domingo, 26 de fevereiro de 2023

Intensidades reclusas.

 


                                               Imagem de Gerd Altmann por Pixabay.


Intensidades reclusas.


O que seria mais intenso viver a harmonia da certeza ou na amplitude caótica da realidade? Há que se ter flexibilidade para habitar as reentrâncias sombrias do mundo real. Até por isso, em processo de fuga, poetas sublimam viagens astrais em composições que romantizam o agora, e assim metafisicamente produzem o refúgio confortável onde tornam possível ser e não ser nessa exatidão de momento, onde o estar não significa exatamente viver aquela ocasião de agonia. Mas necessariamente não se foge de seus próprios fantasmas, uma vez que eles habitam você, fazem parte do que você é, e somente um íntimo dialogo interno entre estes vários vocês vai proporcionar conforto. O si mesmo emerge pouco a pouco, através dos numerosos estágios do desenvolvimento descrito por Jung. Mas temos ainda o acréscimo de Jung a respeito dessas diferenças: “No começo, a consciência surge como a aurora quando o ego infantil emerge das águas da inconsciência, e o seu crescimento, expansão e crescente complexidade e poder coincidem com o crescimento e desenvolvimento do corpo físico que o aloja. Quando o corpo cresce, o cérebro amadurece e as capacidades de aprendizagem se desenvolvem e expandem, o ego também desenvolve seu vigor e capacidades”. Então, uma vez nessa comunidade interna, reorganize-se metodicamente conhecendo cada milímetro desse labirinto pessoal, todas as suas particularidades, pois afinal de contas tudo isso é você, e o mundo atualmente não está para brincadeiras, a insanidade foi cultivada em larga escala, e se você tem algum resquício desse lixo ideológico dentro de você, saiba, será eternamente inconveniente conviver com isso. Não se alcança o equilíbrio com extravagâncias artificialmente produzidas para conduzir a um destino artificial.


Oportunamente e sem nenhum resquício de circunstancialidade se apoderaram de você. O colocaram numa bolha de símbolos produzidos para limitar seu desenvolvimento, direcionando sua intelectualidade a um propósito definido. Não mais entender o mundo como ele deveria ser naturalmente, mas sim de acordo com um padrão estabelecido de sociedade coletiva, onde nem você é dono de si mesmo, e ainda assim vai desejar esse encabrestamento animal na sua vida. Você foi engarrafado e não se deu conta disso, e ainda critica quem mostra seu perfil delimitado por um padrão. Uma pergunta pertinente: se a sociedade vai se reorganizar, vai redefinir seu padrão existencial, você jovem agora, quem cuidará de você no futuro? Meus avós foram assistidos pelos meus pais, eu fui amparado pelos meus filhos no momento mais crítico da minha vida, onde flertei com a morte de maneira intensa, e você jovem progressista? Uma vez que não terá filhos, seus pais morrerão, e neste momento, será o Estado que lhe estenderá sua “poderosa” mão? Considere um intervalo por favor, vou sair um pouco do contexto para rir. Bom, voltei, e agora que nesse seu mundo não existe mais a família, para lhe passar valores e padrões humanos de comportamento, sua coisificação estará completa. Votando a Jung nas palavras do Dr Murray Stein: “Na primeira metade da vida, o principal projeto consiste em desenvolver o ego e a persona até ser atingido o ponto de viabilidade individual, adaptação cultural e responsabilidade adulta pela criação dos filhos”. Assim, como você jovem coisificado por progressismo socialista não terá família, nessa sua metade de vida, se é que podemos chamar isso de vida, seu ego não se desenvolverá. E isto é muito grave e incapacitante, traduzindo, você será inviável individualmente. Sem adaptação cultural e sem responsabilidade adulta, o que você será na realidade?


Voltando mais uma vez a citar Jung: “O que é universal, porém, e portanto arquetípico, é toda e qualquer cultura espera e exige da pessoa jovem a realização do desenvolvimento e adaptação do ego à cultura a que ela pertence”. Então, como você foi coisificado não terá ego e assim sendo não será possível se integrar ou se adaptar a nenhuma cultura que vier existir nesse seu futuro supostamente idílico e sem diferenças. Eu acredito que ainda é possível uma reversão neste miserável quadro existencial que envolve seu quase certo destino. E isto não passa por assimilação de informação que certamente você resistiria em absorver, mas sim por um diálogo interno entre seus particulares eus. E que surja nessa conversa íntima e muito interiorizada a percepção que algo não está certo na condução do seu destino, a consciência de que você como ser humano merece muito mais do que estão lhe oferecendo, e que sim, você tem direito a ter sua vontade individual respeitada por mais incoerente e desalinhada com o padrão possa ser. Porque afinal de contas liberdade é isso, ter o direito de conduzir a própria vida do jeito que bem lhe aprouver. Perdendo, vencendo, errando acertando, mas unicamente por sua própria decisão e não por uma programação feita por terceiros que jamais saberão dos seus verdadeiros anseios e sonhos mais íntimos. Não é errado ter uma opinião que entre em conflito com todo um restante estipulado, errado é não poder ter essa opinião exposta e ao contrário, de fato reprimida por determinação de uma escolha de quem você não sabe nem quem é. Mudanças de contexto só devem ser admitidas dentro de negociação e convencimento, qualquer coisa fora disso estaremos assim tratando de arbítrio, de ditadura e imposição pela força. E destoar do lugar-comum nos faz humanos. A diferenciação garante a diversidade, e afasta assim a estagnação que sempre converge para o colapso certo na monotonia dos termos insanos do controle. A força da vida sempre encontra uma alternativa para fugir da insanidade comportamental de tempos sombrios proporcionados por aqueles que se acham especiais.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992. CRA – RJ.



Citação: Jung o mapa da alma de Murray Stein. Editora Cultrix.


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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Então, cinzas e nada mais.

 

             Imagem de Ray Shrewsberry • 💚💚💚 Thanks for Likes por Pixabay 




Então, cinzas e nada mais.



Bom, cá estamos todos nós depois de quase uma semana de orgias e desatinos subliminares onde vontades ocultas vieram a tona para mostrar que ainda somos carne. Aqui é assim, submetidos que estamos ao império hormonal, este mundo químico nos impulsiona para suas necessidades específicas. E nem sempre elas são comportamentalmente corretas. O resto do mundo se equilibra na estreita margem que delimita uma guerra total com consequências devastadoras, mas aqui no brasilzão milhões de almas em seus corpos possuídos de puro instinto no auge da animalidade se esfregam no calor escaldante dos trópicos, exalando o odor característico de sua natureza. Tudo bem, fazer exatamente o quê? Nem tragédias climáticas que acontecem ao lado e no próprio país são capazes de interromper o frenesi, e se nem isso provoca reação, muito menos tiros disparados aleatoriamente na multidão, ou brigas colossais no meio da massa, onde sopapos e chutes são desferidos sem rumo e sem alvo definido. O transe é completo meu amigo, se caísse uma ogiva nuclear na cidade ao lado a festa prosseguiria sem maiores problemas. Ah, vaporizaram milhões de pessoas? Depois a gente vê isso. Não se surpreenda, se você que lê isto tiver discernimento para compreender a amplitude do problema. Entender a realidade se torna um ato de contrição tardia porém relevante após toda esbornia assistida ou cometida. Porque até nos lambuzarmos passivamente ao presenciar semelhantes se entregarem a loucura sazonal incluí-nos no cenário como espectadores de um espetáculo digno de um coliseu romano. A plateia que via humanos serem devorados por feras concordava com as regras do espetáculo com sua presença. Na verdade, era ela a razão da performance existir. Se existir demanda a oferta se estabelece, regra básica de qualquer mercado.


Então, hoje com aquela cara de cachorro que roubou a linguiça muitos estarão agora e definitivamente para o resto do ano procurando se penitenciar por arroubos e êxtases fortuitos cometidos na escalada dos últimos dias. Vida segue, e como o mundo ainda não acabou, existe um ano para começar. Porque o ano no Brasil começa sempre na tarde da quarta-feira de cinzas. Talvez sobre aquele resíduo inconveniente no corpo, uma DST “inesperada” ou uma gravidez sem referencial de origem, que somente a cara da criança será capaz de dar informações mínimas a respeito da ação consumada. Coisas do início do século XXI, não se surpreenda. Provavelmente outra pandemia está nas prateleiras dos gerentes do mundo para entrar em ação, afinal, se faz necessário otimizar o mundo, organizar toda essa turma que sobrar no almoxarifado humano de produtos, que uma vez catalogados, etiquetados e embalados, possam ser distribuídos segundo à vontade do gerenciamento de recursos. Uma vez drenada toda carga hormonal ao som de fanfarras a carne agora estará no ponto ideal de armazenamento. Em decúbito repousa todo discernimento da massa, uma vez satisfeita na amplitude dos prazeres, toda prudência e compreensão se tornou benevolente com o que for oferecido, afinal, no final o que temos de mundo hoje em dia são apenas desencontros com a ética e a civilidade, nada é mais preponderante do que o anseio tenaz de grupos de influência para o domínio completo de todos. Assim teremos mais controle, máscaras obrigatórias para sinalizar dependência e controle, mesmo que já tenham comprovado sua ineficácia. O rebanho tem de entender que alguém cuida dele, e a máscara funciona com o símbolo de submissão. As vacinas para a nova circunstância já devem estar prontas, sim, hoje a cura vem antes da ocorrência, não entendeu? Não precisa, você não estará mais aqui para compreender de fato todo este enredo, se você não sabe melhor ficar assim e prosseguir nos seus limites restritos ao tamanho do seu universo existencial.


No passado remoto, seus ancestrais já foram circunstancialmente donos de seu próprio destino, porém agora, não somos mais assim. Nosso futuro foi comprado e distribuído entre poucos privilegiados. Raciocine como uma volta do feudalismo, onde o poderoso senhor de terras era dono do povo que habitava as terras dele. Sim, retornamos a ser vassalos, onde nossa existência é apenas uma concessão do grande senhor. Enquanto você se esfregava suado e mijado em outras milhares de pessoas, mantinha ligações carnais com desconhecidos na aleatoriedade de oportunidades, reestruturaram o mundo, talvez você apenas não tenha percebido mais diretamente, mas não se preocupe com isso, o controle vai chegar até você. Não tenha medo, você não terá nada e será feliz, assim como eram os súditos do grande senhor feudal. Terá um passaporte de vacinação e que conterá todas as suas informações pessoais, viverá em breve numa cidade apelidada de 15 minutos, onde o deslocamento será mínimo, por isso não terá mais carro e nem mesmo uma bicicleta. Confinamento, já ouviu falar a respeito? Eu como trabalhei infindáveis anos embarcado em navios e plataformas sei bem o que é. Estar limitado a um único ambiente, sem opções de escapar mas com facilidades de sobrevivência para viver naqueles limites. E por isso sei que nem todos se adaptam a este regime de vida. Já vi alguns desembarcarem sedados e direcionados ao departamento médico. Alguns na camisa de força. A restrição de espaço não trabalha muito bem em algumas cabeças, Tem gente que precisa de mais amplitude de mais espaço vital para poder viver. Imagine alguém que experimentou a folia carnavalesca em espaços ilimitados, na aglomeração humana desumanamente infinita, passar a viver praticamente sem deslocamento físico no seu cotidiano. A grande fazenda humana que projetam utiliza o mesmo manejo utilizado na criação de animais de corte para aplicar em você. Despertou? Não? Então durma, adormeça nas suas crenças, talvez te ofereçam um mundo virtual para que seu cérebro não derreta e estrague assim a mercadoria. Afinal, já disseram que todas as nossas sensações são apenas interpretação de impulsos elétricos do nosso cérebro. Então não se preocupe, quem sabe, talvez criem nesse mundo virtual um carnaval para você se divertir. Bom início de ano, tentaremos sobreviver mais um pouco.



Gerson Ferreira Filho.

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

E o carnaval dos discos voadores chegou.

 

                                                Imagem de Alana Jordan por Pixabay.



 E o carnaval dos discos voadores chegou.



Então amigos, estamos todos nós aqui, nessa encruzilhada metódica de um destino cruel, ou seja, lá o que se possa considerar de tudo isso, um chiste existencial que sempre ativa o modo irresponsável e profundamente carnal, entregue a descargas hormonais o que nos transforma geralmente em objeto insano de um instinto básico a procura por satisfação. O Nome já diz, festa da carne. Não existe nenhum vestígio aí para que paire alguma dúvida do objetivo primordial: satisfazer a matéria. Sempre fui um tanto arredio quanto a este tipo de evento, minhas fotos de infância sempre fantasiado para os carnavais, inúmeros, que minha mãe me levava para assistir – ela sim adorava tudo isso – onde multidões pareciam perder completamente o juízo, ao usar fantasias ridículas, e se comportando como deficientes mentais graves, estão registradas com a contrariedade nítida no meu rosto. Eu era pequenino mas já sabia diferenciar a inadequação comportamental de tudo isso. Sim, sempre fui do contra, personalidade forte, sarcástico, questionador e nasci com pavor de limitação cognitiva. De gosto sofisticado, nasci pobre, muito pobre mas carregando dentro de mim o inconformismo com aquilo tudo. No decorrer do texto explico como encontrei a resposta para tudo isso. Enfim, teremos em breve as ruas lotadas de foliões alucinados, comemorando não sei exatamente o quê. Uns dirão a vida, outros as sensações extremamente prazerosas da folia que se intrometem na psique como catarse queimando energia acumulada por tensões randômicas aprisionadas em uma existência sofrível e tensa. Tudo bem para quem assim se sente bem, para mim o efeito é justamente o oposto. No fim o que podemos dizer é que ignorar a realidade, como dizem, é uma benção. Não interessa muito se existe um grupo de doidivanas querendo te matar, não só você sua família também, riscá-lo completamente da existência, a bandinha tocando, à cerveja geladíssima e o sexo sem compromisso o aguardam no imediato.


Outros dirão, mas se a morte é certa que vivamos então intensamente o epílogo antes que tudo se torne tragédia. Mas a morte sempre foi certa, todos vamos morrer, a diferença agora é que você morrerá fora da sua expectativa de vida, fora da sua particular realidade, e dentro de um cronograma estabelecido somente para você, embora tenha abrangência coletiva. Se você não se preocupa com isso, tudo bem. Você está apenas demonstrando que realmente, não é necessário. E com isso justificando todo o planejamento para que se livrem de você. São detalhes furtivos na malha da realidade, mas decisivos quanto a existir e não mais estar aqui de modo definitivo. Se você viver sem propósito, algum propósito há de te encontrar e certamente não será o seu. E estar incluído no propósito alheio pode ser perigoso, neste caso objetificação de você para alguma narrativa na qual você será apenas um figurante descartável e não mais o protagonista. E quanto a sobreviver a melhor posição conta, e muito. Se seu objetivo de vida está em se misturar a alguma massa disforme com humanos suados, mijados e fedorentos, com música ensurdecedora, bom proveito, mas não venha fazer cara de surpresa depois que a realidade bater à porta. No escaninho de hipóteses plausíveis do que você pode colher no menor infortúnio talvez seja uma doença venérea. Nada que uma boa Bezentacil um milhão e duzentas unidades não resolva ao acariciar de forma contundente às suas nádegas. Afinal, exageros cobram seu preço. E repare bem, esta será apenas uma gorjeta ocasional para todo o prazer desfrutado, existem coisas muito piores. Enquanto você se diverte narrativas de controle estarão assim sistematicamente prosperando e em divulgação constante. Você tem os prazeres da carne, mas outros por aí tem o prazer por sua carne, ela incomoda, ela é uma inadmissível agressão ao meio ambiente, essa natureza tão vilipendiada por sua presença. Você é um excesso que precisa ser eliminado e o cronograma para sua eliminação já existe e está em atividade, Um bom pretexto para mergulhar na multidão.


O carnaval não era assim, sim sempre teve seus excessos ocasionais mas não era uma orgia a céu aberto. Limitava-se a diversão descontraída com uso de fantasias. Ainda me lembro dos tempos de criança com meu lança-perfume aspergindo o conteúdo do frasco para suavizar a inhaca humana naqueles carnavais tórridos no coração do verão inclemente. Era apenas um espectador forçado que notava o tremor do chão quando o Cacique de Ramos passava. Um maluco todo ensebado de óleo corria na multidão tentando abraçar qualquer um, o que causava certo pânico nos desavisados, outro sujeito vestido apenas de fralda e que havia passado creme de abacate nos fundilhos sambava com uma enorme chupeta na boca. Uma freira de minissaia e espartilhos naquele tempo não me dizia nada, meus instintos sexuais ainda não existiam. Enquanto hoje adultos tentam convencer que seus filhos na faixa de seis anos já possuem desejos sexuais. A característica principal de uma civilização em colapso é a desestruturação psicológica do seu povo. A morbidez da atmosfera mental dos nossos dias corresponde a desvalorização dos atributos base de convivência civilizada dos elementos a que a compõem. Essa lassidão profunda cultivada por algumas gerações produziu uma ausência de alma, os valores de espírito foram relativizados de tal maneira que quase não existem mais de forma consistente e verdadeira. E assim neste ponto, qualquer coisa por mais surreal que seja pode ser admissível, porque o desejo prevalece onde o raciocínio perdeu substância. Neste ano de 2023, avançando século XXI adentro apenas temos incertezas. Elas são tantas que até extraterrestres já entraram na narrativa utópica de desestruturação social. Afinal, enquanto a massa ignara se esfrega insanamente em festividades carnais alguém pensa e planeja por ela. Bom, eu já no final da vida vou convivendo e tentando sobreviver e de alguma forma tento na minha irrelevante representatividade colocar um pouco de cultura e informação para os que se disponibilizem a ler minha insignificante contribuição. Como disse lá em cima, tenho algumas características marcantes de personalidade, tenho prazeres refinados, aprecio muito ler, amo a cultura, a verdadeira, claro. E o sarcasmo e a ironia são constantes, sou controverso, chato. Assim um dos meus filhos queria saber sua ancestralidade para talvez conseguir passaporte português.


Então, eu fiz uma avaliação de DNA. Lamento decepcioná-lo, mas passaporte português não terá não. Meu mapeamento coloca minha ancestralidade na França, Holanda e Bélgica. 61%. Nada de península Ibérica. Provavelmente francês, e de pai e de mãe. O que explica alguns traços da minha personalidade que até aqui desconhecia a origem. Um vira-latas da Europa Ocidental. Enfim, alguns detalhes nos acompanham mesmo no profundo desconhecido que envolve nossa existência. Dentro do possível um bom carnaval para vocês, e procurem não capotar no primeiro dia. Ou farão a alegria dos tarados por redução populacional. Ah, ia me esquecendo, se for manter um relacionamento com alguém fantasiado de extraterrestre, cuidado pode ser um relacionamento intergaláctico real. E nada melhor do que o carnaval para que um ser assim passe sem ser percebido e levado a sério.




Gerson Ferreira Filho.

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

A reformulação do método.

 


                                              Imagem de Sigmar Hous por Pixabay.




A reformulação do método.


Entre tantas hipóteses em surgência nessa realidade empastelada por insanidade programada muitos ainda não se deram conta que um diminuto grupo de expoentes econômicos particularmente selecionados por eles mesmos, decidiu definir como será a realidade de agora em diante. Unicamente empregando seus próprios padrões de valores. E por estes acasos do destino, esse padrão a ser adotado possui intrigantes semelhanças com algo que foi muito divulgado e se popularizou na Alemanha dos idos de 1938. O que nos leva ao raciocínio que embora derrotada e banida, sutilmente a ideia foi salva e assim preparada com nova embalagem para ressurgir com força colossal de transformação social. Enquanto a plebe ignara se consome com batalha por direitos, inclusão social, por igualitarismo, separando-se em nichos de interesses específicos, algo extremamente seleto e elitista cozinha em fogo brando para ser instalado no futuro, hoje já não tão distante. Sabe, se o mundo possui proporções limitadas de recursos, se a escassez é a regra, mesmo com o desenvolvimento tecnológico para suprir a demanda, temos um problema para ser resolvido, e como resolver? Os iluminados resolveram esvaziar o terreno chamado planeta terra. Do alto da sua capacidade supostamente ilimitada de qualidade, assim essa gente se considera, eles vão selecionar o que julgam ser o melhor dos melhores. Será que você que fortuitamente lê isto agora estará nesse seleto grupo dos “qualificados” para continuar vivendo e prosseguir com sua descendência? A maioria desses sacerdotes da perfeição humana possuem apenas um diferencial de destaque, ganharam muito dinheiro, foram um sucesso inquestionável no mundo dos bons negócios. Inteligência, é claro, visão aguçada para aproveitamento de oportunidades e a tradicional sorte. Muitos cientistas renomados e consagrados não ficaram estupidamente ricos, apesar de sua capacidade intelectual privilegiada. Ou seja, ter muito dinheiro e consequentemente por causa disso muito poder, não faz ninguém superior intelectualmente.


O que nos leva ao dilema intelectual do momento. Quem nomeou essa gente pedante e extraordinariamente rica como os condutores do destino de todos? Metaforicamente falando, o dono do armazém virou rei porque é um sucesso de vendas da sua mercadoria. E com o tanto de dinheiro amealhado, saem comprando consciências pelo mundo afora, porque a natureza humana é deveras interessante, com baixo teor de escrúpulos muitos vendem até a mãe. E muitos até por um preço irrisório abdicam até da honra e lealdade com seu próprio povo. O tempo atual é propício ao covarde, que vende o futuro pois sabe que não estará lá para colher as consequências. Com um profundo imediatismo entranhado na alma, o pusilânime não olha o resultado final, apenas se beneficia da gorjeta oferecida hoje que irá lhe garantir um conforto relativo no agora, enquanto o porvir se perde em hipóteses e abstrações ainda não palpáveis para sua ganância. Os mascates de extraordinário sucesso não tiveram a mínima dificuldade de colocar em barganha o destino de muitos, pois neste mercado Persa de ilusões existe muita gente barata se oferecendo a um preço módico para obter algum retorno que lhe possibilite desfilar qualidade de vida mesmo em detrimento e exclusão da maioria. Sabe, aquele percentual de egoísmo característico da humanidade. Invista nos seus defeitos e nas suas carências e tome posse das suas almas. E assim, enquanto isto, o populacho se engalfinha na luta pelo protagonismo de seu próprio segmento social. Com auxílio pecuniário fornecido por este seleto grupo de elite a mídia de maneira geral alimenta ressentimentos e divisões. Nada melhor para implementar uma política quando o ambiente está total e completamente muito desorganizado. A percepção de risco real desaparece neste contexto. E toda e qualquer defesa coletiva some no âmago do conflito.


Então, voltando à origem, se lembram dos especiais que se arvoram como os condutores da humanidade? Aquele grupo de mascates que enriqueceu e muito com seus próprios negócios, e assim passaram a controlar o mundo? Já repararam na aparência física deles? Viram algum membro de minoria, ou de etnia diferente da hoje denominada caucasiana entre essa gente? Encontraram negros, pardos, latinos, índios, miscigenados de forma geral neste grupo? Algum membro desse “nobre” grupo de elite que não seja o ideal sugerido de humanidade lá em 1938 na Alemanha? Apenas selecione os três maiores destaques desse grupo, e veja que são brancos. Portanto, você amigo que luta aqui embaixo e não pertence a este grupo, cuidado com o que você alimenta. Como o método foi repaginado e reestruturado, pode se tornar furtivo para a percepção da maioria, mas não se enganem, debaixo dessa camuflagem tem algo extremamente perigoso para qualquer diferenciação genética e social. Não se enganem, uma vez de posse do poder para selecionar, como manejo de gado ou de plantas em agricultura, somente os considerados perfeitos pelo critério deles permanecerão, o restante será descartado inexoravelmente. E assim sendo, sua cor de pele, sua religiosidade, seu idioma, sua forma de pensar podem ser fatores de exclusão. Neste quarto reino planejado só haverá espaço para perfeição, uma qualidade extrema no qual o limite não terá tamanho pois seu parâmetro base será a loucura. Nunca a liberdade dos povos enfrentou um risco tão grande. Mas tudo bem, pode ir para sua praia, tomar sua cerveja gelada, o carnaval está aí. Para que se preocupar com essas frivolidades né? O abismo parece fútil até o momento da queda.



Gerson Ferreira Filho.

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

A lacuna existencial.

 

                               Imagem de 🌞 Myriam 🌞 Thank you for the likes por Pixabay   



     A lacuna existencial.



Entre astúcia, artimanhas e a agitação no camelódromo de ilusões a rotina venceu e manteve seu curso inexorável para o destino estabelecido. Uma vez com tudo dominado não existirá mais entraves e situações desconfortáveis no gerenciamento da realidade. Desvios serão tratados com o rigor necessário, quem pode, pode e liberdade e democracia são conceitos muito inconvenientes e desestruturantes para nosso cotidiano planificado organizado em cronograma que definiram para todos, mesmo sem a aquiescência de toda gente. Entendam de uma vez, vocês povo, não mandam em nada, não determinam nem escolhem nada. Uma turma de escolhidos que se escolheram, como numa seleta aristocracia autogerada por muito dinheiro principalmente, determina como, quando e se você cidadão comum irá melancolicamente existir. Mas para entretenimento permitirão que ainda existam alguns vendedores de devaneios e teorias da conspiração, isto funciona como anestésico, o gado cuja a carne será consumida não pode se estressar e assim prejudicar a qualidade do manejo. A maturação do povo se faz necessária para um abate sem contratempos. A esperança proporciona propósito para os condenados e isto cria apaziguamento em corações que possam sofrer com algum açodamento de um subconsciente repleto de memórias não mais plausíveis no atual contexto. A materialidade fria do plano não contempla espaço para a fé. O milagre se faz daquilo que não se explica mas a fria pedra na qual a estrutura foi construída não se importa nem um pouco com isso.


Crer depende de transcendência de metafísica de extrapolação cognitiva que grande parte dos que hoje se situam e posição de controle e poder não possuem mais. Isto foi lhes tirado paulatinamente num processo de dessensibilização gradual para criar uma personalidade imediatista e que apenas crê no agora. Para essa gente não existe nada além do hoje, qualquer hipótese fora dessa margem estreita de raciocínio é vista como uma anomalia circunstancial que deve ser eliminada. Parece com uma máquina pensando? Mas é justamente o que essa gente é, não existe sensibilidade na profundidade do inconsciente de quem não possui inconsciente, mas sim, foi programado sistematicamente para enxergar apenas um espectro da realidade. Aquele que atende em plenitude o projeto de desumanização da sociedade. A religiosidade sempre esteve presente no ser humano, mas com paciência e perseverança progressiva aplicada por anos sem conta, construíram uma geração preparada para não temer nada que não possa ser palpável, materializado e provado. As nuances da fé necessitam de muito mais recursos cognitivos que se possa imaginar, e ela está disponível para desenvolvimento até para os infinitamente mais simples na questão de raciocínio. Anular esse recurso na humanidade o retira da categoria de animal superior na cadeia da natureza o equiparando a qualquer outro ser biológico que ocupa nosso planeta, essa bolha de vida que pode não ter sido fruto apenas da ocasionalidade. Uma barata não tem fé, não raciocina, não planeja, apenas existe utilizando sua programação natural de vida. E assim prossegue por milênios, cumprindo sua tarefa de alguma forma programada naturalmente por uma sequência de eventos aleatórios ou não.


Não pertencemos a platitude existencial, temos uma diferenciação marcante que trouxe-nos até o limite intangível de pensar por existir e de existir apenas para raciocinar e planejar. Qualquer tentativa obscura de anulação dessas particularidades através de doutrinação ideológica, apenas diz que incapazes e incompetentes chegaram a uma situação de poder que não deveriam ocupar. São fruto de uma anomalia produzida com a intenção destrutiva de simplesmente eliminar a diversificação magnífica que nos fez o destaque na criação. Onde, por enquanto, vivemos em relativa prosperidade até hoje, apesar das exceções que existem em qualquer caso. Por uma banalidade filosófica mal construída, mas que alcançou um sucesso extraordinário poderemos entrar em colapso como civilização, reduzidos a um rebanho gerenciado por um diminuto grupo que se considera superior em inteligência e em genética. Na verdade talvez, alguns desses expoentes não estivessem aptos para sobreviver na exigência cotidiana do mundo normal, onde o excesso de dinheiro não lhes garantisse privilégios. É fácil se considerar algo especial quando se pode comprar tudo a sua volta, inclusive corações e mentes, mas isso só lhes faz um bom comerciante, não diz nada a respeito do seu real preparo intelectual e cognitivo para navegar neste oceano de incertezas e opções geradas aleatoriamente que o destino nos apresenta diariamente. Certamente não são diversificados o suficiente para exercer o comando, mas com chegaram nessa posição ocasionalmente hoje podem sim padronizar o mundo em reflexo a sua própria personalidade, que eles certamente têm com parâmetro de qualidade. Mas se achar especial não significa ser especial. Quem define isso é o caldeirão da realidade, que cozinha sonhos e desafia a rigidez da forma com seu calor escaldante implementando o desgaste da prova cotidiana de desafios múltiplos que a vida real apresenta. O caldeirão não quer saber que tipo de carne ele está cozinhando ele apenas cozinha, e de acordo com a insanidade apresentada por essa elite, tudo indica que essa carne não é fibrosa o suficiente e vai então, acabar assim virando caldo, um molho barbecue ocasional para incrementar um prato que a natureza vai servir frio. Não seria a primeira vez que emocionados por transformações sociais acabariam em situação constrangedora perante a verdadeira história. O tempo é implacável ele existe apesar de qualquer sonho ou devaneio exótico.





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