atividades agregadas devieram sofrer punição exemplar para que assim sirvam de parâmetro de controle sobre os estimulados a praticar crime, nada melhor do que uma boa punição para servir de incentivo reverso na vontade de quem planeja delinquir. Eu sei, os modernosos progressistas ao ler isso ficariam com os pelos eriçados, eles amam o criminoso. Onde já se viu punir um criminoso não é? Uma licenciosidade leva a outra e então, temos uma anomalia generalizada subsidiada por políticas esquizofrênicas de inclusão e controle social. Sejam bem vindos ao hospício! Mas ainda pode existir uma opção de correção, poucos muito poucos ainda raciocinam e tentam demonstrar que existe um rumo a ser seguido, mas o caminho será árduo, muito difícil, porque hoje o certo se considera errado.



Existe literatura jurídica a respeito do que fazer realmente para obter uma gradativa correção de rumo, o confisco alargado, uma metodologia para punir quem se envolve com o crime e a corrupção. Este método seria o ato jurídico de provocar uma perda quase total no patrimônio do criminoso. Fazer com que quem viveu e tirou vantagem de ilegalidades sofra com a perda de praticamente tudo que amealhou com a atividade ilegal. O livro Segurança e crime organizado cita: “A natureza jurídica que se deve dar ao confisco alargado, acompanhando a melhor doutrina e o direito comparado, é no sentido de sua natureza civil acessória à condenação criminal. A questão é complexa, porém, é salutar que seja interpretada em seu contexto civil para maior eficácia do instituto do confisco alargado,..”. Então, propostas existem o que falta é atitude e boa vontade. Não existe ausência de boas opções para que venhamos a ter um futuro melhor, mas fica evidente que os beneficiários das condições atuais não vão gostar de tais alterações na estrutura da realidade de onde essa gente tira o alimento cognitivo de sua percepção corrompida de mundo. Edmund Burke citado por Roger Scruton define: “Há um acúmulo de razão na sociedade, que questionamos ou rejeitamos por nossa conta e risco. A razão consequentemente se mostra naquilo que não racionalizamos e talvez não consigamos racionalizar – e é o que vemos em nossas tradições, incluindo as que contêm sacrifícios em seu âmago, como honra militar, a dedicação à família e a devoção aos deuses”. Eis a questão, todos acreditam ter razão e ninguém tem razão. E com isso evaporam os valores familiares, os de honra e até a crença do divino, em algo superior que zela por nós. O principal problema a ser resolvido está em fazer com que os que se beneficiam do caos entendam que no fim todos morrem, até eles. A degeneração social vai se acentuando através do tempo, e se algo não surgir para efeito de correção, os que se consideram a salvo e privilegiados hoje poderão ter uma surpresa bem desagradável no futuro. Porque o arbítrio, em algum momento pode mudar de mãos. Não são profecias de Cassandra, mas apenas a organização social que sempre está sujeita ao imponderável, por mais controlada que pareça ser. A prudência continua a ser uma boa opção para se resguardar dos revezes da vida.




Gerson Ferreira Filho.


Citação:


Segurança e crime organizado. Arthur Weintraub. Vide Editorial.


Conservadorismo, um convite à grande tradição. Roger Scruton. Record Editora.



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