sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sotavento.





Destino que passou,
Instinto que vivi.
Nunca tanto amei.
Somente por momento,
Notei estar aqui.

Jamais senti dor maior,
Do que aquela que dói.
Sentença subalterna,
Aborda-me e destrói.

Senti ser sentido,
Sentindo sutil álibi.
Que me sucedeu;
Antes que estivesse ali.

Vivo vivendo agora.
Embora ame o conteúdo,
Submeto-me ao tempo.
Para contrariar a hora.

Venha comigo!
Crime e o hálito do castigo.
Sorria para o que ignora,
Entre pelo próprio umbigo.

Se não me entender,
Pegue a fuga e vá embora.
Embrulhe o contratempo,
Expurgue o que apavora!

Sou destro e canhoto.
Lados são escuros,
O centro caiu concêntrico,
Sou o calo teimoso.

Um absurdo que aconteceu.
Uma fatalidade que surgiu,
Essa idéia que ocorreu,
O extremo que se consumiu.


Gerson F. Filho.

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