Image by Gerd Altmann from Pixabay.
Contextos econômicos.
Bom, como o assunto principal nessa nossa realidade hoje é a guerra econômica iniciada pelos americanos contra a China, principalmente; mas no fundo tem como objetivo cortar amarras impostas por outros países que vivem sugando a energia dos Estados Unidos com taxas e impostos indevidamente aplicados e severos de forma a minar a capacidade daquele país de continuar a se expandir e dominar o cenário, para americanos, com certeza válido e justo, porém o restante lá fora vai se complicar. Claro, como qualquer país hoje há lá dentro da América os que agem contra sua própria terra, não faltam traidores do seu próprio povo em qualquer lugar, a ideologia de esquerda está ai para diluir o sentimento de pertencer a um lugar e amar essa determinada terra. A política dessa gente submissa ao coletivismo progressista não reconhece fronteiras, trabalham pela desestruturação da sociedade como conhecemos para implementar uma aberração grupal que transforma globalização comercial em globalismo onde não existem fronteiras e por isso adota um política massificadora, pasteurizada, homogeneizada que não respeita tradições locais e religiões. Tudo tem de estar dentro de um padrão. Embora as alternativas válidas continuem existindo, apenas o padrão pode ser aceito, um nível de castração metal absurdo só possível de ser implementado onde a inteligência foi abandonada. E a Economia? Ah essa malvada que insiste em atropelar teses absurdas geradas para desmentir seus preceitos mas que sempre acabam no encurralamento intelectual precário de quem tenta desafiá-la. Thomas Sowell tem uma definição: “A economia não se trata apenas de lidar com o conjunto de bens e serviços existentes no mundo como consumidores, mas também, e mais fundamentalmente, sobre produzir esses bens e serviços a partir de recursos escassos em primeiro lugar – transformando insumos em produção”. As decisões que são criadas a respeito do uso da terra , trabalho e capital definem o padrão de vida de um pais, decisões nessa área tem consequências em concomitância com a sabedoria aplicada ou a insensatez assumida. Causa e efeito com aplicação implacável para toda decisão assumida as sensatas e as delirantes, cada um colherá o que plantou. Estamos agora assistindo talvez a primeira guerra econômica em larga escala, e entre economias fortes, supostamente. Aquela que tiver menos fragilidades e mais diversificação vencerá. Neste mesmo livro que citei o Thomas Sowell se refere a China com informações relevantes para o momento, embora possam estar desatualizadas mas ainda assim são um referencial de um dos protagonistas do embate: “Apesar da China possuir 1/5 da população mundial, tem somente 10% das terras agricultáveis, então, alimentar o povo poderia continuar a ser o problema crítico que já foi, trazendo de volta os dias em que a fome recorrente ceifou milhões de vidas chinesas. Hoje, os preços atraem para a China os alimentos vindos de outros países”. Então, fica claro que a China depende de forma vital do comércio com o exterior para poder alimentar toda sua enorme população, não é possível sustentar um conflito que restrinja o comércio por muito tempo. E o dinheiro em questão o dólar americano é a moeda mundial hoje. Com ele se vende e se adquire mercadorias inclusive alimentos. O Grande problema da China sempre foi ter uma população enorme excessiva, e como parte do cenário toda essa gente precisa comer, não se trata de apenas estrangular a compra de minérios para a indústria, isso pode esperar, ter impacto econômico, mas alimentação , bocas não esperam. Não adianta ter tecnologia, armas se não existe alimentação. Essa é uma fragilidade enorme que precisa ser trabalhada com sabedoria e contornada preferencialmente com acordos amigáveis e com a construção de parcerias saudáveis no comércio. Devemos lembrar que do outro lado tem um país com a economia dinâmica, multifacetada e forte pois se trata do emissor da moeda mundial. Onde estão os principais mercados financeiros e de negócios sem contar na tradição industrial que hoje está enfraquecida mas pode com certeza proporcionar uma virada inesperada nesse setor. Ou seja, não é um inimigo que se desejaria ter. Pode ser vencido? Pode, mas a qual custo? O dono do dinheiro que circula resolveu alterar as regras que não lhe eram favoráveis, está correto, se não lhe favoreciam. Se lhe davam prejuízo, tem de mudar mesmo. Óbvio, um governo que governa para seu próprio povo não vai ficar bancando privilégios para outros, isto é normal onde existem políticos que cumprem corretamente suas promessas eleitorais. Os governos anteriores espalhavam o dinheiro americano pelo mundo financiando aberrações políticas em nome de caridade falsa. Na verdade estavam fazendo uma engenharia social para destruir o mundo como conhecemos. Milton Friedman faz uma observação a respeito do Mercado: “A perfeição não é para esse mundo. Sempre haverá produtos de má qualidade, charlatões, vigaristas. Mas em geral, a concorrência do mercado, quando lhe é permitido funcionar, protege o consumidor melhor do que fazem os mecanismos alternativos do governo que foram sendo progressivamente impostos ao mercado”.
O que temos é uma guerra na área econômica onde praticas abusivas de taxação estavam favorecendo um setor e prejudicando outro, não só da China mas da Europa também digamos de forma mundial. Como uma infestação de parasitas, estavam sugando recursos através do mercado impondo impostos que poderiam ser mais amigáveis e menos destrutivos para a economia alheia. E governos anteriores pouco se importavam com isso num claro movimento contra seu próprio país. Como a perfeição não é desse mundo, houve a necessidade de um sacolejo econômico para que as peças se rearrumem no tabuleiro. Esperamos que a concorrência típica de um mercado livre encontre naturalmente uma solução sem emprego de força, mas nós sabemos que aproveitadores não gostam de se ver encurralados. De perderem suas vantagens comerciais consolidadas por anos de colaboracionismo por gente de dentro do país garantidor da moeda. E assim flui o contexto com características de conflito, quem sobreviver verá, cada lado que pondere suas fragilidades e escolha o diálogo ou o enfrentamento que certamente consumirá muito mais recursos, humanos técnicos e materiais, afinal, tudo isso custa dinheiro. Que é a origem da discórdia atual. Milton Friedman também deixou registrado: “A igualdade de resultados está em claro conflito com a liberdade”, e também: “A vida não é justa. É tentador acreditar que o governo possa corrigir o que a natureza gerou. Mas também é importante reconhecer o quanto nos beneficiamos da própria injustiça que deploramos”. Toda essa turma que grita contra as sobretaxas do governo americano deveriam estar satisfeitos pelo longo período onde se deram muito bem e correr para uma negociação amigável, mas o orgulho e a ganância estão falando mais alto. Estavam todos numa posição de vantagem indevida, portanto não há o que reclamar, apenas negocie o novo cenário econômico de comércio e bola para frente. Acabou a farra, o dono da casa mudou têm nova gerência e agora existem novas regras de funcionamento. Se ajustem ao novo preço e negociem melhores condições ou partam para a briga, mas lembrem-se o estrago pessoal pode ser insustentável se optarem por isso.
Gerson Ferreira Filho.
Citações:
Economia Básica. Thomas Sowell . Editora Alta Books.
Livre para escolher. Milton Friedman e Rose Friedman. Record Editora.
A maioria dessas crônicas estão em áudio no meu canal do Telegram. Que se chama também Entretanto e pode ser acessado no link abaixo. Uma abordagem mais personalizada do texto na voz do autor.
A seguir os livros e os links para comprá-los na Editora Delicatta.
https://editoradelicatta.com.br/
Lançamento já disponível para compra na Editora Delicatta. Trezentas páginas das crônicas mais recentes com os mais variados temas como sempre.