segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Contemporâneos 8.





Sexto sentido.

Gemido gutural, urbano;

Exaurido entre vias expressas.

Onde dispersas agonias

Lamentam na base deste retrato.


Cenário duro decorado

Com a rigidez dos olhares omissos,

Submissos a indiferença opaca

Dos transeuntes frios

Da cinza cidade.


Não se vê o que se olha.

Não se escuta os brados pardos,

Bardos já não existem mais?

Sobrevive apenas o colóquio

Insipiente da última hora.


O contemporâneo roto

E o depauperado pensar; pesam,

Importunando almas vazias.

Onde ideólogos cozinham demagogias,

O novo engabelo do povo.


Gerson F. Filho.



Um comentário:

  1. Viver num caos de cimentos, tijolos, pessoas que são quase sombras...E quando anoitece não conseguir ver as estrelas, só o cheiro da noite, onde os homens fazem ou descumprem leis.
    Parabéns pelo blog.
    Nadilce Beatriz.

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