sábado, 8 de março de 2025

Explicitando ausências.

 

                                                 Image by Villus Kukanauskas from Pixabay. 




Explicitando ausências.




E assim, filosoficamente atrelado a essas circunstâncias caminhamos entre o que é impossível para ser submisso e a hipótese com seu perfil amórfico para companhia nessa realidade. A vida meu caro, fica complicada para quem não está preparado para ela. E isso inclui hoje se adaptar a decadência da civilização. Não existe mais elegância no cenário, o rodapé da alucinação nos circunda e determina os seus limites específicos para que percamos a vida entre premissas abjetas apenas para controle social, e sendo assim a ausência psicológica transforma-se em sublimação para que transbordemos pela beira da ocasião que se mostra corrosiva a todo e qualquer bom propósito. Não faz mais sentido a realidade, a textura complexa da ocasião se corrompeu com ignominias e nada restou para proporcionar um afeto ocasional para que os sonhos possam repousar em algum intervalo benéfico para assim se tornar saudável. O passado nos resta, para os que ainda o possuem, uma rapsódia, um fragmento do ontem , onde ainda existia romantismo para vestir nossa alma. O que foi, se tornou agora o bastante, um arquétipo alongado por esperanças como simulacro em um mundo mais confortável para ser nosso. Tudo isso porque nosso destino é escapar, fugir para enfrentar pois tudo que se torna oblíquo confunde, como um eufemismo ardiloso que se põe na superfície para iludir e amortecer o impacto daquilo que se quer. Tudo o que se precisa saber do que acontece hoje é: não existe sofisticação, tudo é rudimentar entre platitudes e raciocínios exóticos embalados em pura gafe do ensejo baldio de mentes empobrecidas. Não há muito o que fazer onde não há base cultural e intelectual para uma assimilação do bem. Apenas o que é possível fazer é uma gestão sanitária do conteúdo apresentado, como uma estação de reciclagem, teremos que selecionar essa gente em categorias, o que se deve fazer com cada volume. Quebrar o paradigma será necessário, e não se intimide de ser ridículo, conforme definiu Albert Camus: “Todas as grandes ações e todos os grandes pensamentos têm um começo ridículo. Muita vezes as grande obras nascem na esquina de uma rua ou na porta giratória de um restaurante”. Tudo aquilo que hoje chamamos de “insight” surge sem pedir licença. E com isso, essa capacidade superior de compreensão e raciocínio que vamos trabalhar, não se preocupe, do outro lado essas coisas não acontecem se faz preciso e necessário um avançado nível de cultura e inteligência abrangente para possuir essas ofertas mentais a respeito de algo inovador, o que se torna impossível em ambiente empobrecido por baixo padrão cultural. Parecer ser culto não produz novas ideias, aparências e diplomas não contam nesse nível. Se trata de uma relação temporal com o aprendizado através de muitos anos de estudo sério. A lassidão peculiar do extremo o impede de um raciocínio mais sofisticado, o exemplo se vê rotineiramente nas atitudes de comando e gerenciamento equivocadas e repetidas sistematicamente. Entre ausências de razão e propostas absurdas deve-se ficar com o inesperado e nada mais inesperado do que o absurdo. No nível de análise dos conceitos onde a hipótese que parece correta, deve ser mesmo a correta, existe simplicidade na verdade. Mas ainda assim se faz necessário trafegar pelo imponderável, submergir no âmago da evidência para fazer dela um corpo verificado em suas minúcias para assim impor aceitação entre os pares. Albert Camus prossegue: “A questão é reconciliar-se e, nos dois casos, o salto basta para fazê-lo. Sempre se pensa erroneamente, que a noção de razão tem um sentido único. Na verdade, por mais rigoroso que seja em sua ambição, o conceito não deixa de ser movediço quanto aos outros. A razão tem um rosto totalmente humano, mas também sabe voltar-se para o divino”. Se tem um lado humano, a razão pode falhar, mesmo que ainda assim possa levar a um lado divino. E voltando a a Camus: “ O absurdo é a razão lúcida que constata seus limites”. Para fazer uma autópsia na razão e preciso não ser razoável, penetrá-la em seus detalhes submissos muitas vezes há critérios errôneos de origem o que a torna imponderável e sujeita a influências exógenas a seu corpo e composição final. Enfim, atitudes pouco exploradas até suas raízes costumam projetar péssimos resultados, mas isso não passa de lugar comum para despreparados mentais, e o que mais se tem nos governo hoje é isso, gente que não entenderia uma análise combinatória, sabe, aquela matemática básica que foi negligenciada no passado mas oferece ao cérebro recursos operacionais fantásticos. Quantas vezes escutei: estou aprendendo isso aqui para quê? Aprendiz! A álgebra que você acha inútil, produtos notáveis etc. Vão ajudar seu cérebro a entender o mundo. Como raciocinar estatisticamente sem saber nada disso? O pulo do gato, o “insight” mora nesses detalhes. Voltando com Albert Camus: “Não há fronteiras entre as disciplinas que o homem emprega para compreender e para amar. Elas se interpretam e a mesma angústia as confunde”.



Nas sutilezas cósmicas e enigmáticas do que nos constitui existe algo que grita; você é livre! Foi feito para a liberdade e nada pode se opor a essa verdade. A plenitude do ser apenas se completa quando não há limites para sua realização pessoal, respeitando o seu próximo todo o resto se compõe de particularidades genéricas de um cotidiano livre e sem obstáculos políticos que o impeçam de realizar suas vontades. O ser humano é um animal político por natureza, mas tem se deixado dominar em demasia por essas decisões coletivas que buscam soluções de grupo. Porém, o indivíduo é o relevante, aquele que detém a realidade, e apenas por acordo e não por coação deve aceitar algum tipo de submissão momentânea que surja por necessidade circunstancial. Qualquer anomalia nesse campo deve ser combatida e eliminada pelo bem de todos e para a segurança individual do cidadão. Temos que entender que uma democracia a principio não foi criada para o bem de todos, mas de apenas um grupo de privilegiados, o restante da sociedade apenas obedecia o que esse grupo seleto escolhia como padrão de vida a partir daquele momento. Uma sutil evolução se compararmos ao poder imperial, onde todo o poder emanava de uma única pessoa, em alguns casos, elevada a condição divina. O poder passou para os filósofos, os comerciantes, os artesãos e os militares, todo o resto da sociedade não possuía qualquer influência decisória. Com o tempo, aconteceram flexibilizações, mas o desejo de concentração de poder ainda existe, e hoje estamos de volta ao passado. Com direitos e seguranças constitucionais suprimidas por um grupo privilegiado. Coisa antiga, com cheiro de mofo. Existe nesse contexto uma ausência explícita no ar, é perceptível, tem massa crítica densa e volumosa, a falta de ética. Para registro histórico é preciso deixar explícito o que acontece, pois os resultados podem ser muito ruins e no após vão procurar os motivos, todos sabem, que depois resta apenas o trabalho arqueológico para apurar o que motivou o fim.




Gerson Ferreira Filho.




Citação:



O mito de Sísifo. Albert Camus Editora Record.  


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segunda-feira, 3 de março de 2025

A natureza dos espaços.

 

                                                              Image by falco from Pixabay. 




A natureza dos espaços.



Digamos que em intervalos vivemos, e nessas ocasiões sustentamos o nosso ser desprovido de capacidade para de fato cumprir o que nos foi apresentado. E nessa lacuna de oportunidade o que mais fazemos? Desperdiçamos momentos, no que se apresentou como interlúdio da nossa existência. Estar aqui, nessa ocasião pode não ter sido apenas uma ocasionalidade fortuita do destino, mas provavelmente uma oportunidade, de fazer o que se deve em relação ao correto, a honra e a lealdade. Enfim, como disse Dom Quixote ao seu escudeiro na obra de Miguel de Cervantes: “A liberdade Sancho, é um dos mais preciosos dons que aos homens deram os céus. Com ela não se podem igualar os tesouros que a terra guarda ou que o mar encobre. Pela liberdade, assim como pela honra, pode-se e deve se arriscar a vida”. Então, temos propósito, e nesse rumo devemos permanecer, entendam, não há vida humana de fato sem liberdade. Qualquer coisa que conspire contra esse presente que nos foi dado deve ser combatido mesmo sob risco à vida. Porque viver sem ser livre não se trata de viver mas apenas de sobreviver como uma coisa que possui alguma utilidade para alguém. Não adianta adotar evasivas confortáveis para evitar o que se deve fazer, existem apenas duas opções: ser escravo ou ser livre, não há meio termo de conduta nesse plano. Fazer de conta que nada acontece não impede que as correntes sejam instaladas, ao contrário, até facilita o trabalho do algoz. O que é de Deus não aprisiona, liberta. Não estamos aqui para nos tornarmos um rebanho de acéfalos conduzidos por supostamente ungidos em excrescências procedimentais do inferno, nessas proeminências oblíquas da incapacidade natural dos helmintos de forma humana que se arvoram em luminares de um iluminismo de cabaré de zona portuária. Este subterfúgio de ocasião para instalar algo antinatural e incapacitante da natureza humana, que é ser livre, não pode ser passivamente aceito por uma sociedade que se julgue civilizada hoje. A liberdade não pode ser solapada pois é proveniente de Deus e assim se torna sagrada, e maldito será todo aquele que contra ela conspirar. Existe algo na natureza humana que foi com o tempo estimulada e embalada em papel ideológico para controle de massas, se chama ressentimento. Essa mágoa peculiar que causa angústia foi estimulada para ser um marco característico predominante nos nossos tempos. Ela sempre existiu, é um comportamento psicológico natural, mas potencializada gera ódio, violência e tentativas de controle e extermínio de semelhantes. Roger Scruton aborda exemplos: “Hoje sabemos bem que as revoluções não são conduzidas pelo povo, mas por uma elite que faz isso em nome dele. A Revolução Francesa, por exemplo, foi obra de advogados, de profissionais e da nobreza inferior que estavam ansiosos para tomar o poder político numa sociedade cujas esferas mais elevadas de poder estavam repletas de ricaços inúteis. Os revolucionários agiram em nome do povo, anunciando liberdade, igualdade e fraternidade. Identificaram-se conscientemente como uma classe iluminada , que, em razão da sua inteligência superior, tornara-se merecedora do direito de convocar o povo para auxiliá-lo. Seus slogans e doutrinas não apenas legitimaram o próprio ressentimento como foram projetados para estimular o ressentimento nas outras pessoas”. E assim, com o ressentimento instalado em grande escala temos os registros históricos para evidenciar a tragedia posterior ao acontecimento, o ressentimento é basicamente uma projeção de culpa do seu infortúnio e do seu fracasso em outro alvo aleatório, que geralmente são outras pessoas que não pensam como você. Se encontrou fortes semelhanças com o socialismo ou comunismo, acertou! Essa ideologia é fundamentada no ressentimento, em estimular o ódio entre classes sociais, ao propagar que existem privilegiados e excluídos apena por política e não por toda uma estrutura não só politica e de comportamento. A sociedade humana se divide entre os que se interessam em progresso e os que por diversos fatores preferem se entregar a indigência completa. Não se enganem, mesmo entre os pobres existem aqueles que querem, que desejam sair daquela condição, e se existir uma oportunidade sairão. Mas há os que não possuem essa abordagem de vida, e preferem continuar exatamente como estão, na penúria plena, sem recursos, sem saúde , sem estudo, sem qualificação profissional e assim se tornam parte da miséria estrutural da sociedade. E se são pobres, são derrotados, acomodam-se no ressentimento e não percebem que grande parte de sua condição não se deve apenas ao governo e a classe social em melhores condições de vida, foi uma escolha pessoal em muitos dos casos. Claro, sempre existirão os injustiçados, a vida é complexa, e os azares existem, mesmo com dedicação absoluta é possível fracassar. Para muitos teríamos que abordar também genética, pré disposição intelectual boa, força de vontade, presença de doenças na infância, todos sabem do impacto do não tratamento de esgoto na fase infantil. O saneamento básico, a higiene pessoal na primeira infância junto a uma alimentação razoável transformam vidas. Não vai adiantar alimentar posteriormente ressentimentos se sua vida foi destruída por políticos incompetentes. Eu particularmente não falo de experiência apenas acadêmica, fui muito pobre, conheço de perto essa realidade, quem quiser uma amostra literária leia meu livro Nacos de Mormaço. A vida é bem complexa.



E assim convivendo com esse espectro natural potencializado por ideologia caminhamos para colapsos sociais de profundidade especificamente grande. Pois tudo isso corroí a convivência humana, torna tudo mais áspero e passível de ferir no contexto onde se torna predominante. Pessoas desconfiam de outras, invejam o sucesso sem procurar se aprimorar para também assim terem sucesso. Os relacionamentos se tornam problemáticos até entre casais, pois qualquer diferenciação causará atrito na relação. E na convivência profissional em empresas temos perda de produtividade pois uma promoção pode desencadear um processo de magoas e levar a uma parte a adotar subterfúgios como bajulação e não mais eficiência como parâmetro de validação profissional. Não se enganem, empresas perdem produtividade com isso, essa coisa envenena ambientes. O ressentido é um elemento de dissonância em qualquer lugar e Roger Scruton esclarece: “O ressentimento não acaba quando a vítima é privada dos seus bens terrenos. Ele almeja privá-la de sua humanidade, mostrar que ela jamais teve direito de possuir a menor parte dos recursos da Terra e que sua morte não é mais lamentável que a de um verme”. O ressentido pensa apenas em vingança, punir os “responsáveis” por sua condição de derrotado social A culpa será sempre dos outros e não da sua particular negligência com as oportunidades que teve. Num mundo de ressentidos a liberdade sucumbe, pois tudo passa a ser um acerto de contas contra uma injustiça social que serve de tapume que oculta a verdadeira estrutura pessoal do fracasso. E assim temos a essência natural do socialismo progressista, esse suposto progresso que está incorporado nesse nome fantasia de momento apenas oculta inveja incapacidade e ódio. E em mundo de fracassados a inveja reina e governa com a plenitude e delicadeza de um vulcão. Se apresenta imponente na paisagem mas quando se irrita destrói tudo a sua volta. E não esqueça, a arrogância contumaz dessa gente se apresenta sempre quando alcançam um cargo de destaque. São insolentes dentro da natureza do seu espaço particular.




Gerson Ferreira Filho.






Citações:


Dom Quixote. Miguel de Cervantes. Editora Garnier.


Uma filosofia política. Argumentos para o conservadorismo. Roger Scruton. É Realizações Editora.


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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Ambiguidade.

 

                                                             Image by Micha from Pixabay.





Ambiguidade.



Vamos assim abordar a liturgia das incertezas pois é isso o que temos como realidade. Ser e não ser se tornou uma característica desses novos tempos onde a crueldade cultural se instalou no imaginário popular e acadêmico. Se quiser realmente entender um pouco desse agora leia os grandes autores do surrealismo literário, aqueles que se aprofundam no cenário distópico embriagante das conjecturas flexionadas em plena insensatez literária para que assim tenha uma amostra por mais incrível que possa parecer da nossa realidade desse nosso agora. Nesse momento multifacetado e recambiável estruturalmente do nosso cotidiano vulgar, de densidade oblíqua e de conteúdo peculiar. Aqui você vai encontrar a arrogância dos idiotas lastreados em estultices ideológicas que se arvoram com luminares de uma nova era de obscenidades rasteiras como se fosse a fina flor de um avanço social que apenas retrocede em qualidade mas alimenta o ego dos degenerados. O conteúdo adstrito em e de raciocínios da periferia da razão se alimentam desse “néctar” de obscenidades somente plausíveis para a carência de intelectualidade de análise do contexto em relação a diferenciação aos que realmente tem valor. A estupidez se retroalimenta dentro do seu estoque de certezas absolutas. Na perversidade desse contexto coabitam as mais controversas indulgências com o erro, afinal, a irracionalidade lambe suas feridas abjetas para saciar seu apetite com o resíduo de si mesmo. Sim, essa gente passa e te olha com aquele olhar superior de quem presume ter a nobreza dentro de si, assim como o Napoleão de hospício aborda seus semelhantes e companheiros de internação. Se torna urgente um conceito aplicado de comiseração ativa para lidar com essa gente, a piedade com os loucos faz parte de um espírito que se compadece dos seus iguais, mas não espere isso deles, este sentimento está fora do alcance da realidade dos miseráveis de espírito. Deixe-os mergulhados na gordura das convicções que possuem, não há muito o que fazer a não ser contenção de danos até que a luz apareça para essas almas atormentadas. A furtividade deve ser a nossa principal ferramenta de contato onde a estupidez se tornou abrangente a ponto de se tornar lei. Se são ambíguos que também sejamos mas temos de ter algo que hoje se torna inalcançável para eles, um conceito de Napoleon Hill, Atitude Mental Positiva. Uma técnica comportamental de largo espectro na estrutura mental e que transforma a realidade. Uma das características básicas do idiota é se achar mais inteligente do que os outros, eles possuem uma arrogância natural, aquele ar de sapiência marcante no perfil comportamental lastreado por inúmeros títulos universitários de uma época decadente do ensino e assim partem para invalidar qualquer opinião que não se alinhe com os seus valores particulares. Se não há diversidade de temas, não há o refino de conceitos e comportamentos. Ao se recusarem a avaliar o contraditório criam uma prisão mental incapacitante que os mantém na estagnação circunscrita ao perímetro da própria bolha de sobrevivência. Assim se comportam e vivem grande parte de nossas autoridades hoje e boa parte dos que os apoiam sem gerar nenhuma crítica. Vamos ver o que existe além do horizonte de eventos que essa turma desconhece: “O dia que você conhecer a AMP atitude mental positiva por si será o dia em que conhecerá a pessoa mais importante do mundo! Quem é ela? Ora essa, a pessoa mais importante do mundo é você, no que diz respeito a você e sua vida. Dê uma olhada em si mesmo”. Abandone essa ambiguidade danosa e seja completamente você e de forma positiva. Napoleon Hill continua na sua abordagem do tema: “Atitude mental positiva é a atitude mental correta. Qual é a atitude mental correta? Geralmente , é composta pelas características “boas”, simbolizadas por palavra como fé, integridade, esperança, otimismo, coragem, iniciativa, generosidade, tolerância, tato, amabilidade e bom senso”. Já perceberam os ambíguos simulacros humanos que governam o pais hoje não possuem essas qualidades? Se possuíssem não seriam o que são, seres amargurados, maldosos, presos em sua rotina estabelecida por critérios perversos, que os consomem em tributo ao poder conquistado indevidamente. O preço de pertencer ao mal não frequenta a galeria das promoções, ele tem um teor de presença pesado e denso como custo do seu serviço. Eles trabalham essa convivência pesada aplicando aspereza bruta na relação com seus semelhantes, a arrogância serve de escudo protetor para ocultar as fraquezas inerentes da desqualificação pessoal que possuem. Quem possui mais experiência de vida sabe, todo incompetente tem comportamento ditatorial e com isso afasta qualquer curioso de suas particularidades e fragilidades. Proteger-se a si e ao seu grupo de influência e seus serviçais diretos cria o perímetro de segurança contra a verdade. Quem tem qualificação e qualidade na sua área geralmente é amável e amigável na convivência com seus semelhantes, mesmo sendo particularmente muito superior no intelecto a todos os que o circundam. A agressividade é um mecanismo natural de defesa, quem vive acuado nas suas fragilidades se torna feroz na aparência.




Vamos então a umas dicas de Napoleon Hill: “A grandeza vem para aqueles que desenvolvem um desejo ardente de atingir metas elevadas. O sucesso é atingido e mantido por aqueles que tentam e seguem tentando com AMP. Para se tornar um realizador perito em qualquer atividade humana, é preciso prática, prática e mais prática. Esforço e trabalho podem se tornar divertidos quando você estabelece metas desejáveis e específicas. Em cada adversidade existe uma semente de benefício igual ou maior para aqueles que são motivados por AMP a se tornarem realizadores. O maior poder do homem reside no poder da prece”. Liberte-se da estupidez abrangente dos nossos tempos, criando sua cápsula de sobrevivência metal com bons valores, e apesar da baderna que não se constrange de marcar presença no seu entorno, o seu precioso baú de conceitos estará seguro fora do alcance dessa gente vulgar e deletéria. A insalubridade política nos envolveu, e ninguém nesse meio atual merece confiança, entenda isso e escape do rebanho onde querem lhe colocar. A não ser que no seu masoquismo peculiar você aprecie ser dominado e tratado como objeto. Não vou discutir preferências e taras particulares, isto tem relação com psicologia e psiquiatria. Uma área especifica para tratamento de distúrbios peculiares da alma humana, só não obrigue seus semelhantes a gostar do que você gosta. Cada um se coça e descasca suas perebas dentro da sua jaula metal e do do seu jeito.



Gerson Ferreira Filho.





Citação:



Atitude mental positiva. Napoleon Hill. Citadel Grupo Editorial.


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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

O exercício da hipótese.

 

                                                     Image by Niki Dinov from Pixabay.




O exercício da hipótese.



Bom, nesses tempos controversos onde a insanidade se envergonha de ser hoje plausível e aceita como normal, caminhamos para mergulhar profundamente em circunstâncias abjetas com se fosse um paradisíaca praia tropical. Não há mais sentido jurídico e tradição, apenas ações políticas de interesse de grupos de poder. Nesse intervalo de tempo exótico você pode ser condenado apenas por pensar, exercer sua capacidade mental de criação de cenários. Se o fizer, fique com esse raciocínio apenas para si, ou corre um sério risco de acabar na cadeia por subversão. A distopia vai se consolidando aceleradamente, e com a ajuda dos colaboradores ocasionais conforme rotina. O Status dos poderosos segue preservado com o empenho dos que se dizem oposição, com sutilezas distribuídas nas bandejas classudas no Senado e se preserva o modo operacional do comando da casa, trocando seis por meia dúzia, para conseguir essa facilidade se promete migalhas que em tempo justo serão neutralizadas se ousarem ser impertinentes, mas comissões devem render alguma coisa para políticos e partidos, no trato financeiro, se é que me entendem, e tudo se ajusta com sempre, o povo que se dane. Esse mesmo povo se submete prazerosamente ao jogo, ao trâmite da imoralidade porque essa é a sua natureza, ser povo, ser idiota. Se a liderança ordenou que se cumpra, não importa o tamanho do disparate porque de submissão e idolatria se compõe a massa. Eu sei, minhas palavras causam desconforto evidente no populacho principalmente mas fico nesse caso com Santo Tomás de Aquino citado por Chesterton: “Não é bom dizer a um ateu que ele é ateu; ou acusar a quem nega a imortalidade com a infâmia de negá-la; ou imaginar que alguém pode forçar um oponente a admitir que esteja errado, provando que ele está errado com base em princípios alheios, que não são os seus próprios”. Mais adiante ele esclarece também que esse diálogo tem de ser feito nos argumentos deles, usar o que ele tem dentro de si contra sua própria estrutura e desestabilizá-lo. A argumentação tem de usar o padrão estabelecido dentro da alma de quem não se ajusta para ter chance de semear a dúvida. O confronto simples de mundos pode ser muito contraproducente nesses termos agressivos. Utilize a técnica da água a infiltração, e alcance o interior corrompido e lá coloque a semente de um novo termo, de uma nova realidade para que se estabeleça a verdade. O universo na sua estrutura ontológica foi plissado na sua margem mais extrema para evitar sobressaltos inesperados, acredite, a flutuação de parâmetros é esperada e consentida para que tenhamos evolução sempre, nada permanece, tudo muda, se completa, se rearranja em novos padrões e prossegue sua infinita jornada no cosmos numa viagem sem fim. E se a mudança é o propósito como certa vez esclareceu Heráclito, nessa mudança estabeleceremos a certeza da frutificação da semeadura. No fim nossa tarefa está em preencher vazios existenciais, ocupar o vácuo que ainda está presente na inconsciência de muitos, para que assim despertem para uma nova realidade positiva, produtiva e que não mais se disponibilize de forma fácil para os trapaceiros. Enxerguem e ocupem espaços na mente baldia onde interesses escusos se fortalecem como erva daninha abrangente na plena ociosidade do intelecto popular. Não há descaso do Criador e Chesterton cita mais uma vez Santo Tomás: “Santo Tomás considera que as almas de todas as pessoas trabalhadoras e simples são tão importantes quanto almas dos pensadores e buscadores da verdade; e ele pergunta como todas essas pessoas teriam a possibilidade de encontrar tempo para a extensão do raciocínio que seria necessário para encontrar a verdade”. Nossa jornada infinita se compõe de adquirir experiência e repassá-la. Exercite hipóteses, faça o reprocesso do ensaio, provoque as mais diversas combinações aleatórias até que o padrão exato aconteça para uma realidade correta. Por que eu escrevo? Exatamente por isso, quem me acompanha sabe os meus termos, eu distribuo o que eu tenho para que ocasionalmente essas palavras encontrem terra fértil para gerar dúvida e frutificar. Mesmo na hostilidade de um mundo completamente corrompido por materialidade improdutiva e já na sua origem com prazo de validade vencida. Esse texto deve ser o primeiro do sétimo livro - se estiver vivo até lá - pois estou para lançar o sexto agora, com a mesma abordagem, dar espaço para cultura e uma forma diferente de pensar, uma forma que foi sonegada pelos intelectuais de botequim da nossa época, existe hoje uma perceptível arrogância no ar expelida por uma sociedade onde os prazeres e a irresponsabilidade são preponderantes. Os arautos do materialismo vulgar foram muito efetivos em semear a loucura e o despropósito na sociedade, e com isso produziu o que vemos hoje, um lugar onde as pessoas não conseguem mais se definir se são machos ou fêmeas, que abrem mão de direitos naturais por políticas coletivistas, profissionais que aplicam tempo de vida em academias para no final, depois de formados, desrespeitarem as normas básicas de sua profissão, ou seja, virou bagunça. E mesmo assim, não há constrangimentos, ou ao menos um leve rubor na face por ser criativo, mesmo que essa criatividade ofenda o sentido correto da ação.



Eu aqui na minha particular insignificância vou apresentando minha contribuição cultural. Se algum dia terei reconhecimento ou serei premiado pela ação cultural literária não sei, talvez alguma homenagem póstuma apareça fortuitamente no futuro incentivada pelos poucos amigos de existência, ou não. Meu modo de escrever meio desconfortável e exótico talvez incomode, ainda mais em tempos onde grassa, se alastra o perfil ideológico de uma vertente exclusivista que assola as academias literárias e de cultura. Não há espaço para diversificação. Portanto, não alimento esperanças nessa área, digamos que, o que escrevo seja extremamente desconfortável para essa turma dos flatos coloridos. Mas a persistência é uma característica pessoal, então amigos e inimigos, estarei com vocês enquanto Deus permitir e esse mundo não colapsar completamente em meio a tanta insanidade e perversão. Em breve o livro Detalhes do dia, o sexto da espécie, aproveite e viaje nessas abordagens diferenciadas da realidade. Cada um, cada crônica com sua textura própria e densidade, dentro de seus específicos temas e propósitos, neles procuro propiciar uma viagem diferenciada no universo do conhecimento ao expor autores que jamais entraram na grade de ensino atual.



Gerson Ferreira Filho.



Citação:


Santo Tomás de Aquino. G.K. Chesterton. Ecclesiae Editora.



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domingo, 9 de fevereiro de 2025

Presepadas circunstâncias e carnaval.

 

                                                           Image by Lisa Yount from Pixabay.




Presepadas circunstâncias e carnaval.



Então companheiros, aqui nesse canto de mundo escaldante onde o sol não se acanha de fritar corpos sem a mínima cerimônia e com um mormaço devastador como aliado nós também temos outros percalços nesse solo esquecido por Deus. Mas entendam, somete um lugar assim seria capaz de produzir uma oligarquia tão imoral e insensível como a nossa, toda metodologia dessa gente, todo plano sempre tem um único objetivo, privilégios pessoais para si e os seus, todo restante que se dane. Aqui, até aquele que foi doutrinado e criado na mais pura nata socialista, onde o proletariado tem o direito de se assanhar, bebe vinhos premiados com banqueiros e os favorece sempre com ações que lhes proporcionam uma lucratividade gigantesca, e enquanto isso o povo come pé de galinha. E o interessante, toda aquela massa sindical que o acompanha e que deveria representar a força de trabalho não vê isso, e até protege o procedimento. Não vê ou apenas se contenta com as migalhas que caem da mesa do banquete do seu representante maior. Na verdade o sindicalismo brasileiro e a nossa envernizada oligarquia conseguiram transformar em concreto um conceito filosófico, o niilismo, aqui, para o povo o nada se materializou. Virou realidade palpável onde todos se encontram com essa certeza presente de forma concreta hoje no seu depauperado cotidiano. Muitas vezes o absurdo se apresenta em sociedades que não conseguem gerir o desespero de forma saudável o decompondo em frações de ocorrências anômalas e assim acabam se entregando a o cenário vicioso se ajustando a ele por sobrevivência. E assim, mergulhados nessa indiferença preponderante negam a verdade, negam a moral negam o propósito existencial de si mesmo. Construindo para si e em torno de si uma sociedade indefinida onde o que vier é sempre aceito sem questionamento pois a regra é absorver o que vier pela frente. Essa peculiar indiferença geralmente custa muito caro para o conjunto social. Mas afinal, o que seria a verdade nesse mundo distorcido hoje sem padrões aceitáveis de convivência onde tudo se manipula e se adapta de acordo com conveniências ocasionais para deleite de pervertidos e proxenetas dos áulicos processos palacianos de uma deturpada razão. Bem definiu Dostoiévski eu seu Memórias do subsolo: “Mas o homem é a tal ponto afeiçoado ao seu sistema e à dedução abstrata que está pronto a deturpar intencionalmente a verdade, a descrer de seus olhos e seus ouvidos apenas para justificar a sua lógica”. Então, desse conteúdo abjeto de propósitos do inferno agora temos a apresentação de um novo sistema político de governança, o semipresidencialismo, se não me engano tem alguns anos houve um plebiscito onde o povo escolheu o presidencialismo como forma de governo, mas aqui a lei não importa mais. Fica mais confortável para nossa elite oligárquica e sindical ter um primeiro ministro que tem o real poder e para ser retirado do cargo por um voto de desconfiança do parlamento. Sabe quando um primeiro ministro escolhido a dedo pelo sistema vai receber esse voto de desconfiança? Nunca! Basta analisar o perfil político dos membros do Congresso, quem que vocês acreditam que essa gente vai escolher? Até na Europa, primeiro mundo, primeiros ministros ficam quase eternamente no cargo. A Alemanha é um típico exemplo com a Merkel, e tem outros também nessa lista. Eles chegam a quase destruir economicamente países e não caem, não são retirados do poder, porque afinal, nunca há consenso para que sejam retirados, ou seja é uma forma de governo contra o povo, impopular, mesmo que o povo desse lugares estejam satisfeitos, pois elimina o revezamento no poder. Um primeiro ministro com alguns agrados circunstanciais no parlamento se mantém no poder eternamente. É isso que o povo daqui quer? Alguém consultou o povo? Ter o mesmo indivíduo por quinze anos ou mais no comando do país? Nossos olhos e nossos ouvidos percebem a manobra, ao menos os que ainda raciocinam percebem, então, vamos embarcar nessa armadinha elitista de poder? A política é assim, um jogo de traições e ilusão, uma pescaria, uma disputa feroz para ver quem vence e se convence a não engolir a isca, pois uma vez que se aceita a conversa fiada o engodo o destino está traçado. Como no romance O Velho e o Mar de Ernest Hemingway: “Para fisgá-lo. Eu o traí. Sua vontade era permanecer nas águas profundas, longe dos anzóis, longe dos traidores. E eis que decidi procurá-lo lá embaixo, na sua casa, a mais de duzentos metros de profundidade”. A política é assim, esse jogo onde você sempre perde, te oferecem uma atrativa isca e depois te capturam. O peixe talvez vire uma moqueca, ou seja frito para uma refeição, você será colocado num aquário conveniente, controlado para alguma oportunidade vindoura onde será usado para algum propósito onde você talvez colha alguma migalha, um resíduo do banquete dos privilegiados da elite. Ou será apenas um ornamento para exibição de poder político por quem lhe capturou. Temos hoje no país dois aquários cheios desse tipo de peixe, eles são agressivos e atacam quem não se comporta como eles, submissos dentro de um confinamento e prontos para qualquer uso, sensorialmente são objetos políticos e assim se colocam disponíveis para ser o protagonista em algum sacrifício no altar político.



Este comportamento de objeto é danoso em vários níveis psicológicos, a perda da capacidade individual de avaliação da realidade pode trazer sérios problemas psicológicos e de interação social abrangente. Essa é a circunstância disponível, delineada para atender aquela indiferença supracitada. Ao niilista pertence o vazio absoluto e para preencher esse nada existencial existe algo bem barulhento e espalhafatoso, onde as forças sensoriais dos hormônios serão plenamente excitadas para o máximo desempenho. Chamam de carnaval. Uma festa popular onde o frenesi envolvente de corpos suados em calor escaldante e batizados com muito álcool suprime ainda mais a sensibilidade qualitativa dando espaço apenas para os assuntos da carne. No passado, já foi brincadeira festiva e com ares de palhaçada inocente, mas hoje se transformou quase totalmente em orgia. Já foi pão e circo, hoje carnaval e shows musicais com alto teor sexual, porque quem já se posicionou nessa frequência vibratória só vê isso, já jogou ração numa lagoa cheia de peixes? É assim o novo perfil que agita as águas da realidade. Enquanto a turma se diverte os planos da elite prosseguem, as políticas de domínio são aperfeiçoadas em Resort luxuoso ou em ilhas particulares com iates enormes e cinematográficos, tudo conquistado com a domesticação da população e com discursos demagógicos e ambíguos. Já pagou seus impostos? Antes de irem para a farra anual pague, a elite quer sua parcela de submissão em forma de boletos quitados, afinal, qualidade de vida custa bem caro. Não decepcionem seus proprietários hein?



Gerson Ferreira Filho.




Citações:



Memórias do Subsolo Fiódor Dostoievski. Editora 34.


O velho e o mar. Ernest Hemingway Editora Bertrand Brasil.


A maioria dessas crônicas estão em áudio no meu canal do Telegram. Que se chama também Entretanto e pode ser acessado no link abaixo. Uma abordagem mais personalizada do texto na voz do autor.

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Destino: distopia.

 

                                                           Image by gt39 from Pixabay.




Destino: distopia.



Então turma! Aqui estamos nesse palco, vestidos de palhaço e aguardando a próxima estupidez nesse ambiente composto por trabalho em grupo, onde Franz Kafka e George Orwell escreveram o roteiro e Salvador Dalí criou a ilustração. Não há nenhuma coerência ou correlação sustentável nas ações epistêmicas da estrutura, entenda o que bem quiser. A razão aqui não reflete a lógica nem sequer a simula de forma consequente e profícua. Não há laços longitudinais ou perpendiculares com a estrutura da boa conduta, a coisa vai acontecendo e se instalando conforme a flatulência impertinente do dia. Talvez paire no ar algum odor desagradável, mas nada que impeça a improbidade do momento, afinal na decomposição social atual regredimos a pura selvageria das brigas tribais e essas são encaradas como apenas fatos circunstanciais de uma época rebelde e assim não recebem o tratamento indicado para por um fim ao perfil selvagem moderno, aquele que empala semelhantes sem a menor cerimônia. Onde estão as autoridades da lei? Ora! Ocupadas supostamente criando um mundo melhor, recivilizando o vocabulário e administrando o país. Invadir competências nesse mundo se tornou trivial, algo sustentado na mais pura filosofia de uma noite no lupanar entre moçoilas e rapazotes disponíveis para agrado peculiar dos nossos sábios ungidos. Apenas uma certeza existe na nossa realidade hoje: amanhã será pior do que o agora e do que foi ontem. A instrumentalização de toda e qualquer instituição de controle garante o plano e sua integral aplicação, pensem; o absurdo apenas se impõe porque não há mais parâmetro comparativo de costumes, E sem base de sustentação a ignominia domina completamente a estrutura desse plano existencial que nos envolve. Dentro desse contexto estamos prototipados para parecermos como o original, porém nossa humanidade já ficou largada pelo caminho como algo indesejável ou chutado do caminhão de mudanças como um cachorro indesejável no novo endereço. Se ao menos você considerou alguma vez que o progressismo é algo viável, então, você já foi copiado e recebeu a programação inerente a um perfil de submissão e vassalagem ideal para os novos tempos. Aqui e agora o “conservador” luta apenas pela manutenção de seus privilégios e os da sua família, Funciona como uma esquete onde enganar é o mote principal e a escada é o povo. Afinal, no jogo teatral de ilusões não sobrou nada para confiar e aquele que se acreditava ser o receptáculo das esperanças cuida apenas de si. Na caça aos demiurgos modernos apenas se consegue encontrar a trapaça, não há mais, se é que houve algum dia sinceridade no mundo político. E assim, se você deseja ser um otário oficial e certificado, se alie profissionalmente a um político, você será útil até quando ele precisar entregar o seu rabo para o sacrifício. Tudo pela causa companheiro! Para alcançar o mundo melhor o altar de sacrifícios exige sangue. Entre juízes que administram o país e opositores que dormem com a situação acredito que estamos nas cercanias do inferno. E não serão os prolegômenos estereotipados dessa circunstância maligna com odor progressista de virilhas gordurosas da semântica de aluguel onde guardam o impropério que me convencerão ser normal o que hoje acontece. Nasci para ser desconfortável, fui retirado a fórceps para estar nesse mundo, então, me suportem mais um pouco vim parar aqui justamente para flutuar na aba da percepção baldia, ser aquela enxaqueca ótica onde se encontra o espelho fragmentado da realidade apenas para mostrar que algo no cenário está absolutamente errado e se você não perceber a tempo vai te engolir. Queiram me perdoar a saliência textual, mas me oculto na parcimônia do tempo entre suas reentrâncias cósmicas para ser o parafuso que jogam na máquina para provocar o travamento operacional do ciclo. Eu aprecio lubrificar a ocasião com redundâncias e anacolutos perturbando metonimicamente a sintaxe. Este perfil desconfortável e desafiador sempre caminhou comigo, lamento expô-los a minha sádica performance original de ser, mas nesse contexto louco é o que sobra como arma para o enfrentamento de tanta estultice pedante e submissa ao teor arrogante da ignorância. Prefiro ser evasivo em certas ocasiões, mas o teor de infâmia está se superando a cada dia e há necessidade de dose extra de sarcasmo hostil na textura desse tempo. Calma gente, antes que vocês tenham uma displasia cognitiva entendam, o jogo se tornou bruto e não devo e não posso ser disponível para atual insanidade, já me excedi muito nesse quesito agora em prefiro provocar a loucura nos figurantes dessa peça bufa de conteúdo pornográfico que nos ofereceram. Porque temos um governo que vai cobrar imposto de vendedor ambulante de picolé, quer algo mais louco, imbecil e imoral que isso? Opinião própria vai ser proibido, apenas a versão oficial produzida por mascates governamentais vai circular. Criminosos não poderão mais ser chamados de criminosos, e assédio sexual a crianças será suavizado para um distúrbio comportamental quase inofensivo. E vocês consideram que o louco sou eu?



No prosseguimento desse rápido exórdio das circunstâncias eu me sinto como um Gregor Samsa de Kafka perturbado com as exigências de uma sociedade onde é preciso ser uma barata para sobreviver. Apenas assim para gerar aceitação de tudo que acontece hoje. Eu particularmente me recuso a isso, mas há quem goste e se prontifique a ser um inseto. Ou um Leitão Bola de neve que facilitou o evento na Revolução dos bichos foi traído e levou a culpa de tudo de errado, o idiota útil de Orwell. Sempre tem muitos Bola de neve em revoluções populares e populistas. Ansiosos por protagonismo e cegos para a realidade. Estamos todos nós flutuando nesse caldeirão totalitário que foi colocado no fogo, E neste livro, A revolução dos bichos de George Orwell que aborda como ditaduras se comportam e se instalam existe um posfácio com uma observação interessante: “Essas pessoas não veem que, quando se endossam métodos totalitários, pode chegar o momento em que deixarão de ser usados a favor para se voltarem contra o indivíduo”. Hoje no nosso país se vê muita gente prestando apoio descompromissado ou não para um regime totalitário que se instala, Da mídia, da intelectualidade, da cultura e do empresariado. Sem nenhum interesse em resolver a anomalia, talvez quando ela, essa anomalia quiser engoli-los também, acordem para o problema. Regimes assim são insaciáveis nunca param de ter fome e em algum momento os aliados de primeira hora ou apenas indiferentes que colaboraram serão devorados também. Está na natureza do poder absoluto, se impor pela força e ignorar qualquer sentimento de gratidão para ações do passado. Não tem nada melhor do que a democracia moderna, equilíbrio entre poderes, onde cada um cuida dos seus afazeres e obrigações não invadindo competências alheias. Valorizando o justo processo legal, com a defesa ampla e irrestrita das garantias dentro das instância possíveis até seu esgotamento de praxe. Sem firulas, sem acordos sem trapaças. Bom amigos, apenas nos resta curtir essa distopia que se materializou na nossa realidade, e ter conhecimento que isso não vai acabar bem, em algum momento um colapso lógico vai acontecer e tudo desmoronará levando sonhos e projetos pessoais. Neste circo, eu procuro trabalhar com desmascaramento, tento mostrar o cálice de equívocos que nos servem, mas é preciso boa vontade pessoal para entender.



Gerson Ferreira Filho.


Citação:


A revolução dos bichos. George Orwell Companhia das Letras.  


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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

O protocolo da insanidade.

 

                                                           Image by Szvenya from Pixabay. 






O protocolo da insanidade.




Em tantos textos produzidos quem me acompanha sabe que procuro de certa forma mapear os movimentos políticos do nosso tempo. Misturando-os com conteúdo de autores relevantes, fatos ocorridos e opinião própria. Isso tudo criou através do tempo para quem se interessar uma fonte de pesquisa rápida e um caminho para aprofundamento pessoal em diversos temas. Eu ofereço um inicio de jornada mesclado com um pouco de literatura no meu peculiar método de escrever. Procuro fugir da fria narrativa dos artigos para oferecer um toque de criatividade no texto além de pura informação. Acredito que seja mais prazeroso ter diante de si um texto com alguma criatividade semântica do que a aridez de um texto protocolar de trabalho universitário. Onde a rigidez das regras transformam o conteúdo em algo quase insuportável para se ler. Não necessitamos apenas de organização mas também de qualquer estilo e suavidade que possa ser oferecido como um carinho proposto no fluxo textual. A palavra que ensina deve também encantar como um suave e aconchegante perfume que envolve e se entranha no inconsciente. Tem e ser lúdico tem de dar prazer. Não adianta soltar palavras ao vento sem destino, o endereço tem de ser plotado na estrutura da imaginação para se tornar partícipe do destino de quem a recebe. Uma vez lá nesse nível, será companhia eterna a quem recebeu. Somos uma alma complexa e cheia de detalhes ocultos e assim precisamos de encanto para que nos tornemos algo além da lógica, um passo adiante da razão, um contexto com algum conteúdo de sonho para dar liga na composição que nos sustenta como racionais. E apesar disso com a capacidade de amar sem limites no amanhã. Reconhecer o próximo como um complemento de si e não como algo intolerável e que deve ser excluído requer diversificação mental e para isso a composição precisa da prosa da poesia e também da sutileza comportamental de um ser civilizado. E assim, após esse preâmbulo vamos ao assunto dessa crônica, a insanidade como regra. O Sectarismo moderno e abrangente desses nossos tempos onde a intolerância disfarçada de justiça social se infiltrou em mentes despreparadas para o exercício do poder. Mário Ferreira dos Santos cita algo a respeito: “O sectário é um cego intelectual, ou pelo menos um míope. Barbarismo, ainda. Do sectarismo ao exclusivismo é só um passo, pois quase todos os sectários são exclusivistas (“só nós temos a verdade”) e desprezam todos aos outros”. Então, semelhanças com o nosso sistema de justiça atual e nossos governantes? Este comportamento estranho deveria ser considerado algum distúrbio psiquiátrico mas hoje domina os postos de comando do país. Se você é dono da verdade então, temos um “deus” um algo assim peculiar e extravagante, que por conta própria resolveu emitir luz como os vaga-lumes, pelo rabo. E com suas nádegas luminosas impõem sua “verdade” para os que consideram incultos e selvagens habitantes da escuridão fora de sua particular sapiência constrangedora. E assim temos o que pode se considerar a justiça just in time, um Toyotismo procedimental onde se decide conforme o cliente de ocasião necessita. Dizem que é evolução ignorar a letra da lei aprovada em parlamento, afinal; para que serve mesmo o parlamento? Dizia-se no passado que era lá onde as leis eram discutidas e aprovadas, e uma vez finalizado esse processo entrava no cabedal de obrigações que deveriam ser seguidas. Apenas aplicadas, sem discussões periféricas de cunho tergiversatório. A lei é a lei, vale o que está escrito, era assim até em jogo de contravenção. Porém, contudo, hoje bem nascidos, criados com leite ideológico desde o berço resolveram se colocar acima de qualquer procedimento, Thomas Sowell tem para essa gente o título sugestivo de os ungidos. Mas quem definiu bem essa turma que mamou nas tetas de Karl Marx foi Jacques Lacan citado no livro a psicologia da estupidez de Jean-Francois Marmion: “A ignorância é uma ausência de conhecimento (sobre o que é o conhecimento e sobre si mesmo). Se a ignorância é um vazio, uma ausência capaz de ser contornada, em especial pela educação, a estupidez é o contrário: é uma suficiência intelectual que não precisa ser preenchida, pois já é plena por natureza”. Assim, os que hoje nos dominam como a estupidez são preenchidos de certezas e convicções de que possuem a tal "verdade” e sendo assim não admitem contestação ou nenhum recurso que desafie o cenário distópico que construíram para viver e nos incluíram à força nesse desvio rudimentar de raciocínio. Não se torna possível argumentação com sectários, a estupidez não permite inclusões de alternativas no procedimento, afinal, essa certezas são de origem divina somete acessível para os ungidos aqueles que foram untados com o óleo sagrado da sabedoria superior e portanto não podem ser contestados ou sequer desafiados para um raciocínio lógico. Temos então agora a categoria de semideuses da justiça, um confortável círculo de influentes agentes que pairam acima de qualquer coisa na realidade. E a distribuição dessa estupidez já foi implementada para instâncias inferiores, sendo assim, qualquer cidadão está ao alcance de algum desejo de privilegiados eleitos por eles mesmos. Este exotismo que sobrenada a nossa surrealidade bizarra se impõe sem nenhuma oposição dentro do seu próprio meio de origem, o estudo do Direito, outrora uma digna e respeitável cadeira acadêmica do estudo das leis.



A verdade que temos se impõe com citou John Adams: "Fatos são coisas teimosas; e quaisquer que sejam nossos desejos, nossas inclinações ou ditames de nossas paixões, eles não podem alterar o estado dos fatos e das evidências”. O que se tem hoje é errado, não importa se aceito por todos bovinamente, o erro não se corrige por aceitação ou imposição. Ele é o que realmente é, um erro. Mesmo revestido da mais sofisticada semântica produzida nas entranhas retorcidas dos jargões profissionais, ainda assim continua errado. Esta unção blasfema e deturpada domina o ambiente cevada no mais puro progressismo de cabaré. E não é só nesse meio que temos os ungidos, estão em grande número na sociedade também, Thomas Sowell Cita uma característica dessa turma: “Um dos chavões mais recorrentes do ungido contemporâneo é: “complexo”, geralmente dito com o senso de superioridade contra aqueles que discordam – estes últimos sendo taxados de simplistas”. Na falta de capacidade argumentativa o suposto gênio da raça aplica a palavra-chave para evasivas programadas “é complexo”. Entendam, ele, o “gênio” não se considera derrotado mas sim que enfrentou um idiota simplista. Lembre-se você está argumentando com um estúpido e sendo assim ele está cheio até o gargalo de certezas e convicções. Não há como incluir nele algo que preste e seja útil na compreensão do cenário. E assim temos esse protocolo da insanidade onde idiotas agridem a ordem econômica e estúpidos dominam às leis. O desastre social está armado, porque gente assim acha que economia é ideologia e o erro base está aí. Mais uma vez Thomas Sowell esclarece: “Desde que o capitalismo foi nomeado por seus inimigos, talvez não seja surpresa que o nome engane completamente. Apesar do nome, o capitalismo não é um “ismo”. Não é uma filosofia, mas uma economia. Fundamentalmente, ele é nada mais, nada menos, que uma economia que não é dirigida por autoridades políticas”. Economia é algo natural que se conduz e se contém dentro das regras que ela aceita de bom grado, e não um ritual ideológico que se sujeita a estupros e masturbações de acordo com a consciência social de quem governa. Ela costuma ser cruel contra quem a desrespeita em nome de propósitos esotéricos e heterodoxos. O resultado básico do estrago se vê e qualquer governo de esquerda que maltrate esse ser vivo chamado economia. Na maioria das vezes ela a economia aprecia austeridade e contenção de despesas públicas. Isto deveria ser do conhecimento de todos mas a esquerda adora um feitiço nessa área, e sempre se machuca seriamente. E o motivo é o de sempre, suposta preocupação com os desfavorecidos. Um mantra utópico com raízes no socialismo bocó. Que apenas consegue gerar miséria para o povo e concentração de renda em classes privilegiadas. A perfídia é a principal característica dessa ideologia e de quem a ela se associa, mas para quebrar esse ciclo será preciso oferecer muita cultura de verdade ao povo, até que consigam enxergar que estão sendo manipulados. A ideologia oferece um sentimento de preocupação com o próximo falso uma coisa quase cristã, mas o demônio tem suas sutilezas para encantar os despreparados.



Gerson Ferreira Filho.


Citações:


Invasão vertical dos bárbaros. Mário Ferreira dos Santos. É Realizações Editora. 


A psicologia da estupidez. Jean-François Marmion. Editora Avis Rara.


Os ungidos. Thomas Sowell. LVM Editora. 


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