sexta-feira, 4 de novembro de 2022

A vil redundância do tempo.

 

                                                       Imagem de József Szabó por Pixabay.



A vil redundância do tempo.


Todos nós aqui percebendo na pele o efeito dessa peculiar rapsódia de primavera onde deveriam brotar as flores da esperança, como o suave prelúdio de uma nova vida, de um novo tempo, obtivemos a incerteza, o horizonte trevoso alicerçado nas escolhas de uma ocasião insana, onde toda prudência foi descartada em nome de ideias e de atitudes industrializadas no furor do ódio, e moldadas no rancor amargo da inveja peculiar dos fracassados. O ignóbil vence na ausência de atitude, e zelo cauteloso que se espera de quem defende valores, ser livre tem seu preço, manter a liberdade tem um custo, principalmente moral, a liberdade no mundo ocupa um espaço insignificante nos escaninhos da história, todo resto está ocupado com arbítrio, infâmia, ditadura, opressão e morte.


Não precisa de muito aprofundamento histórico para entender que a sociedade humana como conhecemos evoluiu um pouco em milhares de anos. Passamos de formigas carregando pedras gigantescas a troco de comida para construir obras monumentais para reis deuses até o aperfeiçoamento de uma ideia surgida na velha Grécia, uma coisa chamada Democracia. Essa ideia, lapidada através do tempo, sempre causou extremo desconforto em certa camada social, aquela gente que nasce no bom berço, e também aquela gente que nasce na indigência material e ainda assim, e apesar disso, possui uma alma que se julga superior, e portanto, não faz parte da massa ignara e vulgar do cidadão comum. A ilusão de superioridade social é uma característica dos abjetos que no seu desconforto existencial não conseguem um réquiem para um provável repouso lúcido.


O ressentimento da choldra tem o perfil muito mais perigoso do que uma reduzida elite modorrenta e afetada. Gente sem princípios, mas que possui ambições criou toda uma sistemática política e ideológica para que fosse possível o retorno dos velhos tempos, onde, conforme foi gravado em forma geométrica no cenário, o topo reluzente da pirâmide social seja muito significativo, embora se torne evidente que, a sustentação do conjunto depende da base. Mas essa sutil parte fica muito complexa para o entendimento de quem somente possui ambições e não qualificação. Sem uma base forte, sem o povo sadio, feliz e próspero, todo o conjunto desmorona, mas vá explicar isso para quem está untado de gordura ideológica? A prosperidade de um, aliada à prosperidade de outros dá a força do conjunto, e não o somatório de penúrias e miséria.


A vilania se afoga no seu excesso, a sua performance, o seu desempenho exagerado mata a criatividade, sua redundância sui generis cria a opacidade cognitiva que sabota seus próprios projetos, ao ignorar no seu furor os detalhes do contexto. Não se deve esperar refinamento de estruturas mentais grotescas, e isso se torna sempre fatal aos projetos dessa turma. Sendo assim, trabalham em ciclos, vão e voltam, sempre com o mesmo método fracassado, pois a adaptação até existe, mas a base ideológica fracassada se perpetua na profundidade de sonhos insanos. Não precisa nem citar que a cada retorno proporcionam o que está presente em sua estrutura principal, a tragédia. No desprezível e ordinário universo dos limites da razão, o instinto prevalece como uma lição que devemos aprender. Nunca ignore a hipótese mais insana, porque isso, este descuido, o fará, você aí mesmo, ser regido pela loucura.


Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992.


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