quarta-feira, 28 de junho de 2023

Inadequação performática da estrutura política.

 

                                                      Image by Alex Yomare from Pixabay.


 Inadequação performática da estrutura política.




Não me desfaço com facilidade das sensações, minha característica, embora muitas vezes as relegue ao último escaninho da memória. E o espaço de armazenamento virtual aqui é grande, imenso. Revivo coisas que sinceramente, nem deveria me lembrar, coisas de berço. Uma vez ou outra eu revivo aquele momento, com cores e sabores, e todos teores das circunstâncias que se foram mas continuam vivas lá no arquivo, como rolos de pergaminhos adormecidos por pesada atualidade, que se desenrola na superfície da fria pedra do tempo, que se coloca como a mesa das oportunidades explícitas, prontas para mais um passo ousado estimulada pela conjuntura e do açodamento sem ambiguidade de um talvez romântico e irresponsável amanhã. Para frente apenas resta o que acharíamos, suposições, com as ressalvas do que chamaríamos de destino. Não me olhe assim, não leia meu texto como objeto, se inclua nele com paixão, eu sei, de certo modo se torna desconfortável metamorfosear-se em mim, mas tente, e absorva a essência do absurdo com meu propósito que tem o objetivo de atingir o impossível. Misture as estações consuetudinárias e adquira o habito de viajar performaticamente nas letras que dão ênfase a este objetivo inalcançável, ver o sol pleno se diluir para ser o caminho modular de um ritmo que tenha textura excessivamente áspera e quente, e assim adquiramos o polimento necessário para possuir o brilho das estrelas. Estamos aqui, neste texto, eu e você que lê, desorientados por eventos catastróficos do hoje, no torpor inédito de um momento devasso das ocorrências, onde não se tem memória para resgate e para que saibamos como poderá terminar isso tudo. A realidade está esfacelada, as regras não valem mais, a lei? Ora a lei, virou hipótese embriagada em alto teor alcoólico fornecido por abrangências vulgares de uma época imoral e sem limites civilizatórios firmes. Qualquer coisa passou a ser possível nesse cenário caótico, e subitamente qualquer um de nós pode moralmente ser estuprado com o amparo da lei, que passou a ser um derivativo da insanidade e não mais um regulador de boa conduta. E assim, todos nós que ainda possuímos um pouco de sanidade mental, sim nós, eu e você nesse momento único que a tessitura desse texto exótico proporciona, nós sabemos que um regime socialista é uma construção social preparada pelos velhos camaradas do partido. Não se trata da realidade que se vê ou que se sabe, mas um produto ideológico para domínio completo das almas toscas que se submetem ao conteúdo doutrinário. Por isso não consta como procedimento nas lembranças, nunca tivemos algo de tal intensidade aqui.


A bordo dessa nau sem rumo que se transformou nosso já decrépito cenário politico, temos consciência dos riscos, mesmo oferecendo até um teor pornográfico, sabemos de antemão que no comunismo não tem essa de brincar na portinha não! A ferramenta deles não tem ombro e eles são ciumentos, não existe essa coisa de parceria não. No atual regime a lei não está escrita, ela se constrói naturalmente a partir das elucubrações especulativas abstratas de um turbilhão metamórfico de hipóteses transcendentais, de acordo com o humor e o estado de espírito do dia da autoridade vigente ou de plantão. Claro, é possível perceber que essa performance estrutural não está boa, a composição mais parece massa de bolo que desandou. Fica difícil de explicar, e só poderia ser descrita de forma surreal como: se supostamente as cercanias do infinito forem paralelas com a versatilidade e a imprevisibilidade quântica da estrutura transversal de um plano longitudinal em relação ao vazio, teremos assim supostamente um extrato circunstancial da coisa toda a ser entendida. Compreendeu? Nem eu, mas assim é a lei agora. E se ela é assim, não dê bobeira, não se aventure a provocar com questionamentos razoáveis o que não tem razão. Eu tenho vasta experiência em conviver com maluco e posso lhe afirmar, nosso cotidiano bem precisa de Hadol com urgência. Quiçá uma boa camisa de força e um quarto acolchoado. Algo supostamente aconteceu com o mundo, ou o mundo realmente acabou em 2012 de acordo com o calendário Maia e nós ficamos para trás, ou precisamos de explicação dos astrofísicos, alguma onda gravitacional nos atingiu e inverteu tudo no mundo. Lamento meu parceiro de leitura, a imponderabilidade do mundo real transcendeu qualquer delírio psicodélico, ainda não lamente, estamos vivos, eu aqui, preso nesse texto, e você ai fora, em algum momento histórico da estória furtiva que nos abriga mesmo sendo em ocasiões diferentes. Circunstancial é o momento no tempo no qual podemos conviver mesmo não estando presencialmente juntos. Eu estarei aqui sempre que você quiser conversar, neste e em tantos outros textos, artigos e crônicas. Livros já produzidos e a disposição, também estes são a minha casa. E mais essa cônica deverá pertencer a um novo livro, então não se preocupe, essa minha parcela de realidade não tem como fugir daqui.


Então, assim estamos por algum motivo, e o mais recente podemos com toda certeza concluir foi a falta de habilidade politica e de ousadia necessária para cumprir uma certa liturgia de poder necessária para aplicar a correção possível no cenário. Dentro do desastre total, podemos apenas contar com algumas lições aprendidas. A que vivíamos numa ilusão, acreditávamos que existia uma força armada que zelava por nossa segurança e liberdade, não temos. Que políticos eleitos como se fossem nossos representantes não o são verdadeiramente. Trabalham controlados por barganha de interesses diversos e não os interesses dos eleitores que lá os colocaram. Se em algum outro momento histórico alguns de nós ainda tivermos alguma vida cultural esses momentos perversos estarão aqui de alguma maneira preservados para a posteridade. Enfim, a estrutura política pode colapsar e gerar algo melhor que esse momento turbilhonado por infâmias. Forçados que somos agora a aceitar todo um linguajar muito peculiar e evasivo quanto a realidade, ao menos precisamos manter a esperança de algum colapso fortuito que desmanche a estrutura do pesadelo. Expostos que estamos a toda essa alquimia conceitual da estrutura da realidade, simplesmente surfamos a crista desse feitiço verbal em compotas. E a prudência se faz necessária é claro, onde pensar virou crime emitir opinião passou a ser um ato de ousadia que beira a irresponsabilidade com a própria segurança, nunca se sabe o que exatamente pode provocar a ira do sistema. Absortos estamos em praticamente estado contemplativo perante tudo que acontece, assistindo a evolução de eventos que certamente prejudicarão nossas vidas, mas neste final de Junho de dois mil e vinte e três, princípio de inverno, não há o que fazer, no futuro próximo, quando ficar evidente o descompasso da forma de pensar da população em relação a opinião oficial permitida, campos de “reeducação” serão implementados, onde todos nós, os que divergem serão “reprogramados” para um perfil mais amigável e dócil com relação ao sistema. A classe dominante não gosta de gente contrariada, um belo e franco sorriso nos lábios é fundamental para exibir o sucesso da politica de coletivização e padronização. Todos felizes, embora não sejam, porque o fundamental é a aparência. Mas não se preocupe com isso, talvez você possa até ser usado de forma pragmática em algum projeto de mudança de sexo para se tornar inclusivo em algum ambiente no qual será necessário a transformação. Lembre-se da frase símbolo dos novos tempos: você não terá nada e será feliz. Foi bom conversar contigo, apareça quando for possível.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



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sexta-feira, 23 de junho de 2023

O sabor da sensação.

 

                                             Image by Christo Anestev From  Pixabay. 



 O sabor da sensação.


Então, vamos a aleatoriedade do cotidiano a bordo de um regime de exceção. Onde opiniões e raciocínios devem ser medidos pela régua oferecida por quem manda, e se por acaso alguma coisa for considerada inconveniente, algo desagradável pode acontecer. Na perversidade oblíqua do dia a dia, a população com menos recursos assiste dondocas empedernidas de esquerda em programas televisivos depenarem-se com interpretações de tradições, nos tribunais um conto kafkiano toma corpo ao tentar se atribuir um ato a um fato inexistente. Ministros de Estado passeiam em regiões controladas pelo tráfico de drogas, seguindo todas as regras dos donos do local, é claro! E jornalistas de órgãos de mídia e imprensa oferecem sem nenhum constrangimento sua total ignorância e analfabetismo funcional ao público ao citar que pessoas em um submarino em profundidade de mais de três mil metros podem sair dele nadando para se salvar. Detalhe peculiar, essa gente é que forma o corpo de especialistas em censurar e ditar opinião, dizendo o que é apropriado ou não. Os checadores de fatos editores da opinião alheia. O jumento que conduz a carroça e não a puxa. Mas convenhamos, em um mundo onde se leva a sério ainda Karl Marx, refutado por inúmeros intelectuais e produtor de obscenidades filosóficas retumbantes não poderíamos esperar muita coisa. Mas convenhamos, um mérito ele tem, criou a maior fraude intelectual da história, e de muito sucesso, pois sobrevive até hoje recauchutada e adaptada por intelectuais através do tempo para que se tornasse digerível aos estômagos mais sensíveis. E olhem, é preciso muito malabarismo para tornar atrativo o fracasso. Mas tem explicação lógica, se o conteúdo é controverso, se trabalha a capacidade cognitiva, reduzindo-a se cria a possibilidade de encaixe do disparate no contexto. Com repetição e com a eliminação de todo e qualquer autor que contradiga a pajelança filosófica o terreno se torna amigável para que se introduza qualquer coisa. Nem mesmo a inhaca, aquela sensação desconfortável de podridão e falta de higiene pessoal no contexto azedo se torna perceptível para a vítima do processo. Como já citei aqui em outra crônica: a podridão é o ambiente ideal para o verme. Uma vez, completamente absorto e doutrinado, embalado para consumo político, é a isso que se reduz o ser humano que se permitiu levar e ser seduzido por ideias de jumento. Não há mais oposição de ideias, de conceitos, avaliação de certo e errado, o mundo para esses, gira e prossegue apenas para um propósito infame, a coletivização. O indivíduo e seus sagrados direitos foram esfacelados e diluídos por propostas e promessas indecorosas de um mundo melhor. Um dia eu também quase acreditei em toda essa baboseira, e como me libertei? Ora! Lendo os autores proibidos, aqueles que demostravam claramente que todo o contexto oferecido em termos de educação política e econômica era uma fraude escandalosa. No princípio causa evidente desconforto tomar conhecimento da realidade, mas o progresso do aprendizado da informação verdadeira aos poucos se torna transformador e libertador, o que provoca a sensação única de transcendência intelectual.


E essa sensação tem sabor, tem assim como um bom vinho o seu próprio e sofisticado bouquet marcante e próprio de sua composição divina de aromas inebriantes que fazem sonhar e não mais o cheiro de tampa de esgoto coletivista do socialismo. Não chegamos a este cenário caótico impunemente amigos. Vacilamos, todos nós que ainda preservamos algo de normal no raciocínio prático do dia a dia. Permitimos o aparelhamento da cultura, da arte e de qualquer manifestação intelectual por décadas, o resultado não poderia ser outro, A ignomínia se instalou sorrateiramente no inconsciente de toda uma geração que hoje comanda o país, e até poderíamos dizer que se trata de um problema mundial. A podridão conceitual é abrangente, tem ramificações pelo mundo. O que faz com que todos nós, todos no mundo dancemos na beira do precipício, embriagados no puro delírio coletivo construído para nossa completa destruição. Não é hipótese, nem conjectura, se trata de fato, a insanidade através de aculturamento se tornou tão intensa que as pessoas pensam que possuem razão mesmo dentro da completa falta dela, não existe mais ponderação, o raciocínio foi descartado e substituído por uma convicção construída por feiticeiros da desestruturação semântica da realidade. Desumanizaram a coletividade para melhor obter manejo como animais irracionais. A boiada humana não possui a mínima ideia para onde estão sendo conduzidos, acéfalos padronizados se permitem até um momento de arrogância fortuita intuitivamente conduzida por ação do deslocamento de todo o agrupamento através da obediência coletiva aos ditames padronizados por seus senhores. Enfim o conforto do conjunto está em não estar sozinho na caminhada, ao som do berrante institucional açodam-se por cumprir o trajeto, açulados assim instintivamente prosseguem sem ao menos um tênue sentimento de dúvida quanto ao destino, essa capacidade lhes foi retirada por intenso adestramento. Não devemos, nós os sobreviventes cognitivos, esperar nenhuma mudança súbita neste rígido perfil social, na verdade falamos por desabafo, porque é necessário que sobrevivamos intelectualmente a este período. Poucos de nós restam, é perceptível, até pela frequência de leitura que este texto terá e por tantos outros textos e crônicas que escrevo e não conseguem engajamento de público para adquirir abrangência. Poucos se interessam, raríssimos possuem capacidade interpretativa real de textos para entender a mensagem, e outros tantos que conseguem entender ainda ficam melindrados com o conteúdo. Sem ofensas, sei que meu texto é um pouco rebuscado e não possui o formato usual da padronização clássica, mas o objetivo é este, aumentar o vocabulário de quem lê e não deixar que tantas palavras da nossa língua acabem morrendo por desuso. Sem contar aquela turma que acaba tendo uma disenteria catastrófica ao ler algumas verdades inconvenientes com a própria crença enraizada em anos de doutrinação de estábulo governamental. Lamento, jovens, enquanto existir um filete de saúde, estarei aqui para ser inconveniente com a realidade. Quem lê meus textos e acompanha as minhas citações de autores consagrados, já tem um bom roteiro de leitura adicional para enriquecer seu conhecimento pessoal a respeito do mundo em matéria de economia, filosofia, política e comportamento. Faz parte da minha contribuição.


Politicamente eu continuarei conservador e sempre apoiarei os que verdadeiramente se engajarem nessa pauta. Estarei com eles, os que defenderem o real conservadorismo, seus valores e princípios até que se prove o contrário, um possível envolvimento com ilegalidades e desvios de conduta. Não é uma santificação que procuro, mas comedimento com a coisa pública. O homem perfeito é uma impossibilidade, mas hoje vivemos tempos de exagero de sem-vergonhice explícita, é plenamente possível não ser prefeito e trabalhar em busca da sonhada perfeição e não ao contrário. No governo que passou, onde depositamos esperanças verdadeiras de mudanças de rumo, fomos enganados; mas mesmo assim, continuei apoiando com muitas criticas até o final, era evidente que algo desandou de forma inacreditável em certo momento, mas a verdade se estabeleceu. Vozes de responsabilidade foram perseguidas, uma vez que se aceitou o descalabro, estas, se tornaram inconvenientes. E através principalmente de apoio remunerado, formado por assessores de gabinete provavelmente, foi realizado um estrangulamento do próprio eleitorado, algo insano de se pensar, amadorismo infantil originado talvez, não por profissionais de marketing mas pelo círculo familiar. Ao perceber isso, o adversário viu que conduziam o país como um armazém de bairro classe média, infiltrou-se como pode, e em determinado momento, pela agenda aprovada nem se sabia mais se era um governo com viés conservador ou um legítimo governo de esquerda progressista. Ainda hoje prosseguem na ilusão de aeroportos cheios de classe média recepcionando o derrotado, a derrota não foi suficiente para entenderem que a estratégia está errada, será preciso perder mais alguma coisa. Talvez a liberdade em algum processo exótico e surreal. Continuam, com citei em outra crônica hoje presente no meu livro Fragmentos do momento, governando ou tentando governar apenas para a Bélgica e não para a Índia. A famosa Belíndia o que nós somos, definida pelo Edmar Bacha. A nossa parcela Índia neste caso é aquele povo que reclama da qualidade do conteúdo da cesta básica distribuída que vimos recentemente em redes sociais. Dessa camada social eu garanto que não tinha e nem vai ter ninguém em aeroporto esperando ídolo político, mas estarão na seção eleitoral para votar. Ou seja, os erros de interpretação da realidade permanecem, Acho que levaram pouco fumo, precisam levar mais nesse fornilho político. Eu daqui do alto da minha idade e da minha frágil saúde, colecionando enfermidades, vou tentando ajudar com o que adquiri estudando e trabalhando a vida inteira. Coloco a disposição para quem se interessar, e vier em paz debater ideias. Aprecie o sabor da sensação.




Gerson Ferreira Filho.

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terça-feira, 20 de junho de 2023

Artificialidade concreta.

                                              Foto de Rajukhan Pathan by Pexels Free.




 

Artificialidade concreta.



Supostamente em alguma fração hipotética de um momento ficcional construído com conjeturas em forma de parábola assimétrica quanto a realidade presente, temos evidenciado neste contexto louco a possível condenação de alguém por um ato que por ser um ato não realizado, mas que poderia ter sido, materializa holograficamente o delito justificando a condenação. Está certo que o elemento alvo dessa ação se trata de um imbecil, pois se existisse vontade real o faria, e não performaria uma imagem de decisão onde nada existia de vontade concreta. Ao gargantear e aspergir perdigotos valentes sem determinação adequada, umidificou hipóteses que sabia de antemão serem impossíveis dentro do cenário que o cercava cheio de pusilanimidade, recatos e receios do principal grupo com o qual poderia contar para essa aventura. E aqui nada de depreciativo há no termo aventura, porque de aventuras se constitui a história, grandes transformações da civilização se devem a ousadia de aventureiros e sua tenacidade de aplicar esforços no que era considerado impossível. Não houve temor por consequências, não existiram pruridos e nem pudor para praticar o ato de transformação da realidade onde a coragem e a determinação foram a base do deslocamento temporal de atitudes transformadoras. Sem coragem, não se bebe nem um copo d’água de manhã. E tudo isso nos leva ao cenário kafkiano atual, onde provavelmente uma ação não realizada mas presente em ensaios não concluídos irá assim condenar alguém, não pela capacidade, mas pela ausência dela, pela ausência de determinação e foco no que realmente importa, a ação. Nossa tradição construída em pusilanimidades consuetudinárias com hábitos perversos e usualmente interpretada com carinho por feiticeiros jurídicos, onde a plasticidade fluida da interpretação legal se adapta ao formato da ocasião, não permitirá que o devaneio de um fanfarrão passe incólume, ele pensou? Crime praticado. Cuidado com o que você pensa viu? A inconsistência material de uma forma de pensar não serve mais de escudo protetor para uma condenação, porque hoje a lei pode te buscar mesmo no profundo inconsciente do seu ser e lhe condenar por uma extravagância usual dos seus sentidos ocultos mesmo fora de sua atual percepção real.


Não se preocupe, estamos em momento de transição, em breve todos estes juízes estarão desempregados, a inteligência artificial os colocará na prateleira a obsolência, algo que trabalhe muito melhor com regras estabelecidas e gerencie obviedades de maneira mais correta os substituirá implacavelmente, assim como substituirá todo e qualquer elemento que não possua algo bem diferenciado e importante para a nova sociedade que se avizinha. Na verdade, toda essa confusão social e cognitiva apenas demonstram o final de ciclo da nossa civilização. Quando os valores mais determinantes de controle do convívio social começam a colapsar por interpretações exóticas e excêntricas, algo na estrutura chegou ao fim de seu ciclo e vai desmoronar para dar vez a um novo momento no tempo, entre as urdiduras do espaço que nos sustenta. Nosso contexto pulsa descompassado como os últimos suspiros de um tempo histórico que se consumiu implacavelmente até as bordas da razão. Não há mais combustível lógico para sustentar o momento no qual se impõe a escassez de sentido. E sem sentido, sem propósito não há vida. E dentro dessa desorganização social encontramos a aglutinação de tendências, como a ação de um elemento químico adicionado em emulsão para o favorecimento do agrupamento de elementos com afinidade estrutural. Então, temos assim petistas, bolsonaristas como principais vertentes, e outros diversos grupos de acordo com a afinidade política e grau de entendimento da realidade, e claro, não poderiam faltar os que intitulo de neo-anarquistas, aqueles que atacam tudo e todos no espectro politico, não revelam preferência por ninguém, mesmo os novos postulantes a qualquer cargo ou função política. Como o famoso ditado dessa tendência: “hay gobierno? Soy contra”. Essa turma bate firme em qualquer um com pretensões políticas mas nunca revelam seu amor verdadeiro. Eu pessoalmente considero o anarquismo desestruturante e destrutivo quanto a organização social. Não contribui verdadeiramente para avanço e aperfeiçoamento político nenhum, apenas, pois a sociedade sempre vai convergir para alguma forma de governo que a controle, o controle de animal gregário ou a democracia, onde o indivíduo é valorizado, e ao anarquizar o ambiente, adivinhem que sistema politico sai favorecido? Sim, o regime de opressão, de controle e de infâmia contra o cidadão, a menor fração social e a mais frágil. Em ambiente turbulento e desorganizado, este é o que mais sofre e em alguns casos é até eliminado para o conforto dos que governam. Ou seja, apostar politicamente na baderna generalizada, na ausência de comando é contraproducente em relação a civilização. É uma opção válida no espectro politico, mas essa liberdade, que deve existir de escolher até não ter escolha deve ter sua avaliação entre seus membros e de adeptos. Não existe agrupamento social sem comando, nem na época dos caçadores coletores. A hierarquia social em grupos de humanos se apresenta com algo completamente natural de origem.


E assim mesmo dentro dessa artificialidade concreta do nosso cotidiano de textura bizarra e surreal existe a necessidade de uma ordem mínima e praticamente natural, embora todo o nosso contexto não contribua para isso. Mesmo no hospício há de se ter alguma ordem, o mínimo para a estruturação desconexa de um ambiente insano, porém minimamente funcional. A falta de um controle mínimo gera o vácuo de poder onde as atrocidades mais cruéis se refestelam com os corpos dos inocentes. E aqui voltamos a crueldade de ser irresponsável com o que é um bem comum, a democracia. Ao se propor capitanear uma mudança política e portanto social em um país, se faz necessário ter propósito consolidado, um objetivo sólido e que não será abandonado pelo caminho na primeira dificuldade ou confronto com as forças opositoras, a tenacidade na construção dessa nova realidade tem de ser completa, sem hesitação ou temores que provoquem recuo e corrida para acordos sombrios para sobreviver. Se lá no início ficar evidenciado que não dispõe de apoio das instituições para realizar o plano inicial, adapte-o com responsabilidade, realizando uma flexibilização plausível sem conceder terreno para o inimigo, se a estrutura é realmente fraca, covarde, está totalmente e irreversivelmente contaminada nem comece. Sem um bom alicerce nenhum projeto vence. Não serão fanfarronices e ilusões e joguinhos psicológicos infantis que irão assim construir verdadeiramente um país. E cá estamos nós nesse momento absurdo, onde alguém provavelmente será condenado por possibilidade e não por ação. O jogador irresponsável será punido pelo blefe que não realizou, mas pensou. No fim não deixa de ser irônico, punição por ação imaginada e não cumprida, talvez evite no futuro o surgimento de palhaços performáticos que prometem e não cumprem suas palavras. O teatro ficou perigoso.



Gerson Ferreira Filho.

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quarta-feira, 14 de junho de 2023

A pedra fundamental.

 

                                                      Image by Septimiu Balica from Pixabay.




 A pedra fundamental.



Então, mesmo sem ter muita vontade de abordar mais uma vez este tema, política, nestes dias absurdos não é possível escapar. E para isso já de início preciso citar de cara Russell Kirk: “A permanência de uma sociedade é o conjunto daqueles interesses e convicções duradouros que nos dão estabilidade e continuidade; sem essa permanência, as fontes do grande abismo se rompem, jogando a sociedade na anarquia”. E também: “O conservador, em suma, favorece um progresso refletido e moderado; opõe-se ao culto do progresso, cujos devotos acreditam que tudo o que é novo é necessariamente superior ao que é antigo”. Assim partindo destes parâmetros iniciais, quem se intitula conservador não aceita e se alinha com nenhuma pauta progressista, porque entende que mudanças rápidas ou atabalhoadas na sociedade podem destruir sua estrutura básica de funcionamento. Não é possível para alguém no espectro conservador negociar valores por governabilidade, até porque os que deram seu voto a ele, deram para que os representasse e os seus valores particulares. Um comportamento inadmissível por um político que se elegeu utilizando o rótulo do conservadorismo. Entendam, aqui não menciono nem direita liberal, pois essa é chegada a acordos obscuros por governabilidade, um liberal clássico seria capaz de algumas atrocidades em troca de lucro. Menciono o real conservadorismo, o compromisso com valores, dentro da direita existe uma diferenciação básica entre essas duas correntes de pensamento, que no passado foram mais próximas mas na atualidade se distanciaram nos fundamentos básicos. O liberalismo se torna útil na economia e no comércio, porém em questão de comportamento social gosta de frequentar um progressismo elementar, e com isso perverte toda a sociedade. O liberal aceita pegar uma gonorreia progressista se isso oferecer alguma vantagem no cenário econômico. Isto já não é aceitável entre conservadores, é uma imoralidade comportamental perigosa, um comportamento promiscuo e deletério. E dentro dessa insalubridade evidente o progressismo aproveita para gerar abrangência representatividade e domínio na sociedade com suas políticas infames quanto ao comportamento social civilizado estabelecido por séculos de aprendizado de vida em sociedade. A verdadeira vida com regras de respeito e ainda assim sem serem invasivas quanto a individualidade e atitudes próprias de cada elemento que compõe uma determinada coletividade. Viver em conjunto se torna simples desde que as individualidades sejam respeitadas. O progressismo possui um cacoete de transformar a periferia comportamental em núcleo e dar-lhes protagonismo e poder para interferir em toda e qualquer preferência adjacente ao seu entendimento. É invasivo, inconveniente, improprio e desconfortável para o parâmetro de boa conduta.


Assim sendo, não há a mínima possibilidade de apaziguamento entre essas duas vertentes, ou você aceita viver numa sociedade do vale tudo ou se situa entre os que respeitam a tradição. O político que vier com o discurso de governar para todos está mentindo, um politico eleito, numa democracia de verdade, foi eleito por um segmento social, e sendo assim governará para os que o elegeram, não existe governar para todos. Ou não seria necessária eleição, pois qualquer um pode governar para todos. Ao derrotado em eleições limpas resta viver sob as regras do vitorioso, e assim aguardar a próxima oportunidade democrática para fazer com que sua ideia de governo vença e se torne política de Estado. O turbilhão político numa democracia costuma fornecer oportunidades para a diversidade, basta convencer o eleitorado, o povo, que sua ideia é melhor para o conjunto social. O duelo de tendências é saudável para o processo, e provoca evolução na sociedade. Embora haja uma tendência incontrolável entre socialistas e progressistas de se apropriar do poder quando vencem e assim desvirtuam o objetivo democrático estabelecido. Aquilo que não é bom tem de ser imposto pela força. Você não vende um produto ruim a não ser se você obrigue o seu cliente a comprar o lixo que você vende com intimidação ou ilusão. A percepção coletiva nunca se move subitamente, se torna necessário um tempo de maturação, geralmente longo, para que certas coisas fiquem claras e provoquem um deslocamento conceitual de preferência majoritária. E a esquerda progressista trabalhou com determinação e paciência neste flanco. Hoje temos uma população que mesmo quando se diz de direita e conservadora adota comportamento típico de esquerda em vários assuntos e temas do cotidiano, foi gerado uma esquizofrenia politica na coletividade, onde pautas típicas de esquerda são aceitas e até tidas como razoáveis por supostos conservadores. A famosa frase “a política é a arte do possível” é uma dessas imoralidades políticas, pois revela que para chegar a um desfecho, você aceitou um percentual de algo inaceitável. Algo como: você não vai ser enrabado mas fará um boquete em favor da governabilidade. Lamento senhores, um conservador de fato jamais faria algo assim.


Liberais e conservadores possuem um comportamento diferente e uma interpretação da realidade variada, mas o liberal se comporta de maneira mais arrojada mais ousada e assim imprudente quando se relaciona com progressistas. Socialistas são totalitários, não desejam realmente diversidade, o que pregam apenas parece inclusão social, uma vez no poder, todo e qualquer direito deixa de existir, é uma isca, um engodo, uma armadilha social para capturar o controle absoluto. Uma vez que o conseguem, todo direito individual, de qualquer segmento, de qualquer minoria some em nome do bem coletivo do suposto bem comum. Não é possível flertar e negociar com gente assim. Russell Kirk cita: “É uma característica do radical pensar no poder como uma força para o bem – desde que o poder recaia em suas mãos”. Essa gente não tem como o objetivo o bem-estar social, visam apenas o poder absoluto. E acrescenta: “O conservador trata de que, em uma sociedade, nada seja totalmente velho ou totalmente novo. Essa é a maneira pela qual se conserva uma nação, da mesma forma que se conserva um organismo vivo”. Podemos dizer que esse nosso organismo vivo, nosso país, no momento está gravemente doente, na UTI política por contaminação extremada de progressismo socialista, não sei se vamos sobreviver como nação, mas a imprudência generalizada de políticos com rótulo conservador e de direita que negociam e aceitam pautas e agendas progressistas com o argumento enviesado de governar para todos estão apenas espalhando a infecção. A pedra fundamental do conservador é a tradição, e a boa tradição considera que dinheiro sem origem comprovada não pode ser aceito, pois uma gigantesca quantidade de ilegalidades e imoralidades geram dinheiro. Sim, dinheiro tem carimbo sim, pode ser carimbado de cocaína, prostituição, escravidão, contrabando, suborno, ditaduras brutais, uma miríade de atividades ilegais. Ao aceitar dinheiro sem origem declarada se cria uma associação e facilitação com todo este conjunto de ilegalidades. Não chegamos aqui por acaso, entre omissões, acordos escusos e covardia construímos o cenário. Bastaria comedimento politico na condução do processo, mas agora é tarde. A funerária já está de prontidão.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citação: Russell Kirk A política da prudência. Editora É Realizações 2013.


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domingo, 11 de junho de 2023

Conflito permanente.

 

                                                 Image by 愚木混株 Cdd20 from Pixabay



Conflito permanente.



Estamos naqueles dias, onde viver o que foi vivido está mais confortável do que se vive hoje. Subitamente viajo paralelamente ouvindo paralelas de Belchior, quando do meu fusca azul arara incrementado ouvia naquele carro num possante TKR auto reverse, naquele trevo próximo a avenida Francisco Bicalho a 100 por hora nas madrugadas mergulhadas na densidade infinita dos meus sonhos. Todas as incertezas daquele momento me são muito mais amigáveis do que o cenário perverso que foi construído e onde me situo nessa margem instável. A maior parte do que construí ainda não existia, e nem uma mínima conjectura ou hipótese servia de abrigo para todo esse caminho percorrido. Todas essas hoje intransponíveis distâncias se aconchegam na intimidade desse momento venal que me suborna com delícias do que se foi, mas ainda vive em mim. Dentro da minha inquietude venci, cai no mundo repleto de crocodilos metafóricos, alçapões dissimulados em sorrisos revestidos de falsa amizade, e a perfídia de tantos que deveriam prestar socorro porém me estregaram apenas a infâmia. Viver não é para os fracos, nem para os dóceis, é preciso pescar o demônio em cada esquina, e estripá-lo sem nenhuma parcimônia apenas para marcar seu espaço no contexto da realidade. Naquele dia longíssimo, voltava de muitos beijos e amassos, e ainda impregnado do fervor da carne, me perdia na velocidade possível numa pista sem obstáculos. É muito bom estar vivo, mesmo dentro de seus limites evidentes neste palco improvisado onde vim parar. Enquanto eu vivia, o restante era inoculado com um patogênico psicológico de efeito gradativo destinado a perverter cérebros que um determinado dia viriam a comandar o país. Eu o Cuba libre, o cigarro e as coxas macias da minha loura e o restante se masturbando com ideologia e canábis. Sempre achei aquela gente esquisita, aquele povo que frequentava os barezinhos de Santa Tereza onanizando-se com altos papos filosóficos de falsos filósofos e ejaculando asneiras uns nos outros entre uma baforada da erva e outra. Eu trabalhava a semana inteira no comércio, pegava uma praia no fim de semana no Arpoador, e a noite o baile tradicional de domingo no clube do bairro, sem tempo para orgias mentais entre indivíduos universitários com banho vencido e roupas ensebadas. Para meu infortúnio, essa gente lamacenta comanda o país hoje, Claro, doutrinados, flutuam numa massa abjeta de conceitos distorcidos da sociedade e fazem questão de arrastarem todos para lá, o ápice existencial do verme está na podridão do ambiente.


Ao menos vivi, existi em um tempo romântico, fora das artimanhas ardilosas de eunucos da ideologia, e isso foi muito bom. Aqui do alto do tempo que passou contemplo e desfruto de lembranças que me são caras, que me pertencem e eu pertenço a elas, foram sorrisos, lágrimas e mágoas no fluxo inexorável do tempo que foge de mim, porém incorporado ao meu ser, aquele momento é inviolável me pertencerá para sempre. Metafisicamente eu sempre estarei lá e aqui e nunca lá ou aqui, apenas os insanos não conseguem se situar temporalmente em si, como estabeleceu Jung. E como os amplos espaços são meus, na avenida central do meu ser há caminho apenas para o que eu realmente desejar. E até utilizando as palavras de um dos mentores dessa gente, para ficar bem claro para eles, Sartre disse: “Corremos rumo a nós mesmos, e somos por tal razão, o ser que jamais pode se alcançar”. Sou inalcançável, até mesmo por mim. E voltando a Jean-Paul Sartre: “Sou meu passado e, se não o fosse, meu passado não existiria nem para mim nem para ninguém”. Estou fora do assanhamento perverso daqueles que venderam a alma aos ideólogos de botequim naqueles dias de baforadas confortavelmente inquietantes. No meu universo particular mando eu, e lá não tem lugar para este tipo de bestialidade ideológica. Embora parecendo, não sou solipsista, não sobrevivo apenas em mim mesmo, mas mantenho meu refúgio guardado e fortificado contra o assédio dessas loucuras artificiais. Lá não aceito os parâmetros vagabundos dessa ideologia nefasta que usa oportunistas de todas as espécies para solapar a integridade mental de quem por acaso escapou da doutrinação programada. No que puder fazer, não permitirei que passem incólumes, estes profetas da destruição, que nos arrebanharam para o sacrifício. E se tudo isto for uma simulação, serei a anomalia sistêmica, o desconforto de projeto no circuito lógico do programa. Aos poucos que sobraram com o discernimento integro recomendo cautela, vivemos numa época psicótica, e a sociedade está em pleno surto. Se vivemos entre loucos se faz necessário ao menos procurar entender a loucura, decompor estruturalmente o problema ajuda a encontrar a solução.


Jacques Lacan fala algo a respeito do processo: “Devemos nos deter nessas coisas, e não perder o caráter distintivo, se queremos compreender o que se passa verdadeiramente, e não simplesmente, com a ajuda de algumas palavras-chaves, ou desta oposição entre realidade e certeza, nos desembaraçar do fenômeno da loucura”. O ambiente no qual estamos mergulhados hostiliza a razão e a verdade, os atributos do equilíbrio foram descartados e substituídos por construção social produzida para o resultado obtido nesse hoje fora de sincronismo com a realidade, que prossegue em soluços de uma máquina que está fora do alinhamento correto. Essa loucura já ocupou e delimitou seu espaço no cotidiano, e hostiliza a boa e velha razão, apenas colhemos derrotas, se faz necessário reforçar com boa conduta no núcleo familiar para sobreviver a ignomínia, que transborda das instituições que deveriam trabalhar para o equilíbrio social, mas se transformaram em elemento de transformação social, guiadas por ordens do exterior. Negociaram a bom preço nosso destino sem constrangimentos e sem remorsos, já somos literalmente tratados como gado, como uma boiada, de acéfalos ruminantes conduzidos apenas pelo valor econômico atribuído ao conjunto. Estamos assim em conflito permanente para tentar existir de forma humana, comandados por almas atormentadas por delírio construído metodicamente através do tempo. Aquelas almas mal lavadas que puxavam um fumo na noite carioca, e saboreavam um licor mentolado, muitas delas hoje são as autoridades que produzem nosso amanhã. O que poderia dar errado? Lacan também cita: “O delirante à medida que ele sobe e na escala dos delírios, está cada vez mais certo de coisas postas como cada vez mais irreais”. Portanto, esqueçam qualquer esperança de alívio nessa provação, a tendência será o aprofundamento na insanidade. O maligno nos envolve nessa bruma corrosiva onde sobreviver passa a ser um ato de fé.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.


Citações:


Jean-Paul Sartre O ser e nada Ensaio de Ontologia Fenomenológica. Editora Vozes.


Jacques Lacan O seminário livro 3 as psicoses. Zahar Editora.




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