segunda-feira, 4 de julho de 2022

Ao irresoluto à consequência.


                                              Imagem de Gerd Altmann por Pixabay.


Ao irresoluto à consequência.


Flutuar em brumas afrodisíacas de certezas consistentes como um devaneio pode levar a um desastre com contornos trágicos mais à frente. A ilusão cumpre seu papel embrulhando com sua perfídia o comportamento de parte da sociedade. A rede social, ou as redes sociais criaram um reduto adequado para a troca de ideias e sentimentos, mas aprisionou dentro de seus limites grande parte da sociedade, principalmente a parcela da sociedade que possui recursos para ter um Smatphone, pagar uma conta telefônica que permita navegar com frequência na rede, e principalmente, tenha tempo livre para isso. Este público não é aquele que sai de casa pela manhã procurando um trabalho eventual que possa lhe fornecer recursos para comprar o almoço e a janta do dia, um bico, um biscate, como se diz em algumas regiões.


Não, ele é aquele que tomou um café ralo com pão dormido nessa manhã de luta e desesperança que se apodera dos nossos dias. Um cenário produzido por inconsequentes que comem iscas de filé mignon no café da manhã e gerenciam o mundo de seus gabinetes forrados com madeira nobre da Amazônia. E nisso diversos governos do mundo foram levados a se submeter a um controle insano e irresponsável economicamente de gerenciamento de crise, a contingência foi transformada em veneno e ninguém percebeu, ou não quis perceber, por interesses diversos, muitos impublicáveis. A coisa foi levada a ferro e fogo como um efeito manada algo típico de ruminantes irracionais. O berrante tocou e todos, ou quase todos seguiram o comando. O preço está sendo bem amargo, mas está tudo dentro das regras, ações e consequências.


Hoje temos uma eleição para ser conduzida. Os resultados econômicos reais não são animadores, embora muito melhores quando em comparação a outros países. E no caminho tem uma enormidade de população que qualquer resultado de retração na atividade econômica lhe tira a comida da mesa. Foi opção do nosso governo atual se render completamente ao comando externo. Não existiu análise de impactos possíveis, se deveríamos utilizar a mesma abordagem, uma vez que o mundo possui cenários diferentes e com complexidade própria. A particularidade da região afeta o resultado, métodos coletivistas devem ser sempre vistos com cautela, normalmente não resultam em boa coisa onde a diversidade constitui a regra. Mas esperar o que de onde se raciocina coletivamente, como uma colmeia, e não possui as alternativas que só a liberdade oferece. Então, temos uma área de fragilidade exposta ao assédio do populismo de esquerda que acena com dias melhores que um dia lá no passado pôde ser oferecido por peculiaridades momentâneas de cenário e não apenas por gentileza.


Pior que todo engajamento dos “intelectuais” de esquerda, mídia, judiciário com a causa socialista será esquecer essa parcela desassistida pelo caminho. O governo tardiamente vem adotando medidas de contenção desses problemas, politicamente vem agora atuando para minimizar algo que ficou no esquecimento, que a redução da capacidade de produzir riqueza da sociedade provocaria. Não existiu administração profissional abrangente da situação, e nem a percepção que algo muito errado surgiria depois. Agora temos doidivanas da classe média festejando uma vitória no primeiro turno de seu candidato e uma esquerda salivando para se apoderar do palácio e seu cofre novamente, pois sabe do lastro de possíveis eleitores na parcela realmente pobre a sociedade.

A falta de critério cria o problema, espero que no final apesar das cabeçadas administrativas e a pusilanimidade no comando acabem encontrando o acaso da vitória, ou nos veremos em péssimos dias e a agonia será a refeição principal.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992.


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