quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dissonância cognitiva.




Doçura insolente que dos teus olhos escapa, não venha me dizer que antes da curva mora a surpresa. Atiçar-me com o inesperado seria apenas um detalhe, um afago do destino. Novos caminhos surgem no oceano de possibilidades, e um sorriso desconhecido pode ser a chave de um novo enredo.


Pode ser tarde para você meu bem, algo deve ter mudado no contexto, a textura mudou, a ocasião perdeu consistência, e a incoerência espetou meu ímpeto com seu jeito cafajeste. Posso ser seu e de um leque de possibilidades. Talvez seja essa a resposta, os bonzinhos não têm charme.


Então querida fique com a sedosa dúvida que acaricia tua libido. Revanche? Ora meu amor; bandidos não temem o amanhã, se a casa cair partem para outra. Sempre haverá um coração incauto para ser ferido, sempre haverá uma mentira para iludir quem assim o quer.



Gerson F. Filho.

2 comentários:

  1. Gerson eu acho que a mentira ilude a quem quer sim, mais ilude principalmente a quem mente, porque não tem coragem nem forças para viver uma verdade. O bandido não tem outro mundo pra viver é esse aí mesmo,resta-lhe atrair os frágeis e afins com seu processo.

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  2. Walter,

    Obrigado pela visita e comentário. No pequeno ensaio na verdade tento mostrar o conflito cognitivo que muitos têm em escolher a pessoa errada, mesmo sabendo que com isso irão se “machucar”. Como citei: os bonzinhos não têm charme, o perfil “bandido” é mais sedutor atrai a pessoa e acaba transformando-a em vítima da própria escolha. Um erro de interpretação bem corriqueiro que gera desgaste e até conseqüências desagradáveis.

    Abraços.

    Gerson F. Filho.

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