Queria te dar um abraço,
Sentir teu calor atrito e textura,
O teor, toda trama do laço,
O esgarçar oblíquo, a ternura.
Que tanto me faça próximo.
Qual mormaço sem brandura,
Como tez úmida e no mínimo,
Quando tua boca for loucura.
E se puder sentir no teu seio,
O pulsar incessante da vida,
Um sublimar e em devaneio.
Mas impermeável és de fato.
Nem ousadia ou desacato.
A fria face de um monólito.
Gerson F. Filho.
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