domingo, 19 de junho de 2022

Uma dança na beira do abismo.


                                                        Imagem de Gerd Altman por Pixabay.


Uma dança na beira do abismo.



Possivelmente existe um equilíbrio de energia em todas as ações que participamos e fazemos no nosso cotidiano. A pouco falei para um amigo que o dinheiro atrai o dinheiro e a falta dele atrai a necessidade. Um chiste com um conhecido lugar-comum a respeito do dinheiro e seu comportamento. Para uns o dinheiro não é problema, possuem tanto que mesmo sem fazer nada novas oportunidades de ter mais se apresentam, e outros possuem tão pouco que quando conseguem fazer uma economia mínima de recursos, começam a aparecer problemas para resolver e consumir o pouco amealhado com tanto esforço. Curiosidades que se introduzem furtivamente na realidade para fustigar quem já vive no limite.


Estamos naquele período onde esse mais necessitado, o cidadão que vive para garantir a refeição do dia a dia, sua e de seus dependentes vai escolher quem vai governar por mais quatro anos. Levando em consideração o tamanho da fatia social que esse público representa, somente aquele que entender e enxergar a necessidade dessa parcela social vai vencer. Não tem como escapar, não adianta viver fechado em uma bolha privilegiada, e ignorar a maioria. Um economista famoso no passado Edmar Bacha criou o termo Belíndia para definir o Brasil. Não tão generoso com a Índia mas sabemos o que ele quis dizer. Mais informações basta procurar na internet a respeito. Em termos eleitorais ninguém se elege no Brasil se não conquistar a fatia Índia do país.


E nesse caso mora um erro estratégico gigantesco cometido pelo atual governo, parou de dar atenção a essa camada da sociedade. Se a grande maioria dos eleitores não estiver satisfeita, não perceber que alguém no governo zela por seus interesses, que são primordialmente a comida na mesa o que garante a saúde e a sobrevivência em níveis aceitáveis de existência esse governo em questão estará com sérios problemas. Essa camada social não se interessa por honestidade, se o governo rouba, se desvia dinheiro, se está enriquecendo com dinheiro público, essa camada social quer garantia de que possa fazer três refeições por dia. É um jardim esplêndido para o populista.


Com essa base, o político inescrupuloso consegue se perpetuar no poder, e se perder eventualmente alguma eleição, ele volta algum dia como o salvador da pátria. Inevitável, a parcela Índia do país, a maioria dos votos sempre se alinhará com quem garantir o benefício que coloca a comida na mesa. É básico, por sobrevivência e conforto. Para a parcela mais rica da sociedade, e nessa parcela estão não necessariamente “ricos” mas qualquer um na faixa de três salários mínimo, o aperto chega mas é suportável, A Bélgica brasileira rufa os tambores, grita vitória eleitoral, está hipnotizada por performance em rede social favorável, meus amigos, a parte Índia do Brasil não está na internet, não tem dinheiro para ter Smartphone. Pesquisas de Internet estão presas na bolha Bélgica e não alcançam a índia, não se iludam. Rezem para que algo ilumine a parcela índia e que eles por algum motivo fortuito não votem na oposição, ou teremos um cenário Argentina muito breve.


Não será por maldade, mas por necessidade. Essa camada social não tem como entender todo o cenário mundial que trouxe todos nós a esse ponto confuso e cruel, se formos comparar com o passado de fartura, mas eles têm na memória o passado de fartura e vão procurar trazer esse passado de volta, mesmo que com isso no final produzam um desastre. De novo caímos no aforismo popular: “dinheiro atrai dinheiro e a falta dele a necessidade”. A busca desse povo por tempos melhores do passado pode produzir mais miséria, em proporções inimagináveis para todos, eles inclusive. País rico atrai investimentos, país pobre atrai a desgraça.


Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992.


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Politica, cotidiano e analise de formas de domínio e controle.


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Novela ambientada nos anos 70 no Rio de Janeiro. Descrevendo a vida em comunidade na área Central.

terça-feira, 14 de junho de 2022

A impertinência das moedas.

 


A impertinência das moedas.


Vamos falar dessa coisa insistente que resiste aos devaneios da esquerda destruindo todos seus delírios de governabilidade próspera que se chama economia. Ela é perversa e vingativa contra todos os que insistem em contrariá-la, para essa gente ela apresenta sua face mais dura, a realidade. Em um passado já remoto Adam Smith já estabelecia, “não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que eles têm por seus próprios interesses”. A economia é uma moça recatada, não aceita procedimentos furtivos e de natureza indecente, ela sempre exige sacrifício e força de vontade no desempenho cotidiano. Não gosta de preguiçosos, de imaginação estéril ou falta de força de vontade, ela sempre premia em situações que lhe são permitidas a prosperidade para quem à procura com determinação.


Analisando particularmente o cenário econômico do país através de ações minhas para aquisição de produtos, tenho percebido que a atividade profissional que procura remuneração por conta própria, e com isso gera riqueza para si e sua família se concentra no sul do país. Já tem tempo, precisei de um baú de madeira grande para guardar objetos diversos, procurei na internet, o fabricante era paranaense. Comprei, um excelente produto. Tempos depois precisei de uma boa cadeira para escritório, o fabricante era de Santa Catarina, uma excelente cadeira a preço acessível. Outro dia eu comprei um anel de prata, de novo o profissional era de Santa Catarina, cutelaria, facas, Rio Grande do Sul.


Sinto falta do Nordeste nessa atividade individual de geração de riqueza e prosperidade. Como citei lá em cima Adam Smith, como o açougueiro, o cervejeiro e o padeiro esses profissionais não foram benevolentes, Defenderam seus próprios interesses gerando riqueza para si e atenderam minhas expectativas de consumo. Assim funciona a economia livre, eu também estou inserido nessa rotina naturalmente estabelecida. Trabalho, ou no meu caso trabalhei, para obter recursos para consumir, assim como fizeram o carpinteiro que produziu meu baú, o joalheiro que produziu o anel que comprei e o dono da cutelaria que produziu minha faca. Ciclo completo de distribuição justa de recursos. E para isso ocorrer basta a liberdade, a singela moça que sempre acompanha a economia em seus idílicos passeios onde não existe opressão estatal.


Ao coletivista sobra apenas uma atividade, o Estado, pai de todos e distribuidor de benefícios e benesses diversas que entorpecem a iniciativa e cria uma atmosfera de suposta proteção que amarra toda população na estagnação da capacidade de distribuição governamental de “prêmios” aos apaniguados. A atividade estatal tem de existir, mas nunca deve se tornar predominante como em governos de matriz socialista. Existem segmentos estratégicos que devem sim permanecer nas mãos do Estado, porém limitados dentro de um determinado escopo de atividade e não abraçar completamente a sociedade. Na maioria, cada cidadão que procure seu sustento, sua atividade-fim, sua profissão que lhe proporcionará os recursos para sobrevivência. A completa falta de entendimento desse mecanismo natural entre os socialistas os leva sempre e irremediavelmente para o fracasso e o sofrimento da população submetida ao método que afronta a economia.


O Brilhante Economista E prêmio Nobel Milton Friedman deixou alguns ensinamentos básicos nessa área e que norteiam uma boa administração. No livro livre para escolher ele cita muito apropriadamente: “A impressão que dá é de que os “benefícios” de um trabalhador são financiados por suas “contribuições”. O fato é que impostos cobrados de pessoas em atividade foram usados para pagar benefícios a pessoas que se aposentaram, ou a seus dependentes, ou sobreviventes. Nenhum fundo fiduciário que faça sentido estava sendo acumulado (“Eu sou você”)". Então, quando não é você que cuida dos seus próprios recursos para o dia de amanhã, e sim o governo, não existe realmente saldo, as contribuições vão entrando por um lado e saindo por outro. A criação intensa de benefícios diversos sempre exige mais contribuição, maior arrecadação, maiores despesas administrativas na gestão desses recursos, que por fim, nunca são suficientes.

E nesse caso o desfecho sempre será o mesmo, o fracasso da máquina que insiste em abraçar tudo que encontra pela frente. A moça impertinente chamada economia não flerta com possessivos e psicóticos. Para esses ela sempre deixa um resultado óbvio, o desastre.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992.


Citações: Adam Smith Livro  A Mão invisível. Penguin e Companhia das Letras.

Milton Friedman. Livro Livre para encolher. Editora Record.




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segunda-feira, 6 de junho de 2022

Armadilhas econômicas.


                                                      Imagem de mollyroselee por Pixbay.



Armadilhas econômicas.


Oba oba, desempenho performático, mitadas, lacrações e se esparramar no meio de torcida organizada não garante título. É sempre bom ter sobriedade para analisar o cenário com bastante antecipação porque a única ocasião na qual a surpresa será fatal está no fim do processo. Vontades e desejos não se materializam sem um bom dever de casa bem-feito. Não adianta patrulhar, ofender, cancelar, se a prateleira com alimentação estiver inacessível para a base do povo. Não o povo que tem casa própria, carro, moto, emprego e renda de até 5000 Reais, minoria, sim minoria nesse brasilzão. Digo o povo que luta por um salário-mínimo, muitas vezes e quase sempre soma essa renda com a de outro familiar para que consiga sobreviver, para esse povo, preço alto o exclui do consumo, reduz desesperadamente sua qualidade de vida que já não é lá essas coisas.


Sim, eles são a maioria esmagadora do eleitorado, não se iluda com desempenho em rede social, essa gente não tem dinheiro para ter Smartphone, e quando tem, não tem dinheiro para colocar crédito no telefone para navegar na rede. Possui uma memória de tempos fartos de governos anteriores, não importa que tipo de governo foi, se roubou, se não roubou, se trapaceou, se foi um desastre moral. Para essa gente o que conta realmente é o preço, o custo de vida, o valor do dinheiro. Décadas passaram e o problema pobreza não foi resolvido no país, apenas foi administrado com melhores provisões, mais comida. Políticos, principalmente progressistas adoram um pobre para chamar de seu, pois ali está o lastro de votos que ele precisa, basta manter o pão e o circo.


Portanto, as condições para uma surpresa desagradável estão presentes. Massa pobre, consumindo muito menos, insatisfeita e no cenário essa gente assiste a um carnaval da vitória antecipada mas nenhuma ação que os atinja positivamente de fato. Ah, e essa gente assiste muito também o principal órgão de comunicação do país que tem um discurso completamente desgastante para o governo atual. O atual governo é muito ruim de maketing de seus atos e ações de Estado, e o que se torna preponderante na mídia acaba sendo a propaganda negativa dos opositores. Some-se a tudo isso o desgaste inevitável de se aliar a nomes no mínimo controversos da política, de passado nada nobre, o que afasta o eleitorado mais qualificado e de maior renda para um possível voto nulo e abstenção e temos construído o cenário do desastre provável.


Espero um Brasil melhor para meus descendentes, e conto com algum resquício de patriotismo de qualquer um que venha a sentar na cadeira presidencial futuramente. Entenda que se alinhar com agenda de controle internacional é um suicídio, como vários políticos de vários países agora estão constatando. Decisões domésticas se resolvem em casa e não com ordens do vizinho. Seja quem for, que tenha vergonha na cara e defenda sua terra e seu povo da ambição desmedida de poderes externos. E para finalizar uma dica pessoal de alguém que um dia no passado já exerceu liderança. O peão, o chão de fábrica, em suma, o povo gosta de um comandante determinado, nem cruel e nem sem noção. A marujada não tolera falta de determinação no comando.


Gerson Ferreira Filho.

ADM: 20-91992.



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domingo, 5 de junho de 2022

Hipérbole.

 

                                                        Imagem de Gerd Altmann por Pixbay.


Hipérbole.



O brilho do impossível trafega entre hipóteses tardias que são remanescentes de uma ilusão difusa que um dia abrigou a esperança. Eu gostaria de ter amado muito mais do que amei, ter corrigido o rumo das ocorrências sazonais daquela realidade que um dia construiu o caminho. Mas tudo o que posso fazer está no roteiro, e cumprir o capricho imposto por desejos do tempo. A análise desse contexto talvez só se dê quando meu nome for epígrafe em lápide fria ou nem isso. Lutar contra o que tem de ser pode ser apaixonadamente contraproducente e se tornar a razão para viver, porque à custa da emoção da derrota certa são construídos os exemplos, e o alerta da impossibilidade atiça o instinto para ir além do limiar e do limite estabelecido da sensação.


Não pense que o modorrento comodismo um dia possa dominar. Seja ousado, contorne o pressuposto e se infiltre na impossibilidade até atingir essa alma e lá faça de si uma possibilidade aceitável no ambiente. Seja o propósito de um devaneio para ser o sonho inverossímil de onde deseja estar. Porque entre as regras existem as lacunas e nelas uma oportunidade fortuita pode surgir para dar significado ao esforço empregado. Amar um pouco mais merece o sacrifício, e se o preço a ser pago exigir margear a loucura não vá se amedrontar nem por um instante ao beber dessa fonte porque o que fica, e sempre será seu está abrigado na sensação possível e não na racionalidade filosófica da realidade. A lembrança será sempre o ornamento de uma nostalgia revestida de saudade. Tome posse de si e crie o acervo de lembranças que um dia pareceram inatingíveis mas agora fazem parte do que você é. E se o fim chegar que sobre um rastro de luta, como um suave perfume que dominará o amanhã.



Gerson Ferreira Filho.


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Panorama político atual e o que pode acontecer com a padronização comportamental que desejam fazer com o povo.


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Novela dos anos 70 desenvolvida para dar representatividade a uma localização no Rio de Janeiro. Texto bem simples e ocorrências curiosas de uma época.


sábado, 4 de junho de 2022

O princípio inexato da realidade.

 

                                                   Imagem de Gerd Altmann por Pix Bay.


O princípio inexato da realidade.




A verdade deveria ser aquilo que é mas estamos em tempos que realmente ela seja aquilo que eu, ou melhor, esse indeterminado personagem do agora quer. Não é mais uma questão de estar entrelaçada na obviedade das evidências mas sim de estar abraçada no desejo particular de alguém ou de algum grupo. As cercanias da razão foram revestidas de hipocrisia e o gênero passou a ser mais importante que um corretíssimo, preponderante, palpável da fatalidade real em si. Colocaram devaneios em formas e deram forma ao abstrato, uma ousadia delirante digna de uma surrealidade poética que margeia o psicodelismo doidivanas dos efeitos de drogas alucinógenas.


Hoje se você quiser saber o que realmente é verdade, terá de praticar uma atividade arqueológica, e resgatar alguma informação de um período onde o que era, seria de fato, e o que nunca foi se bastaria na sua nulidade. Porque da vontade se projeta o desejo e desejos nem sempre podem ser palpáveis pois habitam a inconsistência onírica da margem louca da razão. E sendo assim então, a construção da realidade perde protagonismo e se torna apenas um acessório inadequado a essa suposta modernidade delirante que não permite mais a existência do que realmente é, e por substituição, onde um dia se considerou a realidade, hoje se institui o capricho como letra de um arrebatamento excêntrico.


Se quiser permanecer existindo nesse mundo, entenda-o com um avesso do sentido delineado e aprumado da razão. Uma realidade que se deslocou do seu eixo original e passou a flutuar entre conexões improváveis e incongruentes de uma verdade produzida para atender sensibilidades particulares onde o equilíbrio não necessariamente se obtém pela lógica. Não seja você, se é que me entende, seja o que querem que você seja, mesmo que momentaneamente isso cause desconforto. É por sobrevivência, e não mais por rotina de um cotidiano lógico. Concordar com disparates virou uma operação de contingência onde você vai tentar continuar existindo em modo mínimo de atividade cognitiva para não entrar em colapso.


Pois, agora nos adaptarmos será preciso, e sabe-se lá por que a realidade perdeu o seu sincronismo ideal, talvez alguma onda gravitacional, poderiam dizer os astrônomos, estudiosos das peculiaridades do cosmos. Por fim, a verdade não é mais certeza, os antagonismos se casaram e nós estamos no meio do caminho tentando encontrar um rumo na inexata certeza que o caminho a princípio pode nem existir para abrigar nossos passos. Cuidado! O que é, pode não ser.



Gerson Ferreira Filho.



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quinta-feira, 2 de junho de 2022

Trapizombas e traquitanas na terra das astúcias.


                                                            Gerd Altmann por Pixbay.



Trapizombas e traquitanas na terra das astúcias.




Entre um hambúrguer de baratas e um patê de minhocas, sou obrigado a interromper meu asco que subjaz ao eufemismo que tenho de apresentar nessa degustação para enfim, morder um naco da realidade mais abjeta que me põem a mesa. Entre conclusões titânicas e determinações de cumplicidade total com uma agenda, que contenha qualquer coisa, tragável ou intragável, porque o súdito, o vassalo tem de se submeter. A politica brasileira foi transformada numa pasta disforme e irreconhecível e de causar ânsia no mais resistente dos glutões. Ingerir qualquer coisa aqui ultrapassou qualquer limite da razão. Nem a NOM – Nova Ordem Mundial - acreditaria que seria tão fácil implementar seu cardápio, suas diretrizes.


Aqui aceita-se qualquer coisa, não se trata mais de ter ou não ter carimbo, por que se preocupar com essas trivialidades? Se a emoção vive em cumprir sua tarefa, não importa quem manda, missão dada, missão cumprida. A consciência mora apenas no ato em si, e não em possíveis consequências. O sono dos justos será oferecido aos que cumpriram o seu dever, não interessa para quem e a qual preço. Eu poderia não me preocupar com tudo isso, dobrar a esquina de forma evasiva e de modo furtivo me abster de completamente tudo. Vale a pena? Talvez, viajar entre hipóteses sempre foi meu passatempo predileto, e a atualidade me oferece um infinito de obstáculos dentro da tenacidade pertinaz dos disparates políticos que se apresentam.


Resolver problemas sempre me foi prazeroso, levei a vida saindo de labirintos psicológicos, margeando desafios até penetrar com fúria no seu âmago, no íntimo desses obstáculos para finalmente encontrar a solução de tantas platitudes sobrenadantes em banalidades que simplesmente complicam o cotidiano. Mas confesso, a performance política atual e todas essas astúcias fétidas que engolem qualquer tipo de ética e moral não me estimulam ao mergulho nessas artimanhas. Nesse contexto surreal sou apenas um espectador da tragédia anunciada, deve ser parte de algum aprendizado. Onde talvez se tenha a possibilidade de observar ate onde vai a insanidade humana. Desdobrarei se puder este artifício, sem nenhuma garantia de uma conclusão que resolva o problema. Porque sou pequenino para tamanha dimensão que extrapola a margem da razão, e somente quem projetou, e controla o jogo pode alterar essa grade. Ao arquiteto essa providência e na incerteza de seu tamanho que não cabe na dimensão do universo que se faça a vontade de Deus.



Gerson Ferreira Filho.


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