domingo, 12 de dezembro de 2010

Lábios de infinito.





Não importa amor, abraços podem ser,

Um sinal de chegada ou um gesto de partida,

E se nele couber uma dor, ou momentos de alegria,

Só o vento incerto do destino nos dirá.


Não fui eu que escrevi o corpo desta peça.

Se começar, não sei bem como termina,

Apenas peço que sendo assim então haja coração.

Sejamos tudo e o tanto que faltar para o total.


Não faz mal se meu e teu enredo não combina,

Há coisas que dão certo ou errado por pura cisma,

Um contexto que favoreceu a fome da opinião.

Agora amor vê se me consome, sou tua vítima.


Enquanto meu interesse ainda lhe favoreça,

Porque sou cafajeste, mas este é o melhor detalhe.

Aquilo que te instiga mesmo que te maltrate,

Pois no intimo teu lado meigo gosta desta dor.


Vai acabar um dia e isso você sabe.

Mas o perfume e a sensação irão além do detalhe,

Trará ternura como a tez da recordação.

Beije-me agora então com estes lábios de infinito.


Gerson F. Filho.

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