domingo, 21 de agosto de 2022

Futuro do pretérito.

 

                                              Imagem de Jhenning por PixaBay. 



 Futuro do pretérito.



Entenda bem, aprendiz, teria existido um tempo onde acomodado nesse intervalo existencial ocorreu o florescer da liberdade individual. Nessa lacuna teríamos, imagine você, o direito de cultivar os próprios desejos a próprias vontades, os sonhos mais pessoais seriam realizáveis de acordo com nosso esforço e dedicação ao dia do amanhã. Foi um período dinâmico, fértil e muito produtivo. Nossas principais conquistas, alicerçadas na acumulação de conhecimento de gerações anteriores foram fenomenais, bons tempos aqueles. A vaidade e o orgulho causaram um entorpecimento tenaz nas entranhas da consciência e repentinamente nos vimos como deuses. Não mais o mundo material estaria ao nosso dispor para manipulação mas também qualquer conceito natural. O poder da vontade, do desejo regularia toda existência, ora, somos deuses, e portanto, nada escapa do nosso poder.


Teria sido possível escapar dessa ilusão se o encanto sedutor da alma participativa não tivesse eliminado o equilíbrio necessário ao lutar de forma feroz contra alguns detalhes da fórmula que geram o equilíbrio, e embora até desagradáveis, mas absolutamente necessários para o equilíbrio do conjunto, o egoísmo e a individualidade. A cadeia de acontecimentos que foi proveniente da extração desse e de mais alguns outros tantos componentes dessa fórmula natural que se mostrou certa vez um absoluto sucesso possibilitou este mundo onde estamos. Neste ponto do futuro onde estamos, não é mais possível discordar, contestar, decidir, ou até mesmo intuir algo que não esteja no receituário governamental, aprovado pela seleta elite que nos comanda e decide tudo a nosso respeito. Existiu um antigo escritor, aprendiz, chamado Aldous Huxley que precisou de muita Mescalina para imaginar um mundo assim.


Apenas nos devaneios psicodélicos nas viagens caleidoscópicas dos neurônios intoxicados com alucinógenos poderia ser criado o mundo no qual vivemos atualmente, mas aqui estamos. Hoje obedecemos a um “deus” fantasiado com um personagem de filmes antigos de ficção científica e com cara de cachorro cagando na chuva. Uns dizem que ele herdou de seu avô, o precursor dessa política que nos envolve. E ainda temos os descendentes das famílias seletas e especiais que se revezam através dos tempos no apoio ao comando e gerenciamento do sistema. Eu sei aprendiz, você me considera louco, pois não há mais aqui nesse tempo nenhuma fonte possível de pesquisa para avalizar minhas palavras, tudo foi eliminado, apagado, a literatura hoje nesse seu tempo foi produzida por quem os domina. Este chip inserido no seu corpo o lê permanentemente, cuida e decide tudo a respeito sua vida. Este “cereal” com sabor churrasco que você come é feito com insetos processados e com sabor adicionado para se tornar consumível.


A água que você bebe é totalmente processada dos seus próprios excrementos, afinal, temos que proteger o planeta. Este sacrossanto lugar que nos abriga e hoje é cultuado como divindade. Ah! Me esqueci de citar, existiu também religião. Eu sei você nunca ouviu falar de Deus, Jesus ou qualquer outra forma de culto a não ser o culto estatal, a mãe terra. Tenho uma novidade para você; em breve arrancarão corações humanos no altar em louvor ao novo deus escolhido, claro, servirá também para eliminar parte dessa sociedade inútil, que morrerá pensando ir para um suposto paraíso simplesmente por ser objeto de sacrifício. Aprendiz, pode ser você, que legal, não? Eu não estou aqui, eu estou na sua cabeça, como o eco de um passado distante, uma falha no sistema só para te dizer que teríamos um futuro diferente se no pretérito homens de valor tivessem existido e combatido a insanidade. A liberdade que você não conheceu foi perdida na pusilanimidade de quem teve o real poder e se deixou levar possivelmente por valores sedutores naquele momento.


O que posso lhe garantir aprendiz, eu não teria viajado desse passado. Se estou agora falando contigo neste momento é porque a humanidade se reconstruiu, e se conheço o passado real a informação não foi perdida, Seu período de tempo foi conhecido como a época da insanidade. Ela entrou em colapso, se inviabilizou na própria arrogância dos seus desejos e perversões. Pensar que a tudo controla pode ser o princípio da ruína e assim foi. Este sistema teria se consolidado se realmente nada mais existisse além da consciência humana. A semente que lhe entrego agora produzirá, se multiplicará e nos campos do verdadeiro Senhor a colheita será abundante.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992.


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