quinta-feira, 4 de agosto de 2022

A perversa evidência de um colapso.

 

                                                      Imagem de Daniel por Pixabay.



A perversa evidência de um colapso.




No limiar dessa loucura atual procuro construir minha trincheira com o resto de sanidade mental que ainda resta neste decrépito corpo que insiste em existir. Nas fendas do contrassenso procuro semear um pouco de lógica em um mundo que jaz completamente em decúbito, insano e dominado, que ainda assim cavalga nas costas do absurdo através do tempo. Pisoteando toda esperança e protótipos de sonhos ainda não estruturalmente concluídos. A esperança se aliou ao ignóbil e agora solicita recursos para expandir planos em desacordo com o que foi prometido. Mais uma vez o labirinto nos enganou, viemos parar no lugar de sempre, com os mesmos personagens, com a mesma paisagem, no centro desse bulbo infame que aprisiona nosso destino. Poucos se dão conta da armadilha sutil e ainda como náufragos se agarram na ilusória tábua que se apresenta como suposto resgate e salvação.


Essa percepção débil revestida de descuido e displicência custará caro. Será o prêmio devido, pago à textura da carne permeada de desejos que permitiu o florescimento da incoerência e a frutificação do devaneio. Essa submissão ao cântico parasitário implementado como doutrina e ideologia fez toda uma geração sucumbir ao desejo voraz e irresoluto de submissão. Hoje o inadequado civilizacional é a meta a se alcançar. Como evoluir, progredir dentro do retrocesso? Avançar regredindo em parâmetros fundamentais que estruturam a sociedade? Alcançar o que está à frente andando para o que ficou para trás? A qualidade sempre perseguida foi descartada para dar priorização ao que se mostra incapaz de caminhar sozinho. O inadequado civilizacional virou padrão, aparências que sempre foram um título de qualidade são alvo de descarte em benefício daquilo que não se mostra adequado.


A ineficiência premiada e a eliminação da competição qualitativa que filtra as pedras preciosas para construção do futuro foram descartadas. O mais apto que surge para o progresso foi eliminado nesse novo critério, extirparam justamente os que garantem um futuro que agora não mais existirá por pura e simples falta de capacidade. Porque decisões fundamentais exigem qualidade, qualidade de raciocínio em algum momento, ou sem capacidade argumentativa, especulativa e de gestão de conflitos, decisões equivocadas poderão ser tomadas e tudo, absolutamente tudo entra em colapso. Não é uma questão de se, mas sim de quando. Algumas ações inconcebíveis já podem ser percebidas, onde claramente falta capacidade analítica e que põem todos em risco. Um mundo desprovido do seu melhor, e conduzido por aqueles que se julgam possuidores do melhor possível, mas não o são, não terá condições de enfrentar algum novo desafio, e em algum momento abraçará a causa errada que poderá produzir um desastre inimaginável e final.


O progresso civilizacional foi obtido com o somatório de qualidades através do tempo, com perdas e ganhos. Se passarmos a subtrair sempre a melhor parte da sociedade em benefício do pior, estabeleceremos um novo padrão social, e não será a melhor escolha evidente, Essa receita politicamente correta leva ao desastre. Para a saúde social a diversidade tem de ser preservada nessa gestão permanente de grupo. Fugir do colapso deve ser a regra e o objetivo principal, tudo que ameaça a existência humana deve ser rechaçado peremptoriamente. Sem isso o desastre virá, produzido no fórum ideológico da cozinha do inferno, onde a receita contém teores de veneno sutil, mas muito eficiente pra atingir o principal objetivo. Retrocesso civilizacional e até a extinção completa da nossa representatividade no mundo real.


A humanidade é naturalmente seletiva, ela como qualquer agrupamento de vida depura sua espécie, escolhe o que é positivo, o melhor, e elimina divergências. As hipóteses fracassadas não prosseguem através do tempo. É cruel? Sejam bem-vindos a natureza. Se passarmos a seguir desejos e vontades não estaremos mais aqui como espécie natural. O que seremos, como seremos e se seremos algum dia será um enigma bizarro. Essa paranoia sustentada por politicamente correto se descobrirá heuristicamente no fundo do abismo.


Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992.



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