segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Ambiguidade.

 

                                                             Image by Micha from Pixabay.





Ambiguidade.



Vamos assim abordar a liturgia das incertezas pois é isso o que temos como realidade. Ser e não ser se tornou uma característica desses novos tempos onde a crueldade cultural se instalou no imaginário popular e acadêmico. Se quiser realmente entender um pouco desse agora leia os grandes autores do surrealismo literário, aqueles que se aprofundam no cenário distópico embriagante das conjecturas flexionadas em plena insensatez literária para que assim tenha uma amostra por mais incrível que possa parecer da nossa realidade desse nosso agora. Nesse momento multifacetado e recambiável estruturalmente do nosso cotidiano vulgar, de densidade oblíqua e de conteúdo peculiar. Aqui você vai encontrar a arrogância dos idiotas lastreados em estultices ideológicas que se arvoram com luminares de uma nova era de obscenidades rasteiras como se fosse a fina flor de um avanço social que apenas retrocede em qualidade mas alimenta o ego dos degenerados. O conteúdo adstrito em e de raciocínios da periferia da razão se alimentam desse “néctar” de obscenidades somente plausíveis para a carência de intelectualidade de análise do contexto em relação a diferenciação aos que realmente tem valor. A estupidez se retroalimenta dentro do seu estoque de certezas absolutas. Na perversidade desse contexto coabitam as mais controversas indulgências com o erro, afinal, a irracionalidade lambe suas feridas abjetas para saciar seu apetite com o resíduo de si mesmo. Sim, essa gente passa e te olha com aquele olhar superior de quem presume ter a nobreza dentro de si, assim como o Napoleão de hospício aborda seus semelhantes e companheiros de internação. Se torna urgente um conceito aplicado de comiseração ativa para lidar com essa gente, a piedade com os loucos faz parte de um espírito que se compadece dos seus iguais, mas não espere isso deles, este sentimento está fora do alcance da realidade dos miseráveis de espírito. Deixe-os mergulhados na gordura das convicções que possuem, não há muito o que fazer a não ser contenção de danos até que a luz apareça para essas almas atormentadas. A furtividade deve ser a nossa principal ferramenta de contato onde a estupidez se tornou abrangente a ponto de se tornar lei. Se são ambíguos que também sejamos mas temos de ter algo que hoje se torna inalcançável para eles, um conceito de Napoleon Hill, Atitude Mental Positiva. Uma técnica comportamental de largo espectro na estrutura mental e que transforma a realidade. Uma das características básicas do idiota é se achar mais inteligente do que os outros, eles possuem uma arrogância natural, aquele ar de sapiência marcante no perfil comportamental lastreado por inúmeros títulos universitários de uma época decadente do ensino e assim partem para invalidar qualquer opinião que não se alinhe com os seus valores particulares. Se não há diversidade de temas, não há o refino de conceitos e comportamentos. Ao se recusarem a avaliar o contraditório criam uma prisão mental incapacitante que os mantém na estagnação circunscrita ao perímetro da própria bolha de sobrevivência. Assim se comportam e vivem grande parte de nossas autoridades hoje e boa parte dos que os apoiam sem gerar nenhuma crítica. Vamos ver o que existe além do horizonte de eventos que essa turma desconhece: “O dia que você conhecer a AMP atitude mental positiva por si será o dia em que conhecerá a pessoa mais importante do mundo! Quem é ela? Ora essa, a pessoa mais importante do mundo é você, no que diz respeito a você e sua vida. Dê uma olhada em si mesmo”. Abandone essa ambiguidade danosa e seja completamente você e de forma positiva. Napoleon Hill continua na sua abordagem do tema: “Atitude mental positiva é a atitude mental correta. Qual é a atitude mental correta? Geralmente , é composta pelas características “boas”, simbolizadas por palavra como fé, integridade, esperança, otimismo, coragem, iniciativa, generosidade, tolerância, tato, amabilidade e bom senso”. Já perceberam os ambíguos simulacros humanos que governam o pais hoje não possuem essas qualidades? Se possuíssem não seriam o que são, seres amargurados, maldosos, presos em sua rotina estabelecida por critérios perversos, que os consomem em tributo ao poder conquistado indevidamente. O preço de pertencer ao mal não frequenta a galeria das promoções, ele tem um teor de presença pesado e denso como custo do seu serviço. Eles trabalham essa convivência pesada aplicando aspereza bruta na relação com seus semelhantes, a arrogância serve de escudo protetor para ocultar as fraquezas inerentes da desqualificação pessoal que possuem. Quem possui mais experiência de vida sabe, todo incompetente tem comportamento ditatorial e com isso afasta qualquer curioso de suas particularidades e fragilidades. Proteger-se a si e ao seu grupo de influência e seus serviçais diretos cria o perímetro de segurança contra a verdade. Quem tem qualificação e qualidade na sua área geralmente é amável e amigável na convivência com seus semelhantes, mesmo sendo particularmente muito superior no intelecto a todos os que o circundam. A agressividade é um mecanismo natural de defesa, quem vive acuado nas suas fragilidades se torna feroz na aparência.




Vamos então a umas dicas de Napoleon Hill: “A grandeza vem para aqueles que desenvolvem um desejo ardente de atingir metas elevadas. O sucesso é atingido e mantido por aqueles que tentam e seguem tentando com AMP. Para se tornar um realizador perito em qualquer atividade humana, é preciso prática, prática e mais prática. Esforço e trabalho podem se tornar divertidos quando você estabelece metas desejáveis e específicas. Em cada adversidade existe uma semente de benefício igual ou maior para aqueles que são motivados por AMP a se tornarem realizadores. O maior poder do homem reside no poder da prece”. Liberte-se da estupidez abrangente dos nossos tempos, criando sua cápsula de sobrevivência metal com bons valores, e apesar da baderna que não se constrange de marcar presença no seu entorno, o seu precioso baú de conceitos estará seguro fora do alcance dessa gente vulgar e deletéria. A insalubridade política nos envolveu, e ninguém nesse meio atual merece confiança, entenda isso e escape do rebanho onde querem lhe colocar. A não ser que no seu masoquismo peculiar você aprecie ser dominado e tratado como objeto. Não vou discutir preferências e taras particulares, isto tem relação com psicologia e psiquiatria. Uma área especifica para tratamento de distúrbios peculiares da alma humana, só não obrigue seus semelhantes a gostar do que você gosta. Cada um se coça e descasca suas perebas dentro da sua jaula metal e do do seu jeito.



Gerson Ferreira Filho.





Citação:



Atitude mental positiva. Napoleon Hill. Citadel Grupo Editorial.


A maioria dessas crônicas estão em áudio no meu canal do Telegram. Que se chama também Entretanto e pode ser acessado no link abaixo. Uma abordagem mais personalizada do texto na voz do autor.

https://t.me/gersonsilvafilho



A seguir os livros e os links para comprá-los  na Editora Delicatta.

https://editoradelicatta.com.br/


Lançamento em breve:






quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

O exercício da hipótese.

 

                                                     Image by Niki Dinov from Pixabay.




O exercício da hipótese.



Bom, nesses tempos controversos onde a insanidade se envergonha de ser hoje plausível e aceita como normal, caminhamos para mergulhar profundamente em circunstâncias abjetas com se fosse um paradisíaca praia tropical. Não há mais sentido jurídico e tradição, apenas ações políticas de interesse de grupos de poder. Nesse intervalo de tempo exótico você pode ser condenado apenas por pensar, exercer sua capacidade mental de criação de cenários. Se o fizer, fique com esse raciocínio apenas para si, ou corre um sério risco de acabar na cadeia por subversão. A distopia vai se consolidando aceleradamente, e com a ajuda dos colaboradores ocasionais conforme rotina. O Status dos poderosos segue preservado com o empenho dos que se dizem oposição, com sutilezas distribuídas nas bandejas classudas no Senado e se preserva o modo operacional do comando da casa, trocando seis por meia dúzia, para conseguir essa facilidade se promete migalhas que em tempo justo serão neutralizadas se ousarem ser impertinentes, mas comissões devem render alguma coisa para políticos e partidos, no trato financeiro, se é que me entendem, e tudo se ajusta com sempre, o povo que se dane. Esse mesmo povo se submete prazerosamente ao jogo, ao trâmite da imoralidade porque essa é a sua natureza, ser povo, ser idiota. Se a liderança ordenou que se cumpra, não importa o tamanho do disparate porque de submissão e idolatria se compõe a massa. Eu sei, minhas palavras causam desconforto evidente no populacho principalmente mas fico nesse caso com Santo Tomás de Aquino citado por Chesterton: “Não é bom dizer a um ateu que ele é ateu; ou acusar a quem nega a imortalidade com a infâmia de negá-la; ou imaginar que alguém pode forçar um oponente a admitir que esteja errado, provando que ele está errado com base em princípios alheios, que não são os seus próprios”. Mais adiante ele esclarece também que esse diálogo tem de ser feito nos argumentos deles, usar o que ele tem dentro de si contra sua própria estrutura e desestabilizá-lo. A argumentação tem de usar o padrão estabelecido dentro da alma de quem não se ajusta para ter chance de semear a dúvida. O confronto simples de mundos pode ser muito contraproducente nesses termos agressivos. Utilize a técnica da água a infiltração, e alcance o interior corrompido e lá coloque a semente de um novo termo, de uma nova realidade para que se estabeleça a verdade. O universo na sua estrutura ontológica foi plissado na sua margem mais extrema para evitar sobressaltos inesperados, acredite, a flutuação de parâmetros é esperada e consentida para que tenhamos evolução sempre, nada permanece, tudo muda, se completa, se rearranja em novos padrões e prossegue sua infinita jornada no cosmos numa viagem sem fim. E se a mudança é o propósito como certa vez esclareceu Heráclito, nessa mudança estabeleceremos a certeza da frutificação da semeadura. No fim nossa tarefa está em preencher vazios existenciais, ocupar o vácuo que ainda está presente na inconsciência de muitos, para que assim despertem para uma nova realidade positiva, produtiva e que não mais se disponibilize de forma fácil para os trapaceiros. Enxerguem e ocupem espaços na mente baldia onde interesses escusos se fortalecem como erva daninha abrangente na plena ociosidade do intelecto popular. Não há descaso do Criador e Chesterton cita mais uma vez Santo Tomás: “Santo Tomás considera que as almas de todas as pessoas trabalhadoras e simples são tão importantes quanto almas dos pensadores e buscadores da verdade; e ele pergunta como todas essas pessoas teriam a possibilidade de encontrar tempo para a extensão do raciocínio que seria necessário para encontrar a verdade”. Nossa jornada infinita se compõe de adquirir experiência e repassá-la. Exercite hipóteses, faça o reprocesso do ensaio, provoque as mais diversas combinações aleatórias até que o padrão exato aconteça para uma realidade correta. Por que eu escrevo? Exatamente por isso, quem me acompanha sabe os meus termos, eu distribuo o que eu tenho para que ocasionalmente essas palavras encontrem terra fértil para gerar dúvida e frutificar. Mesmo na hostilidade de um mundo completamente corrompido por materialidade improdutiva e já na sua origem com prazo de validade vencida. Esse texto deve ser o primeiro do sétimo livro - se estiver vivo até lá - pois estou para lançar o sexto agora, com a mesma abordagem, dar espaço para cultura e uma forma diferente de pensar, uma forma que foi sonegada pelos intelectuais de botequim da nossa época, existe hoje uma perceptível arrogância no ar expelida por uma sociedade onde os prazeres e a irresponsabilidade são preponderantes. Os arautos do materialismo vulgar foram muito efetivos em semear a loucura e o despropósito na sociedade, e com isso produziu o que vemos hoje, um lugar onde as pessoas não conseguem mais se definir se são machos ou fêmeas, que abrem mão de direitos naturais por políticas coletivistas, profissionais que aplicam tempo de vida em academias para no final, depois de formados, desrespeitarem as normas básicas de sua profissão, ou seja, virou bagunça. E mesmo assim, não há constrangimentos, ou ao menos um leve rubor na face por ser criativo, mesmo que essa criatividade ofenda o sentido correto da ação.



Eu aqui na minha particular insignificância vou apresentando minha contribuição cultural. Se algum dia terei reconhecimento ou serei premiado pela ação cultural literária não sei, talvez alguma homenagem póstuma apareça fortuitamente no futuro incentivada pelos poucos amigos de existência, ou não. Meu modo de escrever meio desconfortável e exótico talvez incomode, ainda mais em tempos onde grassa, se alastra o perfil ideológico de uma vertente exclusivista que assola as academias literárias e de cultura. Não há espaço para diversificação. Portanto, não alimento esperanças nessa área, digamos que, o que escrevo seja extremamente desconfortável para essa turma dos flatos coloridos. Mas a persistência é uma característica pessoal, então amigos e inimigos, estarei com vocês enquanto Deus permitir e esse mundo não colapsar completamente em meio a tanta insanidade e perversão. Em breve o livro Detalhes do dia, o sexto da espécie, aproveite e viaje nessas abordagens diferenciadas da realidade. Cada um, cada crônica com sua textura própria e densidade, dentro de seus específicos temas e propósitos, neles procuro propiciar uma viagem diferenciada no universo do conhecimento ao expor autores que jamais entraram na grade de ensino atual.



Gerson Ferreira Filho.



Citação:


Santo Tomás de Aquino. G.K. Chesterton. Ecclesiae Editora.



A maioria dessas crônicas estão em áudio no meu canal do Telegram. Que se chama também Entretanto e pode ser acessado no link abaixo. Uma abordagem mais personalizada do texto na voz do autor.

https://t.me/gersonsilvafilho


A seguir os livros e os links para comprá-los  na Editora Delicatta.

https://editoradelicatta.com.br/

Lançamento em breve:









domingo, 9 de fevereiro de 2025

Presepadas circunstâncias e carnaval.

 

                                                           Image by Lisa Yount from Pixabay.




Presepadas circunstâncias e carnaval.



Então companheiros, aqui nesse canto de mundo escaldante onde o sol não se acanha de fritar corpos sem a mínima cerimônia e com um mormaço devastador como aliado nós também temos outros percalços nesse solo esquecido por Deus. Mas entendam, somete um lugar assim seria capaz de produzir uma oligarquia tão imoral e insensível como a nossa, toda metodologia dessa gente, todo plano sempre tem um único objetivo, privilégios pessoais para si e os seus, todo restante que se dane. Aqui, até aquele que foi doutrinado e criado na mais pura nata socialista, onde o proletariado tem o direito de se assanhar, bebe vinhos premiados com banqueiros e os favorece sempre com ações que lhes proporcionam uma lucratividade gigantesca, e enquanto isso o povo come pé de galinha. E o interessante, toda aquela massa sindical que o acompanha e que deveria representar a força de trabalho não vê isso, e até protege o procedimento. Não vê ou apenas se contenta com as migalhas que caem da mesa do banquete do seu representante maior. Na verdade o sindicalismo brasileiro e a nossa envernizada oligarquia conseguiram transformar em concreto um conceito filosófico, o niilismo, aqui, para o povo o nada se materializou. Virou realidade palpável onde todos se encontram com essa certeza presente de forma concreta hoje no seu depauperado cotidiano. Muitas vezes o absurdo se apresenta em sociedades que não conseguem gerir o desespero de forma saudável o decompondo em frações de ocorrências anômalas e assim acabam se entregando a o cenário vicioso se ajustando a ele por sobrevivência. E assim, mergulhados nessa indiferença preponderante negam a verdade, negam a moral negam o propósito existencial de si mesmo. Construindo para si e em torno de si uma sociedade indefinida onde o que vier é sempre aceito sem questionamento pois a regra é absorver o que vier pela frente. Essa peculiar indiferença geralmente custa muito caro para o conjunto social. Mas afinal, o que seria a verdade nesse mundo distorcido hoje sem padrões aceitáveis de convivência onde tudo se manipula e se adapta de acordo com conveniências ocasionais para deleite de pervertidos e proxenetas dos áulicos processos palacianos de uma deturpada razão. Bem definiu Dostoiévski eu seu Memórias do subsolo: “Mas o homem é a tal ponto afeiçoado ao seu sistema e à dedução abstrata que está pronto a deturpar intencionalmente a verdade, a descrer de seus olhos e seus ouvidos apenas para justificar a sua lógica”. Então, desse conteúdo abjeto de propósitos do inferno agora temos a apresentação de um novo sistema político de governança, o semipresidencialismo, se não me engano tem alguns anos houve um plebiscito onde o povo escolheu o presidencialismo como forma de governo, mas aqui a lei não importa mais. Fica mais confortável para nossa elite oligárquica e sindical ter um primeiro ministro que tem o real poder e para ser retirado do cargo por um voto de desconfiança do parlamento. Sabe quando um primeiro ministro escolhido a dedo pelo sistema vai receber esse voto de desconfiança? Nunca! Basta analisar o perfil político dos membros do Congresso, quem que vocês acreditam que essa gente vai escolher? Até na Europa, primeiro mundo, primeiros ministros ficam quase eternamente no cargo. A Alemanha é um típico exemplo com a Merkel, e tem outros também nessa lista. Eles chegam a quase destruir economicamente países e não caem, não são retirados do poder, porque afinal, nunca há consenso para que sejam retirados, ou seja é uma forma de governo contra o povo, impopular, mesmo que o povo desse lugares estejam satisfeitos, pois elimina o revezamento no poder. Um primeiro ministro com alguns agrados circunstanciais no parlamento se mantém no poder eternamente. É isso que o povo daqui quer? Alguém consultou o povo? Ter o mesmo indivíduo por quinze anos ou mais no comando do país? Nossos olhos e nossos ouvidos percebem a manobra, ao menos os que ainda raciocinam percebem, então, vamos embarcar nessa armadinha elitista de poder? A política é assim, um jogo de traições e ilusão, uma pescaria, uma disputa feroz para ver quem vence e se convence a não engolir a isca, pois uma vez que se aceita a conversa fiada o engodo o destino está traçado. Como no romance O Velho e o Mar de Ernest Hemingway: “Para fisgá-lo. Eu o traí. Sua vontade era permanecer nas águas profundas, longe dos anzóis, longe dos traidores. E eis que decidi procurá-lo lá embaixo, na sua casa, a mais de duzentos metros de profundidade”. A política é assim, esse jogo onde você sempre perde, te oferecem uma atrativa isca e depois te capturam. O peixe talvez vire uma moqueca, ou seja frito para uma refeição, você será colocado num aquário conveniente, controlado para alguma oportunidade vindoura onde será usado para algum propósito onde você talvez colha alguma migalha, um resíduo do banquete dos privilegiados da elite. Ou será apenas um ornamento para exibição de poder político por quem lhe capturou. Temos hoje no país dois aquários cheios desse tipo de peixe, eles são agressivos e atacam quem não se comporta como eles, submissos dentro de um confinamento e prontos para qualquer uso, sensorialmente são objetos políticos e assim se colocam disponíveis para ser o protagonista em algum sacrifício no altar político.



Este comportamento de objeto é danoso em vários níveis psicológicos, a perda da capacidade individual de avaliação da realidade pode trazer sérios problemas psicológicos e de interação social abrangente. Essa é a circunstância disponível, delineada para atender aquela indiferença supracitada. Ao niilista pertence o vazio absoluto e para preencher esse nada existencial existe algo bem barulhento e espalhafatoso, onde as forças sensoriais dos hormônios serão plenamente excitadas para o máximo desempenho. Chamam de carnaval. Uma festa popular onde o frenesi envolvente de corpos suados em calor escaldante e batizados com muito álcool suprime ainda mais a sensibilidade qualitativa dando espaço apenas para os assuntos da carne. No passado, já foi brincadeira festiva e com ares de palhaçada inocente, mas hoje se transformou quase totalmente em orgia. Já foi pão e circo, hoje carnaval e shows musicais com alto teor sexual, porque quem já se posicionou nessa frequência vibratória só vê isso, já jogou ração numa lagoa cheia de peixes? É assim o novo perfil que agita as águas da realidade. Enquanto a turma se diverte os planos da elite prosseguem, as políticas de domínio são aperfeiçoadas em Resort luxuoso ou em ilhas particulares com iates enormes e cinematográficos, tudo conquistado com a domesticação da população e com discursos demagógicos e ambíguos. Já pagou seus impostos? Antes de irem para a farra anual pague, a elite quer sua parcela de submissão em forma de boletos quitados, afinal, qualidade de vida custa bem caro. Não decepcionem seus proprietários hein?



Gerson Ferreira Filho.




Citações:



Memórias do Subsolo Fiódor Dostoievski. Editora 34.


O velho e o mar. Ernest Hemingway Editora Bertrand Brasil.


A maioria dessas crônicas estão em áudio no meu canal do Telegram. Que se chama também Entretanto e pode ser acessado no link abaixo. Uma abordagem mais personalizada do texto na voz do autor.

https://t.me/gersonsilvafilho


A seguir os livros e os links para comprá-los  na Editora Delicatta.

https://editoradelicatta.com.br/








segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Destino: distopia.

 

                                                           Image by gt39 from Pixabay.




Destino: distopia.



Então turma! Aqui estamos nesse palco, vestidos de palhaço e aguardando a próxima estupidez nesse ambiente composto por trabalho em grupo, onde Franz Kafka e George Orwell escreveram o roteiro e Salvador Dalí criou a ilustração. Não há nenhuma coerência ou correlação sustentável nas ações epistêmicas da estrutura, entenda o que bem quiser. A razão aqui não reflete a lógica nem sequer a simula de forma consequente e profícua. Não há laços longitudinais ou perpendiculares com a estrutura da boa conduta, a coisa vai acontecendo e se instalando conforme a flatulência impertinente do dia. Talvez paire no ar algum odor desagradável, mas nada que impeça a improbidade do momento, afinal na decomposição social atual regredimos a pura selvageria das brigas tribais e essas são encaradas como apenas fatos circunstanciais de uma época rebelde e assim não recebem o tratamento indicado para por um fim ao perfil selvagem moderno, aquele que empala semelhantes sem a menor cerimônia. Onde estão as autoridades da lei? Ora! Ocupadas supostamente criando um mundo melhor, recivilizando o vocabulário e administrando o país. Invadir competências nesse mundo se tornou trivial, algo sustentado na mais pura filosofia de uma noite no lupanar entre moçoilas e rapazotes disponíveis para agrado peculiar dos nossos sábios ungidos. Apenas uma certeza existe na nossa realidade hoje: amanhã será pior do que o agora e do que foi ontem. A instrumentalização de toda e qualquer instituição de controle garante o plano e sua integral aplicação, pensem; o absurdo apenas se impõe porque não há mais parâmetro comparativo de costumes, E sem base de sustentação a ignominia domina completamente a estrutura desse plano existencial que nos envolve. Dentro desse contexto estamos prototipados para parecermos como o original, porém nossa humanidade já ficou largada pelo caminho como algo indesejável ou chutado do caminhão de mudanças como um cachorro indesejável no novo endereço. Se ao menos você considerou alguma vez que o progressismo é algo viável, então, você já foi copiado e recebeu a programação inerente a um perfil de submissão e vassalagem ideal para os novos tempos. Aqui e agora o “conservador” luta apenas pela manutenção de seus privilégios e os da sua família, Funciona como uma esquete onde enganar é o mote principal e a escada é o povo. Afinal, no jogo teatral de ilusões não sobrou nada para confiar e aquele que se acreditava ser o receptáculo das esperanças cuida apenas de si. Na caça aos demiurgos modernos apenas se consegue encontrar a trapaça, não há mais, se é que houve algum dia sinceridade no mundo político. E assim, se você deseja ser um otário oficial e certificado, se alie profissionalmente a um político, você será útil até quando ele precisar entregar o seu rabo para o sacrifício. Tudo pela causa companheiro! Para alcançar o mundo melhor o altar de sacrifícios exige sangue. Entre juízes que administram o país e opositores que dormem com a situação acredito que estamos nas cercanias do inferno. E não serão os prolegômenos estereotipados dessa circunstância maligna com odor progressista de virilhas gordurosas da semântica de aluguel onde guardam o impropério que me convencerão ser normal o que hoje acontece. Nasci para ser desconfortável, fui retirado a fórceps para estar nesse mundo, então, me suportem mais um pouco vim parar aqui justamente para flutuar na aba da percepção baldia, ser aquela enxaqueca ótica onde se encontra o espelho fragmentado da realidade apenas para mostrar que algo no cenário está absolutamente errado e se você não perceber a tempo vai te engolir. Queiram me perdoar a saliência textual, mas me oculto na parcimônia do tempo entre suas reentrâncias cósmicas para ser o parafuso que jogam na máquina para provocar o travamento operacional do ciclo. Eu aprecio lubrificar a ocasião com redundâncias e anacolutos perturbando metonimicamente a sintaxe. Este perfil desconfortável e desafiador sempre caminhou comigo, lamento expô-los a minha sádica performance original de ser, mas nesse contexto louco é o que sobra como arma para o enfrentamento de tanta estultice pedante e submissa ao teor arrogante da ignorância. Prefiro ser evasivo em certas ocasiões, mas o teor de infâmia está se superando a cada dia e há necessidade de dose extra de sarcasmo hostil na textura desse tempo. Calma gente, antes que vocês tenham uma displasia cognitiva entendam, o jogo se tornou bruto e não devo e não posso ser disponível para atual insanidade, já me excedi muito nesse quesito agora em prefiro provocar a loucura nos figurantes dessa peça bufa de conteúdo pornográfico que nos ofereceram. Porque temos um governo que vai cobrar imposto de vendedor ambulante de picolé, quer algo mais louco, imbecil e imoral que isso? Opinião própria vai ser proibido, apenas a versão oficial produzida por mascates governamentais vai circular. Criminosos não poderão mais ser chamados de criminosos, e assédio sexual a crianças será suavizado para um distúrbio comportamental quase inofensivo. E vocês consideram que o louco sou eu?



No prosseguimento desse rápido exórdio das circunstâncias eu me sinto como um Gregor Samsa de Kafka perturbado com as exigências de uma sociedade onde é preciso ser uma barata para sobreviver. Apenas assim para gerar aceitação de tudo que acontece hoje. Eu particularmente me recuso a isso, mas há quem goste e se prontifique a ser um inseto. Ou um Leitão Bola de neve que facilitou o evento na Revolução dos bichos foi traído e levou a culpa de tudo de errado, o idiota útil de Orwell. Sempre tem muitos Bola de neve em revoluções populares e populistas. Ansiosos por protagonismo e cegos para a realidade. Estamos todos nós flutuando nesse caldeirão totalitário que foi colocado no fogo, E neste livro, A revolução dos bichos de George Orwell que aborda como ditaduras se comportam e se instalam existe um posfácio com uma observação interessante: “Essas pessoas não veem que, quando se endossam métodos totalitários, pode chegar o momento em que deixarão de ser usados a favor para se voltarem contra o indivíduo”. Hoje no nosso país se vê muita gente prestando apoio descompromissado ou não para um regime totalitário que se instala, Da mídia, da intelectualidade, da cultura e do empresariado. Sem nenhum interesse em resolver a anomalia, talvez quando ela, essa anomalia quiser engoli-los também, acordem para o problema. Regimes assim são insaciáveis nunca param de ter fome e em algum momento os aliados de primeira hora ou apenas indiferentes que colaboraram serão devorados também. Está na natureza do poder absoluto, se impor pela força e ignorar qualquer sentimento de gratidão para ações do passado. Não tem nada melhor do que a democracia moderna, equilíbrio entre poderes, onde cada um cuida dos seus afazeres e obrigações não invadindo competências alheias. Valorizando o justo processo legal, com a defesa ampla e irrestrita das garantias dentro das instância possíveis até seu esgotamento de praxe. Sem firulas, sem acordos sem trapaças. Bom amigos, apenas nos resta curtir essa distopia que se materializou na nossa realidade, e ter conhecimento que isso não vai acabar bem, em algum momento um colapso lógico vai acontecer e tudo desmoronará levando sonhos e projetos pessoais. Neste circo, eu procuro trabalhar com desmascaramento, tento mostrar o cálice de equívocos que nos servem, mas é preciso boa vontade pessoal para entender.



Gerson Ferreira Filho.


Citação:


A revolução dos bichos. George Orwell Companhia das Letras.  


A maioria dessas crônicas estão em áudio no meu canal do Telegram. Que se chama também Entretanto e pode ser acessado no link abaixo. Uma abordagem mais personalizada do texto na voz do autor.

https://t.me/gersonsilvafilho


A seguir os livros e os links para comprá-los  na Editora Delicatta. 

https://editoradelicatta.com.br/