quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Réveillon.

 

                                                     Image by Kohji Asakawa from Pixabay.


Réveillon.


Então amigos, aqui estamos para mais uma virada de ano, neste despertar para mais um ciclo existencial onde, por enquanto apenas tangenciamos o arbítrio, mas tudo indica pelo aspecto da atmosfera que nos envolve que o mergulho no precipício será uma experiência comovente. Claro, a turma toda que apoia a transformação vai ajustar sua interpretação, eles darão ênfase a artificialidade interpretativa como os fogos de artifício, tão comuns nesse momento, viva a sensação, não se importe com a jornada. Toda gordura financeira acumulada em quatro anos até o final de 2022, foi consumida em devaneios e presepadas para a satisfação de anuros que habitam o lago particular dos novos administradores. Afinal, premia-se quem o ou o que faz um par com você não é? Uma mão lava a outra, conversando é que se entende, e o tradicional: “a política é a arte do possível”. Aquela premissa que surgiu de um peido de satanás. Tenham calma, este ano que se inicia 2024 é um ano eleitoral, e sendo assim algumas caridades como jogar milho aos pombos serão feitas com certeza. Afinal, a pantomima tem que ser mantida. Políticos amigáveis tem de se eleger e reeleger, a liturgia tem de continuar dentro dos seus preceitos de conduta. Crianças serão carregadas costumeiramente no colo, para aquela foto tradicional do político safado, algum feijão com arroz será garantido na mesa do povo, e talvez uma carne moída de terceira, picanha? Deixa isso para lá, quem sabe um saco de cimento e alguns tijolos para reformar o casebre? Promessas impossíveis serão novamente expelidas entre um perdigoto infecto e outro na cara da população, e o povo? Babando para sair na foto do seu político de estimação. O show tem de continuar, e para isso dança a massa de pancadão em pancadão exibindo nádegas esfuziantes e sedentas por um coito fortuito em algum corredor ou viela com fezes e urina para completar o cenário. Diriam os profetas contemporâneos, é inclusão social, inclusão só se for no esgoto, a depreciação cultural avança no sentido da animalidade plena e irreversível. Mas é isso mesmo! É assim que se faz! Mantenha o povo satisfeito com o nada e desfrute dos impostos que todos eles pagam com o melhor que o mundo pode oferecer para você. Aquele jovem que extravasa sua carga hormonal na dança tribal de gueto não tem a mínima ideia de que roubaram o futuro dele, vai virar estatística policial como mais um óbito corriqueiro ou se muito envelhecerá fraco e doente morando debaixo de algum viaduto. Porém entre canapés e vinhos premiados, a elite progressista nem dá atenção a isso, a sofisticação do ambiente que produziram para si pode ser cortada com uma faca, é concentrada em puro suco de hipocrisia transgênica, criada nas melhores faculdades do país. Onde ensinam que criminosos infames são seres adoráveis e de possível recuperação e socialização. Porém, nenhum juiz os leva ao menos uma semana para casa, para exercer essa metodologia quase cristã de preocupação com o próximo. Deveriam fazer, seria um experiência encantadora, dormir com um facínora estuprador em casa para comprovar definitivamente sua tese. Talvez, quem sabe, um coito não permitido em casa com a faca no pescoço seria o suficiente para uma reorganização mental que enfim, colocasse juízo nos nossos juízes progressistas. Queiram ou não, infelizmente, boa parte da história mundial foi construída na força bruta.


E assim temos o pior natal para o varejo em três anos, calma! Vai piorar. Um ministro da economia que não sabe o básico da área, como a curva de Lafer, e só sabe fazer uma coisa, aumentar imposto. E ele vai continuar investindo nessa área, porque não possui recursos intelectuais para entender o cenário. E do lado político, apenas aberrações com favorecimento de velhos amigos de jornada, premiados com cargos e verbas, os nossos “patrióticos” artistas nadam em dinheiro da lei Rouanet. Nem um pio da parte deles, era isso o que queriam, a maior parte não produz mais nada de relevante tem muitos anos. Conforme citei em algum texto meu mais antigo, alguns sinais de inacreditável prosperidade poderiam surgir no início, veja, a bolsa de valores subiu, não sei exatamente quem traz seu dinheiro para investir em país que decide ser comunista, mas há os que estão fazendo isso, tem gente que gosta de viver perigosamente. Como o presidente do Banco Central é ainda o Roberto Campos Neto deve oferecer segurança relativa. Mas a jornada para o buraco está sendo pavimentada com determinação, e não haverá salvação dentro dessa metodologia, as evidências mostram isso. Como seria possível obter progresso e prosperidade com um índice de inteligência baixo e com viés de queda acentuada? A média era QI 83 e hoje deve estar bem abaixo disso, um parâmetro 83 já indica debilidade mental limítrofe, podemos presumir que hoje estamos em situação desesperadora quanto a capacidade de reestruturação social a médio e longo prazo. Os sinais já podem ser sentidos, os sinais da selvageria, quando ondas de jovens sem futuro nenhum fazem arrastões para roubar, porque é apenas isso que lhes resta, para obter algum ganho roubando os que ainda produzem nesse caos. Sem inteligência, sem nenhuma perspectiva profissional, o que fariam além de roubar? Ainda mais quando qualquer tipo de trabalho hoje passa a exigir cada vez mais especialização e o trabalho do menor não é permitido. A grande maioria desses jovens talvez apenas saibam assinar o próprio nome, se muito. Mas observem, a elite intermediária, geralmente de funcionários públicos bem remunerados dá ensino de boa qualidade a seus filhos, que serão futuramente os ocupantes de cargos estratégicos, e claro, doutrinados até a medula em socialismo. Aquele sistema que prega a igualdade entre todos, mas nem tanto como se pode ver. Sem ensino de qualidade para todos, sem livre mercado, onde as potencialidades de cada um possam ser postas a prova quanto a capacidade de prosperar e principalmente sem uma carga tributária escorchante que roube o lucro produtivo individual, aquele lucro que várias vezes multiplicado entre seus participantes enriquece até o país, não há possibilidade de vitória para uma nação. A esquerda trouxe o país do romantismo ingênuo de letras poéticas como O bêbado e o equilibrista para o inferno real da ideologia fria e determinada, a reduzir, agora sim, a esperança a um acessório inútil dos desesperados. A pormenorização dos detalhes sutis do passado cantado em prosa e verso obnubilou o entendimento e ardilosamente nos conduziu ao desastre programado.


Não será fácil, todos os caminhos nos levam a destruição total, o receituário do caos mesmo bolorento e comprovadamente fracassado segue sendo implementado. Não é um bom panorama que temos para os próximos anos. Vamos ver até quando a versatilidade característica do povo brasileiro aguenta sem provocar problemas sociais graves, mas um vestígio de esperança devemos alimentar. Quem sabe, o colapso possa ser a solução. Por enquanto dançamos a dança da tormenta, com o povo dividido em tribos distintas, cultuando seus totens políticos que não servem para nada além de manter grande parte da população anestesiada com ilações performáticas de arroubos instrumentalizados para iludir e arrebanhar prosélitos de ocasião para seu partidarismo de oportunidade. Mesmo no limiar da agonia, todos só pensam em uma coisa, ganhar dinheiro. Seja como for, arregimentando seguidores para monetização, procurando abrigo remunerado debaixo das asas de algum segmento político, não pensem que influenciadores, como são chamados hoje os prospectadores de influência nas redes sociais trabalham de graça. Não há inocentes nesse contexto. Enquanto isso, os poucos que conseguem manter algum equilíbrio mental, e possuem capacidade intelectual para perceber o que acontece flutuam em todos estes disparates ocasionais e sofrem com isso. Temos de manter a saúde mental dentro do possível, receberemos mais um ano com bom augúrio, apesar dos prognósticos, quem sabe, um vaticínio de Deus nos salve do pior. Que venha um novo ciclo totalmente coberto de boas promessas, e que todo impropério que nos cerca hoje seja descartado como o lixo que é e que nos atormenta. Que toda a injúria seja destinada ao seu lugar de origem. Amém! Feliz Ano novo!



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.


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quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

O Tear das circunstâncias.

 

                                                  Image by Sabine Van Erp from Pixabay.


O tear das circunstâncias.



Não sendo suposição, pertenço a mim na plenitude do contexto. Então, que me seja consentida a magia efêmera de um momento poético em meio a tanta opressão, para que do fato eu narre o propósito de toda circunstância que me reveste nessa ocasião. Para que eu tenha lucidez perene apesar das armadilhas de um amor baldio, vazio de todo conteúdo impróprio à razão. As questões empíricas bailam em fórmulas assanhadas e esquizofrênicas ao regalo de tantas experiências controversas acumuladas nesse espaço limítrofe ao tempo que nos envolve. A razão extenuada já assovia em seus estertores na insuportável invasão de sua lógica por um oceano de absurdos esfomeados. Como num enunciado supostamente e fantasiosamente poético de uma estória imaginativa: “tão sombria é a traição dos homens”. Os homens, perdidos entre circunstâncias, se aniquilam não só fisicamente, mas intelectualmente entre ilusões fortuitas e devaneios abrangentes ente a urdidura e a trama do tecido do espaço tempo, nossa irremediável morada onde é impossível se excluir desse contexto, nós somos ele, e nessa força que foi oferecida seja grato pela oportunidade de diferenciar-se e possuir uma identidade ocasionalmente nesse universo. E se assim somos a realidade então permitimos que fossemos compelidos ao salto no escuro das atribulações pernósticas, essas que desconhecem sua própria profundidade, proporcionando uma queda eterna sem alívio para a agonia da sensação do trajeto. E ao relativizar e atenuar os acontecimentos com flutuações semânticas apenas se presta colaboração com o arbítrio, legitimando-o com a passividade dos fiéis eunucos que guardam as preciosidades do sultão. Não reconhecer plenamente a anomalia, atuando como apenas um narrador das circunstâncias, oficializa o que não deveria ser aceito. Não se apaixone pelo inaceitável! Pode ser, que circunstancialmente você venha a sentir falta do lenho no seu lombo, assim como um discípulo de Masoch que implora pela carícia da chibata. Porque saudade só se tem de um bem querer, de um evento significativo para a alma, e daquele sorriso fortuito entre predestinados a se amar. Não se empenhe em defender o que já está perdido, assuma o cenário e se reintegre na nova realidade, você perdeu abrangência de querer e poder. Tutelado estarás, quem sabe, pelas próximas décadas, ou quem sabe, por toda a vida. Então, sobreviva nas metáforas específicas da construção de um sonho onde sua alma poderá se abrigar, do rugido destemido das blasfêmias oportunistas do cotidiano decadente. Excluir-se do contexto, e diluir-se na hora mais amarga e difícil para garantir uma reestruturação interna sadia, mesmo na hostilidade dos espaços aliterados com a cadência de um clamor insano que atraia para o erro.


Precisamos parar com essas coisas de alimentar sensações e esperanças que não se concretizam, apenas roubam energia, sim, sublime-se em alternativas, em hipóteses revestidas de loucas conjecturas, onde seja possível apaziguar o vazio com estruturas de um amor impossível que se não for aqui estruturado em detalhes de uma ocorrência pessoal não será em lugar nenhum. Concentrar-se na trivialidade do cotidiano restrito, expandindo-o a ponto de ser universo para toda sua intensidade incontida e diversificada que não pode por lei ser exposta ao mundo real. Duplique-se no pior momento e ofereça apenas um simulacro de si mesmo ao arbítrio, eles merecem possuir apenas a versão, e não você. A sua intimidade será sempre e apenas sua, fora do domínio dos degenerados e dos patrulheiros do caos. Precisamos mostrar aos medíocres que mesmo no protagonismo deles temos alternativas fora do alcance de seus longos braços. E se seus passos oferecerem apenas o vazio ocasional de hipóteses previamente consumadas na penúria de valor, estará assim negando a eles o que tanto desejam, representatividade real. Introjetado então, nesse universo de amor-próprio não se dê a quem não merece nem ao menos a tua simples atenção. Diga o que for necessário apenas, nossa situação chega a ser quase poética, como no magnífico trabalho de Virgílio: “Se há no céu providência e piedade, paga-te o céu com merecido prêmio, a ti que matas às paternas barbas, e estes cabelos brancos profanas e enxovalhas!”. Sim! Somos a Troia do nosso tempo, invadida, profanada e destruída que assiste sua glória em colapso por decisões erradas de um passado frívolo e irresponsável. Pois iludidos em suposta segurança desmereceram o risco e se perderam nas consequências. Assim como eles, os troianos, desdenhamos dos adversários e pagamos o preço, portanto, tudo passa a ser apenas sobrevivência e adaptação. A busca de sentido e de alternativas sob as asas do arbítrio e da escuridão profunda. Não há perspectiva visível de salvação no momento das cercanias estressadas com suas próprias preocupações, talvez, apenas preces ao nosso fim sejam lançadas. Citando novamente Virgílio: “Não penses em dobrar com rogo os fados. Mas por conforto e alívio atento escuta; dessa comarca, instados por assombros, hão dos vizinhos rezar por teus ossos, com dons solenes tumular-te, e o sítio”. Apenas o réquiem teremos como abrigo, entretanto, se a morte ainda verdadeiramente não nos encontrou, há alternativas nessa premissa. Portanto amigos, estão apreciando a desenvoltura da nova administração? Não reclamem, vai piorar, e muito. Eu sou velho o suficiente para ter vivido no Rio de Janeiro sem geladeira por um período, minha mãe tinha uma caixa de madeira forrada com serragem e jornais velhos, e sempre comprava um pedaço de barra de gelo equivalente a três quilos no geleiro, sim meus amigos, em tempos das geladeiras serem uma raridade apenas para gente muito rica, este comércio existia. Uma loja que vendia apenas gelo em barras para um grande público, pois a maioria não tinha geladeira. A caixa era onde se conservava leite, manteiga e qualquer coisa que precisasse de refrigeração. Será que o governo atual eleito vai também trazer de volta os fogões a querosene? Sim, o fogão daquele tempo, virada dos anos 50 para os anos 60 era a querosene, combustível comprado na carvoaria do bairro. Se não me engano era da marca Jacaré, tanto o fogão quanto o combustível. Vejam amigos, os socialistas que nos governam agora estão em vias de proporcionar um ar retrô ao país. Faltaria apenas ressuscitar os bondes elétricos daquele tempo remoto. Que desfilariam novamente pela cidade com sua cor característica verde musgo e com seu deslocamento desengonçado e barulhento, pelas vias da cidade. Passaram-se anos para minha mãe conseguir comprar uma geladeira Clímax de segunda mão. Não era roça ou algum lugar distante, era a zona norte do Rio de Janeiro.


Eu sei rapaziada, vocês hoje não fazem ideia dessas dificuldades que um dia foram o cotidiano desse país, mas as personalidades que hoje nos comandam tem uma paixão pelo sistema cubano de gerenciamento de país. Sentiu o salto que dei, da poesia para a realidade? Pois é, esse desconforto que você sentiu será mais intenso quando essa gente conseguir fazer o país retroceder uns 60 anos em oito, ou talvez mais. Ah, eu esqueci: eu fiquei com minha mãe na fila do Pague Menos esperando o caminhão de arroz e feijão chegar com a carga para que pudéssemos comprar um quilo de cada produto. Se mantenham calmos, é uma questão de adaptação, para matar o tempo, depois de tirarem do ar todas as redes sociais teremos ainda o baralho para um carteado, o dominó, e nos fins de semana aquele jogo que chamávamos de víspora, ou também bingo. Enquanto isso, no primeiro nível de vida do sistema, todo o conforto e delícias possíveis para o aparato de comando, ou você acha que todo esse nosso progresso será extinto para todos? Inocente! Será um mundo “delicioso”. Calor tropical, sem ar-condicionado, sem geladeira, apenas transporte público desconfortável, cozinhando com querosene, tomando refresco em pó de saquinho tipo Q-Suco, Calma gente, eu passei por tudo isso e sobrevivi, o mais terrível era a vitamina de abacate que minha mãe fazia todo dia e me obrigava a tomar. Para minha infelicidade ela conseguiu comprar um liquidificador. Daquela vez a política foi resolvida de forma abrupta quando colocaram o presidente comunista para correr, mas hoje, esse segmento social está do outro lado da questão, e não existe ninguém para nos salvar. Então absorvam poeticamente um pouco das palavras de Virgílio na Eneida: “Na mente absorta: faz logo os mastros, desenvergar o pano e desfraldá-lo. Toda frota puxando para cima, solta a bombordo os seios, a estibordo; árduos os lais que prendem as velas, braceia, rebraceia; Té que o sopro à feição lhe enfuna as velas”. Uma opção, como os fugidos dos escombros de Tróia para quem puder e tiver condições, fuja, nada mais restará do que conhecemos em breve, e quem ficar terá que ser essencialmente sacrifício.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992. CRA – RJ.


Citação: Eneida, Virgílio. Editora Matin Claret.



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terça-feira, 14 de novembro de 2023

Um argumento para uma infâmia.

 

                                                    Image by Gordon Johnson from Pixabay.



 Um argumento para uma infâmia.





Um nada para essa ocasião, nenhuma textura bucólica para o momento, apenas a busca para evadir-se do inaceitável, a ocasião extrema dos sentidos solicita passagem para a vaidade e a presunção de uma virtude que realmente não existe, pois ao abraçar o inominável, incorpora-se também fisicamente o inaceitável, mesmo que se consiga revesti-lo de hipocrisia. Pois não há vaidade e presunção que seja suficiente para servir de armadura aos acólitos da perversidade. Acompanhar essa liturgia não será suficiente para justificar o procedimento, que apesar de criminoso passa a ser aceito em nome de uma causa política ou ideológica. Não bastará toda perfumaria semântica para ocultar o que se aceita apenas como uma fortuita ocorrência apesar de sua textura abjeta. A brutalidade não tem lugar na civilização, seja ela praticada em nome do que for. Regras, para evitar a dessensibilização destrutiva do processo político. E nesse processo de busca por uma evasiva plausível tentam responsabilizar o agredido por danos colaterais que não existiriam, se o ato infame não fosse cometido. Estaríamos falando aqui de turismo, paisagens inebriantes, circuitos de prazer enriquecedor se não tivesse ocorrido uma das mais brutais ações contra inocentes. Ação que gerou resposta, mas isto é apenas a tradicional lei da ação e reação, uma guerra é horrível, inocentes vão morrer, tragédias, por maior cuidado que se tenha, e por melhor recurso tecnológico que se possua acontecerão como um efeito colateral da ocorrência criminosa inicial. E o que um determinado grupo político faz? Busca argumentação para atenuar e até inverter a lógica dos acontecimentos. Não há inocência nesse procedimento, essa gente bebe sangue se for preciso estabelecer uma vantagem moral, mesmo que seja obra de ficção. Mesmo que essa suposta vantagem necessite de um desnudamento moral em público, expondo toda podridão conceitual da ideologia que abraçam. Não há pudor em defender monstros, se estes animais estiverem no espectro político amigável à causa. Neste verdadeiro zoológico político aberrações possuem lugar próprio, sua ala de indignidade fica sempre à esquerda. O que se vê hoje é exatamente uma luta para no mínimo atenuar a brutalidade, e mais para a frente até justificar, como o processo do criminoso vítima da sociedade: são apenas violentos porque não tiveram oportunidade dentro da sociedade, que os rejeitou em algum momento aleatório da existência humana. Dentro desse conceito esfarrapado de sentido, roto, maltrapilho o criminoso brutal se redime por culpa coletiva da sociedade, repassando o ônus da ação ao corpo abstrato da coletividade. Não há o conceito de moralidade, de proteção a boa conduta, tudo está entregue a interpretação de uma realidade paralela ao bom senso. E sendo assim um terrorista passa a ser um “nobre” combatente, apesar do rastro de sangue inocente que vai deixando pelo caminho.


Temos então a bestialidade pura de um grupo que tem no estatuto da sua classe a eliminação completa do seu oponente da face da terra como algo nobre, aceitável, por impor uma autêntica limpeza étnica que atenda seus desígnios maléficos. E a reação causa indignação. Entenderam? Um determinado grupo, para parte da sociedade, perdeu o direito de existir e também perdeu o direito de se defender. Apoiados em danos colaterais previsíveis numa guerra, um conflito que não foi opção sua, recebem uma culpa que não deveriam receber, pois ela tem dono, e o dono é o agente que provocou tudo isso. Eu gostaria de estar escrevendo a respeito de amenidades, a respeito da rusticidade das flores do campo, coletando a brisa do campo na minha face e assim me alimentar de proposituras poéticas, mas não é possível. Nem mesmo a massagem do mar que toca a alma mesmo apenas acariciando o corpo se torna suficiente para ignorar tal ofensa à humanidade. Repentinamente, por força dos fatos, fomos transportados a um mundo indigno, onde o odioso está muito além do sórdido, apenas para marcar presença nessa circunstância. Muitas máscaras caíram, e assim percebemos que vivemos entre gente da pior espécie. Gente preconceituosa, mas que vive revestida de uma falsa boa conduta, como eles gostam de se apresentar, inclusivos, progressistas, defensores de minorias, chegam até a defender condutas religiosas que destruiriam a vida hedonista que defendem e pregam, provocando assim, a morte de grande número de seu próprio grupo de influência e de ideias. Certo, o coeficiente de inteligência no mundo caiu assustadoramente, o descaso com o ensino básico e universitário criou um rebanho, e o agrupamento bovino da humanidade, a desumanizou. Tudo passa ser obediência ao comando de um condutor, o líder determina quem vive e quem morre, o que deve ser amado ou odiado, não há mais alternativa de raciocínio, apenas condução acéfala de um grupo que olhará estranho para qualquer um que ouse contrariar o comando central. E o mais hostil com a realidade dos fatos é o imbecil acadêmico, o sujeito que possui formação universitária capenga, mas se julga o ápice da evolução humana, sem perceber que seu perímetro cognitivo é extremamente restrito e diminuto. Nada pode se mais extenuante do que mostrar a realidade para um asno, ele não vai entender devido a seus limites de entendimento e certamente em algum momento vai te escoicear furiosamente por achar que você, enfim, está a fazê-lo perder tempo com irrelevâncias. E no fim, ainda vai sair com um sorriso de soslaio por se considerar superior nessa margem de irrelevância cognitiva. O que fazer neste cenário? Permitir que encontrem um argumento plausível para uma infâmia? Claro que não! Se quisermos ainda viver numa civilização minimamente estruturada não podemos permitir que selvagens, pois eles são sim, selvagens, implementem seu modo de vida inaceitável, construído entre arrotos fétidos e flatos malignos dos operários do caos. A velhacaria no ensino proporcionou tudo isso, e não foi só aqui, mas no mundo inteiro. A tarefa básica dessa luta está em demostrar que essa gente pedante está errada, eles comem capim, nós sentamos em família para refeições e socializamos amigavelmente com o próximo, sem hostilizá-lo por cor, credo ou condição social. Claro, diferenças criam grupos de afinidade natural, mas essa ausência de semelhança jamais deve causar conflito onde todos são civilizados. A diversidade é a magia do mundo, onde a cultura e os costumes diferenciados proporcionam uma saudável troca de informação no contexto do mundo. E isto, a convivência pacífica entre povos não é uma pauta da esquerda, mas sim de uma sociedade evoluída, e numa sociedade evoluída e dinâmica a padronização sistemática não existe. O perfil ideológico implementado é um produto artificial não adaptável a não ser pela força no ambiente natural.


O socialismo de forma geral é um produto de laboratório, no campo filosófico, com fim de controle de qualquer atributo humano de diferenciação social. Este aziago procedimento de nefasta textura sofreu diversos refinamentos, e cada vez está mais letal. Nós, os que escaparam desse envenenamento mental teremos de ter um firme propósito no sentido de ao menos construir uma nova geração que se veja livre dessa verdadeira maldição de laboratório psíquico. Os que vivem hoje, já sob pleno domínio dessa sabotagem mental, tenho minhas dúvidas se algum dia, conseguirão se libertar. Quem crê que é livre, mesmo sem ser, não está pronto para uma correção de rumo, se sente confortável no ambiente, mesmo que tudo a sua volta indique que algo está muito errado. Vejam, jovens partem para a morte certa, apoiados numa crença que lhes promete o paraíso. Alguma evidência que perder a vida de forma brutal lhes dará um prêmio? Mas o domínio psíquico age assim, tira do homem o poder de avaliação da realidade. No mínimo, quem morrer, vai morrer, e nada se pode garantir além disso, mas se pode morrer por um motivo nobre ou por uma abominação da qual te convenceram. E metafisicamente analisando morrer por uma causa justa e realmente nobre trará conforto na última hora da existência, e não perder a vida iludido por um inverossímil propósito postiço, atiçado por lideres extremamente ricos, que estumam seus jovens no pleno ódio da profundidade de seus confortáveis gabinetes. Vejam e entendam, principalmente no coletivismo o líder sempre está em algum lugar bem seguro comandando de longe, sem nenhum risco pessoal por decisões estapafúrdias. Depois da batalha, com algumas centenas de corpos estraçalhados, ele, o líder, vai saciar seu apetite em algum almoço cercado com as virgens que prometeu para os otários que morreram no campo. No fim é isso, ilusão. E para manter a ilusão precisam de um argumento.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 - 91992    CRA - RJ.


Este é o décimo terceiro texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.


Enfim pronto!


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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

O ignóbil santificado.

 

                                                      Image by Gerd Altmann from Pixabay.



O ignóbil santificado.



Sejam bem-vindos ao período histórico construído criteriosamente para vocês. Do núcleo à periferia a densidade não muda, não há desequilíbrio na estrutura, uma vez que a geração fruto da industrialização ideológica saiu do forno e ocupou todos os lugares de decisão, não possuímos mais esperança. Não faço resenhas de livros, mas cito muitos autores, e trabalho lastreado em seus ensinamentos, hoje abordarei um autor fundamental, e certamente desconhecido por todo estudante. Os operários ideológicos do ensino certamente o excluíram da pauta, sempre fazem isso com quem contraria sua metodologia fantasiosa de mundo, ele é Thomas Sowell. Certamente um dos maiores intelectuais da atualidade, e que sempre nos presenteia com obras fundamentais para entender a realidade econômica e social. O livro em questão é o “Os ungidos” a fantasia das políticas sociais e progressistas. Recomendo que leiam, aumentará a abrangência intelectual de vocês quanto a realidade. O que é esse ser intitulado de ungido? O vemos hoje em predominância em todo e qualquer cargo decisório e decisivo, principalmente quanto a aplicação da lei. Por que são predominantes? São um produto, algo feito em escala industrial sob rígido padrão de qualidade, para que uma vez no mercado, trabalhassem para um propósito definido, destruir a sociedade como a conhecemos, suas tradições e seus hábitos e costumes. Se consideram reformadores sociais, e dão pouca importância a letra da lei promulgada democraticamente por representantes do povo, lembrem-se; são Ungidos, estão e se consideram acima do bem e do mal, acreditam possuir o controle de toda verdade e nada fora de suas decisões pode ser contestada e considerada inadequada. Santificados assim no altar ideológico exclusivista das razões sem conteúdo, primam por afetação superior de uma qualidade que realmente não possuem. Muitos são bastante limitados quanto a capacidade cognitiva, mas como adotam a reduzida abrangência de seus limites sociológicos, constroem alicerces sociais no ar acreditando na estabilidade robusta do vento. Nessa deformidade interpretativa tentam construir um arcabouço social impossível e inconsequente, revertendo parâmetros consagrados e imutáveis do convívio social. Causam na verdade um desarranjo social de grandes proporções Thomas Sowell faz as seguintes observações em seu livro: “Na visão dos ungidos, males como pobreza, sexo irresponsável e crimes derivam primeiramente da “sociedade”, não das escolhas e comportamentos individuais. Acreditar em responsabilidade pessoal destruiria todo o papel especial dos ungidos, cuja visão os coloca no papel de salvadores das pessoas tratadas injustamente pela “sociedade. Como nenhuma sociedade jamais tratou todos justamente, sempre haverá exemplos reais do que os ungidos acreditam. O passo fatal é transformar esses exemplos em explicações universais de males sociais – e continuar sem conhecer as evidências contrarias”. E prossegue na sua análise: “O que está em jogo para os ungidos em suas discussões de políticas públicas é a sua própria imagem de pessoas cujo conhecimento e sabedoria são essenciais ao diagnóstico de males sociais e às “soluções”. Entenderam? Essa gente que se atribui superioridade moral e supostamente intelectual pulveriza a responsabilidade pessoal para a sociedade, essa construção sem rosto e portanto, ao fazer isso, acaba com a culpa, esta diluída no oceano de possibilidades que estão na coletividade sem face. Descriminalizam o criminoso, o deixando livre para novas ações infames, porque o agente em si nunca tem responsabilidade por seus atos, nessa lógica, você que lê isso tem sua cota de participação em cada estupro e assassinato que acontece. Afinal, você está incluído na sociedade, não seja insensível, divida de bom grado toda essa injúria inconsequente com seu semelhante, ele não teve uma boa infância. Eu sei! Você não tem nada com isso, mas os ungidos querem que você tenha, considere como dividir o pão, um sentimento quase cristão não é? Alguma sociedade civilizada tem chance de dar certo com este parâmetro? Definitivamente não!


Estabelecidos neste furúnculo ideológico e construídos mentalmente para o absurdo vão experimentando insanidades na sociedade como um proprietário de animais irracionais maneja seu rebanho. Eles, claro, se excluem desse todo, são ungidos, santificados sabe-se lá por que e por quem, mas nunca são atingidos por seus projetos, o mundo deles é particular. Protegidos que estão por classe e por influência, vivem deliciosamente alheios ao cenário, produto de seus desacertos particulares. Usam a sociedade como sua privada particular onde expelem seus infortúnios pessoais como qualquer resíduo humano, produto de seus banquetes e convescotes cheios de obviedades pedantes de uma vida sem prumo, trafegando perpendicularmente a toda e qualquer ética comportamental. Mais uma vez Thomas Sowell tem algo a dizer: “As massas ignorantes também são importantes como cobaias para certos experimentos sociais, incluindo recriar as próprias massas com intenção de se transformarem no tipo de pessoas que os ungidos desejam que sejam”. Estes “engenheiros sociais” de baixo meretrício tentam organizar a sociedade como lhe vem à cabeça. Não importa se tem lógica, se vai causar sofrimento, se existirão tragédias, afinal, nunca serão atingidos pessoalmente pelos resultados, assim eles pensam. E essa crença não passa de um ato de fé, fé no absurdo. Não precisa alimentar expectativa quanto ao futuro, você que lê isso, se escapou da doutrinação massiva, apenas sobreviva, algo muito grande terá de acontecer para causar a queda dessa nova forma de gerenciamento humano, e como sabemos, a possibilidade de piorar é infinita. Com o ditado popular; desgraça pouca é bobagem, nessa terra de loucos se faça de insano para escapar do abraço da loucura. Voltando mais uma vez ao Sowell:” Para os ungidos, as tradições provavelmente são vistas como relíquias opressoras do pretérito, pertencentes a uma era menos iluminada e não como a experiência purificada de milhões que enfrentaram vicissitudes humanas parecidas no passado. Além do mais, a aplicabilidade de experiências passadas é ainda mais diminuída na visão dos ungidos, por conta das grandes mudanças que aconteceram desde “épocas mais simples””. A empáfia dos iluministas que se consideram iluminados donos de uma exegese baldia onde a inteligência geralmente não habita, conseguiram seu lugar na elite social por deformação vulgar de um propósito natural, alcançar a excelência cognitiva dentro da lacuna de tempo proporcionada pelo destino. Esta ocasionalidade transcendente que arruma arbitrariamente o contexto sem que ao menos possamos explicar de forma coerente. E para finalizar as citações de Sowell por aqui: “Quando os ungidos anunciam direitos para um segmento particular da população, eles estão escolhendo outros para serem suas mascotes – e estão também buscando o poder do Estado para ratificar e reforçar essas escolhas arbitrárias, tudo sem a necessidade de argumentar” .Entendam, para os ungidos, minorias protegidas são animais e estimação para algum propósito ainda não definido mas cercado de possibilidades de uso, não é por caridade ou apego a uma determinada causa.


Essa gente saiu da universidade para criar seu próprio mundo, e abarrotados de tolices progressistas não possuem escrúpulos para implementar qualquer plano, seja ele qual for, não se importando com impactos ambientais psicológicos que possam causar suas atitudes. Basta ver o oceano de violência e indignidades protegidas por toda legislação atual. A percepção do cidadão comum, que luta pela dignidade e segurança de sua família é de baderna generalizada, onde o criminoso é o herói, e o trabalhador honesto a vilão. Garantismos, audiência de custódia, progressão de pena, indultos diversos transformam o crime em algo viável para se praticar, e claro, isto tudo vira um estimulante altamente atrativo para parte da sociedade. Estas perversidades ilógicas são gestadas entre tripas obscuras e malignas, que sempre expelem mais alguma novidade vil nessa área para atormentar a verdadeira civilização. Eis o propósito, o objetivo base dessa turma, Ungida, santificada em pura perversidade ideológica, escrever o futuro como uma tragédia para o povo, mas não para eles, apenas para nós. Não se enganem, essa gente não recebeu o aval de ninguém para se considerarem donos da verdade. Apenas como oportunistas foram se instalando em posições de poder para dominar toda sociedade. O que o futuro nos reserva? Podemos dizer que o senhor de todas as circunstâncias costuma pregar peças naqueles que sonham possuir as qualidades do divino.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citação: Os ungidos. A fantasia das políticas sociais progressistas. Thomas Sowell. LVM Editora.



Este é o décimo segundo texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.


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domingo, 29 de outubro de 2023

Euforia limiar.

 

                                                       Image by Angela from Pixabay.

Euforia limiar.



Então, assim estamos nessa fronteira esquizofrênica que precede o absurdo contemplando o eclodir do fim construído realmente para ser fatal. Na soleira do destino nos situamos a um passo da destruição ainda entre questionamentos a respeito de sexualidade, inclusão social, representatividade, enquanto as ogivas do fim do mundo são acariciadas com zelo e pertinácia nos seus confortáveis silos de armazenamento. A “virtude” psicodélica ocidental se prepara para bater de frente com o fundamentalismo do oriente, decadência versus proselitismo fanático e intolerante. Quem vencerá? Talvez ninguém, mas à custa da ação restará certamente um escárnio maldito pairando no sorriso malicioso do mal. Os profetas da oportunidade margeiam a incoerência inflamando multidões acéfalas e construídas com fanatismo para lançarem-se na luta por um nada, uma vez que ao morto apenas, e se possível restará uma cova rasa ou talvez nem isso, provavelmente servirá de pastagem para insetos e pássaros oportunistas. Não há gelosias neste limite para atenuar o calor da hora que se aproxima. O que restará no após não será exatamente o que nossos sonhos ou pesadelos possam descrever. Eu aqui um escriba irrelevante e circunstancial vou registrando debaixo do peso esmagador das ocorrências, os acontecimentos, para que se restar alguém apto para ler, saiba como o processo se desenvolveu. A simples existência de alguém no após se faz duvidosa, ainda mais quando a insanidade se torna perene e possessiva nas ocasiões que nos cercam nesse agora situado no momento desse tempo cruel. O que deu errado? Ora, da construção ideológica fraudulenta, ao descaso com a tradição e até a displicência com o amanhã, temos um caldeirão de obscenidades temperadas com absoluta insanidade para ser servido como o prato principal de uma geração que terá seus laços de sangue oferecido como sacrifício de uma progênese tardia e amaldiçoada pelos delitos de sua ancestralidade. De um lado temos os dessensibilizados por ideologia, um mundo sem empatia com os que raciocinam em outra frequência que não a dos doutrinados, onde apenas tem valor o que proporciona ganho político. Não importa qual tipo da aberração, se for enxergada como uma vantagem para a causa na qual estão inseridos, vale tudo. O alicerce da tragédia ocidental está neste ponto, a permissão que foi oferecida para que toda uma geração fosse sequestrada mentalmente por uma corrente de pensamento hostil com a qualidade. Deste ponto, foi potencializado todo tipo de demência e procedimento distorcido do amanhã. Abriram as portas para a promiscuidade vadia dos intelectuais de botequim e eles entregaram ao mundo essa parcela de circunstância deformada. Do lado oposto temos o fanatismo religioso associado com o esquerdismo oportunista. Vejam, o esquerdismo que dá poder a diversidade sexual no ocidente, apoia aqueles que exterminariam qualquer desvio nessa área. Contraditório? Não! Apenas puro oportunismo. Como nematoides que infestam um organismo essa gente pouco se preocupa com o destino do infestado, querem apenas se alimentar e se reproduzir para garantir a perpetuação de sua espécie. E para isso se adaptam ao ambiente podendo se colocar de qualquer lado do cenário. Essa mistura de alienação ideológica com fanatismo religioso avilta qualquer luta por direitos e liberdade, colocando seus adeptos no estremo descartável da realidade.


A falta de empatia socialista com o processo de fanatização religiosa cria o objeto humano ideal para uma tragédia colossal, onde milhões serão mortos sem entender direito o que acontece. E como sempre os inocentes pagarão o terrível preço por apenas existirem no lugar errado e na hora errada. Porque a fria alma de quem combate por intolerância recebe de volta o resultado dos seus atos obscenos, a lei universal do retorno não poupa ou tem piedade de ninguém. A eternidade representada no Ouroboros se cumprirá implacavelmente. Porque o criador, independente do formato que você dê a ele, sempre estará presente, pois o tempo e o espaço não lhe forma empecilho porque não há limite para o eterno e nem circunstância frívola para lhe opor resistência. E do seu ponto de observação apenas vê as consequências dos nossos erros. A ausência de luz está em nós, em alguns muito mais, em outro muito menos, aos que se entregaram aos devaneios das hipóteses obscuras da dramaticidade trágica do contexto, perecerão como desfecho da insanidade, obliterados da ocasião como qualquer encerramento terrível. Então, tenha sensibilidade para perceber a textura episódica da tribulação. Se o mau agouro se confirmar, a euforia do limiar representará o gorjeio triste de um tempo, onde foi possível viver irresponsavelmente sem pensar no amanhã, e isto explica tudo. Viver o momento como se não houvesse amanhã construiu esse agora. E a maioria ainda permanece assim, sem a mínima noção dos riscos inerentes, a vida prossegue sem aparentemente apresentar abalos de alerta. O cotidiano se cumpre de maneira frugal entre prazeres e sorrisos fortuitos, afinal, como crianças que quebram seu brinquedo, destruiremos o mundo que consideramos uma ocasionalidade exclusivamente de prazer. Ouvi isso tantas vezes, “nasci para ser feliz”, como se fosse um destino obrigatório, uma circunstância num parque de diversões. Nossas responsabilidades existem, queiramos ou não, podemos ignorá-las através do tempo, mas a ocasião fomentada a bom tempo frutificará, o que exatamente você plantou? Não adianta cobrir-me com vitupérios, o desacato dos néscios não passa de afronta esvaziada de sentido, na trama da realidade, não vai mudar a verdade. O agravo do destino se consuma na ação postergada pela falsa indulgência a si mesmo. Evidenciando a desordem de planejamento de um passado frívolo, de qualquer forma o resultado virá, harmônico como uma sinfonia ou conturbado como uma locomotiva impetuosa que passará por cima dos seus sonhos. Cada um com suas certezas, e entre definições exacerbadas de conteúdo oblíquo que jaz em um cadáver psicológico que ousou ter mais significância que um propósito. Se realmente existirá guerra, um conflito generalizado não sabemos, porém, a atmosfera de hostilidades presente no antagonismo fabricado, possui a densidade correta para a tragédia. Portanto, a monotonia ambiental precede a tempestade, que impele seu furor sobre os justos e injustos, a misericórdia não pertence como qualidade à natureza, ela é cruel. A excitação se forma no atrito entre as margens da continuidade semântica do momento, se os atores principais chegarem a conclusão que podem vencer, vencer com sobrevivência de qualidade no após, o risco aumenta. Mas se não estiverem dispostos a pagar para ver, e preferirem a dança de poder sem confronto, teremos novamente o equilíbrio da frequência.


Não sair gravemente ferido dessa ousadia não se trata de conjectura, mas de certeza. Quem estará disposto a uma vida de sobrevivência sem o poder e o status inicial provocará o evento, acenderá o pavio. E a partir dai salve-se quem puder, impérios consolidados ruirão, chefes de Estado consagrados morrerão ou estarão presos, não há hipótese, tenham as armas que tiverem, de saírem incólumes e faceiros desse evento. De forma peculiar, é essa incerteza que até agora nutriu o juízo nos líderes. Nada melhor do que a taxa de risco inerente para aumentar o preço da apólice, pois seguro morreu de velho, e toda cizânia carece de diálogo. Se for possível o equilíbrio se descarta qualquer altercação. O produto final dessa caldeirada infame decidirá por nós, se continuaremos a ser ou seríamos e seremos apenas mais um capítulo encerrado de uma possibilidade fracassada. O escriba encerra por aqui o registro esperando que exista um amanhã.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Este é o décimo primeiro texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.


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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Excentricidade intrínseca.

 

                                                     Image by Gerd Altmann from Pixabay.




Excentricidade intrínseca.



Você conhece suas distâncias? Mesmo entre toda platitude desse agora infame? Onde a miscelânea semântica fornece abrigo oportunista a todo contrassenso vadio que se materializa nessa nossa fronteira da sanidade mental? Parabéns! Você é uma joia rara, um sobrevivente, provavelmente o amanhã dependerá de ti, mesmo que neste tenebroso espaço de tempo, você ainda não tenha consciência disso. Existe ritmo na natureza, tudo flui decididamente neste encorpado e ousado oceano de possibilidades, embora hoje se construa um discurso contra o padrão binário, tudo não passa de mais uma falácia criada pela anomalia mental dos nossos tempos. Tudo tem seu oposto, positivo, negativo, luz e trevas, o 0 e o1, o bem e o mal. Não há repouso na existência onde tudo se move como tábua de maré estipulada para todo ser vivente. Porém há método e organização na frequência eterna de ocasionalidades que são mais arbitrárias do que possam parecer. Nessa dinâmica o conhecimento e a sabedoria tem de ser repassada. Infrutífero e improdutivo acumular tesouros quando se pode multiplicá-los eternamente através do universo que nos abriga. O separar de pontos é irrelevante nesse contexto, qualquer teorema sofrerá para delimitar este intervalo onde o infinito é a premissa. Como a súplica de um amor eterno o tempo passa apesar do espaço que se comprime para retê-lo sem sucesso no momento que mais atinge o âmago do ser. E como todo conhecimento, toda inteligência é chama a ignorância se constitui de matéria, que sofre toda mazela presente na sua construção. Onde assim se pune para se livrar do conteúdo inferior na forja da vida. Escolha sempre o melhor, purifique-se para a transcendência adquirindo conhecimento, expandindo seu espaço vital de conhecimento você diminui sua densidade específica e passa a habitar outro plano, outro nível existencial onde não existe horizonte que limite a compreensão, cabendo apenas a você ajustar a profundidade que deseja alcançar. Não se apegar a tolices e a modismos circunstanciais já passa a ser um bom procedimento, as ilusões bailam no seu perímetro, justamente para capturar mais uma vítima e na maioria das vezes, elas, as ilusões se fantasiam com credibilidade para apossar-se do incauto e frívolo espírito.


Então, tudo depende de propósito, de sentido, sem este detalhe subliminar que define nossa vida não sobreviveríamos a toda artimanha do contexto, sempre pronto para nos aniquilar. Carl Jung definiu: “O homem necessita de ideias gerais e convicções que lhe deem um sentido à vida e lhe permitam encontrar seu próprio lugar no mundo”. Normalmente encontramos isso na simbologia que a religiosidade proporciona, adquirindo assim diversidade de sobrevivência entre hipóteses metafísicas que revestirão nossa vontade e proporcionarão abrigo contra a desídia oportunista que possa tentar nos envolver com seus truques e sua incúria. Sem um substancial significado, não sobreviveríamos neste plano. Seríamos basicamente animais irracionais sem conteúdo vivendo por viver apenas consumindo e por fim, consumando uma existência irrelevante como qualquer outro ser bruto na superfície do planeta. E novamente Carl Jung define: “É a consciência de que a vida tem uma significação mais ampla que eleva o homem além do simples mecanismo de ganhar e gastar. Se isso lhe falta, sente-se perdido e infeliz”. Como um exórdio preliminar há necessidade de começar bem, ajustando necessariamente nossa própria cúria para decisões que tenham pertinência na razão. Trabalhar pelo mal e para o mal exige um pré-obliterado padrão comportamental para proporcionar conforto a quem a isso se entrega. Acredito que já abordei o tema em outra cônica, mas se faz necessário relembrar as palavras do Dr Murray Stein: Do ponto de vista da psicologia profunda, o problema do mal está ligado à percepção de que ele é, em grande parte, controlado por fatores inconscientes. Com exceção dos psicopatas rematados, fazer o mal é algo que as pessoas geralmente tentam evitar, pelo menos até certo ponto. A maioria quer estar do lado do bem (ou pelo menos, ser vista assim); não do lado do mal. Portanto, a atualização do mal geralmente é muito mais sutil e insidiosa que conscientemente perniciosa. Pode-se, com a consciência tranquila, servir ao mal enquanto conscientemente pretende-se fazer o bem obedecendo a uma lei maligna, por exemplo. O mal opera e pode ser praticado em perfeita inocência, com boas intenções e censo de responsabilidade cívica”. O mal é tão pernicioso quanto ao seu domínio que é capaz de simular uma atitude nobre para uma monstruosidade, e assim conseguir realizar seu trabalho. E a deformação mental por má orientação, estímulos culturais indevidos, baixo padrão de coeficiente de inteligência podem proporcionar o terreno adequado para que o mal monte suas armadilhas e capture grande número de almas. Portanto, se faz necessário possuir em essência o bom propósito dentro da nossa estrutura de valores, e que eles invadam também nosso subconsciente, e não seja apenas uma superfície frágil de conceitos, ou teremos a subversão dos nossos valores mais íntimos.


Temos que trazer a excentricidade para dentro de nós, fugindo dos padrões comuns, dentro da extravagância multifacetada de conceitos diversos, para enriquecer assim o ambiente cognitivo, que uma vez preenchido de análises e bons valores, transformará nossas mentes em um labirinto indecifrável para o mal. A ociosidade cultural e o vazio existencial são preferencialmente o terreno onde a discórdia e a vilania procurará se estabelecer para a partir desse ponto criar sua perversão psicológica com aparência de progresso social. Preencha totalmente seus escaninhos mentais com bons valores, mesmo os secretos e indevassáveis, aqueles onde apenas você se permite escrutinar quanto ao conteúdo e até a textura de suas paredes internas. Conheça suas dimensões particulares, ou poeticamente citando, mergulhe nas suas lonjuras neste momento combinatório onde minha semântica inusitada tenta penetrar no seu subconsciente de forma fortuita. Não estou aqui para doutrinar, mas para convencer, e a sutileza que estruturalmente separa esses conceitos tem corpo subliminar, onde está contida a verdadeira percepção da realidade. O doutrinado apenas possui revestimento, o convencido encontrou a si mesmo, e essa é toda realidade que você precisa. Exitoso é o interior mental de quem conseguiu se mapear completamente e conhece todas as próprias circunstâncias e reconhece o mal, apenas de olhar de soslaio, e o evita como a banalidade de uma ocasião indevida do cotidiano que já não possui o poder de ferir.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citações.


Carl G. Jung, O homem e seus símbolos. Harper Collins Editora.


Murray Stein, Sincronizando tempo e eternidade. Editora Cultrix.



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