Por onde eu ia iria um pouco de mim,
Se minha morada fosse ainda assim
Um resquício de folhetim.
Uma brincadeira com o absurdo,
Um jeito mal ajeitado, incomodado,
O desajeitado mal estar de ser assim.
Um ousado ato que não se encaixa,
Uma questão que se desdobra
E não aceita a textura do dogma,
Que insiste em ser razão.
Comigo não!
Desconfio de certezas,
Questiono a natureza dos puros,
Dos injustos sinto o odor áspero
Das infâmias abjetas dos seus atos,
Destes já visualizo o destino vil
Sob o som que brota da ranhura do vinil.
Apenas um toque antigo no artigo,
Não sou de urgências não faço diagnóstico
Das aparências, apenas avalio o abraço
Que a natureza dá em cada um segundo
O papel atribuído na narrativa.
Não se preocupe: seu fim chegará.
Será uma surpresa, um presente.
Um peso a menos no contexto.
Gerson F. Filho.
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Livro Nacos de Mormaço.
Uma novela do início dos anos 70 no centro do Rio de janeiro.
Estórias do centro do Rio de Janeiro nos anos 70 e no interior do estado.
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http://editoradelicatta.com.br/produto/nacos-de-mormaco/
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