domingo, 29 de outubro de 2023

Euforia limiar.

 

                                                       Image by Angela from Pixabay.

Euforia limiar.



Então, assim estamos nessa fronteira esquizofrênica que precede o absurdo contemplando o eclodir do fim construído realmente para ser fatal. Na soleira do destino nos situamos a um passo da destruição ainda entre questionamentos a respeito de sexualidade, inclusão social, representatividade, enquanto as ogivas do fim do mundo são acariciadas com zelo e pertinácia nos seus confortáveis silos de armazenamento. A “virtude” psicodélica ocidental se prepara para bater de frente com o fundamentalismo do oriente, decadência versus proselitismo fanático e intolerante. Quem vencerá? Talvez ninguém, mas à custa da ação restará certamente um escárnio maldito pairando no sorriso malicioso do mal. Os profetas da oportunidade margeiam a incoerência inflamando multidões acéfalas e construídas com fanatismo para lançarem-se na luta por um nada, uma vez que ao morto apenas, e se possível restará uma cova rasa ou talvez nem isso, provavelmente servirá de pastagem para insetos e pássaros oportunistas. Não há gelosias neste limite para atenuar o calor da hora que se aproxima. O que restará no após não será exatamente o que nossos sonhos ou pesadelos possam descrever. Eu aqui um escriba irrelevante e circunstancial vou registrando debaixo do peso esmagador das ocorrências, os acontecimentos, para que se restar alguém apto para ler, saiba como o processo se desenvolveu. A simples existência de alguém no após se faz duvidosa, ainda mais quando a insanidade se torna perene e possessiva nas ocasiões que nos cercam nesse agora situado no momento desse tempo cruel. O que deu errado? Ora, da construção ideológica fraudulenta, ao descaso com a tradição e até a displicência com o amanhã, temos um caldeirão de obscenidades temperadas com absoluta insanidade para ser servido como o prato principal de uma geração que terá seus laços de sangue oferecido como sacrifício de uma progênese tardia e amaldiçoada pelos delitos de sua ancestralidade. De um lado temos os dessensibilizados por ideologia, um mundo sem empatia com os que raciocinam em outra frequência que não a dos doutrinados, onde apenas tem valor o que proporciona ganho político. Não importa qual tipo da aberração, se for enxergada como uma vantagem para a causa na qual estão inseridos, vale tudo. O alicerce da tragédia ocidental está neste ponto, a permissão que foi oferecida para que toda uma geração fosse sequestrada mentalmente por uma corrente de pensamento hostil com a qualidade. Deste ponto, foi potencializado todo tipo de demência e procedimento distorcido do amanhã. Abriram as portas para a promiscuidade vadia dos intelectuais de botequim e eles entregaram ao mundo essa parcela de circunstância deformada. Do lado oposto temos o fanatismo religioso associado com o esquerdismo oportunista. Vejam, o esquerdismo que dá poder a diversidade sexual no ocidente, apoia aqueles que exterminariam qualquer desvio nessa área. Contraditório? Não! Apenas puro oportunismo. Como nematoides que infestam um organismo essa gente pouco se preocupa com o destino do infestado, querem apenas se alimentar e se reproduzir para garantir a perpetuação de sua espécie. E para isso se adaptam ao ambiente podendo se colocar de qualquer lado do cenário. Essa mistura de alienação ideológica com fanatismo religioso avilta qualquer luta por direitos e liberdade, colocando seus adeptos no estremo descartável da realidade.


A falta de empatia socialista com o processo de fanatização religiosa cria o objeto humano ideal para uma tragédia colossal, onde milhões serão mortos sem entender direito o que acontece. E como sempre os inocentes pagarão o terrível preço por apenas existirem no lugar errado e na hora errada. Porque a fria alma de quem combate por intolerância recebe de volta o resultado dos seus atos obscenos, a lei universal do retorno não poupa ou tem piedade de ninguém. A eternidade representada no Ouroboros se cumprirá implacavelmente. Porque o criador, independente do formato que você dê a ele, sempre estará presente, pois o tempo e o espaço não lhe forma empecilho porque não há limite para o eterno e nem circunstância frívola para lhe opor resistência. E do seu ponto de observação apenas vê as consequências dos nossos erros. A ausência de luz está em nós, em alguns muito mais, em outro muito menos, aos que se entregaram aos devaneios das hipóteses obscuras da dramaticidade trágica do contexto, perecerão como desfecho da insanidade, obliterados da ocasião como qualquer encerramento terrível. Então, tenha sensibilidade para perceber a textura episódica da tribulação. Se o mau agouro se confirmar, a euforia do limiar representará o gorjeio triste de um tempo, onde foi possível viver irresponsavelmente sem pensar no amanhã, e isto explica tudo. Viver o momento como se não houvesse amanhã construiu esse agora. E a maioria ainda permanece assim, sem a mínima noção dos riscos inerentes, a vida prossegue sem aparentemente apresentar abalos de alerta. O cotidiano se cumpre de maneira frugal entre prazeres e sorrisos fortuitos, afinal, como crianças que quebram seu brinquedo, destruiremos o mundo que consideramos uma ocasionalidade exclusivamente de prazer. Ouvi isso tantas vezes, “nasci para ser feliz”, como se fosse um destino obrigatório, uma circunstância num parque de diversões. Nossas responsabilidades existem, queiramos ou não, podemos ignorá-las através do tempo, mas a ocasião fomentada a bom tempo frutificará, o que exatamente você plantou? Não adianta cobrir-me com vitupérios, o desacato dos néscios não passa de afronta esvaziada de sentido, na trama da realidade, não vai mudar a verdade. O agravo do destino se consuma na ação postergada pela falsa indulgência a si mesmo. Evidenciando a desordem de planejamento de um passado frívolo, de qualquer forma o resultado virá, harmônico como uma sinfonia ou conturbado como uma locomotiva impetuosa que passará por cima dos seus sonhos. Cada um com suas certezas, e entre definições exacerbadas de conteúdo oblíquo que jaz em um cadáver psicológico que ousou ter mais significância que um propósito. Se realmente existirá guerra, um conflito generalizado não sabemos, porém, a atmosfera de hostilidades presente no antagonismo fabricado, possui a densidade correta para a tragédia. Portanto, a monotonia ambiental precede a tempestade, que impele seu furor sobre os justos e injustos, a misericórdia não pertence como qualidade à natureza, ela é cruel. A excitação se forma no atrito entre as margens da continuidade semântica do momento, se os atores principais chegarem a conclusão que podem vencer, vencer com sobrevivência de qualidade no após, o risco aumenta. Mas se não estiverem dispostos a pagar para ver, e preferirem a dança de poder sem confronto, teremos novamente o equilíbrio da frequência.


Não sair gravemente ferido dessa ousadia não se trata de conjectura, mas de certeza. Quem estará disposto a uma vida de sobrevivência sem o poder e o status inicial provocará o evento, acenderá o pavio. E a partir dai salve-se quem puder, impérios consolidados ruirão, chefes de Estado consagrados morrerão ou estarão presos, não há hipótese, tenham as armas que tiverem, de saírem incólumes e faceiros desse evento. De forma peculiar, é essa incerteza que até agora nutriu o juízo nos líderes. Nada melhor do que a taxa de risco inerente para aumentar o preço da apólice, pois seguro morreu de velho, e toda cizânia carece de diálogo. Se for possível o equilíbrio se descarta qualquer altercação. O produto final dessa caldeirada infame decidirá por nós, se continuaremos a ser ou seríamos e seremos apenas mais um capítulo encerrado de uma possibilidade fracassada. O escriba encerra por aqui o registro esperando que exista um amanhã.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Este é o décimo primeiro texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.


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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Excentricidade intrínseca.

 

                                                     Image by Gerd Altmann from Pixabay.




Excentricidade intrínseca.



Você conhece suas distâncias? Mesmo entre toda platitude desse agora infame? Onde a miscelânea semântica fornece abrigo oportunista a todo contrassenso vadio que se materializa nessa nossa fronteira da sanidade mental? Parabéns! Você é uma joia rara, um sobrevivente, provavelmente o amanhã dependerá de ti, mesmo que neste tenebroso espaço de tempo, você ainda não tenha consciência disso. Existe ritmo na natureza, tudo flui decididamente neste encorpado e ousado oceano de possibilidades, embora hoje se construa um discurso contra o padrão binário, tudo não passa de mais uma falácia criada pela anomalia mental dos nossos tempos. Tudo tem seu oposto, positivo, negativo, luz e trevas, o 0 e o1, o bem e o mal. Não há repouso na existência onde tudo se move como tábua de maré estipulada para todo ser vivente. Porém há método e organização na frequência eterna de ocasionalidades que são mais arbitrárias do que possam parecer. Nessa dinâmica o conhecimento e a sabedoria tem de ser repassada. Infrutífero e improdutivo acumular tesouros quando se pode multiplicá-los eternamente através do universo que nos abriga. O separar de pontos é irrelevante nesse contexto, qualquer teorema sofrerá para delimitar este intervalo onde o infinito é a premissa. Como a súplica de um amor eterno o tempo passa apesar do espaço que se comprime para retê-lo sem sucesso no momento que mais atinge o âmago do ser. E como todo conhecimento, toda inteligência é chama a ignorância se constitui de matéria, que sofre toda mazela presente na sua construção. Onde assim se pune para se livrar do conteúdo inferior na forja da vida. Escolha sempre o melhor, purifique-se para a transcendência adquirindo conhecimento, expandindo seu espaço vital de conhecimento você diminui sua densidade específica e passa a habitar outro plano, outro nível existencial onde não existe horizonte que limite a compreensão, cabendo apenas a você ajustar a profundidade que deseja alcançar. Não se apegar a tolices e a modismos circunstanciais já passa a ser um bom procedimento, as ilusões bailam no seu perímetro, justamente para capturar mais uma vítima e na maioria das vezes, elas, as ilusões se fantasiam com credibilidade para apossar-se do incauto e frívolo espírito.


Então, tudo depende de propósito, de sentido, sem este detalhe subliminar que define nossa vida não sobreviveríamos a toda artimanha do contexto, sempre pronto para nos aniquilar. Carl Jung definiu: “O homem necessita de ideias gerais e convicções que lhe deem um sentido à vida e lhe permitam encontrar seu próprio lugar no mundo”. Normalmente encontramos isso na simbologia que a religiosidade proporciona, adquirindo assim diversidade de sobrevivência entre hipóteses metafísicas que revestirão nossa vontade e proporcionarão abrigo contra a desídia oportunista que possa tentar nos envolver com seus truques e sua incúria. Sem um substancial significado, não sobreviveríamos neste plano. Seríamos basicamente animais irracionais sem conteúdo vivendo por viver apenas consumindo e por fim, consumando uma existência irrelevante como qualquer outro ser bruto na superfície do planeta. E novamente Carl Jung define: “É a consciência de que a vida tem uma significação mais ampla que eleva o homem além do simples mecanismo de ganhar e gastar. Se isso lhe falta, sente-se perdido e infeliz”. Como um exórdio preliminar há necessidade de começar bem, ajustando necessariamente nossa própria cúria para decisões que tenham pertinência na razão. Trabalhar pelo mal e para o mal exige um pré-obliterado padrão comportamental para proporcionar conforto a quem a isso se entrega. Acredito que já abordei o tema em outra cônica, mas se faz necessário relembrar as palavras do Dr Murray Stein: Do ponto de vista da psicologia profunda, o problema do mal está ligado à percepção de que ele é, em grande parte, controlado por fatores inconscientes. Com exceção dos psicopatas rematados, fazer o mal é algo que as pessoas geralmente tentam evitar, pelo menos até certo ponto. A maioria quer estar do lado do bem (ou pelo menos, ser vista assim); não do lado do mal. Portanto, a atualização do mal geralmente é muito mais sutil e insidiosa que conscientemente perniciosa. Pode-se, com a consciência tranquila, servir ao mal enquanto conscientemente pretende-se fazer o bem obedecendo a uma lei maligna, por exemplo. O mal opera e pode ser praticado em perfeita inocência, com boas intenções e censo de responsabilidade cívica”. O mal é tão pernicioso quanto ao seu domínio que é capaz de simular uma atitude nobre para uma monstruosidade, e assim conseguir realizar seu trabalho. E a deformação mental por má orientação, estímulos culturais indevidos, baixo padrão de coeficiente de inteligência podem proporcionar o terreno adequado para que o mal monte suas armadilhas e capture grande número de almas. Portanto, se faz necessário possuir em essência o bom propósito dentro da nossa estrutura de valores, e que eles invadam também nosso subconsciente, e não seja apenas uma superfície frágil de conceitos, ou teremos a subversão dos nossos valores mais íntimos.


Temos que trazer a excentricidade para dentro de nós, fugindo dos padrões comuns, dentro da extravagância multifacetada de conceitos diversos, para enriquecer assim o ambiente cognitivo, que uma vez preenchido de análises e bons valores, transformará nossas mentes em um labirinto indecifrável para o mal. A ociosidade cultural e o vazio existencial são preferencialmente o terreno onde a discórdia e a vilania procurará se estabelecer para a partir desse ponto criar sua perversão psicológica com aparência de progresso social. Preencha totalmente seus escaninhos mentais com bons valores, mesmo os secretos e indevassáveis, aqueles onde apenas você se permite escrutinar quanto ao conteúdo e até a textura de suas paredes internas. Conheça suas dimensões particulares, ou poeticamente citando, mergulhe nas suas lonjuras neste momento combinatório onde minha semântica inusitada tenta penetrar no seu subconsciente de forma fortuita. Não estou aqui para doutrinar, mas para convencer, e a sutileza que estruturalmente separa esses conceitos tem corpo subliminar, onde está contida a verdadeira percepção da realidade. O doutrinado apenas possui revestimento, o convencido encontrou a si mesmo, e essa é toda realidade que você precisa. Exitoso é o interior mental de quem conseguiu se mapear completamente e conhece todas as próprias circunstâncias e reconhece o mal, apenas de olhar de soslaio, e o evita como a banalidade de uma ocasião indevida do cotidiano que já não possui o poder de ferir.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citações.


Carl G. Jung, O homem e seus símbolos. Harper Collins Editora.


Murray Stein, Sincronizando tempo e eternidade. Editora Cultrix.



Este é o décimo texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.


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terça-feira, 17 de outubro de 2023

Violação de conduta.

 

                                                        Image by Colin Behrens from Pixabay.



 Violação de conduta.





Assim estamos, numa atualidade onde se navega neste oceano de iniquidades, ouvindo as tábuas do convés lamentarem em seu rangido característico pelo esforço fletor que o mar lhes proporciona, uma canção conhecida por velhos marujos, acostumados a conviver com a agonia da estrutura que luta com algo infinitamente maior e sobrevive. Precisamos ter essa tenacidade estrutural na alma para sobreviver psicologicamente ao grau de infâmia social que hoje nos abraça com a inconveniência dos ousados, com a impertinência dos desequilibrados, com a fúria dos degenerados. Existe muita tensão na atmosfera, encorpada como o desejo de um ágio especulativo insano que cobra sempre muito mais pelo aluguel da nossa existência efêmera. O penoso ato de existir ficou tão caro que fortuitamente avançou no direito de apenas ser. Não basta que desnudemo-nos empiricamente frente a olhos famélicos por novas vítimas, se faz necessário a obstinação resiliente da razão, para preservar nosso conteúdo nessa viagem. Onde os vagalhões da loucura nos acossarão impiedosamente em toda jornada. Ecoando em nós a poesia dolorosa do poeta que repercutiu a dor da jornada “Navegar é preciso, viver não é preciso”, expomo-nos a fúria boçal das circunstâncias para enfim, possuir um propósito, e se for isso, encarar a dicotomia maligna do bem e do mal, que cumpramos arrazoadamente nosso destino, quem aqui estiver enjoado, que se alivie no costado e se reúna aos seus para prosseguir na luta. Concentre-se no destino, no objetivo, no horizonte que talvez, e somete talvez oculte um porto amigável logo além do seu limite, nacos de esperança nutrem a alma nos momentos de crueldade. Nessa monotonia oceânica prosseguimos, impulsionados por mais que instinto mas também por fé, ao acreditar em transcendência metafórica da ocasião, onde mora a metafísica do momento e dá ao agora o revestimento da boa expectativa que vai além do que os olhos podem ver. Do lamento circunscrito ao madeirame que nos cerca, ao alívio de ser mais do que realmente somos, mesmo nos piores momentos. Existir é marcar presença na realidade, mesmo contra toda força em oposição, homens morrem, o nome sobrevive e a alma ocupa a eternidade. O oculto parâmetro do discernimento há de nos julgar pelo trajeto, mas nunca por ter abandonado o propósito, porque mesmo que o mundo vire do avesso, aqui estaremos, de velas ao vento, e remando para a história que há de nos abrigar com dignidade.


Entretendo, o adversário não se aquieta nem se apieda com intrusos, lutará com todas as forças da obscenidade para se impor. Porque a ignorância tem forma e peso específico, e ocupa espaços insidiosamente com infiltrações oportunistas na estrutura da alma, muitos se perderam nesse encontro. O cínico vício do mal se torna abrangente em quem se permite ser abordado por desejos obscuros. Não há retorno para essa gente, as profundezas obscuras os receberão com seu peso esmagador que concentrará seus desatinos. Reduzindo-os a insignificância impertinente que sempre exibiram entre todos os opróbrios merecidos, porém ignorados. Essa violação de conduta se aparta de sentido e se torna amiga da escuridão, onde no conjunto se alimenta em grupo com o demérito de não ser. Anulando-se progressivamente com conceitos desajustados que untam toda a estrutura da perversidade. O abismo sempre tem espaço para mais um. Um par de pernas pode levá-lo a diversos lugares, um cérebro correto o levará ao universo inteiro, onde as circunstâncias mais exóticas e contraditórias conversarão contigo quando você estiver realmente pronto para ouvir. A essência de tudo, os atributos de todo e qualquer conceito estarão disponíveis aos que em espírito se abrirem para a eternidade, e não para a efemeridade tortuosa das razões espúrias dos farsantes. Torne-se espectador desse teatro farsante onde a metonímia do absurdo faça apenas parte de um espetáculo mambembe com fins de entretenimento barato, sem nenhuma sofisticação estrutural. O mal é tosco em sua performance. Apenas se oculta em revestimento de requinte enganoso, superficial e sem substancial abrangência, mas, ainda assim, muito sedutor entre seus detalhes internos. Perceber o mal é fundamental sobreviver a ele se torna uma obrigação, mesmo nos momentos mais confusos e aleatórios da realidade. E para isto se torna necessário flexibilidade de raciocínio dentro de toda expansão de conceitos engessados em premissas supostamente corretas para outra definição e que ocasionalmente se parecem adequadas para um novo momento. Essa dissonância cognitiva acontece frequentemente em momentos de esteasse mental frente a algo tão abominável que ultrapassa qualquer sentido de análise equilibrada. Muitos não tinham percebido, mas temos dois tipos de seres humanos, os animalizados e os civilizados. O encontro dessas duas correntes costumam produzir tragédias inimagináveis. Traumas repentinos e absurdos consumam causar diretamente o que ficou conhecido como síndrome de Estocolmo, e indiretamente algo parecido como a situação real, mas aqui projetada mentalmente naqueles que tiveram conhecimento da barbaridade mas de alguma forma desenvolvem uma situação onde repercute um humanismo tardio e desconfortável com o agressor. Como se fosse possível nivelar atitudes e valores. Essas pessoas tentam sutilmente e outras vezes não, anular o potencial de resposta ao incivilizado com civilização demais, o que constrói uma situação onde o terrível agressor acaba impune por justamente não possuir ética nenhuma. Claro, lógico, o civilizado jamais responderá com a animalidade latente do adversário, terá cuidados com os inocentes, mas, ainda assim, a perversidade e a falta de ética do adversário causará danos colaterais significativos, afinal, eles usam suas crianças e mulheres como escudo. Deixamos os monstros impunes ou os castigamos? Nesta definição mora a sobrevivência do mundo ocidental. Parece apenas um detalhe de interpretação e procedimento mas é algo muito perigoso. Se não me engano, atribui-se a Victor Hugo a frase “Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha”.


A turbulência intempestiva de argumentos dilui a terrível verdade, não se pode tergiversar com o absurdo, ou as consequências serão mortais. Não se move carga em convés sem cálculo de momento fletor e seus impactos na estrutura. Ou a nau sucumbirá. Agora não mais com os gemidos das tábuas do convés, mas com o estalo mortal do colapso estrutural. O grito verdadeiro de uma morte previsível no contexto inadequado. Não se permita ser entorpecido pelo terror, este é o objetivo do mal, desorientação, uma vez atingido, conquista e eliminação. Hipóteses terríveis aguardam o pusilânime em cada intercessão de caminhos. E a coragem de resposta pertence a galeria dos bons atributos utilizáveis nos piores momentos. Reze. Ore para Deus mas seja digno dele lutando por valores que Deus lhe deu, ou pereça nas artimanhas do maligno que deseja sangue humano para saciar sua sede de vingança contra o que é belo e justo. Nenhuma elegia será pronunciada em honra aos covardes.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Referências: frase poética de Fernando Pessoa porém de origem romana dos navegadores daquele tempo.


Frase atribuída a Victor Hugo e sua obra literária.  



Este é o nono texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.



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sábado, 14 de outubro de 2023

Flutuação de parâmetros.

 

                                                             Image by 849356 from Pixabay.




Flutuação de parâmetros.



Bom, aqui vamos nós mais uma vez tentar apresentar uma amostra do cenário nonsense atual da política local e mundial, onde hoje toda e qualquer aberração se tornou habitual para um contexto depravado, quanto a comportamento ou quanto a apoios e alianças de todo o tipo de procedimento e conduta. Venho lembrar que me baseio em tradições de tempos onde a ignomínia não era consuetudinária e portanto, não se admitia alinhamento com determinadas coisas do cotidiano. O desempenho psicológico hoje, admite algumas condescendências com a perversidade inadmissíveis. Uma delas, de acontecimento ultra recente; o assassinato de crianças. Se você apoia quem faz isso, lamento, sua humanidade não existe mais. Não interessa qual ramo político ou religioso, ou mesmo que não pertença a nada disso, você se coisificou tão plenamente que extrapolou os limites até do que se considera inferno, você não é humano nem animal, não há definição para sua existência como algo palpável e que ocupa espaço na realidade. A ignorância de um irracional não tem espaço para seu comportamento, apesar que eu pessoalmente considero que um esquerdista é um animal irracional que não deu certo. E essa gente se enquadra justamente nesse conceito, se tornaram algo além do entendimento comum. Um espaço estranho onde qualquer barbaridade pode se justificada sem remorsos ou constrangimento, tudo em nome do bem comum maior da causa absurda que sempre perseguem, que é coletivização total. Entretanto, existe um seleto e reduzidíssimo grupo de pessoas, os classifico assim, não os consigo classificar como gente, criatura seria melhor, que também apreciam muito as diretrizes coletivistas e desumanizadoras da sociedade. A metodologia se ajusta perfeitamente aos interesses deles, quem acompanha meus textos já sabe disso, são os ultra milionários, acredito que não cheguem a uma dezena de sacripantas, alguns possuem mais destaque, outros são mais arredios e cuidadosos com a imagem, controlam tudo no mundo já tem séculos, passam poder para herdeiros, que prosseguem no controle. Essa turma encabrestou a esquerda, algo até fácil de fazer, pois de raciocínio eles não são bons, como já citei em outra crônica transformaram os discípulos de Karl Marx em cadelinhas pessoais personalizadas e de lacinho de fita na cabeça. E os usam como operários multifunção para a construção do mundo que eles desejam. Doenças dão dinheiro, guerras dão dinheiro, como são sempre os mesmos que ganham em qualquer situação, nada melhor do que um alienado para ser o peão no contexto indefinido. A esquerda tem até uma obra intelectual de peso, claro, sustentada em grande parte por falácias, mas o destino foi cruel, quem realmente possui o poder os castrou e transformou-os em mixórdia de si mesmos. O mundo se encaminha para mais uma guerra, mas este grupo privilegiado citado, eles apenas registram seus lucros, as bombas e armas que todos os lados utilizam, são produzidas por suas industrias. Sabem quem ganhará a guerra? Eles. Desde o ópio que vendiam para a China, até a granada que hoje explode no campo, eles estão no controle. O que querem? Reduzir a população mundial. Tem muita gente, ocidente decadente, oriente com muçulmanos que não param de se reproduzir, asiáticos também em grande número, façamos um guerra em larga escala e tudo estará resolvido.


Para isso, faça com que os parâmetros flutuem, incentive ambições regionais e pessoais, Faça com que grandes líderes sonhem com expansão do seu estilo sem grande preço a pagar, estume os cães de guerra para que se despedacem em fúria de um ódio insano. Aguarde e depois recolha os destroços, limpe o terreno e construa seu idílico mundo. Os peões que sobrarem, controle-os metodicamente com inteligência artificial, sempre será necessário um serviçal ao alcance para uma necessidade ou outra. O que deve ser entendido de fato: guerras dão lucro, geram novas tecnologias, testam equipamentos diversos, funciona como a potencialização laboratorial das capacidades humanas. Na força e na urgência desse momento surgem opções apenas possíveis em ambiente de puro estresse. Com uma população inculta ou educada com o método errado, fica muito fácil conduzir o cenário para onde se bem deseja sem grandes surpresas. Com grande parte se não total da boa literatura e conhecimento excluída das universidades, tem-se a construção do idiota útil, aquele personagem citado por Olavo de Carvalho, sempre de prontidão para aderir a qualquer absurdo ou disparate ocasional. E assim temos nossa realidade gerida por gente incapaz e com desejos duvidosos quanto ao bom procedimento administrativo e legal. Não se deve esperar boa conduta de quem não possui a mínima ideia do que seja tal coisa. Olavo de Carvalho também definiu bem nossa intelectualidade: “Entre um Deus que os humilha e as galinhas pretas que os lisonjeiam, os cientistas sociais ficam, decididamente, com o culto das galinhas pretas”. Não se enganem, é assim no mundo inteiro, na maior potência militar do planeta colocaram um demente no cargo de presidente. O sujeito além de ter uma família que ninguém desejaria ter está senil e provavelmente tem alguém para limpar seu traseiro após fazer suas necessidades. Qual a possibilidade dele tomar uma decisão errada nesse momento? A equipe de governo dele também é constituída por debiloides, o que temos então? Uma coisa não se pode duvidar, e quem duvidar é louco: não há a mínima possibilidade de sair inteiro e bem após um confronto com aquela máquina de guerra. Espero que os novos aspirantes a donos do mundo supostamente é claro, entendam bem isto. Não existirá galinha preta suficiente para algum feitiço dos nossos cientistas sociais modernos para consertar os destroços do evento. Bastaria um sussurro de um dos semideuses do metacapitalismo para acabar com tudo isso, mas o objetivo deles é outro. O ágio usurário dos seus conceitos trafegam no pestilento ambiente desumano de gerações onde a infâmia umidificou seus caminhos. Não há abrigo entre eles para questões que envolvam misericórdia, apenas para toda e qualquer relativização que proporcione lucro. E essa interpretação da realidade se reflete no escopo dos legisladores, pois citando Olavo mais uma vez: Quem introduz no corpo das leis o contrassenso e a absurdidade é, em essência, um inimigo da ordem jurídica, por mais edificantes que sejam os pretextos que alega”. Não pensem que essa baderna jurídica atual não tem o dedo “divino” dessa gente, tem sim para tormento de todo causídico de brio.


Dentro dessa anarquia mortal que se forma na realidade, apesar dela e ainda assim existe como se posicionar do lado correto mesmo sabendo que estamos em um teatro manipulado. Vejo narrativas querendo de alguma forma colocar equivalência entre lados nisso tudo, errado! Cada homem uma cabeça, um juízo e uma conduta. Não somos animais irracionais, e mesmo se fossemos, não cometeríamos as atrocidades que foram cometidas. Portanto, mesmo que tudo na origem tenha a mesma procedência de comando, o indivíduo ainda é o responsável pelo que faz, e uma ordem de massacrar inocentes não pode e não deve ser cumprida sob nenhuma hipótese, e se for, reveste de culpa e torna quem executou a ordem sujeito a ser caçado e punido exemplarmente conforme suas atitudes. Meu ponto de corte entre humanos e feras reside nisso, e não abro mão. Não depende de comando, depende do elemento, do indivíduo, do homem. É básico, uma pessoa civilizada que receba ordens de matar crianças e obedece não pode ser considerada humana, tenha a posição política que tenha, de qualquer religião ou procedência étnica. Se obedecer é um monstro, perdeu o status humano. Não há contemporização ou tergiversação possível para tal ato. Ah, mas há uma conspiração de globalistas para domínio mundial, eu sei! Mas a ação ainda depende de obediência, e apenas um animal adestrado obedece a comandos sem questionar. Assim definidos que estamos, encerro por aqui essa abordagem caótica, mas lúcido a ponto de ainda entender de que lado devo ficar e a quem respeitar dentro do meu perfil de conduta.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citação: O imbecil coletivo, Olavo de Carvalho. Editora Record. 2018.



Este é o oitavo texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.


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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Camadas sincrônicas.

 

                                                      Image by Gerd Altmann from Pixabay.



Camadas sincrônicas.




Então é assim, diferenciamo-nos por desejos e dentro de toda e qualquer vontade nos separamos por detalhes. Essas características que enfim nos abriga, permeia nossa natureza selvagem. A evolução deveria se aplicar como premissa das nossas ações, fruto do aprendizado, pois deveríamos aprender com teses e propostas fracassadas, mas na alma humana ainda habita um descuidado ranço com o que nos diferencia, a alma tribal originária dos primórdios da existência ainda fala abertamente a respeito dos seus conceitos superados. E quando ainda se é assim, fica muito fácil para oportunistas de ocasião manipular o cenário para obter vantagem e riqueza à custa de todos. Ao trabalhar psicologicamente os grupos que se estabelecem no plano real, se cria a surrealidade de desejos oblíquos e infames quanto a qualquer tema que se possa desejar. É fácil manipular a mente coletiva, a fragilidade está posta de pronto, na característica coletiva de rebanho. Essa condição não favorece o raciocínio, o que é coletivo sempre precisa de um condutor, e este condutor, o guia, o pressuposto e elegível mestre direciona toda decisão do curral. Sim, a animalização utilitária fortalece o domínio e fornece a condição necessária para a implementação e o fortalecimento do absurdo. Não há qualidade de questionamento em grupo, a diferenciação saudável sempre acaba abafada pelo corpo coletivo antecipadamente selecionado para rejeitar qualquer hipótese que fuja de um escopo pré determinado por quem conduz o evento. Não se decide nada nem em reuniões de planejamento, apenas se organiza, quem decide realmente consulta assessoria e apenas isso. Não existe nada mais contraproducente que uma reunião para decidir alguma coisa, uma coletividade rumina, não pensa, entra em conflito, não personaliza, um debate geralmente apenas produz conflito de interesses. Nesse roçar hipotético de ancas volumosas apenas se perde o tempo de quem realmente vai tomar a decisão. Sim, tive vasta experiência nisso ao participar de inúmeras reuniões improdutivas, na maioria das vezes. Toda essa larga introdução, uso para expor uma característica de todos nós, funcionamos adversativamente a cada camada que nos compõe, e para possuir sincronismo na estrutura há a necessidade de equilíbrio interno entre todas as partes. A alma humana é um bulbo, tem camadas. Em alguns, essas camadas são harmônicas, em outros são conflitantes. E dessa desordem brotam sentimentos e sensações perigosas e até ultrajantes. Entre elas está principalmente o preconceito, como há desajuste e conflito interno, as expectativas com falsas certezas e promessas internas de sucesso pessoal onde não existem condições adequadas para isso. Deste ponto turbulento surgem ressentimentos, de onde brotam a intolerância contra ciganos, judeus, negros, brancos, cristãos, muçulmanos e toda diferença que possa circunstancialmente colidir ou se colocar no caminho de um sucesso pessoal que na realidade mora na hipótese, não existe.


Este desajuste interno na estrutura da alma onde sua disposição interna não conversa amigavelmente com a camada adjacente, não permite que a energia vital trafegue fluindo entre as anteparas da estrutura. Essa ressonância desajustada e fora de sincronismo afeta os valores e a avaliação do contexto, podendo criar deformidades no tecido da realidade. Assim obrigando o indivíduo a repelir qualquer diferença, que para ele, dentro de sua anomalia, cause desconforto. A assimetria organizacional e o conflito entre parâmetros desalinham a realidade, o ser em si. Entrando em estado estratificado interno de contradições que em algum momento podem causar dano, não apenas a si, mas a sociedade como um todo. Porque afinal, o conjunto, dentro das possibilidades, devem trabalhar em conjunto para que o oceano de hipóteses e sensações tenha sua tábua de mare definida, e não oscile tempestuosamente no intervalo de tempo que nos abriga e acolhe abaixo de suas asas protetoras. Não há espaço fora do tempo e muito menos tempo fora do espaço, portanto, incorpore-se à correnteza, se ajuste na flutuação romântica do momento, provavelmente não haverá outro dentro dessa circunstância que nos envolve. Proporcione estabilidade a seu conjunto de camadas, elimine o preconceito desajustado e paire suavemente como essência sincrônica, realizando-se não mais como hipótese e sim como realidade de um verdadeiro amor. Porém, dentro de um imenso descompasso interno vive uma maioria, que se alimenta da tragédia, que nega a brutalidade, e a aplica como se não fosse gerar resposta no mesmo nível ou pior. Uma alma desequilibrada pode produzir perversidades inimagináveis e conviver tranquilamente com elas, como se a desumanidade fosse ideal de vida. Normalizar o inaceitável faz parte do cotidiano dos desequilibrados, a anomalia é o ambiente de vida deles, e são muitos. Perfilando boçalidades como se fossem bons atributos não se constrangem nem por um minuto a apoiar qualquer ato perverso se vier de algo ou alguém que esteja na sua linha de apoio. Afinal, uma alma desajustada não proporciona um ambiente sadio para o corpo e para a coletividade. Porque antes de tudo, uma coletividade é formada por indivíduos, e estes deveriam de ter autonomia de julgamento para fazer suas escolhas, mas hoje impera a massificação que forma uma correnteza abjeta que a todos arrasta. Justapondo obscenidades e poluindo a compreensão prosseguimos não no perfeito sincronismo, mas no atrito desgastante, erodindo a alma na aspereza das inúmeras contradições do cotidiano. Sendo assim, a turbulência interna passa para o mundo real, o que fere materialmente, e cria distorções absurdas na compreensão e na convivência entre pares. Dentro desse desequilíbrio, continuamos tribais e étnicos, junte essa divisão com fanatismo religioso, adicione ideologia e teremos algo mais explosivo que pólvora.


O maior desafio será encontrar o equilíbrio no meio de tudo isso. Ajustar e lubrificar o intervalo entre camadas com lucidez. Porém o tempo está se esgotando e os tambores de guerra estão rufando, anunciando a escalada de um conflito que como sempre atende a interesses de poderosos em seus gabinetes confortáveis onde registram a entrada de recursos que lhes irá assim proporcionar uma lucratividade fantástica. A guerra e a matança atende a dois propósitos na atualidade: redução populacional desejada, e venda e desenvolvimento de armas. Nas guerras, a tecnologia avança fantasticamente, novos conceitos de defesa e ataque e de subterfúgios variados para enganar o inimigo. Neste meio privilegiado ninguém se importa com vidas, com mutilações e demais danos psicológicos causados. Na visão dessa gente, somos inúteis, e de posse que estão dos idiotas úteis, mais uma vez criarão a circunstância que lhes favorecerá, não é pessoal, mas a marcha da história precisa prosseguir, mesmo que tenha de passar por cima de milhões de vidas. Afinal, um presidente americano incompetente precisa se reeleger, e nada melhor do que a guerra para unir um povo a uma causa. Seus mamulengos no mundo se posicionam, e entre essas marionetes, não se enganem, estão os árabes também. Tem um grupo desafiando o império, um tal de Brics, o império moderno vai chamar para o tatame, melhor que estejam realmente preparados para a luta. Ou nos confins do inferno darão adeus. E dentro desse jogo, entendam: quem dá o aval para monstruosidades será incluído na cobrança de responsabilidades. É bom ter conhecimento disso antes de procurar um muro para subir. Não vista uma culpa que não é sua, porque um velho ditado popular estipula: mais ou menos é o caminho do inferno.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Este é o sétimo texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.



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