quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Palco.





Um acerto de contas, um ajuste, uma coisa que de tão certa será inevitável debaixo do sol ou sob a carícia da lua. Que nua mergulhada na noite aveludada não permitirá mentiras e muito menos ousadas argumentações. Sensato eu diria; deverá ser abandonar os subterfúgios, não ousar com evasivas, ir direto ao ponto: dizer; perdi-me, e só me encontro nos intervalos da contradição. Meu coração se encantou com o erro, minha alma se viciou com o desacerto, sou culpado sem ter culpa por viver na ilusão.


O sol não utilizará suas mãos quentes para afagar-me naquele momento, virá assim o abraço da bruma, e então eu verei o que o medo fez de mim. Este arquétipo transgressor, um equívoco que tentou amar intensamente, mas apenas se fraturou. Destes pedaços nestes meus cacos vou procurar ser sucinto, interpretei mal o paradigma, amei do jeito que não devia, me ofereci mais do que de conteúdo eu continha, cobrei mais do que podia. Portanto eis aqui a minha face, se este será o momento do desenlace que ao menos isso seja leve breve suave. O tempo já me espera na estação. Outro cenário me aguarda.



Gerson F. Filho

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