terça-feira, 23 de abril de 2024

O teatro das futilidades.

 

                                                          Image by 1tamara2 from Pixabay.



O teatro das futilidades.




E assim, nesse momento performático da existência nos espalhamos nessas ocasiões inúteis para regozijo das almas sem amplitude, se a real dimensão das atitudes contivessem um verdadeiro conteúdo para uma transformação sadia e revigorante no cenário social e político, estaríamos colhendo bons resultados, mas qual resultado prático? Se procurarmos talvez acharemos a descompressão psíquica pessoal de quem aproveitou uma manhã de sol para cantar e dançar, natural, e o restante? O que realmente interessa? Além de colocar em evidência possível candidatos a cargo eletivo nas próximas eleições, o que se obteve de vantagem? Qual o real propósito? E nessas sutilezas que se lançam ao vento estão as razões subliminares de um evento inócuo e desnatado por censura prévia. Sim, o brasileiro é peculiar, dócil por natureza, mas que beleza! E para qualquer momento tem seu carnaval, mesmo na tragédia completa, sorri até não poder mais. Do jeito que a economia está sendo gerida, no natal desse ano um quilo de bananas custará cinquenta Reais, mas não podemos falar disso, e jamais exibir cartazes cobrando atitude do governo, nem essa nem qualquer atitude a respeito de qualquer outra situação, lembre-se, o formato permitido está em não tornar público suas necessidades, seus problemas, afinal, isso magoa os governantes. E o articulador principal não quer saber de passar uma temporada no xilindró, talvez se passasse serviria de estopim para uma atitude mais condizente com um protesto por parte do povo. As vezes a solução está naquilo de que tanto se foge, a ação que desencadearia a reação, mas eu entendo o temor, ele não é infundado. O protagonista do evento pode ser preso e de acordo com nossa tradição popular; nada venha a acontecer de fato, e a vida prosseguir como se nada tivesse ocorrido. Bem ao jeito do nosso povo, nunca se lembram hoje do que comeram ontem. O pastor conhece seu rebanho, melhor guardar a ousadia para outra ocasião. E assim, projeta-se nomes que estarão nas urnas na próxima eleição, o partido precisa deles, eleja-os e espere sentado resultados favoráveis, ah, mas tem centenas de inocentes presos por mais de uma década para cumprir, hei, não fale disso! Assim você se candidata a entrar nesse exclusivo clube de apenados, que uma vez fizeram parte desse nosso carnaval. O azar pertence a eles e não a nós, esqueça isso, o sol está gostoso beba uma cerveja gelada, tire umas fotos do evento, coloque nas redes sociais, mostre para seus amigos como você é participativo e vá para casa com a ideia de dever cumprido, seu comportamento foi exemplar, dentro das quatro linhas. Resultados? Ora, o dono do partido está feliz da vida, o governo sorri e aprova o novo formato de protesto, se é que se pode chamar isso de protesto, sem impactos desagradáveis, sem cobranças de fato, com discursos previamente entregues em memorando para serem aprovados em teor e estilo, uma rebeldia engarrafada, padronizada no formado que determine o mínimo desconforto possível. O inócuo fervor das palavras controladas, das atitudes sem peso e da proposta sem conteúdo, sobra apenas a exibição dos cavalos de raça que irão assim participar do grande prêmio eleitoral. Foi a isso que reduziram a participação popular atualmente, um nada concreto e não por hipótese, um copo de água morna que não proporciona refresco em dia escaldante. Mais uma opção de entretenimento para ocupar o ócio domingueiro que já não oferecia muita coisa em termos de diversão, sim, diversão, um circo onde a palhaçada se generaliza como principal conteúdo do dia. Todas urgências reais do momento ficam penduradas confortavelmente, alojadas em algum compartimento apropriado, até que o volume extravase as anteparas que os seguram e assim se apresentem ao público festivo e alienado que apenas pensa em festa. Quando isso acontecer, todos farão cara de espanto! Oh! Meu Deus! Com o chegamos até aqui? Simples, fazendo festa quando se deveria reclamar. Política no Brasil é algo interessante, não se vota na proposta, mas no engabelo que lançam na água, a pescaria é sempre farta, impossibilidades são aceitas de pronto, promessas estapafúrdias prosperam como erva daninha no pasto, é uma festa para espertalhões de todo tipo. Aqui se toma o pirulito da criança e a criança ainda ri.


Estes atos de propaganda política são necessários para suprir de suposta representatividade os novos carneiros que se submeterão ao agendamento do dono do partido, aquele que faz acordos sombrios com o governo, qualquer governo, em troca de vantagens, financeiras a princípio e de representatividade política se for o caso, você que votou? Dane-se, depois da eleição todos riem da sua cara. Fotos abraçando seu político de estimação irão para o oratório particular onde oferendas de amor serão depositadas, afinal, este é a finalidade do evento, alimentar o culto, a seita e os seus prosélitos. Não há análise de contexto, de cenário, se seu escolhido realmente faz o que diz ou está enganando todo mundo, se você e os seus serão beneficiados no fim, ou estão participando de mais um engana trouxa que se repete periodicamente e chamam de eleição. E claro provocar ciúme e inveja no adversário, ele se remoí por não possuir mentalmente tanta gente. Trata-se disso, posse, ter propriedade do povo, que está disponível para se agregar a discursos variados de submissão. Qual o proveito para o povo? Apenas a diversão domingueira, se ver próximo a seus ídolos, e imaginar que participou de algo representativo, mas que realmente não significou nada! O que mudou no após? Houve arrefecimento na petulância governamental? Obtivemos flexibilização na legislação? Ao menos o céu está mais azul? Isento de efetividade, sem eficiência e sem eficácia podemos dizer que esse processo não serve para nada de útil para quem realmente interessa, o povo, trata-se apenas de firula performática para adoçar o dia de políticos que deveriam ser mais ferozes ao representar o povo, afinal, eles se disponibilizaram a isso, a serem representantes do povo, e não apenas figurantes apalermados aproveitando as delícias dos cargos que ocupam ou pretendem ocupar. Como já disse Cazuza: “não me convidaram para essa festa pobre que os homens armaram para me convencer”, ainda bem que não me convidaram, eu não iria mesmo. Podem me xingar, ofender, me amaldiçoar, não curto teatro de futilidades, não estou isento, podem me enganar também, mas exigirei certamente muito trabalho no campo da ilusão para que me convençam que o tamarindo não é ácido. Porém, eu sempre deixo registrado, que cada um faça da sua vida o que quiser, liberdade é isso, se você se ente feliz isto é o que importa de verdade. Tenha sua religião, não importune quem tem outra fé, ou nada vai diferenciá-lo de um Talibã, se aprecia ser escravo político, que assim seja, viva essa experiência com intensidade, mas sem perseguir quem pensa diferente. O radicalismo fere a convivência humana, exclui a possibilidade da harmonia entre pessoas dentro de uma sociedade que pretende ser civilizada. Numa real democracia existe permissão para ser palhaço quantas vezes quiser, não se preocupe, ninguém vai discriminá-lo por sua performance escatológica , talvez apenas um leve teor de sarcasmo, porque, afinal, perfeição não existe no labirinto da nossa alma. Apenas não me peçam para ignorar o truque, aproveitem enquanto há espaço para essas brincadeiras, porque tudo indica que sem um descontentamento de fato, como costumam dizer por aí, a janela de oportunidade vai fechar e nada mais restará para ser feito, se hoje nem protestos verdadeiros se pode fazer, imagine o que vem por aí. Até sorrir furtivamente pode se transformar em crime. Enquanto isso, nesse nosso outono com temperatura de verão, observamos assaltos, sequestros, assassinatos, tráfico de drogas, chantagens, com praticamente passe livre para a ação, porque basta que a polícia prenda e leve para uma tal audiência de custódia, que um boa alma já coloca o meliante nas ruas de novo para agir novamente. Coitado, ele é apenas um injustiçado, tem o direito de te estuprar e de te matar, se identifique, seja mais humano e compreensivo. Ou quem sabe, você cobre a seu ídolo providencias necessárias que garantam sua vida. Nem só de festa vive o homem. E no fim, se eu tivesse mais uma boa margem de vida para assistir, acredito em forma de pressentimento que se surgisse um terceiro protagonista para disputar a eleição os dois atuais dividiriam o palanque contra esse terceiro. Parece o extremo da surrealidade, mas é apenas o Brasil.




Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



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sábado, 20 de abril de 2024

Pontos e contrapontos.

 

                                                        Image by Stefan Keller from Pixabay.



Pontos e contrapontos.



E assim com o uivo desesperado das circunstâncias, que se torturam na inadequação semântica de um tempo desestruturado mentalmente para ser o que deveria ter sido, me acotovelo entre insanos patamares de entendimento, sem ter apoio para delimitar o espaço vital e obter equilíbrio entre todas essas façanhas aleatórias que são expelidas pelo caminho, na rotina dos degenerados que insistem em se sentir protagonistas de uma verdade, e que essa apenas existe na cabeça deles. Sendo assim não quero perder meus trajes psíquicos, e que eles, minha vestimenta, não percam consistência e escorram inexoravelmente pelo ralo da ocasião junto com a razão que se embalou em tributo a uma causa perdida. Essa oferenda mental que destino aos imaginários cantos do universo, nela pretendo ludibriar a estrovenga performática de uma época que finaliza o período da razão e da inteligência em progresso, tudo agora se transformou em bestialidade programática no destino dessa ocasião de perfídia e trapaça. E assim nessa centúria que se pretende dentro da lógica ser secular, trefego entre essas hipóteses mefistofélicas que infestam este agora com cara de preludio da catástrofe. Este, preambulado em infâmias e trapaças arregimenta multidões em sua gosma psicodélica de comportamentos injuriosos para obter plenitude na ocasião forrada de conceitos vãos e argumentos do inferno. Entre as ruas, vielas e avenidas desse momento é possível encontrar sem que se obtenha indignação das autoridades e de boa parte do povo, uma criança sendo assediada sexualmente, e inocentes pagando por um crime que não cometeram, a políticos omissos apenas preocupados com seus vencimentos, com o dinheiro que podem usufruir, apenas lutam por mais verbas que o governo oferece como contrapartida ao comportamento passivo que oferecem em forma de gratidão a mais um envio de dinheiro. Não há constrangimento e nem vergonha em acatar ordens ilegais, visivelmente inconstitucionais, porque afinal, ordens são feitas para serem cumpridas, mesmo a mais infame delas. Isto no passado já rendeu forca para muita gente. Em civilização que se preze, ordens ilegais não poderiam ser obedecidas, mas aqui elas, essa ordens infames são atendidas de pronto com uma agilidade impressionante. E ainda dizem que somos o maior país cristão do mundo, onde? Onde Cristo ensinou a ser venal, a ser perverso? Onde ele ensinou a dormir bem depois de cometer atrocidades contra inocentes? Mas a nossa rotina diz que é exatamente isso que muita gente que vai a missa ou ao culto faz, de dia é um legionário implacável perseguindo indefesos e na noite reza e dorme como um bom moço de Deus. A falta de escrúpulos é a principal característica humana do nosso tempo, as eras passam, a história se escreve, mas o homem não muda, Primeiro meus interesses, o vizinho, ora o vizinho, que morra. Nessa plasticidade orgânica com textura de água de rejeito navegamos rumo a deterioração completa da sociedade, onde a norma culta e civilizada será substituída por todo procedimento desleal e tosco em essência, para no final atingir também as famílias dos que colaboraram com a construção dessa realidade, essa tragédia não atingirá apena uma camada social, mas também aquele que serve de segurança repressiva ao regime terá na sua família as marcas da imoralidade, essa gente tem família também, filhos e netos, esposas e irmãos e irmãs, eles conhecerão também o toque da infâmia que seus tutores protegeram com efetividade, e este será o preço a ser pago pela regra: “estou cumprindo ordens”. Quando uma sociedade se degenera, todas as camadas, exceto o topo da pirâmide, sentirão o calor da desorganização social. Poucos, pouquíssimos se agregarão a este topo para que tenham privilégios, a grande maioria será descartada como algo que foi usado e não serve mais. Nenhum exercício mental será capaz de evitar o destino dessa gente, afinal, colaboraram de forma efetiva para a destruição de um país e seus valores mais significativos como nação, apenas por uns trocados momentâneos. O escalonamento das circunstâncias se dará gradativamente, primeiro o povo sem recursos, depois a classe média e por fim os ricos, com mais condições e propriedades. Essas propriedades que o “governo do povo” já coloca olhos cobiçosos em cima para gerar mais recursos que financiem a boa vida dos apaniguados da corte e seus nobres representantes. A coisa toda não passa de um feudalismo vermelho, onde espertalhões que se intitulam proletários ou defensores do proletariado se deliciam em transformar todo o povo em súditos do novo império.


De petulância e escarnio se faz nossos dias, onde desavisados são utilizados ao bel prazer de onanistas da política para ganho próprio e como escabelo para conforto dos objetivos abjetos desses senhores do momento. Com nos versos de Augusto dos Anjos: “O beijo, amigo, é a véspera do escarro, a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Vide Versos íntimos do autor, E a citação serve justamente para todo colaboracionista que se julga a salvo do efeito do que ajuda a criar: “Se alguém causa inda pena a tua chaga, apedreja essa mão vil que te afaga, escarra nessa boca que te beija”. No fim, quando tudo estiver consumado, tu serás escarro lançado ao relento nas ocasiões que tu criastes e beneficiastes com tua participação. Jamais lamente, faça à tipa forra as tuas lamúrias inconfessáveis, pois na verdade esperava recompensa, mas veio apenas o obvio descarte dos que não possuem pedigree para serem incluídos na nova era. Abundante apenas será seu choro, e este por maior que seja a performance, não despertará piedade na sociedade que você traiu. Nesses dias endemoniados, que se ocultam entre pontos e contrapontos a costura não foi bem cerzida, as combinações não se confirmaram, para disfarçar os defeitos da sua alma vadia e disposta se vender por vantagens momentâneas. Nem a um óbolo terás direito na liturgia da piedade, quem trai aos seus se renega ao abandono completo nesse teatro de ações, de tão infame, restarás a ti o até suave esquecimento existencial, pois nem para recordação serás útil. O inominável terás como nome, o destino apropriado de quem vende e ataca os seus irmãos. Ações, elas não ficam sem resposta no tecido do espaço tempo, ação e reação, não estudou física? Terceira lei de Newton? “para toda ação há uma reação de mesma intensidade e direção, em sentido contrário”. Ou para você hipócrita que frequenta o culto ou a missa sempre. Coríntios: “E digo isto: que o que semeia pouco, pouco também ceifará, e o que semeia em abundância, em abundancia também ceifará”. Você semeou a coisa errada, não chore pelo abundante resultado que terá, afinal, entre orações, cânticos e rituais você estava cumprindo ordens que não deveria cumprir. Do criador você não se esconde! Então, entre jactâncias e bajulações a poderosos, você se perderá inexoravelmente, e oneroso será teu destino que foi construído se submetendo aos termos que te deram, mas não pensou se era inconveniente travar esse combate. As atitudes definem o futuro, e todos nós estamos imersos nessa realidade e certamente obteremos o resultado das nossa ações, as ações aparentemente insignificantes e as ações preponderantes e de peso específico na história. Jamais adquira uma infâmia como uma ação aceitável, seja justo, preste lealdade a sua terra, a sua família e ao próximo que te dá referência para que todos tenham uma vida justa, dentro dos parâmetros do Senhor.





Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.


Citações:


Poesia de Augusto dos Anjos, Versos íntimos.


Coríntios, Bíblia Sagrada.




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terça-feira, 16 de abril de 2024

A exatidão intransponível.

 

                                                        Image by Arek Socha from Pixabay.






A exatidão intransponível.



Assim amigos, temos nesse contexto conturbado onde energúmenos lutam contra a realidade, os resultados óbvios de quem combate a realidade fria e exata da economia. Por que eles sempre fracassam? A resposta está na origem de onde retiraram sua estrutura básica de raciocínio, no erro fundamental que deu origem ao pensamento socialista. E se de origem tiveram um mestre do equívoco, no erro persistirão até o desastre total, pois o reconhecimento do desvio, destruiria a sua fé, a base de todo seu raciocínio eivado de controvérsias infames que perdura infinitamente. Sim, a estrutura praticamente religiosa dos seus conceitos onde liturgicamente foram produzidos dogmas, não permite ajustes na base do ordenamento conceitual de algo errado de origem, ou toda estrutura desmorona, o jeito é permanecer no erro até a aniquilação total, e por fim, perecer com a honra incólume , acreditando que não era apenas um ignorante. Se acreditarem que existem respostas corretas e obvias que resolveriam os problemas, aniquilam totalmente a doutrina e assim, deixam de ser o que são, socialistas. Teriam que ser Troianos em fuga como descreveu Virgílio na sua Eneida , escapando da fúria dos vingativos Gregos nos momentos derradeiros de Iliun, para assim construir uma nova vida: “Brandos gostos revezam-se de Eneias na mente absorta: erguer faz longo os mastros, desenvergar o pano e desfraldá-lo. Toda frota escotas ala, solta a bombordo os seios, a estibordo; árduos os lais braceia, rebraceia; té que o sopro à feição lhe enfurna as velas”. Uma fuga justa do desastre absoluto nos versos do poeta teria que ser efetivada como metáfora de uma nova vida para todo essa gente que vive no delírio coletivo construído para aprisionar corações e mentes. Onde perdem suas vidas neste eterno e claustrofóbico desafio de confrontar a razão até encontrar o obvio colapso que uma doutrina tacanha e deficiente sempre os conduz. Lutar contra a lógica induz ao salto no abismo, a um processo sem volta que conduz ao suicídio da razão. E assim debilitados estruturalmente em raciocínio, tentam incessantemente e insistentemente implementar o erro como rotina obtendo sempre os mesmos resultados, o desastre econômico. Não se rendem e nem fogem, arrastando toda sociedade para a catástrofe. A arrogância é fatal. Se faz necessário mudar as circunstâncias mudando de atitude, disse Robert Greene: “se nossa atitude é, em essência, temerosa, vemos o lado negativo de cada circunstância. Impedimo-nos de correr riscos. Culpamos outros por erros e deixamos de aprender com eles”. Todos já perceberam que quando o colapso financeiro se apresenta o socialista sempre coloca a culpa nos outros? Nessa atitude petrificada, nunca admitem o erro de procedimento e se condenam a repeti-lo eternamente. Espiritualmente acorrentados ao erro, não se torna fácil reconhecer o próprio estado de miséria intelectual onde se alojam com a determinação dos celerados. A Economia como ciência é viva como estabeleceu Ludwig von Misses, “significa apenas que a economia é algo vivo – e viver implica tanto imperfeição como mudança”, e “A história econômica só é possível porque existe uma teoria econômica capaz de explicar as consequências das ações econômicas”. Existem regras, regras claras a respeito de atitudes quanto ao mercado, que se não forem respeitadas não irão entregar o resultado esperado para o determinado momento. Poderíamos dizer de forma jocosa que ela, a economia não aceita desaforos. Eles, os socialistas não aprendem nunca, não mudam de atitude, arrogantemente imersos no erro, jamais admitem a incoerência da repetição de resultados negativos, se obliteram entre vulgaridades assimétricas para tergiversar entre tangenciações furtivas para escapar da resposta óbvia, estão completamente errados. Uma das relações que socialistas não entendem os salários, o mercado e os preços, coisa simples que Mises explica: “Os Salários – assim como os preços dos fatores materiais de produção – só podem ser determinados pelo mercado. Fora do mercado não existem salários, como também não existem preços. Onde existem salários, o trabalho é considerado como qualquer qualquer outro fator material de produção e é comprado e vendido no mercado”. E também: “Onde as leis de mercado são negadas, não há lugar para a ciência econômica”. Podemos considerar que a esquerda pratica qualquer coisa; feitiço, pajelança, macumba menos a real economia. E como bons resultados econômicos não são alcançados por estes subterfúgios peculiares, o resultado que encontram é sempre o mesmo, o colapso econômico. 


Um socialista raiz não aceita a competição de mercado, o que regula preços e ofertas. A liberdade de ser competitivo dentro do ambiente de negociações e de distribuição de interesses diversos que formam a realidade da economia livre que gera o enriquecimento da sociedade. Tudo para ele tem de ser controlado e tabelado pelo Estado, e nessa ausência de autonomia e liberdade a produtividade cai, as negociações são eliminadas e o interesse comercial desaparece, estagnando a economia de forma geral. Ao coibir a liberdade econômica criando uma imensa máquina burocrática de administração de regulamentos e diretrizes matam a atividade principal que nutre e proporciona a geração do lucro, a alma da economia livre. E claro, se indivíduos lucram, toda a sociedade enriquece assim como o país onde a liberdade econômica é respeitada. A exatidão intransponível dessa ciência chamada economia não permite arranjos heterodoxos de natureza psicodélica nos seus procedimentos, e não é afeita a brincadeiras organizacionais nos seu parâmetros de estrutura básica, ela, a economia é recatada e fiel a sua origem, o livre mercado, onde os interesses e desejos procuram satisfação com quem produz os bens de consumo para uma relação que satisfaça a todos nesse universo dinâmico de opções que flutuam na aleatoriedade das incontáveis relações de venda e consumo. Nessa relação temos também o custo, e esse custo é regulado pela eficiência do agente da ação proposta dentro da economia de mercado livre. Pode ser o lucro ou o prejuízo Thomas Sowell aborda esse movimento: “Enquanto no capitalismo há um custo visível – o lucro - , algo que não existe sob o socialismo, este tem um custo invisível – a ineficiência – que, que no capitalismo é eliminada pelos prejuízos e falências. O fato de que a maioria das mercadorias são mais amplamente acessíveis em uma economia capitalista implica que o lucro é menos oneroso do que a ineficiência”. Aqui temos mais uma ação econômica negligenciada por membros da esquerda, o ônus da ineficiência de um mercado sem liberdade, onde a ineficiência, a má vontade em produzir, uma vez que não existe a possibilidade de lucro livre diretamente para quem produz, o método restritivo imposto pelo governo funciona como um freio ativado, segurando o desempenho econômico, causando baixo rendimento no conjunto gerenciado dessa forma. Se o produtor não recebe o resultado real da sua atividade, o seu lucro, o seu rendimento, mas recebe apenas aquilo que foi estipulado e taxado por um burocrata do governo, a má vontade em produzir se instalará na cadeia produtiva, instalando a ineficiência e a baixa produtividade nas ações que deveriam suprir o governo e o país com recursos, ao impedir a liberdade comercial e fabril, governos empobrecem e perdem musculatura econômica no decorrer do tempo. O segredo do fracasso está em acorrentar a atividade econômica com regulamentações e tributação excessiva na atividade que produz bens de consumo e serviços. Quanto mais ampla a liberdade, mais sucesso nessa área, é simples, dá muito menos trabalho e o retorno é comprovadamente garantido. Se a masturbação ideológica for contida ou até eliminada, teremos uma sociedade próspera e desfrutando da plena liberdade que o livre mercado proporciona a quem o respeita. Agora se continuarmos agregados nos delírios de Marx e seus furúnculos purulentos, vamos sentir eternamente a náusea da incompetência regimental do procedimento insano implementado por alguém que vivia atormentado entre conceitos delirantes de organização social. Quanto mais pobre um país mais escasso é o capital, e a mão de obra mais barata e abundante. Então, essa regra fundamental da economia, a escassez determina todo o restante da atividade, e a partir dela se decompõe e se planeja todo o resto.


Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.


Citações:

A Eneida, Virgílio Editora Martin Claret.


As leis da natureza humana, Robert Greene. Editora Planeta.


Ação humana, Ludwig von Mises. Instituto Ludwig von Mises.


Economia básica, Thomas Sowell . Editora Alta Books.



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domingo, 14 de abril de 2024

Signifique-se.

 

                                       Image by David Sánchez-Medina Calderón from Pixabay. 




Signifique-se.



Não ser indefinido é o propósito da vida. Pois se deve ter apreço por esse prêmio, viver. Esgueirar-se por dentro das circunstâncias, mesmo debaixo da opressão da realidade cruel. O homem não foi feito para ser mentalmente subjugado por hipóteses, ele define seu rumo e constrói seu caminho sobrepujando a malícia do tempo e toda venalidade da ilusão. Realiza-se, apesar de toda dificuldade, porque a superação faz parte do aprendizado, se tudo parece perdido e o desperdício das horas causam aflição, dedique-se ao aprendizado, para que mais a frente esteja apto para a execução, seja lá do que for e a que sua aptidão leve. Escolha desafios fora da rotina e da mesmice do cenário que conhece, a novidade serve de incentivo e impulsiona o pretexto a sugerir algo inusitado. Porque a vida é assim, essa coisa que se apresenta a nós subitamente e nessa inesperada abordagem, monótona a princípio sem objetivo, se instala em nós e solicita atenção. E o que se tem a fazer é adquirir propriedade definitiva dela, para domá-la e direcioná-la até que se torne finito o caminho que se deve percorrer. Nossos sonhos nem sempre são o melhor caminho ou nossa clara opção, diversifique suas aceitações e veja um leque de oportunidades possíveis no caminho que existe a sua frente, talvez seu futuro esteja naquilo que nunca pensou na sua imaginação ou nos seus desejos. Enfim, viver exige determinação e foco, os fracos não sobrevivem a esta selva de ocorrências aleatórias que nos ferem com sua falsa modéstia e seu truculento e arrogante modo de apresentar a realidade a nós. Entrando nos conceitos de Jung, um especialista na profundidade da alma humana e seus cantos escuros, temos a individuação do homem como ele mesmo explica: “A individuação do homem tomado como indivíduo não se realiza separadamente da individuação coletiva, mas na verdade o espírito do tempo se realiza no indivíduo, e a imagem de Deus, específica de uma época, está constelada no inconsciente como uma imagem de totalidade. Essa imagem da totalidade(ou imagem de Deus) apresenta-se diferentemente na alma do judeu do velho testamento, no cristão primitivo, no homem medieval e no homem atual”. Para facilitar o entendimento constelado significa atitude preparatória de expectativa que definirá sua reação. De onde se é possível retirar o entendimento, que o homem moderno, parte da civilização de hoje perdeu essa conexão com Deus, A individuação foi fragilizada e o indivíduo perdeu conteúdo filosófico coerente com o melhor da civilização e com o divino, estando assim a deriva e exposta a adoção de critérios que contradizem o bom senso e a boa pratica civilizatória, o exemplo típico e de melhor compreensão, é a paixão incompreensível ao infrator da lei. Em sociedade com seus tradicionais padrões de conduta, criminosos recebem sua punição, cumprem o período que lhes cabe por infringir a lei e apenas depois desse período voltam a sociedade, que assim sendo estará protegida por uma defesa óbvia de bons valores. Ayn Rand certa vez esclareceu: “Ter pena do criminoso é trair o inocente”, logico, óbvio. Apenas uma sociedade doente pensaria diferente, uma sociedade que perdeu conteúdo e passou a cultuar o crime e a odiar a normalidade social que se deveria ter. E isto está diretamente ligado ao tema supracitado, a criação de significado individual, a representatividade do ser como célula saudável da sociedade, que possui seus valores individuais e luta pela consolidação do seu destino próprio, pode gerir a realidade de forma sadia e complementar ao grupo onde vive. Se mantivesse sua individuação e constelado nos bons valores, não estaria perdido entre questões estruturais de organização mental que acabam prejudicando o conjunto social, e a eles mesmos, pois quem define o amor pelo criminoso, está inserido na sociedade e exposto à violência resultado de decisões descabidas. Mas a complexidade do problema se torna abrangente quando a  ação começa a afetar a liberdade. Aniela Jaffé especifica: “Sem o sentimento de liberdade interior, e sem autonomia do eu, não haveria nenhuma individuação, nem ação ética, nem significado. Por essa razão, Jung atribuiu crucial importância à consciência e à responsabilidade humana. A confrontação com sua própria escuridão, experimentada na análise, não pode ser feita sem uma consciência extremamente lúcida”. Portanto, sem significado, sem individuação sem civilização; se você não pode se significar, dar sentido a sua vida e a sua autonomia com ser vivente ,então,  sua categoria humana foi retirada para transformá-lo em algo que não corresponde mais a uma existência saudável e sim uma desumanização progressiva da estrutura social.


Neste conflito permanente entre o bem e o mal, o mal atualmente está vencendo e se consolidando como a única opção existencial para o grupo de humanos que existem hoje. E com isso tudo, vem toda uma carga infame de procedimentos, como comer insetos por exemplo. Ou estimular pestilências para redução populacional, eutanásia para tipos variados de pessoas consideradas imprestáveis para a sociedade “perfeita” que querem construir. No vazio interno dos indivíduos sem conteúdo adequado para viver em grupo, todo tipo de anomalia e aberração passa a ter a aparência de normalidade, mesmo as mais insensatas e infames. Por isso a importância fundamental de dar significado à vida, de atribuir propósito aos seus passos, a adquirir diferenciação entre a loucura do vazio de quem se constelou na infâmia. Construa seu arquétipo, sua imagem primordial, ela é inconsciente e irrepresentável algo como uma “tendência”, é inerente à natureza do homem, esforce-se para resgatar dentro de si esses valores porque como definiu Jung: “O arquétipo em si mesmo é intemporal, é “natureza pura e não corrompida” A sua origem está oculta e se encontra além dos limites da percepção psicológica e científica. “se essa estrutura psíquica e os seus elementos, os arquétipos, tiveram alguma vez uma origem, é uma questão metafísica e, por conseguinte, irrespondível”. Se é metafísica e irrespondível se faz possível trabalhar no contexto estimulado aplicando filosofia para que se obtenha um produto aceitável no contexto existencial da nossa realidade, não sendo uma questão fechada, trabalhe seu interior psicológico e cultural para que tenha estruturalmente sustentação para viver nesse mundo e assim alcançar o seu merecido lugar, fora do marasmo inicial da vida. Incluir o divino, Deus nas nossa vida dá o sentido da totalidade necessária para que sejamos algo mais do que animais. E sendo assim mais do que simples animais não devemos nos sujeitar a comer insetos, e a aceitar aberrações comportamentais de quem não possui conteúdo específico para ser civilizado e muito menos humano. Voltando para o arremate com Carl G. Jung: “O sentido é a experiência da totalidade. Qualquer descrição dele pressupõe a realidade vivida no tempo tanto quanto a qualidade de vida da intemporalidade; experiências pessoais e conscientes, assim como um domínio que transcende a consciência e o mundo tangível. Se a tensão entre esses dois polos do ser falta, o homem tem o “sentimento de que é uma criatura sem sentido, e é esse sentimento que o impede de viver sua vida com a intensidade que ela exige, se deve ser desfrutada plenamente. A vida torna-se trivial e não é mais a expressão do homem completo”. A vida para Jung, só é vivida quando passa a ser “o critério da verdade do espírito”. Portanto, tomemos posse da nossa vida, ela não pertence ao Estado, a governos e a organizações, somos nós decidindo por nós, apenas e livres para decidir o que queremos nesse mundo, sem cabrestos, sem bula ou receituário inconveniente, existindo para marcar nossa presença nesse contexto do jeito que nós particularmente decidirmos sem a tutela externa de conceitos extravagantes e indeterminados. Tenhamos o nosso significado na estrutura da realidade. Porque basta viver esse presente que nos deram.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citação; Carl G. Jung na obra de Aniela Jaffé. O mito do significado. Uma introdução concisa ao estudo da psicologia analítica. Editora Cultrix.



Aniela Jaffé: Analista junguiana e escritora suíça, foi por muitos anos colega de trabalho de Carl Jung. Considerada uma das mais importantes intérpretes de suas ideias.



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terça-feira, 9 de abril de 2024

Coisas subliminares.

 

                                                      Image by Cigden Onur from Pixabay. 




Coisas subliminares.




E assim neste triste epílogo, onde a mixórdia entumecida por uma tenaz e obstinada confluência de ocasiões deletérias e destrutivas, nos encaminham para o silêncio da imposição infame que não se envergonha ou se constrange em eliminar a liberdade. Então, assim teremos que ser distância e nas distâncias estão incluídas todas as saudades, como letras absorvidas pela estrutura do papel que somos nós, criando a cumplicidade com esse tempo que são o óbvio acesso a nossa alma. E assim preenchidos de detalhes e ocasiões nos reservamos a existir como o repositório da história que teve seu tráfego no tempo com os momentos melhores e mais amigáveis. A atitude contemporânea precisa ter plasticidade e fluidez adaptativa para que possamos sobreviver a todo insulto ao normal e construtivo. Mas somos frágeis psicologicamente, em maioria o brasileiro é um órfão espiritual que está sempre a busca de um pai postiço no político mais próximo. E assim se torna presa fácil de todo tipo de espertalhão nessa área da atividade humana, O ser humano sabe ser cruel com seus pares de existência, Não há escrúpulos quanto a usar seus semelhantes como objetos descartáveis para alcançar algum objetivo que lhe dê a supremacia em alguma área. E se assim somos o papel que abriga o texto da história precisamos ter conhecimento disso, como disse anteriormente, o brasileiro é um órfão espiritual que está sempre a busca de um pai postiço no político mais próximo, E sempre se decepciona, mas antes passa por um doloroso processo de reconfiguração de sentimentos que muitas vezes o destrói por dentro. É perigoso ser carente político aqui, o Brasil é um bazar de obscenidades, tem para todo gosto. Onde pode ser adquirida uma indecenciazinha ou uma perversão contumaz. Nosso chipanzil é pitoresco sem ser bucólico. Do antigo pelego sindical ao militar miteiro mitológico e espertalhão que exibe uma performance infantilizada de herói de almanaque, não temos opções plausíveis por enquanto no cenário surreal do nosso cotidiano, todos, de certa forma são aproveitadores interesseiros querendo um lugar na folha de pagamento do governo, e os que estão lá não se prontificam a uma reação pois podem perder a boquinha, e se por acaso surgir alguém qualificado, o intenso vício do povo em consumir canalhas vai impedi-los de aceitar a honestidade como parâmetro de alguém que corre por fora. Funciona como dependência química, escraviza o homem. Enquanto isso no escurinho das reuniões secretas os dois lados da disputa se beijam e se acariciam em convescotes de pura cumplicidade enquanto centenas vão apodrecer na cadeia por apenas seguirem orientações de oportunistas, o boi de piranha humano, a isca oportuna que estava ali de bobeira com seus sonhos e valores para utilização no determinado momento onde se precisou gerar vítimas para um teatro de falsidades ocasionais para ganho político. O que importa é a intensidade do espetáculo circense, o impacto na plateia, se o leão come o domador não há problema, arruma-se outro otário mais adiante para domar a fera, que agora já sentiu o sabor da carne e não faltarão oportunidades para que mais uma vítima seja exposta ao sacrifício. O que escrevo se situa no tempo, e para os que acessarem este texto no futuro, eu descrevo o cenário político do ano de dois mil e vinte e quatro, no mês de Abril, é o pior possível e coisas inimagináveis acontecem no campo da justiça e da política, se existir futuro onde alguém possa ler este texto, só posso dizer que formam momentos de loucura e crueldade. Não há misericórdia na base das atitudes que são tomadas de acordo com a conveniência e não com a letra da lei e sua tradição. Enquanto isso pretextos parlamentares conduzem a viagens com o álibi nobre e proporcionando um delicioso turismo de oportunidade para políticos que nunca batem de frente realmente na defesa de seus eleitores, ser político aqui no Brasil é uma delícia! Esses mesmos que discursam contra os excessos do judiciário, são os mesmos que o afagam tentando impedir qualquer punição mais severa a um de seus membros, alegando, pasmem, que punir um só não resolve. O conceito de contágio psicológico por decisão foi abolido, os demais não se sentirão intimidados ao ver um dos seus ir para o sal? Duvido, o exemplo sempre marca o cenário de forma contundente, pois, se um foi, pode ir qualquer um.


Mas o critério está em que todos se salvem, sem riscos e incólumes apesar dos desmandos. É uma estrutura quase familiar, onde um ajuda o outro e dívidas de gratidão são assumidas como lei, e não o bem do país, apenas o grupo se beneficia dela. Alguém já deve ter notado o método em algum filme a respeito de máfia, não? São estabelecidas jurisdições de poder, e assim qualquer dificuldade um ajuda o outro, e beijos na face e afagos no rosto selam o compromisso e demonstram quem e o dono de quem. Sim, porque neste ambiente os valentes são de fato propriedade; e só agem sob comando do chefe da família. Ah e o país, as politicas sociais? Olha, só se der lucro para a fraternidade, caso contrário esquece. Sem constrangimento e sem escrúpulos tudo flui para os bolsos da firma, e lá o compartilhamento de recursos se faz com a naturalidade autêntica dos anjos do inferno. Nada que possa ser muito perceptível, tudo deve ser subliminar, subentendido em diálogos sorrateiros de estrutura camuflada, afinal o segredo é a alma do negócio e com certa vez disse o alquimista do diabo: “o silêncio vale ouro” e “a política é a arte do possível”. E assim em momentos conturbados vemos o sistema se proteger, quando algum membro sofrer algum tipo de pressão, todos se unem para conciliação, para o apaziguamento, pois se um perder, todos perdem, e depois recomeçam a peça teatral para enganar otário, fingindo um conflito que apenas existe para os bagrinhos que vão ao fogo depois de estripados como exemplo para os ousados que possam se aventurar a desafiar o grupo que sustenta a nossa oligarquia tropical. Pindorama é um espetáculo no consenso do absurdo, aqui a miséria popular serve de adereço para eleição de novos políticos, que em momentos específicos distribuirão promessas impossíveis, porque o povo gosta de ser enganado, o eteno pedinte popular que de dois em dois anos em eleições municipais e federais nutre uma esperança fantasiosa de que algo pode melhorar elege mentirosos e pilantras, para mais um ciclo de trapaças neste jogo de dados viciados e cartas marcadas onde o eleitor sempre perde. Está muito fácil, temos hoje uma juventude que se atrapalha ao interpretar um texto curto em rede social, imagine se lessem a Eneida de Públio Virgílio Maro? Saberiam ao menos quem foi Virgílio? E Don Quixote de Cervantes? Quem cerveja? Não! Cervantes, o livro de Alexandre Dumas O Conde de Monte Cristo iriam certamente confundir com o Morro do Santo Cristo no centro de Rio de janeiro, aos 15 anos já tinha lido todos eles e mais um monte de livros, e isto fez toda diferença. Numa decadência continuada, essa turma elegerá os próximos políticos e quem sabe, até serão um deles, que maravilha!


E assim caminhamos hoje nessa profícua banalização da burrice que há de envolver os poucos que sobrarem de humanos, talvez até gerenciados e manipulados por inteligência artificial, pois serão incapazes de um raciocínio mais complexo e multifacetado como tivemos em tempos anteriores. Algo como vislumbrou H.G Wells no seu romance A máquina do tempo, uma civilização residual onde humanos mansos como carneiros serviam de alimento para outra espécie de humanos predadora em algum futuro muito distante. Verdadeiramente uma tragédia em termos de civilização mas infelizmente estamos neste rumo horroroso. A ficção científica costuma ser uma janela premonitória de um futuro que ainda não se construiu. As capacidades cognitivas de forma geral estão sendo depredadas por políticas de ensino equivocadas e mal intencionadas, criando uma geração de incapazes e esses despreparados em algum momento herdarão o controle de tudo. Não vai dar certo é evidente! Mas com um pouco de futurologia podemos vislumbrar um futuro dominado por máquinas, essas sim inteligentes, tocando o mundo e o progresso, e o ser humano residual habitando zoológicos para curiosidade e entretenimento de algo que irá substituir nossa espécie. Nessa cápsula do tempo em forma de texto deixo aqui o meu registro desse tempo perverso, na esperança de que ele não se cumpra, mas afinal, minha pele se dedica a extensão do texto, sou papel e tinta nessa amplitude existencial a qual me dedico e sou o escriba das horas últimas na paixão sonora que se captura em forma de texto para registro ao amanhã.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



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quinta-feira, 4 de abril de 2024

O absurdo dessas circunstâncias.

 

                                                          Image by Fszalai from Pixabay. 





O absurdo dessas circunstâncias.



E assim estamos nessa constrangedora alteração da realidade por força dos caprichos de celerados e energúmenos de todos os espectros que margeiam o absurdo na cercania da demência política de gerenciamento da vida alheia. Vive-se uma verdadeira disputa por mais protagonismo nessa massa abjeta de deformidades sociais implementadas por grupos de influência e seus colaboradores. Entre subserviências e colaboracionismo a maior parte da nossa mídia, em todos os formatos, se entrega a infâmia de apoiar e defender a censura de opinião a troco de uns trocados em conta corrente, vejam, nem é apenas por ideologia, essa coisa não paga os hotéis, o pacote de viagem, e nem o filé mignon do cotidiano. É por dinheiro mesmo. Dane-se o país e a liberdade. Essa superficialidade na qual o povo xucro se viciou e ficou dependente. O que esses asselvajados acham que são! Ter essa ousadia infame de desejar liberdade? Este conceito se aplica somente ao exclusivíssimo clube dos privilegiados colaboradores do sistema de gerenciamento humano, parece distopia mas hoje se trata de pura realidade, o sistema se fecha cada vez mais, construindo muros impenetráveis para uma elite escolhida, não por qualidade ou capacidade, mas por incapacidade de empatia com o restante do país. A regra é: ser intolerante a tudo que estiver fora da cartilha de procedimentos previamente aprovados dentro de um comando sistemático de ações saído do inferno. Eu citei em uma das minha crônicas de 2022 e presente no meu livro Fragmentos de momento de título Escolhas o seguinte: ”Não existe virtude ao se procurar o equilíbrio entre o valor verdadeiro e a total ausência dele”. Foi isso que o governo passado fez, ao procurar alianças com gente inadequada, com velhos trambiqueiros de ficha corrida imunda, se deixou levar não por correção de rumo mas para o desvio, para ao invés de combater o erro se aliar parcialmente a ele, uns diriam totalmente. Ao se colocar água poluída numa garrafa, se contamina todo o conteúdo, não há o que fazer. Parece óbvio, mas enquanto setores de governo planejavam o desastre que temos, um governo procurava alianças inapropriadas para um governo realmente conservador. Como definiu certa vez Ortega y Gasset em uma de suas obras: “a vida é intransferível, não é um conceito abstrato, é meu ser individualíssimo. Pela primeira vez, a filosofia parte de algo que não é uma abstração”. Ao associar sua vida útil de governabilidade a elementos estranhos a seu projeto inicial o governo anterior se degenerou e perdeu identidade vital para sobreviver a todo movimento de sabotagem que estava em curso debaixo de seus olhos entorpecidos por enganos e simulações errôneas. Hoje temos o absurdo, a vida entre a insanidade governamental e a realidade cruel dos resultados colhidos por uma gestão temerária de recursos e a aplicação de procedimentos inadequados com a real prosperidade. Tudo o que se faz caminha para um desastre administrativo enorme e de consequências brutais para toda a sociedade, com larga abrangência que afetará até a camada social que se aliou a este projeto idiota por puro preconceito estimulado por ideologia, uma ideologia que já se evidenciou um fracasso absoluto em produzir resultados positivos no campo da economia. Mas os caminhos não são pavimentados apenas por economia, mas também por muita filosofia de boa qualidade, pois há também os filósofos de lupanar, que costumam produzir disparates persuasivos aos ouvidos insensatos dos ignorantes. Ortega y Gasset deixou uma boa definição para a tragédia humana: “Mas o homem é a insuficiência vivente, o homem precisa saber, percebe desesperadamente que ignora. Isso é o que convém analisar. Por que ao homem lhe doí sua ignorância , como pode doer-lhe um membro que nunca teve?”. Sem ser ignorante por natureza mas induzido a isso por cantilenas performáticas com nível de obscuridade letal, ele se perde em interpretações errôneas da vida e assim sofre por algo que lhe foi dado artificialmente para sofrer e nem ao menos sabe o motivo.


A construção mental, filosófica e psicológica permite manipulações boas e terríveis, que conduzirão o indivíduo por toda a vida, o levando a associar-se ao que tem de melhor ou pior no percurso de vida que vai ter. A exposição a infâmia vendida como filosofia no campo da educação por vários anos, perverte sua capacidade de avaliação da realidade, produzindo um ser refratário à verdade e ao relacionamento coreto na sociedade, o estabilizando na sombra existencial de uma vida de derrotas, porém vista como vitórias de algo insano chamado de coletivo. Onde nasceu para ser indivíduo, o transformaram em fragmento de um conjunto mal enjambrado chamado de coletividade. E assim sendo segue sentindo a dor no membro que nunca teve, como citou Ortega y Gasset, porque assim o construíram psicologicamente para ser sensível ao indeterminado, e acabar assim lutando contra os que tentam preservar seus próprios direitos como indivíduo. A ilusão ideológica é pertinaz e abusiva, ela destrói o indivíduo e ainda sorri de sua desgraça. E se o indivíduo percebe o truque e tenta se redirecionar rumo ao correto, é tratado como um apostata, que rejeitou sua fé e seus princípios mais caros. Entenda; o braço não existe, mas é fundamental sentir que ele doí. Quem é você para dizer que não! O processo de construção de personalidade tem sempre que privilegiar o indivíduo, ensinar a lutar no mundo onde se encontra para ser individualmente apto a viver sua vida em processo de expansão de evolução positiva e assim uma vez qualificado, estar pronto para interagir com outros indivíduos e gerar interação qualificada e construtiva, e não o rebanho anterior formado por descerebrados socialistas que se masturbam incessantemente na ignominia dos seus erros. Não são favoráveis para nós, os que pensam em liberdade nessas circunstâncias, e assim voltando a filosofia de Ortega y Gasset temos: “As etapas decisivas duma civilização se determinam e se discernem, evidentemente, como modificações da relação fundamental entre os dois grandes componentes da vida que são, de um lado, as necessidades do homem, e, de outro, suas possibilidades”. Então, entre necessidades e possibilidades não podemos abrir mão da liberdade, de pensar de ir e vir, de escolher o que queremos ser na vida, um sucesso e até um fracasso absoluto, porque se foi uma escolha consciente, algo como um ascetismo predominante e complementar na estrutura da alma que ainda sob condições severas tragam o conforto ao indivíduo, assim deve ser aceito como escolha particular e definitiva na independência do ser. A ninguém e a nenhum sistema de governo deve ser entregue a capacidade de intervir nas particularidades do homem, a vida é algo precioso e individual, tão precioso que não deve ser gerida por terceiros que não entenderão suas particularidades e necessidades, e ao tolher o progresso individual com legislações de agrupamento bovino, a condição primordial de liberdade plena é aviltada e demolida para ser substituída pela infâmia da eliminação do bem mais precioso da sociedade livre, ter posse de si mesmo e de suas ações. A eliminação da liberdade e a substituição por um sistema de controle grupal, governos desumanizam a população transformado a todos em números padronizados que podem ser realocados ao bel prazer de seus comandantes, algo sem vida e sentimentos como um gigante almoxarifado vivo de ativos biológicos sem vontade própria e direitos. Não é segredo que elites endinheiradas e ideólogos coletivistas sonham com a redução da população mundial a um estoque onde seria possível remanejamento e descarte de gente como pacotes de algum produto com validade vencida, resta saber, se os ainda lúcidos vão permitir que essa aberração filosófica continue a ter sucesso e a ser implementada na nossa cara. O absurdo só prospera porque quem pensa nada faz para contenção dessa coisa saída do inferno, e se nada for feito, realmente, se prepare para receber seu código de barras, tem um lugar para você em alguma prateleira neste infinito estoque de coisas que um dia foram gente. Você prefere ocupar a primeira ou alguma prateleira intermediária? Lamento, nem isso você poderá escolher.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.


Citações:


Origem e epílogo da filosofia José Ortega y Gasset, Vide Editorial.


O que é filosofia? José Ortega y Gasset Vide Editorial.


Fragmentos do momento Gerson Ferreira Filho, Editora Delicatta.



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sábado, 30 de março de 2024

Tangenciando o perigo.

 

                                                       Image by Eva Schmidseder from Pixabay. 




Tangenciando o perigo.



Enfim, a modernidade nos alcançou em sua plenitude, temos uma sociedade supostamente mais inclusiva, mais tolerante, onde toda e qualquer atitude está regrada no politicamente correto, homens e mulheres possuem seu espaço reorganizado de forma a que tenham exatamente a mesma atividade e função. E assim, com uma prosperidade gerada nessa maioria colaborativa e produtiva quanto ao progresso e ao enriquecimento, uma vez que todos produzem democraticamente e acumulam o fruto do seu trabalho, o conjunto prospera e a marca da eficiência se torna evidente no cenário de riqueza e prosperidade, onde a partir desse ponto o hedonismo passa a ter espaço e frequência garantida, afinal, o conforto e o bem estar propiciam o desejo a conseguir espaço para ser extrapolado onde não há limite de recursos disponíveis para o prazer. Com o avanço científico cada vez mais, a vida nesse mudo se torna mais prazerosa e menos estafante quanto a trabalho e a geração de entretenimento diversificado para grande parte da população que está incluída nesse segmento social de privilégios. Claro, sempre existirá aquela parcela de excluídos, por diversos fatores: debilidade mental, pré disposição para a preguiça natural em sua personalidade e falta de preparo intelectual para acesso a uma profissão que lhes proporcione vida sustentável e justa. E claro! Também as tradicionais vítimas da demagogia política que promete e não garante acesso a recursos fundamentais para evolução positiva no contexto social. Essa questão, a política predatória, que só pensa em si e nos seus tem efeito devastador nessa camada social mais frágil, o político que se diz comprometido com os mais frágeis mas ao se eleger só faz enriquecer à custa dos seus eleitores. Porque sendo o espelho do povo, o político profissional apenas pensa em acumular prestígio, poder e dinheiro, que se dane o coitado que votou nele, quando puder, e se vier uma lembrança oportunista ele joga uma esmola para o povo. O tempo de visitar a comunidade e de carregar criança no colo já passou. Então, o ocidente não é um mundo perfeito, tem sua periferia com todos os problemas possíveis, gerados por uma elite pedante e desinteressada, mas ainda assim é o auge da civilização até aqui. Não podemos desconsiderar todo o avanço científico, em medicina, em inteligência artificial e todo o restante tecnológico que temos hoje. Portanto, deveria ser seguro quanto ao futuro existencial dessa sociedade, mas esqueceram da outra metade do mundo, onde os costumes e o modo de vida continuam a ser os de mil anos atrás. O mundo onde mulheres se dedicam ainda exclusivamente a parir no mínimo seis filhos, onde um marido pode ter várias esposas, todas colocando no mundo diversos filhos, onde toda a vida e regulamentada em religião e a fé é primordial para se viver em sociedade. O que vemos então? Vemos este mundo transbordar e com isso invadir o asséptico mundo ocidental com seus filhos incontáveis, que certamente irão colonizar o espaço rejeitado pelo cidadão ocidental, entediado com sua existência onde nem sua própria identidade sexual consegue entender mais. Entendam, é uma questão natural, o fértil substitui o infértil, o incapaz de se reproduzir; incapaz por politicas castrantes de comportamento, de emasculação sistemática dos seus homens. Na sociedade ocidental hoje, se prioriza o sexo entre iguais que não reproduzem descendência, na mulher independente e livre das tradicionais tradições maternas, e os que se reproduzem têm no máximo um filho por casal. Qual a chance de uma sociedade assim sobreviver? Quase zero. Temos apenas que contar o tempo no qual a substituição social vai se completar, é óbvio que o lado que se reproduz vai se tornar preponderante a ponto de substituir totalmente a sociedade ocidental como conhecemos hoje. Como o velho lugar comum, não é questão de se e sim de quando. Um ocidente que não procria, que não se reproduz deixará de existir para dar lugar a uma sociedade regrada na fé e nos tradicionalismo de seus costumes, por mais exóticos que possam parecer aos olhos de um cidadão comum ocidental hoje. Não se trata de ambiguidade semântica mas da pura realidade que se apresenta no contexto atual.


Estamos numa época onde mudanças apoiadas nos erros estratégicos de condução social irão assim cobrar seu preço, não estamos mais no campo das hipóteses e sim no recado da mudança de rumo dos costumes de vida e de religião do mundo. Nossos líderes sociais só pensam em poder e em enriquecer pessoalmente com seus cargos, entumecidos de arrogância, não percebem o risco que correm na substituição social que aparece no horizonte. A cultura woke, tão apreciada e expandida aos borbotões pela sociedade ocidental, onde uma juventude frágil e desidratada de valores realmente relevantes quanto a vida em sociedade produziu um ocidente indefeso quanto a uma cultura tradicional e disciplinada quanto aos seus costumes de vida. Hoje, garotos de classe média não têm certeza mais se são masculinos ou femininos, e garotas se esfregam em busca de prazer experimental, na sociedade que se avizinha, isto é crime punido com morte. Poder-se-ia até usar uma tergiversação acadêmica para interpretar isso como um ajuste natural da sociedade, onde se tem algo colapsando e a chegada do processo de correção, seria isso mesmo? A natureza, na qual estamos inseridos possui seus truques brutais de ajuste de conduta. A tecnologia que produzimos e nos envolve também nos fragilizou, nos tornamos dependentes de pequenos grupos de influência, que ditam suas normas esquizofrênicas para toda a sociedade, e assim o tradicional se apresenta para engolir a anomalia social que não se reproduz e se mostra frágil quanto ao prosseguimento da espécie, as vezes as coisas são mais simples do que parecem. Naturalmente, se você não quer se reproduzir, você se apresenta para a extinção natural de sua espécie e do seu modo de vida. Com a religião cristã vilipendiada e desprestigiada, ela que foi a base de sustentação da sociedade ocidental, não vejo meios de sobrevivência para esse grupo hedonista no qual se transformou o ocidente. Toda filosofia do cristianismo foi relegada a um nível de rejeição sistemática por não se adequar mais ao mundo de prazeres e tolerância atual. Considerada desatualizada pelos “gênios” da nova era, não perceberam que estavam desmanchando o principal alicerce de sustentação social de seu mundo. Trocaram a tradição por ideologia, algo mais confortável, porém sem lastro intelectual e tradicional de penetração no inconsciente do grupo social que possui predominância na nossa sociedade. Enquanto o outro lado em questão preserva e até intensifica seus laços com a fé, o que lhes garante unidade de conduta no cotidiano planejado por seu profeta, não será difícil que alcancem a vitória neste cenário perverso de abandono cultural do ocidente. Uma sociedade sem masculinidade não sobrevive. É a natureza colegas, não adianta insistir nesse mundo bucólico de devaneios idílicos onde todos são mansos e biodegradáveis. A realidade bruta da natureza irá se impor para mostrar que os planos dela costumam ter performance brutal no contexto planejado por ela, e não por vocês, que vomitam arrogância holística nesse contexto danificado que criaram em momentos sem juízo. Michel de Montaigne certa vez disse: “Diariamente o comportamento tolo de alguém adverte-me e me previne: o que irrita atinge e desperta melhor do que agrada”. Chacoalhem suas vidas e despertem, essa paz e segurança vai acabar, essa coisa confortável e inclusiva de nossa sociedade agrada mas não conduz a um futuro promissor, é pura tolice, e essa tolice deve despertar os que pensam, pois estes se irritarão com o processo de decadência social que se aprofunda, tem método, faz parte da política destrutiva dos nossos tempos, é insidioso, perverso e visa nossa destruição. O ardil dos infames mora no discurso inclusivo do inaceitável, e assim sendo aceito enfraquece o tecido social, o preparando para a conquista inevitável do adversário. Nas cercanias da aurora o galo canta anunciando a chegada da luz, porque de instinto o fizeram para perceber o óbvio, a luz vem queiram ou não, mas o homem não consegue entender onde está inserido e tenta sempre desafiar a ordem como se lhe fosse permitido manipular a natureza. O desastre o espera no fim desse ciclo.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citação: Os ensaios livro III, Michel de Montaigne, Martins Fontes Editora.



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