sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Perfume.

 

                                             Imagem de JacKieLou DL por Pixabay.


Perfume.


Neste cenário turbulento onde acadelados permitem o preparo da ruptura institucional já em vias de surgência impetuosa temos apenas uma certeza impertinente, não há como ficar bom para alguém. Quem se responsabiliza por isso? Quem é o arquiteto oculto desse teatro de surrealidades que dançam frenéticas aos nossos olhos? Heráclito certa vez determinou que “é na mudança que encontramos o propósito”, então, devemos perguntar: quem é o pai desse propósito insano que se assanha de forma imprudente na textura da nossa realidade? E exatamente qual o motivo da inércia dos representantes do povo? Medo de perder o cargo? Medo de perder o status? Foi exatamente para isso que foram eleitos, se tornarem a linha de frente do combate político de quem os escolheu através do voto como os seus representantes. A vida política é assim, e tudo é política, sofrerão por ação ou por omissão. A partir do momento que se revelar o patrocinador desse propósito, se identifica o verdadeiro inimigo e seus colaboradores de aluguel que à tripa forra, destroçam politicamente o próprio pais por interesses particulares.


Se alguém, de qualquer espectro político acredita que ficaremos bem com uma crise institucional, ou se algum lado crê que forçando a barra até o limite plausível da aceitação encontrará paz, tire o cavalo da chuva. Este tipo de coisa começa e ninguém sabe exatamente como termina. Citando o espetacular Cartola e seus versos: “o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos, vai reduzir tuas ilusões a pó”. Não se engane, todo aquele com sonhos de poder, a realidade possui curvas muito perigosas onde a vertigem se encarrega de vomitar devaneios planificados como os caroços de mamão que você comeu no café da manhã. Todo planejamento sempre tem um percentual de falha, e mesmo irrisório, algumas vezes ele se torna protagonista com aquela cara de convidado indesejado. Assumam suas prerrogativas políticos, dispam essa pusilanimidade e se tornem reais representantes do povo. Ou, como agora a melhor tradição jurídica diz, a casa vai cair.


Então, sejam fragrância, sejam um diferencial qualitativo. Vivam o momento de forma nobre para que no futuro sejam um passado digno de ser recordado e revivido nos momentos que se apresentarem com saudade. Assim como assimilamos um perfume, o perfume nos assimila, e na fragrância transcendente transmutamo-nos exponencialmente na essência de ser o momento onde nos encontramos. Filosoficamente perdidos, e ao mesmo tempo, encontrados no perfil existencial do absurdo de termos consciência desse momento que nos guarda amorosamente nos seus braços hipotéticos, braços esses que ainda assim abraçam calorosamente. Existam e tenham consciência disso, tenham essa exótica aventura. Onde o aroma abre as portas do tempo levando-nos aos idos guardados na memória onde todo desejo se fazia amor e assim repercutia de forma audaz mais uma vez no coração.


Pois, apesar de tudo, somos puro método, aquela calmaria bucólica do olho da tormenta, apenas para perceber criteriosamente, que nós e essa desenvoltura de tempestade que possuímos, assim estamos existencialmente ligados, ausentes de nós mesmos, contudo, presentes na forma apaixonada do turbilhão. Permitam o abraço desse sorvedouro de determinação e finalmente assim, propaguem este perfume de liberdade que foi esquecido, soterrado por alienação. Quem sabe e já sentiu sabe o poder atemporal do perfume, ele elimina momentaneamente a fronteira delimitada pelo tempo transportando-nos ao passado. Então, sejam dignos de participarem dessa viagem prazerosa, se transformem em boa recordação cumprindo o seu papel nesse contexto que se chama agora.


Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 - 91992.


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