domingo, 29 de dezembro de 2024

Viver para ter sentido.

 

                                               Image by Mia-Maria Wikstrom from Pixabay.



 Viver para ter sentido.



Essa coisa tão valiosa que nos maltrata, que significa existir mesmo na precariedade plausível do momento onde nos reunimos para dar cabo do tempo que nos abriga, vive fugindo, escapando do controle para adicionar um pouco mais de carga na ocasião já inusitada de submissão ao destino. Vida, o que fazes de nós? Qual seu propósito? Dar-nos o processo abrasivo e desgastante de tantos momentos que nos consomem ou realizar o polimento que irá assim agregar valor a nossa alma? Há o tormento da incerteza que conflita com o bom propósito nessa equação. Pendurados que estamos na eternidade apenas desejamos conhecer o amanhã. Não será muito que a nós seja oferecido uma cota de esperança para que atravessemos os dias sombrios onde nos submeteremos ao maligno para complemento da evolução. Atravessar o oceano de demônios será difícil. Mas então, basta um incentivo para que a determinação suplante o medo e haja prazer na agonia do caminho. Aquela circunstância que dará aos bardos os versos necessários para uma inesquecível saga poética que guardará o nosso sacrifício por um mundo melhor. O tempo transformará o hoje em poeira, mas os bravos viverão nas histórias e estórias e também no imaginário dos que virão. Adentraremos com bravura a escuridão, pois esse propósito foi dado a nós como missão, não há alternativa. Cada um pegue seu remo e enfie no flanco abusado do que nos envolve com impertinência, reme! Lute pelo destino que a vós foi oferecido. Sua cota de esforço lhe trará dignidade e honra ao atingir o limiar da exaustão. O ranger das tábuas do convés me incentiva, elas dizem que lá fora, no fim do mundo o mar é bruto, mas minha vontade e determinação não flexionam e não se intimidam com o lamento dessa circunstância. O futuro pertence a Deus e eu estou com ele a serviço dos seus desígnios. Não mais importa o tempo e a ocasião, mas apenas o objetivo, transportar a esperança para os que a perderam e sem ela sucumbem no desespero. Reme! Até a exaustão porque a diáspora dos sentidos se fará presente nessa água toda que nos circunda. Ela é valente como a natureza, cruel no seu contato físico com a determinação sutil de sua forma, mas ali no seu intimo também se abriga a vontade do Criador. Não será uma emoção de través que irá nos causar desconforto, abrigados em capuchanas prosseguimos com o vigor do comprometimento com a missão. Não se enganem com o revestimento literário que aplico ao tema, o próximo ano tem tudo para ser o maior desastre social que esse país já viu. Mas como de costume, as praias estão cheias, e parece que tudo vai bem. Famílias queimando reservas que farão falta no futuro. O governo finge que está tudo certo, que reservas financeiras não estão escoando pelo ralo, que empresas estatais não estão com gigantesco prejuízo e que um país que tem quarenta milhões de usuários de um magro bolsa família está bem socialmente. Com malucos desse nível no poder o desastre esmagador nos aguarda em breve para abraçar a todos carinhosamente. Este avassalador desmoronamento social é o que poeticamente uso na minha literatura como oceano a ser cruzado. Aquilo que vai tentar engolir a todos nós, preparados ou não, pois a certeza é a única coisa que paira no ar, o desastre virá. Não se trata de pessimismo ou desesperança, mas de realismo, de pragmatismo com todos os índices e sinais a disposição não podemos ignorar a aproximação do pior cenário. E com o corte de benefícios para os doentes e vulneráveis a tragédia será enorme com certeza. Não há piedade nessa gente, apena gula, ganância por recursos para alimentar seus privilégios. Você que é de esquerda, esqueça toda doutrinação proletária, de benefícios ao trabalhador e ao pobre. Sempre foi para criar e servir a uma seleta elite de políticos que dizem no discurso defender os mais pobres. A perversidade social sobrenada na alma dessa gente, se é que podemos classificá-los assim, como humanos. Misericórdia não existe para essa turma pedante e que julga possuir superioridade intelectual mesmo sendo um desastre nessa área. A maior tragédia cognitiva está em acreditar possuir superioridade intelectual sem ter na verdade nada nesse sentido, com o ignorante se pode argumentar, mas com o imbecil nunca. O Imbecil é completamente preenchido de certeza nos seus devaneios como a literatura da psicologia explica. Basta ver o desempenho da nossa justiça hoje, protege o criminoso e pune o cidadão de bem o expondo a violência criminosa do infrator da lei. Eu nas redes sociais até escrevi algo a respeito que traduz perfeitamente esse comportamento: “Se você solta tubarões eles seguirão sua natureza e seus instintos. O resultado disso é óbvio. Mas este tipo de raciocínio é sofisticado demais para nossa justiça entender”. Traduzindo: os prisioneiros soltos, por natureza são violentos, são os tubarões, os nossos juízes acham que não, e o que acontece? O óbvio, se você solta gente violenta e sem princípios morais e éticos na sociedade, você está expondo a risco grave o cidadão de bem o inocente. E assim sobram ocorrências brutais evidenciando que a ação de conceder liberdade a quem não merece estar livre é um erro grotesco. A lógica mais elementar diz que se estão presos então, são propagadores de violência, e nada no cárcere os purificou, ao contrário, alimentou nessa gente o espírito de vingança da sociedade. É uma evidência tão cristalina que esmaga qualquer argumentação em sentido contrário, os resultados estão aí para comprovar a realidade. Mas como eu citei, não existe sofisticação intelectual nessa turma para entender o óbvio, possuem apenas doutrinação ideológica.



E nós sabemos que a doutrinação ideológica leva ao abismo. Levará décadas de desastres sociais para que fique entendido que essas posições politicas apenas geram sofrimento, desespero e desesperança. Viver em paz e segurança, com a possibilidade de evoluir economicamente é o objetivo da civilização, mas o que vemos é uma sanha desmedida por um retrocesso da forma de viver. Dizem que a história não se repete, mas o odor de França em 1789 começa a ser sentido de forma sutil no ar. É bom lembrar que no fim todo morreram, quem teve a ideia e quem a implementou. Espero que esse cenário macabro não se repita, e quando a fome se apresentar para a população não nos mandem comer brioches. Então, fiquem de prontidão para o pior. Mas ainda assim que todos vivam e mantenham a esperança. Quando colocaram essa turma no poder novamente era previsível obter o resultado que temos hoje. Portanto, Reme! E sinta o gemido das tábuas do convés que te sustenta, lá fora a imensidão está querendo te engolir para que você seja apenas mais uma estatística de fracasso nesse agora aviltante que nos circunda com ferocidade. Como em Romanos 8:31: “Se Deus é por nós, quem será contra nós”. Feliz ano de 2025!




Gerson Ferreira Filho.



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