sexta-feira, 13 de maio de 2011

Réquiem.




Trôpega pétala,

Com seu instar decadente,

Oscila sem ver

O seu fim tão iminente.


Persiste com o ato falho,

Faz da carícia do eco

A sede única,

A ser saciada pelo orvalho.


A brisa já lhe maltrata.

O sol come sua face,

E ainda assim não sabe

Que o tempo é um cálice.


Onde todos os abismos moram

E transbordam.

Transformando a alegoria,

Nas certezas plácidas.


Não haverá amanhã

Para tua textura tênue.

À hora está no passado,

Existis-te não haverá depois.


Gerson F. Filho.


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