segunda-feira, 25 de setembro de 2023

A metodologia do vácuo.

 

                                                        Image by Jeff Jacobs from Pixabay.




A metodologia do vácuo.



Existem tempos transversais à razão. Essa deformidade lógica à margem da circunstância que oprime o contexto. Numa repetição sistemática procedimental da infâmia, seria uma benção se apenas e supostamente morressem aqueles que existiram na hipótese tardia de qualquer texto vadio publicado por uma mídia venal entre balas perdidas conjecturais. Entretanto, nesse intervalo histórico se adquire personalidade científica, de certo modo, mas a estrutura moral prossegue se debatendo entre infâmias ecléticas em eclésias constipadas por areópagos corrompidos, revestidas com a multifuncionalidade do contrassenso. Não é uma oportunidade, mas sim um desvio de conduta, um cacoete maligno que sempre se apresenta como um passageiro supostamente indesejado. Um clandestino permitido, que se refugia nas entranhas das almas soberbas, que se nutrem do específico odor da indignidade de se achar superior. Se você se sente além da maioria, com atributos acima da média, e por isso pode sistematicamente eliminar o que considera inferior, não há novidade no que você pensa, outros homens já pensaram assim e anteriormente criaram desastres monumentais com esse peculiar desejo de purificação. Nem uma novidade reveladora chega a ser esse seu desejo reprimido que agora ousa assanhadamente se expor. Entendemos; a limitação dos que não possuem perspectiva dentro da sua própria cognição, inventam recursos para apaziguar a discrepância evidente que os condenaria ao frustrante anonimato. Mesmo entre os néscios há a necessidade de obter destaque, ainda que se prendam a padrões de sistematização obnubilada por puro congelamento de ações rudimentares ao fim específico para qual foi criada. A escritora Hannah Arendt já definiu muito bem como essa gente comum pode ser banal em relação ao mal aplicado ao próximo. O medíocre cumpre ordens sem questionar, sem avaliar as consequências dos seus atos, se é uma abominação catastrófica e insana ou apenas um bolo que se põe no forno parra assar. Se são ordens que se cumpra. No livro de Nádia Souki, psicóloga e filósofa, a respeito de Arendt tem a análise: “O Homem Eichmann era o perfeito instrumento para levar a cabo a “solução final”: organizado, regular e eficiente tal qual uma empreitada de que ele estava encarregado. Na sua função de encarregado de transporte, ele era normal e medíocre e, no entanto, perfeitamente adaptado a seu trabalho que consistia em fazer as rodas “deslizarem suavemente”, no sentido literal e no figurativo. Sua função era tornar a “solução final” , normal”. Estamos repletos de Eichmanns no nosso cotidiano, a recente pandemia evidenciou isso. Onde determinações são cumpridas sem ao menos se oferecer particularmente uma análise de cenário; isto é certo?


Esta falta de ousadia cognitiva, de análise do contexto, da saudável desconfiança com um pacote de procedimentos oferecido repentinamente com insistência voraz não diferencia em nenhum momento essa gente, similar ao previsível alemão que conduzia seres humanos para as fornalhas de Auchvitz. A aceitação como inevitável e insuperável de ordens e o zelo por sua obrigação matou milhares sem ao menos lhe tirar o sono reparador após o expediente. Afinal a máxima: “estava cumprindo ordens”. A Autora Hannah Arendt delimitou essa gente no contexto da ralé. Um grupo onde estão representados elementos de todas as classes, como ela cita, é fácil confundir ralé com o povo, mas não é a mesma coisa. Ela define: “a relé brada sempre pelo “homem forte”, pelo “grande líder”. Porque a ralé odeia a sociedade da qual é excluída, e odeia o parlamento onde não é representada”. Então, essa ralé se tornou predominante, alguns imensamente ricos e outros, presos nas suas limitações, de apenas serviçais obedientes da sistematização. Uns tentam suprir suas angustias como poder, outros com idolatria a seus líderes, e outros simplesmente descontam suas frustrações nas costas de inocentes, porque assim lhes é permitido por força da função que ocupam. Neste vazio sistematizado do absolutamente nada Victor E. Frankl delimitou: “O vazio existencial manifesta-se principalmente num estado de tédio. Agora podemos entender porque Shopenhauer disse que, aparentemente, a humanidade estava fadada a oscilar eternamente entre os dois extremos de angústia e tédio”. Entre estas sensações estamos nós, os que não se incluem nessas limitações, e assim destinados ao uso angustiado ou entediante, sempre somos triturados por tudo aquilo que não fizemos mas por ousadia talvez possamos fazer, e isso é um risco intolerável para a ralé. Alguém com autonomia intelectual, que pense e avalie as circunstâncias com preciosidade é tudo o que gente limitada não quer. Aprioristicamente entendemos que provavelmente ainda não é o momento da aceitação, porque o processo se repete por eras e épocas, o momento de transformar chumbo em ouro ainda não é esse, as individualidades ainda precisam de refino antes que ouvidos estejam prontos para escutar. Entendam crianças, o chumbo é a ignorância, pesada densa em sua forma, o ouro? A luz do conhecimento verdadeiro, resplandecente em sua transcendência divina que submete toda alma à verdade. E a pedra filosofal? Ora, é o mestre, é ele que transforma a essência do ser. Nunca foi um objeto que tantos cobiçavam, mas um processo espiritual, onde a luz invade as trevas para a evolução de todos nós. Assim, neste nível tentaremos aqui e ali pescar almas como adequadamente nos ensinaram, mas o Criador estabelecerá o prazo, e direcionará o aluno pois assim estabelece o Caibalion: “Quando os ouvidos do aluno estiverem prontos para ouvir, então virão os lábios para preenchê-los com sabedoria”. Não há necessidade da expectativa ansiosa, o que está estipulado será, apesar de todas as obscuras artimanhas do mal.


Apenas se estabeleça como personalidade desse momento louco, a ocasião é insana e não você. O tempo vai se encarrar de dizimar devaneios e contradições, costumes vão passar, modismos e tendências desaparecerão e ocasionalmente até voltarão, todas essa gente volúvel em sua base, continuará existindo, e apesar de todo ideal revolucionário, a rebeldia humana não passa de um momento no vácuo que dança eletricamente no filamento que o sustenta. É efêmero, e o episódio é curto para dar ao âmbito da hora o peso específico necessário para o momento. Valores, mantenha-os a mão, são eles que definem o ser, e para encerrar deixo a reflexão de Ayn Rand: “O amor é uma resposta aos valores. É pelo senso de vida de uma pessoa que alguém se apaixona – por essa soma essencial, essa posição fundamental ou maneira de encarar a existência, que é a essência de uma personalidade”. Até o próximo encontro.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citações:


Nádia Souki, Hannah Arendt e a banalidade do mal. Editora UFMG.


Hannah Arendt Origens do totalitarismo. Companhia das Letras.


Victor E. Frankl Em busca de sentido. Editora Vozes.


Hermes Trismegisto O Caibalion. Camelot Editora.


Ayn Rand Manifesto romântico. Avis Rara Editora.



Este é o quinto texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser. 




Enfim pronto!






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sábado, 23 de setembro de 2023

Sutilezas da percepção.

 

                                                         Image by ha11OK from Pixabay.




Sutilezas da percepção.



O peso dos nossos passos imprimem a proposta que desejamos e que costumamos chamar de destino. Uns avaliam a hipótese do livre arbítrio, outros que somos apenas vítimas de circunstâncias, e mais alguns que tudo não passa de uma programação a ser seguida e que apenas imaginamos ter o controle; mas na verdade, apenas cumprimos um roteiro previamente programado para alcançar um resultado estipulado antecipadamente. Gostamos de nos sentir donos das nossas pegadas, arquitetos autônomos do futuro e assim estamos no controle do presente e do futuro. Se assim for, a insanidade na qual o mundo se permitiu mergulhar hoje, é o fruto do nosso trabalho, onde omissões preguiçosas tangenciaram com elegância a responsabilidade com as novas gerações. Entre permissividades e sutis negligências, construímos a surrealidade que nos circunda e agora temos que morar nela. Construímos um perfil de sombras e iniquidades que se banham na mais pura perversidade apenas um regozijo da loucura. Como sair desse cenário? Entender as sutilezas que construíram essa estrutura já é um bom começo. Percebam, nada mudou fisicamente, o que se transformou foi a percepção. Muitas estruturas mentais foram trabalhadas para realizar o desejo das trevas, e dentro de um arcabouço destrutivo que se impõe por repetição sistemática e técnicas de persuasão, onde a pertinácia fétida de magos do encantamento humano conseguiram arquear a realidade até ao ponto da deformação desejada por eles. Uma vez atingido o propósito o sistema se retroalimenta de obscenidades performáticas geradas na química particular da insânia. Então, uma vez dentro desse ambiente, temos que no mínimo prezar pela boa conduta, e tudo isso acontece pela parcimônia colaborativa de muitos, ao se venderem por um bom preço, a maioria das pessoas demonstra não ter escrúpulos. Ninguém contesta, combate ou recusa, uma grande maioria se entrega a um bom e gordo pagamento, que lhes garantirá conforto, status social e bom trânsito entre seus pares, ao se exibirem como pavões em plena dança do acasalamento com o ignóbil. Ser austero com o correto cria margem para o erro. Não se enganem o essencial muitas vezes está naquilo que se ignora. A disciplina do justo constrói o caminho sem desvios, mesmo que à custa de evidente sacrifício. Sim pois a surrealidade hoje está tão estimulada e excitada que nem sua particular estrutura louca consegue mais se estabilizar como um processo humano de comportamento. E se assim estamos expostos ao perverso, não se preocupem, a pedra preciosa para exibir todo seu esplendor, precisa da brutalidade do polimento, que revelará sua magnífica estrutura aos olhos do mundo. Assim também acontece com as almas, e se estamos numa posição hoje desfavorável, o tempo há de nos redimir, pois seu percurso não pode ser alterado pela fantasia de ocasionalidades fortuitas dos que se consideram deuses. Não adianta apenas um grupo de vaidosos reivindicar pertencer a categoria divina, ensinamentos que se perdem nas areias do tempo já estabeleceram como citou Hermes Trismegisto: “Deus cria a si mesmo, e é impossível que ele jamais pare de criar, posto que ele não pode cessar de ser. E do mesmo modo que Deus não tem fim, sua atividade criadora também não tem início e nem fim”. Dispam-se de sua arrogância que apenas ultraja o Criador ou enfrentem as consequências.


Não seria a indelicadeza com o divino vitoriosa se ele assim não o quisesse. Portanto, todo empedernido assim o é por concessão e não por vontade própria. A sua vaidade “deus” momentâneo, mora na breve concessão a você atribuída nesse intervalo insignificante do todo, você não é especial, é apenas uma circunstância mínima sob desejo de algo muito maior. Banhe-se com os atributos que você acredita ter enquanto seu ciclo não termina, e assim volte sem nenhum poema, ou uma simples elegia à sua miserável existência coberta de infâmias por desprezar seus semelhantes. Impregnados que estão em aforismos exóticos, se nutrem de arrogância esquecendo do que realmente são, nada além de uma cópia, uma replicação de qualquer um na multidão. Não sonhe ímpio, teus desejos mais ocultos ficam expostos e se revelam como quimera feroz. Atingindo com sua incongruência atroz todo inocente que pacificamente tenha a ousadia de viver nas proximidades. Não seja o estorvo maldito de uma época, reverta-se transmute-se em luz e aplique esse benefício a seu semelhante. Mas todos nós conhecemos as facilidades para o mal, afinal temos a conhecida e velha desculpa: estou cumprindo ordens. Estas três palavras reunidas numa peculiar frase, alivia consciências dos que não pensam, por limitação cognitiva, ou simplesmente por falta de escrúpulos. Entendemos que todo aquele que se subjuga a uma atividade profissional onde não se pode pensar e julgar a ordem que recebe, renuncia a parte mais interessante da vida, a de ser livre para trafegar nas próprias escolhas. No fim, não passa de um ser humano com freio e cabresto, como uma besta usada para trabalhos inferiores, onde não existe a necessidade de um cérebro sofisticado de um ser humano. Nessa gente, está apoiada todo o aparato transformador da sociedade, sem eles, nada seria possível. Não haveria possibilidade de repressão da maioria pela minoria, leis, aprovadas em parlamento, seriam válidas e imunes a qualquer tipo de aventura inconsequente baseada em liturgias episódicas fundamentadas em desarranjos ideológicos ocasionais. Mas sob a servidão do procedimento, então, temos a anomalia possível, resguardada pela força dos que não se interessam em pensar, e se não pensam, não possuem responsabilidade, acreditam, mas gosto sempre de lembrar que após a segunda grande guerra existiu um julgamento por crimes de guerra, onde essa desculpa: “estava cumprindo ordens” não serviu. Esperávamos que após tantas aberrações, não houvesse mais espaço para tal tipo de aberração procedimental. Mas no princípio do século XXI estamos frente a frente com o mesmo problema. O padrão possibilita a escravidão.


Nessa estrutura humana de controle está viva toda ignomínia, pois dela depende o poder. Claro, seguida muito de perto do poder financeiro. Agora, junte o procedimento frio de seguir ordens sem questionar a “cadeia de comando” e fartura de recompensas aos que realmente se entregam? E assim temos os reformadores sociais com pleno poder para fazerem o que quiserem com todos no mundo, poder de vida e morte sobre todos e também qualquer coisa, transformando o que poderia ser um paraíso em inferno sem fim. São sutilezas, na maioria do tempo, imperceptíveis ao entendimento, mas que definem a realidade. Tenha a percepção; domine e adestre o inculto, o arme e tenha o energúmeno, o elemento desatinado que será o braço bruto do conquistador. Afinal, não existiria um Gengis Khan sem sua horda para demolir toda estrutura e civilização no seu caminho. Tempos difíceis virão, mas essas artimanhas do tempo nos pertencem, o processo é nosso, e na extrema margem dos sentidos habitarão aqueles que se farão merecedores do prêmio.




Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.





Citação: Corpus Hermeticum de Hermes Trismegisto. Editora Polar.



Este é o quarto texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser. 


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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Excentricidade temporal.

 

                                                    Image by Rogier Huekstra from Pixabay.




 Excentricidade temporal.


Assim, nessa monotonia eterna de uma metonímia impertinente e saltitante, que penetra a ocasionalidade onde a fidúcia do tempo está no passar das horas, que a tudo inexoravelmente consome, ousadamente insistimos em ser, e se assim somos seremos então, dentro das possibilidades, um atributo, e não apenas uma interferência fortuita disponível na aleatoriedade desse oceano de vontades. Onde todo querer se apresenta como essência, e como descuido com a textura, nos entregamos à paixão. Então, uma vez absortos que estamos, indiscutivelmente o equilíbrio sucumbe na intensidade opaca de um lamento, por uma desídia que abriga toda e qualquer mediocridade de um momento. Não há expectativa nem esperança, quando o absurdo passa a ser a base e modo de vida de um tempo. E neste efêmero contexto onde a circunstância se abriga com a timidez dos devassos, não há mais nada para prantear, o arcabouço da infâmia já está pronto, mesmo que assim não fosse, ainda seríamos reféns de um propósito indigno. Descrever uma época oblíqua, dissimulada entre razões absurdas requer exercício semântico em proporções fora das necessidades do perímetro cognitivo de uma sociedade. O hoje e o quando perderam sentido e a circunstância não se abriga mais na razoabilidade do momento, porque se tudo depende de desejo, toda hipótese passa a ser uma vontade particular e não fruto de raciocínio lógico que proporcione revestimento sólido para uma tese. E se as premissas são frágeis a composição interna que sustenta o argumento entrará em colapso no intervalo que se propõe existir. Portanto, transpassados que estamos na densidade da agonia, prosseguimos, enquanto pudermos, na virtude da razão, porque assim se faz necessário, e se como propósito temos a função de incorporar sentido a todo devaneio, assim faremos para desconforto cotidiano da alienação. Prosseguir é o destino, porque viver na margem não satisfaz, precisamos para evoluir e ganhar capacidade, participar da turbulência da insanidade mesmo que soframos o desgaste. Portanto, imiscuídos que estamos na infâmia de forma pertinaz bailamos em espírito na aleatoriedade desse momento histórico que nos envolve, onde o puro desatino dessas ocorrências se devoram entre contextos sem sustentação para ser de fato realidade. Se das raízes saímos, precisamos alcançar o frescor do ar puro e da luz redentora com sacrifício, e então, este é o caminho. Para que assim tenhamos uma última reação, aquela que fraciona tudo que entendemos como ser, em verdadeira vida, essa magia cósmica que permuta e mistura elementos para possibilitar infinitas auroras. Alimentem-se do caos, se fortaleçam onde todos achariam impossível, perseverança é o truque que confunde o mal. Porque ele não entende a efemeridade das suas questões, como uma força da natureza que é, chega, envolve, submete e colapsa simplesmente por não possuir resistência à luz. Mesmo tendo também se originado dela, dessa luz; ele se perdeu entre conceitos errôneos, rancores e submissões aos instintos.


Parece ser propósito e na verdade é. Pois a chama apenas se consolida se existirem condições de sustentação para seus atributos. No limiar do desastre acontecem às reações que desencadeiam a mudança. Não há monotonia na criação. O furor da realização não possui obstáculos plausíveis que sustentem resistência ao eterno. Então, nas cercanias das impossibilidades onde o impossível se transforma em mera impossibilidade, lá onde esse mesmo impossível não passa de uma trapaça semântica, guardaremos nossos corações, embrulhados em expectativas, e armazenados na certeza que temos origem nas estrofes poéticas que foram preferidas na conjunção do tempo que se deslocou no espaço para estarmos aqui. Não há solidão nessa profundidade, tangenciados que fomos pela esperança essa que recolheu de nós todo o conflito que nos fustigava. Então, nessa realidade profana, estimulada por contornos psicodélicos e surreais vamos entre tentativas e erros somando e subtraindo processos comportamentais como estímulo para a realidade. O trajeto é essencialmente longo, excêntrico e temporal. Por qualquer rota existirão os desafios, e neste labirinto o fim é o começo. E nesse trajeto encontraremos inúmeras almas em negação, ou simplesmente sublimando, no amplo termo da psicanálise, presos em suas particularidades construídas como abrigo para não vivenciarem as dores do mundo real. A construção de temporalidade paralela é mais comum do que se imagina, e prende muita gente nessa margem mental de suposições confortáveis com todo o peso de uma abstração circunstancial que permite viver alheio; mas e ainda assim, apesar de tudo, presente no mundo real. Algumas verdades são insuportáveis, estar absorto por quimeras, anestesia. Portanto, com sensações ludibriadas, para muitos permite o prosseguimento com um mínimo de sanidade, mesmo já ocupando um espaço dentro da insanidade. As astúcias da casualidade não permitem para muitos manter o prumo específico no cenário dinâmico e turbulento de existir. Ser razoavelmente são, integro nessa afetuosa e instigante conjunção infinita de detalhes requer capacidade adaptativa plena e não apenas uma circunstancial atitude evasiva em momentos vãos nessas lacunas de todo agora.


Contra essa gaiola mental, construída para alienação de indivíduos se faz necessário nossa luta. Ela foi construída minuciosamente por inimigos da humanidade. Com ideologia, procedimento comportamental, invasão na produção cultural, arquitetura do ignoto substancialmente incógnito na sua forma para iludir e formalizar a perversidade. A licenciosidade passou a ser bom atributo, algo até desejável para suprir o prazer de momentos abjetos. Se ao menos nós conseguirmos que os jovens passem a ter um parâmetro comparativo de boa conduta civilizatória, teremos assim salvado a civilização. Porque tudo indica que a camada social de adultos hoje parece já estar irreversivelmente perdida. A consolidação de atitudes e rotinas no arcabouço cognitivo dessa gente dá sinais de não permitir reparo eficiente de programação. A luta passa a ser pelos inocentes, pelo futuro, diluindo incongruências distributivas que moram no discurso acadêmico de hoje.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Este é o terceiro texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser. 


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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

O tecido e o tempo.

 


                                                    Image by Gordon Johnson from Pixabay.



O tecido e o tempo.


As tranças do destino não se submetem a mim, este acaso impertinente que ousa pensar e existir com um pendor de análise em textos exóticos. E o meio ambiente dessa época me instiga, provoca, e todo dia cria o pretexto para que eu me imiscua entre sua trama mal costurada e parcialmente puída por atrito com a lógica fatal da realidade. Condenado a viver meus últimos dias entre alucinações coletivas e alienação estrábica, untada com atributos banais e vaidosos que subjugam a realidade para anestesiar a coletividade antes do desastre total. Não se espante, meu texto é assim mesmo, um tanto escatológico, um pouco de insanidade performática aspergida em palavras contextualizadas com a deformidade semântica dos loucos. Para escrever a respeito desse tempo se faz necessário possuir a versatilidade de um tecido que escorregue entre as frestas do tempo, e isso, caros amigos, parece ser meu propósito. Onde fortuitamente e de forma aleatória vou coletando fragmentos desocupados que caíram do transporte da história, para com eles criar uma sopa sincrônica de enunciados plausíveis nesse contexto assimétrico. Desigualdade, essa é a regra de ouro, o que vai contra ela perece se esgotar entre tentativas inúteis de recomposição impossível, neste arcabouço temático que é a vida. Eu gosto de margear o impossível, testar a segurança da fronteira, perceber fragilidades no conceito, e a partir desse ponto atacar com audácia o último reduto da ignorância. Não bastará a ela ser tenaz, um obstinado como eu não se deixa esmorecer por resistência, ela me instiga a ser mais corrosivo. Meu propósito é a dúvida, e munido com tantos desses conceitos trafego entre as artimanhas do desastre para tentar proporcionar um amanhã possível nas impossibilidades cotidianas dessa nossa realidade cruel. Um hoje cheio de estultices políticas, repleto de vadiagens a granel, abundantemente servida aos néscios desavisados, produto de uma incultura cultivada nas melhores bancas estudantis. E assim sendo prosseguimos na liturgia infame das ocasionalidades burocráticas onde a trapaça se deleita com os sorrisos gelados de um povo submisso ao prazer da afronta diária. Amar o infortúnio parece ser destino, algo programado para compor esse cenário surreal que a todos envolve. E sendo assim, vou observando através da virtualidade de comunicação dos nossos tempos o perfil comportamental, e colocando uma inserção aqui e ali de questionamento. Uns bem recebidos, outro provocam desaforos, mas de antemão sabemos que o Ad hominem abraça todo aquele que não possui argumentos para sustentar um diálogo de qualidade. O ataque ao emissor da ideia denuncia a incapacidade intelectual. E estamos em tempos de “verdades” fabricadas para atender a interesses exclusivos de uma elite que se alça a dona do mundo. E seus lacaios povoam qualquer meio de comunicação para manter a narrativa. Porque quem vive por uma farsa intelectual tem de silenciar todo aquele que mostra o defeito estrutural básico do raciocínio comum propagado pela esquerda, e tem e ser assim, ou eles seriam completamente destruídos pela verdade. Na essência sou um administrador e a boa administração, essa ciência tão vilipendiada por profissionais de outras áreas, requer qualidade profissional e nunca se mistura com política. Porque a política corrompe tudo, e interfere na eficiência, na eficácia comprometendo irremediavelmente a efetividade requerida. Mas é assim, fazer o quê? Perdoem-me por essa fração de pessoalidade, mas o contexto pediu.


Então, nessa loucura que nos envolve, somos cercados de simulacros humanos, de coisas, de objetos ideológicos prontamente fabricados e customizados para bom uso dessa época infame. E para essa gente, para todo aquele que não possui transcendência, tudo se resume a apenas no agora. Essa gente vive no imediatismo brutal da descrença, na ausência de rito e qualquer sentimento. O hoje passa a ser tudo, e além disso só resta a eles um vazio eterno, isento de especulações. É preciso ter alma como conteúdo para um pós existir. E neste vácuo existencial não se importam com o sacrifício de inocentes e nem com o tratamento respeitoso com cadáveres. Enxergam um falecido como um bem do Estado, Um produto que pode ser imediatamente desmontado após a morte para atender necessidades de gente com recursos o bastante para comprar uma nova vida. Pois para essa gente apenas existe essa vida, e se for preciso retalhar um outro corpo humano, que há apenas alguns minutos atrás era vida, para obter mais tempo, que mal há? Aproveitem que ainda está quentinho, talvez o resto aparentemente imprestável, eles encaminhem para o frigorífico e que lá se produzam linguiças. Portanto, estamos assim em tempos horríveis, envolvidos em comportamentos desumanos e sem que apresentem uma mínima inflexão que demonstre culpa ou remorso. Não podemos esperar muito de coisas, de algo que se diz humano mas não existe metafisicamente na estrutura do tecido espiritual do tempo que nos abriga. Não se podem legitimar como humanos todo aquele que não possui estrutura ética comportamental para assim ser. Uma vez desumanizados, insensibilizados e com o perfil estéril, procuram implementar rotinas perversas e perigosas para a existência de todos nós. E assim todo respeito ao indivíduo vai sendo solapado e desvirtuado para atender as necessidades de um mundo imediato. O qual vão tentar eternizar, pois apenas eles existem. Assim eles pensam, presos na doutrina materialista que os envolve e assim os absorve plenamente nesse labirinto infame de argumentos do inferno. Neste cenário bizarro, temos também aqueles que não estão nem ai para qualquer coisa, só pensam em sexo, cerveja, futebol e praias, sol, mar, sexo e bebida, portanto assim a vida está resolvida. Como abriram mão do amanhã são perfeitos para o projeto dos que se interessaram por política e filosofia, Quem não se interessa por política, principalmente, será conduzido pelos que se interessam, já diz um aforismo popular antigo. E para infelicidade em grande número, os perversos e antiéticos gostam de política. Estes os desinteressados, acordarão na pior hora. O culto profano dos imediatistas vai de vento em popa, de vela insuflada e sem obstáculos. Pois indecoroso se torna o futuro dos irresponsáveis. Não há atenuação de culpa para o descaso, principalmente quando a malemolência envolve a própria vida e a de seus descendentes.


E assim, nesse ritmo adoçado com as usuras do tempo, que guarda tudo o que vê, estamos todos em expectativa para que este tecido esfarrapado que nos abriga, suporte tanta tensão e peso na flexão desse momento obscuro. No cenário internacional, guerras e alianças indevidas, na nossa cozinha algo infame está no fogo, em fogo brando espalhando seu odor característico de alguma indignidade que se volatiliza entregando sua origem e textura. Não apetece estar aqui, e lá fora a perspectiva também não é boa, muitas vezes seria até melhor pertencer ao grupo que apenas reconhecerá a tragédia quando ela desabar sobre todas as cabeças, um pouco de entorpecimento alienante faz até bem. Vejam só, a coisa está tão grave que até não saber se torna mais confortável para a existência, esse desconforto ainda conta com algum alívio ocasional aqui e ali nas palavras dos poucos sensatos que ainda perseveram na boa conduta, são poucos, muito poucos, e a tendência será a eliminação de todos os que insistem na ética e na boa tradição. Afinal, se aqui estamos, deve ser por algum motivo, e se o propósito for esse, assistir a esse show de bestialidades e que sirva de aprendizado, de como não se deve fazer qualquer coisa adotando uma doutrina condenada ao fracasso na sua origem. Vivamos em metáfora para atenuar os sentidos até que em lassidão toda infâmia perca sua força sobre nós.




Gerson Ferreira Filho.

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sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Sem privilégios.

 


                                                      Image by Julian Hacker from Pixabay.




 Sem privilégios.




Bom, como se sentem hoje, nesta época onde você, e boa parte de nós fomos excluídos do topo da cadeia alimentar? Sim! Exatamente isso, ou ainda não perceberam? Nos tornamos em maioria um tanto descartáveis, um passivo inconveniente e fomos postos para alienação no conceito de um bem descartável e pronto para ser liquidado. Aqueles cujo excesso de riquezas os tonaram deuses e em condições de comprarem consciências, querem se livrar de todos nós, os inúteis que ocupam um espaço que não lhes pertence. Nem escondem mais isso, o assunto já é abordado com um descaramento típico e audaz dos inalcançáveis pela justiça, pois até esta já foi possuída em bons acordos, não para nós; para eles, claro. Em franco processo de tibieza, valores vão sendo solapados e em substituição padrões de descalabro passam a ser a guia moral da sociedade, e assim imersos em pura festa de desejos da carne, principalmente, o rebanho se deixa conduzir sem notar exatamente para onde. Na orgia orgástica o celerado se deleita nas ignominias do agora, essa linha tênue que se estabelece antes do cutelo trabalhar lisonjeiramente em cabeças desavisadas e entorpecidas por prazer fugaz. Nunca foi tão fácil, não existe necessidade de arsenais, de soldados, de armas. Basta uma condução psicologicamente planejada e implementada, para destroçar todo tecido social existente até aqui. Nova categoria de caça criada, humanos caçando humanos, mas sem evidente derramamento de sangue, mas sim um criterioso planejamento social de redução da população, ou seria rebanho, nas condições de um perfil agrícola, que estabelece um planejamento de produção ou redução de carne, aqui humana, para estabelecimento de metas plausíveis de eliminação e ou contenção de determinado bem de consumo. Não sei se vocês já perceberam, mas o produto aqui somos todos nós, os elementos inconvenientes que tanto se reproduzem sem objetividade específica, e assim acabam debilitando nosso querido planeta. Você que lê isto, e tem posses, reza pela cartilha da esquerda, vive progressismo inclusivo, não pense que está fora dessa lista para eliminação. O projeto base não inclui você, como já esclareci em diversas outras crônicas, você é apenas ferramenta de auxilio, um arado que movimenta a terra, quando não for mais necessário, seu destino será o do restante. Não se considere digno de pertencer ao nível exclusivo dos deuses super milionários, pois até dentre esses, alguns sobrarão do lado de fora no final, é preciso pedigree, quanto mais o indivíduo se aproxima da realeza mais descendência nobre vai precisar possuir para curtir as delícias desse mundo novo. Um novo rico para essa gente tem o mesmo significado que um porco premiado em uma exposição pecuária, apesar de premiado pela riqueza, continua a ser um porco. Ah, nobre progressista, a vassalagem que você entrega agora, vai lhe proporcionar ser executado por último, talvez. Como nas belas palavras filosóficas de Ortega y Gasset: “Nossa vida começa por ser a perpétua surpresa do existir, sem nossa anuência prévia, náufragos num orbe impremeditado”. Então, desperte neste turbilhão não consentido de sentimentos e vontades, e passe a flutuar no todo estabelecido com critério e rumo, pois se o orbe é imprevisível adquira controle de si mesmo e não deixe se levar ou influenciar por surpresas em compotas.


A liturgia do mal consiste em dispersar o entendimento para assim criar as lacunas onde possa se infiltrar na compreensão humana, e nada mais eficaz para isso do que a vaidade. E muito dinheiro excesso de posses, se torna um imenso facilitador de procedimento. A sedução evidente de ter muitas  posses grita no horizonte psicológico abalando seu equilíbrio e poder de julgamento. Um aforismo meu e que estará na contra capa do meu próximo livro, Vestígios do cotidiano procura estabelecer uma convicção: “Descubra-se necessário neste louco contexto cotidiano, pois a custódia da alma é o amor”. Uma alma vadia, sem propósito definido se abre convidativamente para o mal. Se possuir muito dinheiro, uma grande fortuna, então, torne-se necessário, reduza a pobreza no mundo, procure saciar os milhões de necessitados, forneça-lhes amparo e conforto. Suas posses inimagináveis possibilitam isso, ao invés de elaborar planos assassinos de redução populacional. Vejo constantemente na TV por assinatura instituições supostamente de caridade pedir doações para que consigam continuar a realizar seu trabalho de socorro e auxílio com as vítimas da pobreza e da indigência. A fortuna incalculável desses poucos privilegiados seria suficiente para resolver a questão. Invistam em saneamento básico, em saúde, em melhores condições de vida, em redução de analfabetismo, e larguem o projeto infame de redução populacional. Com melhor nível cultural e com melhores condições de vida, a população se reduz naturalmente, basta ver a taxa de natalidade nos países ricos e cultos e a mesma taxa de natalidade onde existem populações pobres e indigentes. A resposta ao crescimento populacional desenfreado está na qualidade cultural do povo. Populações mais esclarecidas e com melhor padrão de vida tendem a ter menos filhos, ou até em alguns casos, nenhum filho. Milionários! Vocês querem um propósito nobre para viver? Querem escrever com honra seus nomes na história? Então, tenham o propósito correto, o mal se abriga na ociosidade ampla de mentes sem significação, não retirem privilégios adquiridos da humanidade por simples poder de executar um plano. Cada vida é por demais preciosa para ser desperdiçada em devaneios de controle. A redução populacional em regiões com maior padrão cultural é tão evidente que governos criam estímulos para que casais voltem a ter filhos, portanto, alternativas ao massacre de semelhantes existem, basta querer investir no que é correto. A não ser que como atributo, esta elite possua apenas riqueza e não inteligência, porque se tornar rico, muitas vezes depende mais de oportunidades do que inteligência de fato. O raciocínio básico para acumular bens praticamente todos possuem a não ser os perdulários, o comércio fez a fortuna de inúmeros homens simplesmente por venderem bem seus produtos. O empreendedorismo bem alicerçado e gerido com responsabilidade gera fortunas, não precisa de uma inteligência extraordinária para ter sucesso, basta responsabilidade e seguir um padrão. Pessoas realmente inteligentes estão nos vários institutos de pesquisa desenvolvendo novas tecnologias em todas as áreas do conhecimento humano, e não vendendo bugigangas para fazer fortuna. O que nos leva a crer que o poder gerado por dinheiro excessivo colocou no poder absoluto pessoas despreparadas e de moral duvidosa quanto ao gerenciamento do mundo.


Fomos reduzidos a mercadoria descartável por vendedores embriagados de poder, e o interessante, os que se dizem coletivistas, de raiz popular, proletários e progressistas trabalham para essa gente sem notar por um minuto que estão sendo comercialmente usados, pois quem fez sucesso com vendas, sabe muito bem como comprar consciências vulgares. O arcabouço psicológico de alguém ideologicamente dominado, não permite uma análise mais profunda e aprimorada do cenário para perceber o quanto se está sendo usado por profissionais do comércio. E estes poderosos de hoje fizeram fortuna neste ambiente, de negócios, muitos deles impossíveis de serem publicados. Compraram e venderam produtos viáveis e inviáveis, comprar consciências não seria nenhum problema para eles, o negócio é a meta, o objetivo o comércio, seja de consciências, de vidas ou de uma lavadora de roupas, ou um software de computador. Nós, então, estamos aqui, sem privilégios humanos no estoque de algum almoxarifado de circunstâncias, prontos para sermos negociados a bom preço por astutos comerciantes de alma infernal.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citações: Ortega y Gasset Lições de metafísica. Vide Editorial.



Gerson S. Filho Vestígios do cotidiano. Editora Delicatta.  




Este é o primeiro texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser. 


Fragmentos do momento


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E agora também em formato E- Book.👇

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Outros Livros em formato E-Book👇




Atualidades e análise de politicas de controle de massas.


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