domingo, 6 de abril de 2025

Passividade limitante.

 

                                                     Image by Septimu Balica from Pixabay.






Passividade limitante.



Bom amigos que me acompanham, já tem um tempinho que não falo diretamente de política e estabeleço correlações com a situação onde estamos mergulhados, cheios de boçalidades institucionais, comportamentais, ideológicas e de assimilação pacífica do inaceitável. Alguns se questionam: onde vamos parar? Ora, no desastre certo e inevitável e ele chagará do tamanho da ignorância coletiva que possuímos. Neste Domingo de início de Abril de 2025, temos apenas brumas forrando a interpretação dos fatos que chegam a nós. E por isso a referência a data, precisamos de um registro histórico para a posteridade de todo descalabro que possuímos nessa realidade corrompida. Não se trata de capricho ou esmero mas necessidade. Estamos numa sociedade empobrecida culturalmente de forma proposital, e de acordo com testemunhos de nobres professores que na sua abnegação particular prosseguem tentando ensinar nos apresentam um cenário desalentador para o futuro. Aqueles que serão o futuro conseguem ser piores do que os que hoje carregam o país. A coisa só piora, e se não há exercício cognitivo da massa, essa desaprende e regride no seu grau de percepção e inteligência. O que me leva a tentar criar alternativas, opções de caminhos diversificados escrevendo e publicando livros onde há cultura de qualidade em doses regulares e diferenciadas de temas para os que lerem meu trabalho aprendam um pouco de verdadeira cultura e de autores realmente qualificados. E não o angu encaroçado ideologicamente servido de forma regular para os poucos que ainda possuem a capacidade de ler. Porque ler, e entender está ficando muito raro hoje, e isso inclui gente com formação, que estudou, hipoteticamente. Com um coeficiente de inteligência regredindo através do tempo por ociosidade intelectual, cérebros se atrofiam e estabelecem um padrão básico operacional de sobrevivência, não há mais refinamento e estilo no cotidiano, vive-se por alimento e prazer apenas. Nossa sociedade hoje está pronta para ser completamente dominada sem questionamentos e manipulada conforme os interesses de uma elite não necessariamente inteligente, mas poderosa no que conseguiu alcançar em termos de controle, principalmente dos órgãos de segurança. Não há ditadura sem fidelidade de quem possui armas, ou seria deposto imediatamente, no fim, tudo depende desse segmento social, dos que possuem armas. E como a cognição geral está seriamente comprometida, não falta mão de obra para essas instituições, onde a ordem tem de ser cumprida, não interessa o quanto absurda ela possa ser. E o povo? Bom, esse povo prejudicado cognitivamente está quase e apenas possuindo instintos. Musica degradante e sem criatividade estrutural poética, sexualização exacerbada, álcool e drogas para aliviar o estresse do dia a dia e procurar um político espertalhão e salafrário para prestar culto. Pois alguém tem de comandar a boiada, inevitável! E embriagados por discursos e prepostas falsas assumem um perfil político que interessa apenas ao condutor do grupo, que eventualmente sacrificará parte desse grupo por favorecimento a interesses particulares, afinal, a organização precisa se nutrir de idiotas sempre, e se você se apresenta ao serviço deles, estará marcado como propriedade política de algum espertalhão sem nenhuma ética ou piedade. E se você pertence a ele, dane-se suas prioridades individuais. Este perfil humano com o qual convivo por décadas desde a juventude é abrangente, nas empresas, sindicatos sob controle ideológico doutrinam a força de trabalho ensinando o erro sistemático por décadas, não se trata apenas de doutrinação nas escolas e universidades, mas também no trabalho, se trata de um planejamento criterioso de semeadura da ignorância, criando assim pessoas vazias e que acreditam e utopias geradas por estúpidos. Isto cria raízes e limita muito o percentual de QI coletivo de uma sociedade. O interessante é que a massa não percebe isso, e leva a vida normalmente dentro de parâmetros completamente distorcidos onde absurdos são implementados sem que haja nenhuma reação da sociedade e até alguns setores apoiem abominações políticas e comportamentais de bom grado com se fosse uma evolução positiva, um avanço social quando na realidade é um retrocesso civilizacional sem tamanho, brutal. Se não me engano Olavo de carvalho citou certa vez que a inteligência quando se perde não se nota essa perda, óbvio. Os atributos de qualidade real da sociedade foram quase que totalmente banidos para a instalação de valores deformados criados e alimentados por “ungidos” na atmosfera decrépita de seus sonhos pessoais de perversão social estabelecidos também por anos de mergulho no erro de conceitos equivocados. Entendam, o erro impregnado gera a sistematização da produção do erro futuro, temos assim a perpetuação e o aprimoramento da infâmia em substituição à qualidade humana. O nível de domínio é tal que mesmo os que pertencem e trabalham com segurança do sistema, e estão, lógico, dentro do caldeirão com todo o restante da sociedade serão atingidos por essa degeneração de valores. A filha querida de um deles ou o filho fatalmente se entregará a comportamentos sociais inconvenientes graças ao suporte de segurança proporcionado pelos pais que garantem a segurança e o conforto de quem implementa a loucura. Temos aqui o Ouroboros que se perpetua eternamente, a serpente que morde a própria cauda. Uma monotonia existencial submissa sempre aos mesmos valores e fatores que se alimenta de si mesmo para que nada mude. Se não há novidade e nem liberdade estamos presos no ciclo inevitável das propostas inconcebíveis que soterram a possibilidade de evolução do conhecimento humano, e assim obtemos o retrocesso civilizacional até que estejamos nas cavernas ou nas arvores novamente, possuindo um arremedo de dialeto e fugindo de feras para sobreviver.



Ser passivo, aceitar tudo como uma oferta do destino incapacita elementarmente a possibilidade de evolução da espécie. Prenderam-nos, todos nós e os alienados num mundo falso, uma pantomima de circo mambembe. Onde lutas são apelidadas de uma coisa; mas no fundo, defendem outras. Um processo de ilusionismo coletivo apenas perceptível por quem está acimada da média de QI. O restante viaja e se entrega ao truque e ainda se sente feliz. Hoje caminhamos naquela ingenuidade faceira das ovelhas que pastam no campo, passivas, limitadas guardadas pelo cão pastor para que não nos desviemos do objetivo e assim tenhamos a presunção de uma segurança falsa. Aqui, o cão é amigo do lobo. Mas enfim, entre os vazios da ignorância e as certezas da estupidez vivemos para ter utilidade para esse segundo grupo. Como citou Georges Picard no livro A psicologia da estupidez: “O que dizem os estúpidos? Nem eles mesmo sabem, e essa é sua salvaguarda. A fala do estúpido, mesmo que tenha algum sentido, não se limita à exatidão. Grasnando com ênfase, a sua meta é repelir o silêncio por todos os cantos. O Estúpido se agarra aos lugares-comuns como um trapezista bêbado se agarra à sua corda. Fica grudado no corrimão de banalidades e não larga delas nunca mais”. E aqui temos a descrição perfeita de nossas autoridades hoje. Um grupo que dança bêbado numa corda gritando para eliminar o silêncio constrangedor da plateia que mesmo sendo ignorante não deixa de notar que algo está muito errado na estrutura da governabilidade. E por isso insisto em propagar conhecimento, cultura através das minhas cônicas, porque mesmo de forma simples isso colabora com o enriquecimento cultural de quem por acaso vier a comprar os meus livros, minha contribuição para um futuro melhor e mais culto, onde as pessoas terão a possibilidade de análise mais qualificada. E com um estilo literário, com um texto diferenciado quanto a informação entrego aquilo que ele desconhece, os verdadeiros construtores do melhor do ocidente.



Gerson Ferreira Filho.



Citação:


A psicologia da estupidez. Jean-François Marmion Editora Avis Rara.


A maioria dessas crônicas estão em áudio no meu canal do Telegram. Que se chama também Entretanto e pode ser acessado no link abaixo. Uma abordagem mais personalizada do texto na voz do autor.

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