sábado, 8 de outubro de 2022

Escolhas.

 


                                          Imagem de Stefan Keller por Pixabay.


Escolhas.


Então, chegamos ao ponto decisivo, ao cruzamento de caminhos, onde o destino se bifurca e se escolhe o resultado de preferência. Mas realmente todos estão preparados para esse procedimento? Todos possuem a real capacidade de análise para interpretar todos esses sofismas da estrada? Muitos acreditam que o óbvio por ser evidente está disponível plenamente para a compreensão de todos. Mas não é assim, a penúria intelectual e a indigência mental de boa parte da população, uns relegados ao abandono por sucessivos governos, outros porque transformaram a própria mente em terreno baldio com aplicação sistemática de ideologia poderão tomar o caminho inadequado para uma sociedade livre e próspera.


Em outros artigos por aqui eu abordei a necessidade de reduzir a campanha nas redes socais e dar mais atenção ao Brasil profundo, aquele Brasil analfabeto, semianalfabeto ou analfabeto funcional. Tem muita gente nessa condição, e juntando aos ideologizados, os transformadores sociais presentes na camada mais favorecida e que agem como autênticos recicladores de objetivo social, temos assim um contingente consideravelmente perigoso para a liberdade. Uma criatura ideologizada não possui a percepção do risco que pode produzir ao manipular os alicerces da sociedade, eles estão presos no devaneio político e ideológico fabricado para reduzir a humanidade a um grande formigueiro, ou cupinzeiro, enfim um ser gregário que vive em colônia, todos trabalhando para um.


Espero que finalmente nesse curtíssimo espaço de tempo o atual governo, mesmo eivado de escolhas inconvenientes e desagregadoras consiga levar suas ideias e suas propostas ao público ao qual me referi. No país profundo, a informação não chega por redes sociais e sim por TV aberta e rádio, o político, o vereador esquerdista diz que aquele benefício que determinada família passou a receber foi uma conquista proporcionada pela turma dele, e não do governo Federal. A TV aberta de maior alcance age continuamente para desgastar o governo atual, a maioria das rádios outro meio de comunicação muito utilizado pelas pessoas de baixa renda, na maioria pertencem a políticos de esquerda. Não priorizar essa camada social vai proporcionar um resultado inconveniente.


A classe média festiva e deslumbrada está com o governo, o próprio governo permitiu a embriaguez com a arrogância de ofender eleitores simplesmente por discordar da linha adotada, que contrariava completamente a plataforma inicial com a qual foi eleito. Ah! Tem povo também, sim alguns poucos, meus amigos; no país onde quem possui uma CG 125 é classe média imagine quem é pobre, tem exatamente o quê? A mobilização do povo e depois o recuo inadmissível com cartinha de desculpas também causou um estrago enorme, provocou muito ressentimento. A falta de habilidade é notável. E por fim, a “brilhante” ideia de concorrer contra um velho político muito popular nas classes sociais mais baixas se tornou a cereja do bolo de bestialidade possível ao raciocínio humano.


Assim, com centenas de decisões equivocadas, usando bastante eufemismo, o atual governo se utilizando de um irenismo irresponsável, porque uma paz conquistada ao negociar o inegociável não se obtém equilíbrio e sim submissão. Não existe virtude ao se procurar um equilíbrio entre o valor verdadeiro e a total ausência dele. Plínio Corrêa de Oliveira cita muito apropriadamente no seu livro Corrupção da linguagem e a propaganda comunista que: “Cumpre situar em seu contexto ideológico e em seu quadro psicológico próprio a tendência irenista que, a propósito dos vários sentidos das palavras “diálogo” e “discussão”, vimos analisando. Uma ordem de coisas evoluída e paradisíaca: a “era da boa vontade”. Que utopias, que estados emocionais singulares são capazes de levar alguém a admitir como desejável e possível uma nova ordem das coisas, uma era que se poderia chamar da boa vontade, em que os homens já não discutiriam e nem polemizariam entre si?”.


Ao apaziguar com o inadequado o governo se perdeu. Ah, mas se assim não o fizesse cairia. Caia de pé, mantenha seus princípios, será que cairia? Ou uma demonstração de força e lealdade poderia proporcionar mais sustentação? Agora não será mais possível saber, mas vamos aguardar o resultado de tudo isso. O que marcará o cenário se o pior acontecer será a marca da omissão. Porque afinal de contas, instituições existem para preservar a liberdade do seu povo, e com elas contamos para que se mantenha uma sociedade estruturada nos preceitos da liberdade individual principalmente. Citando o Padre Antônio Vieira: “O último pecado e a última disposição por que hão de condenar os precitos, é a impertinência final; e a impertinência final é o pecado da omissão”. Escolhas meus amigos. Escolham a seu bel prazer, toda escolha tem um preço. Escolha bem.

OBS: Precitos, amaldiçoados.

Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992.



Citações: Oliveira, Plínio Corrêa de. Corrupção da linguagem e a propaganda comunista: baldeação ideológica inadvertida e diálogo Campinas SP PHVox, 2022.


Vieira, Antônio. Essencial Padre Antônio Vieira organização e introdução de Alfredo Bosi. São Paulo Penguin Classics Companhia das letras 2011.



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