sábado, 4 de dezembro de 2010

O espectador.






Reconheço sou estranho;
Não comungo com unanimidades,
Diferenças somam não subtraem.

Bisonho agora é o raciocínio.
Ser pasteurizado o objetivo da hora,
Não discorde somente aceite.

Então se a concordância for ríspida,
Passe azeite alienado de torniquete.
Sinta-se preso e ao tempo leve e desatado.

Pense: seja sozinho na solidão ética.
Ou se torne mais um membro da manada.
Decida agora antes de qualquer coisa.

Fingir fugir não é opção,
Fustigar o frêmito dos favores, falácia!
Grite! Se o sobressalto for vertigem.

Brinque na fuligem do impoluto.
Brinde ao passado galhofeiro,
Seria melhor ser inerte.

Um paquiderme no caminho.
Será que notariam o detalhe?
Manobras manipulam as massas.

Sou o espectador.
O cenário se deteriora veloz.
Está na hora de partir...


Gerson F. Filho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário