terça-feira, 14 de novembro de 2023

Um argumento para uma infâmia.

 

                                                    Image by Gordon Johnson from Pixabay.



 Um argumento para uma infâmia.





Um nada para essa ocasião, nenhuma textura bucólica para o momento, apenas a busca para evadir-se do inaceitável, a ocasião extrema dos sentidos solicita passagem para a vaidade e a presunção de uma virtude que realmente não existe, pois ao abraçar o inominável, incorpora-se também fisicamente o inaceitável, mesmo que se consiga revesti-lo de hipocrisia. Pois não há vaidade e presunção que seja suficiente para servir de armadura aos acólitos da perversidade. Acompanhar essa liturgia não será suficiente para justificar o procedimento, que apesar de criminoso passa a ser aceito em nome de uma causa política ou ideológica. Não bastará toda perfumaria semântica para ocultar o que se aceita apenas como uma fortuita ocorrência apesar de sua textura abjeta. A brutalidade não tem lugar na civilização, seja ela praticada em nome do que for. Regras, para evitar a dessensibilização destrutiva do processo político. E nesse processo de busca por uma evasiva plausível tentam responsabilizar o agredido por danos colaterais que não existiriam, se o ato infame não fosse cometido. Estaríamos falando aqui de turismo, paisagens inebriantes, circuitos de prazer enriquecedor se não tivesse ocorrido uma das mais brutais ações contra inocentes. Ação que gerou resposta, mas isto é apenas a tradicional lei da ação e reação, uma guerra é horrível, inocentes vão morrer, tragédias, por maior cuidado que se tenha, e por melhor recurso tecnológico que se possua acontecerão como um efeito colateral da ocorrência criminosa inicial. E o que um determinado grupo político faz? Busca argumentação para atenuar e até inverter a lógica dos acontecimentos. Não há inocência nesse procedimento, essa gente bebe sangue se for preciso estabelecer uma vantagem moral, mesmo que seja obra de ficção. Mesmo que essa suposta vantagem necessite de um desnudamento moral em público, expondo toda podridão conceitual da ideologia que abraçam. Não há pudor em defender monstros, se estes animais estiverem no espectro político amigável à causa. Neste verdadeiro zoológico político aberrações possuem lugar próprio, sua ala de indignidade fica sempre à esquerda. O que se vê hoje é exatamente uma luta para no mínimo atenuar a brutalidade, e mais para a frente até justificar, como o processo do criminoso vítima da sociedade: são apenas violentos porque não tiveram oportunidade dentro da sociedade, que os rejeitou em algum momento aleatório da existência humana. Dentro desse conceito esfarrapado de sentido, roto, maltrapilho o criminoso brutal se redime por culpa coletiva da sociedade, repassando o ônus da ação ao corpo abstrato da coletividade. Não há o conceito de moralidade, de proteção a boa conduta, tudo está entregue a interpretação de uma realidade paralela ao bom senso. E sendo assim um terrorista passa a ser um “nobre” combatente, apesar do rastro de sangue inocente que vai deixando pelo caminho.


Temos então a bestialidade pura de um grupo que tem no estatuto da sua classe a eliminação completa do seu oponente da face da terra como algo nobre, aceitável, por impor uma autêntica limpeza étnica que atenda seus desígnios maléficos. E a reação causa indignação. Entenderam? Um determinado grupo, para parte da sociedade, perdeu o direito de existir e também perdeu o direito de se defender. Apoiados em danos colaterais previsíveis numa guerra, um conflito que não foi opção sua, recebem uma culpa que não deveriam receber, pois ela tem dono, e o dono é o agente que provocou tudo isso. Eu gostaria de estar escrevendo a respeito de amenidades, a respeito da rusticidade das flores do campo, coletando a brisa do campo na minha face e assim me alimentar de proposituras poéticas, mas não é possível. Nem mesmo a massagem do mar que toca a alma mesmo apenas acariciando o corpo se torna suficiente para ignorar tal ofensa à humanidade. Repentinamente, por força dos fatos, fomos transportados a um mundo indigno, onde o odioso está muito além do sórdido, apenas para marcar presença nessa circunstância. Muitas máscaras caíram, e assim percebemos que vivemos entre gente da pior espécie. Gente preconceituosa, mas que vive revestida de uma falsa boa conduta, como eles gostam de se apresentar, inclusivos, progressistas, defensores de minorias, chegam até a defender condutas religiosas que destruiriam a vida hedonista que defendem e pregam, provocando assim, a morte de grande número de seu próprio grupo de influência e de ideias. Certo, o coeficiente de inteligência no mundo caiu assustadoramente, o descaso com o ensino básico e universitário criou um rebanho, e o agrupamento bovino da humanidade, a desumanizou. Tudo passa ser obediência ao comando de um condutor, o líder determina quem vive e quem morre, o que deve ser amado ou odiado, não há mais alternativa de raciocínio, apenas condução acéfala de um grupo que olhará estranho para qualquer um que ouse contrariar o comando central. E o mais hostil com a realidade dos fatos é o imbecil acadêmico, o sujeito que possui formação universitária capenga, mas se julga o ápice da evolução humana, sem perceber que seu perímetro cognitivo é extremamente restrito e diminuto. Nada pode se mais extenuante do que mostrar a realidade para um asno, ele não vai entender devido a seus limites de entendimento e certamente em algum momento vai te escoicear furiosamente por achar que você, enfim, está a fazê-lo perder tempo com irrelevâncias. E no fim, ainda vai sair com um sorriso de soslaio por se considerar superior nessa margem de irrelevância cognitiva. O que fazer neste cenário? Permitir que encontrem um argumento plausível para uma infâmia? Claro que não! Se quisermos ainda viver numa civilização minimamente estruturada não podemos permitir que selvagens, pois eles são sim, selvagens, implementem seu modo de vida inaceitável, construído entre arrotos fétidos e flatos malignos dos operários do caos. A velhacaria no ensino proporcionou tudo isso, e não foi só aqui, mas no mundo inteiro. A tarefa básica dessa luta está em demostrar que essa gente pedante está errada, eles comem capim, nós sentamos em família para refeições e socializamos amigavelmente com o próximo, sem hostilizá-lo por cor, credo ou condição social. Claro, diferenças criam grupos de afinidade natural, mas essa ausência de semelhança jamais deve causar conflito onde todos são civilizados. A diversidade é a magia do mundo, onde a cultura e os costumes diferenciados proporcionam uma saudável troca de informação no contexto do mundo. E isto, a convivência pacífica entre povos não é uma pauta da esquerda, mas sim de uma sociedade evoluída, e numa sociedade evoluída e dinâmica a padronização sistemática não existe. O perfil ideológico implementado é um produto artificial não adaptável a não ser pela força no ambiente natural.


O socialismo de forma geral é um produto de laboratório, no campo filosófico, com fim de controle de qualquer atributo humano de diferenciação social. Este aziago procedimento de nefasta textura sofreu diversos refinamentos, e cada vez está mais letal. Nós, os que escaparam desse envenenamento mental teremos de ter um firme propósito no sentido de ao menos construir uma nova geração que se veja livre dessa verdadeira maldição de laboratório psíquico. Os que vivem hoje, já sob pleno domínio dessa sabotagem mental, tenho minhas dúvidas se algum dia, conseguirão se libertar. Quem crê que é livre, mesmo sem ser, não está pronto para uma correção de rumo, se sente confortável no ambiente, mesmo que tudo a sua volta indique que algo está muito errado. Vejam, jovens partem para a morte certa, apoiados numa crença que lhes promete o paraíso. Alguma evidência que perder a vida de forma brutal lhes dará um prêmio? Mas o domínio psíquico age assim, tira do homem o poder de avaliação da realidade. No mínimo, quem morrer, vai morrer, e nada se pode garantir além disso, mas se pode morrer por um motivo nobre ou por uma abominação da qual te convenceram. E metafisicamente analisando morrer por uma causa justa e realmente nobre trará conforto na última hora da existência, e não perder a vida iludido por um inverossímil propósito postiço, atiçado por lideres extremamente ricos, que estumam seus jovens no pleno ódio da profundidade de seus confortáveis gabinetes. Vejam e entendam, principalmente no coletivismo o líder sempre está em algum lugar bem seguro comandando de longe, sem nenhum risco pessoal por decisões estapafúrdias. Depois da batalha, com algumas centenas de corpos estraçalhados, ele, o líder, vai saciar seu apetite em algum almoço cercado com as virgens que prometeu para os otários que morreram no campo. No fim é isso, ilusão. E para manter a ilusão precisam de um argumento.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 - 91992    CRA - RJ.


Este é o décimo terceiro texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.


Enfim pronto!


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