domingo, 10 de novembro de 2024

Economia e suas circunstâncias.

 

                                                       Image by WikiImages from Pixabay.




Economia e suas circunstâncias.



Alguém disse por aí que a economia não aceita desaforos, uns dizem que é o dinheiro, mas são exatamente a mesma coisa. E trabalho está diretamente relacionado com ela, a economia, porque é dele que se constitui o mercado, os negócios e a movimentação de tudo o que tem valor para ser trocado e comercializado. Pequenas alterações arbitrárias realizadas nesse contexto por governos e legisladores, embora possam parecer a princípio um benefício, podem se transformar repentinamente numa tragédia se faltar análise de efeitos no cenário. Estão querendo reduzir a escala de trabalho de sete por um, que é um sacrifício para quem se encontra nela, mas essa escala já é antiga no mercado de trabalho e a redução dela vai impactar na economia. Essa escala é majoritariamente usada por quem tem baixa qualificação e portanto são os que possuem menor remuneração. Em um mundo perfeito, seria o trabalho de início de atividade, de novatos, de estudantes por remunerar mal e exigir muito. Pessoas com profissionalização definida, como eletricistas, mecânicos, serralheiros, etc. Normalmente não trabalham nesse período, tem suas próprias escalas de trabalho definidas em outras condições, algumas vezes até mais pesadas, porém com melhor remuneração devido a especialização. E mais uma vez temos que alertar que o mercado nem sempre procede assim, muita gente especializada se sujeita a trabalhar por um salário-mínimo mesmo tendo qualificação. Aqui no Brasil é comum, inclusive o acúmulo de funções, o empregador brasileiro não é amigável. O que pode ser utilizado como atenuante, o empregador paga pelo funcionário o dobro ou quase isso do que o empregado realmente recebe. E aqui estamos no gargalo, para que se reduza a carga horária para algo mais humano, o empresário terá menos mão de obra e dias para faturar e gerar recursos para pagar seu staff de trabalho, o que acontecerá? Vai demitir, pois reduz-se esses dias de geração de lucro e a folha de pagamento permanece. Entradas e saídas. Alguns cretinos acham que alguém que ganha salário-mínimo aproveitará mais a folga prolongada. Atenção! Quem ganha salário-mínimo miserável como o nosso nunca aproveita a vida. Acordem! O que se paga aqui como o mínimo serve para sobreviver e não viver. E por que não pagam mais? Porque a carga tributária é enorme, o governo impede com sua ganância a existência possível de um salário melhor. A aplicação de uma carga horária menor e um salário maior passa pela desoneração tributária, renúncia fiscal do governo. Uma coisa leva a outra e a economia não se sente ultrajada, com salário melhor e carga horária menor se pode até obter crescimento econômico, mais dinheiro permanecerá em circulação, bens de consumo serão adquiridos, até com entretenimento se pode faturar onde o trabalhador recebe mais e tem mais tempo e liberdade para gastar a suposta sobra orçamentária que tiver. Quer melhorar a condição do trabalhador brasileiro? Reduza o custo da mão de obra, sim, teremos os espertalhões de sempre, que irão manter o salário baixo e lucrar mais. Mas essa é a real função do governo, achar esses pilantras e dar um jeito neles, o ser humano é complicado, e no país dos espertos onde todo mundo que levar vantagem, mais complicado ainda. De tão espertos que somos, foi necessário implementar a CLT consolidação das leis do trabalho, um texto fascista de inspiração em Mussolini para haver equilíbrio na relação. Uma vez, lá no passado profundo, me lembro de perguntar ao meu pai o motivo de termos essas regras: ele me disse que antes era pura exploração, não havia limite de horário de jornada de trabalho era do amanhecer ao anoitecer, e por um salário miserável, pior do que o salário mínimo. Se você não entende o motivo de um ditador como Getúlio Vargas ser tão amado pelo povo, aí está. Ele regulamentou e acabou com a exploração. Querem acabar com a CLT? Eu acho que ela hoje é um entrave para a atividade, mas alguma regulamentação trabalhista terá de existir, ou vamos virar uma China comunista, onde funcionários até dormem e se alimentam no trabalho por melhor produtividade e lucro do Estado e de suas empresas fantoches. A sociedade brasileira ainda possui um resíduo de Casa grande senzala, volte uns 50 anos no tempo e teremos apartamento com quartos minúsculos e desumanos para empregadas domésticas, elevador de serviço, pois a criadagem não pode usar o elevador dos supostos “nobres”. Aqui, alguém atinge a classe média e já se sente especial, diferenciado, o criado doméstico uniformizado até hoje provavelmente trabalha em residências um pouco mais abastadas. Tem de existir alguma diferenciação da nobreza de terceiro mundo, ou a sofisticação blasé ficaria prejudicada.



E assim a economia deve ser gerenciada por quem entende dela, ou teremos um desastre certo. Não é algo com que se deve brincar ou fazer experiências heterodoxas, ela é vingativa, vai cobrar um alto preço por qualquer ousadia. As tomadas de decisões nessa área devem ser livres o máximo que puderem Não se preocupem ela, a economia se organiza não há caos se apenas deixar acontecer. Como explica Thomas Sowell no seu livro Economia Básica: “Cada consumidor, produtor, varejista, senhorio ou trabalhador realiza suas transações individuais em termos mutuamente acordados. Os preços são representativos desses termos, não somente para os indivíduos particularmente envolvidos, mas por todo o sistema econômico – e, com certeza, pelo mundo. Caso alguém mais, em qualquer outro lugar, tenha um produto melhor, ou um preço menor para o mesmo produto ou serviço, o fato é transmitido e repercute nos preços, sem que políticos eleitos ou uma comissão de planejamento determine o procedimento de consumidores ou produtores”. Entenderam? O mercado se regula sem a participação de políticos ou profissionais de economia do governo. E mão de obra também é uma mercadoria comercializada, existe negociação e barganha por ela, se o governo não estrangular a atividade com impostos e regulamentações, quem vai cuidar disso são os envolvidos nessa troca de interesses, o que o governo deve acompanhar é apenas se existe algum abuso nessa atividade comercial. Receita de bolo para ajustar o mercado: reduza a carga tributária, desonere o empresário contratante de mão de obra, e acompanhe se não vai existir má fé nas novas contratações, e que nesse caso após redução de impostos deve oferecer mais folga e melhores salários ao contratado. E assim aumentar a arrecadação reduzindo impostos em apenas um setor, pois o aumento de renda do trabalhador propicia mais consumo, e como os produtos estão com sua carga tributária especificadas, haverá aumento de arrecadação em setores periféricos dependentes de consumo, a economia, com já citei em crônica anterior, é uma moça seria, recatada e independente, se você passar a mão na bunda dela como os socialistas gostam, vai levar um soco na cara e perder alguns dentes, óbvio. Então, deixe-a em paz, seguir seu rumo, apenas acompanhe de longe o desempenho e lucre com uma boa relação. Uma economia livre enriquece nações, excesso de controle e tributos matam países e seus povos. Portanto, as dicas estão colocadas na mesa, aproveitem a oportunidade.




Gerson Ferreira Filho.



Citação:


Economia Básica. Um guia de economia voltado ao senso comum. Thomas Sowell. Alta Books Editora.  


A maioria dessas crônicas estão em áudio no meu canal do Telegram. Que se chama também Entretanto e pode ser acessado no link abaixo. Uma abordagem mais personalizada do texto na voz do autor.

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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Inflexão da textura.

 

                                                             Image by Alexa from Pixabay. 





Inflexão da textura.



E assim amigos, aconteceu a eleição americana ontem. Queiram ou não ainda é o país mais poderoso e influente do mundo, a Roma dos nossos dias, o império. Até ontem estava dominada por gente muito estranha, que vive na maior democracia do mundo mas tenta transformá-la em algo irreconhecível e sem a tradicional liberdade que sempre teve. Claro, com seus problemas internos, perfeição não existe. Mas essa turma que foi expelida do poder ontem por vontade popular majoritária, possuía costumes estranhos como: gostar de matar crianças no útero de mães, castrar meninos para que se transformem em meninas, participar de orgias e bacanais onde vale tudo, inclusive pedofilia, consumir drogas sem limites e freios, se fracionar em tribos de influência com comportamento excludente de outras etnias, gerando racismo, vitimização e cobrança de coisas que estão no passado e sem responsáveis hoje, como se culpa migrasse entre gerações. Um contexto distópico capaz de destruir qualquer civilização. Onde o ódio e o ressentimento constante alimenta uma turba de celerados com um cérebro de galinha. Fica evidente que isso tudo contamina outras nações, mas sabemos que isso faz parte de um projeto de destruição social, forçado na estrutura de nações com fim de domínio total por empobrecimento cultural. Tem gente que investe fortunas incalculáveis para moldar o mundo não em algo melhor, mas em alguma coisa insuportável para a maioria da população. Muitos deles dessa população, nem sabem em qual caldo cultural estão mergulhados, vivem por viver, sem regras e diretrizes que venham a levar a um bom resultado. Os agentes da disseminação dessa praga estão de prontidão na mídia e nas escolas e universidades, nos sindicatos, e associações de classe, eles estão em todo lugar. E com muitos anos de doutrinação hoje temos uma imprensa, principalmente ela, quase e assim completamente infame na sua arrogância de uma superioridade artificial com relação à sociedade onde está inserida, acham realmente que são superiores, mas não passam de mamulengos, operando sob cordas de seus mestres, seus financiadores, e os bonecos, depois de tantos anos operando por controle, hoje já adquiriram o cacoete da performance, do desempenho torto e assim prosseguem dissimulando pretextos contra a sociedade com se fossem senhores da razão. E então, de repente, a sociedade americana parece ter entendido que seu país estava caminhando para a destruição, e assim resolveram eliminar essa gente da governança do seu país. Muito bom para eles, e péssimo para essa turma de alienados políticos que vivem na maior democracia do mundo e não a valorizam. Entendam, o voto de forma massiva que derrotou essa gente estranha veio da diversidade cultural, pois ninguém normal quer esse tipo de sociedade deformada. Negros, brancos, latinos, árabes, indígenas, a maior parte da sociedade deu um basta nessa gente louca, que não tem religiosidade, não respeita a família tradicional e os bons costumes, porque no fundo o que todos querem é paz, oportunidades de trabalho e progresso e viver bem no seu núcleo familiar, e não viver acossado por perversões particulares de um determinado grupo que alcançou poder dissimulando uma qualidade que nunca tiveram. Em nome da diversidade e de uma suposta evolução positiva social se apoderaram do contexto, impondo seus valores deturpados e imorais como regra a ser seguida e parece que finalmente a sociedade lá de forma geral percebeu isso. O que todos desejam é uma estrutura familiar: esposa, marido, filhos, trabalho, liberdade religiosa, e um tempo para a recreação merecida em algum lugar seguro, onde criminosos não sejam tratados com privilégios inaceitáveis. Parece simples e realmente é, mas os engenheiros sociais comandados por milionários sem nenhuma ética resolveram brincar de deus, e não faltam aqueles disponíveis para cumprir as determinações do idiotas útil. Não se esqueçam, houve um desestímulo ao trato cultural mais refinado, ao verdadeiro conhecimento, e assim fica mais fácil a manipulação, eu tenho abordado nos meus livros e crônicas esse procedimento sistematicamente, com o objetivo de alertar de alguma forma a uma parte da sociedade do risco que corremos hoje de manipulação dos sentidos. Mas a perda do hábito da leitura se tornou um grande obstáculo nesse processo, ninguém ou quase ninguém gosta de ler, acha desconfortável e isso já é um efeito desse programa de empobrecimento social forçado. Mas observem, esse movimento da população nos Estados Unidos traz esperança pois significa que grande parte da sociedade parece ter entendido a situação e não aceita mais este estilo depravado de vida que querem impor de maneira arbitrária, sem a real aprovação do povo.



Claro, isso vai acontecer de maneira diferente em cada país, lá na América, existe ainda um nível de liberdade onde é possível um resultado correto, que mostre a real vontade popular, em outros lugares já não é mais assim. Até lá existem fraudes como a história mostra recentemente mas se houver acompanhamento e vontade popular a coisa fica mais difícil. E assim tivemos um espetacular resultado de mudança de rumo político, uma verdadeira inflexão da textura da realidade daquela sociedade, e essa inflexão pode trazer resultados positivos em todo o mundo, como já citei, a influência deles, os americanos, no mundo é enorme. Nem só de calça jeans e Coca-Cola vive o mundo, mas de toda ideia implementada por lá. Agora, resta aos eleitos trabalharem correto, cumprirem as promessas feitas, reorganizarem a economia, criarem mais empregos, reduzirem a violência, e o principal e indispensável: não fazer acordos com gente suja de jeito nenhum! Um velho ditado popular diz: “quem se mistura com porcos farelo come”. Aqui em Pindorama nossa esperança repentinamente resolveu se casar politicamente com gente suja, e hoje vive na dependência da caridade deles para não ser preso. Que isso sirva de lição para nossos irmãos Americanos, a politica conhecida como “a arte do possível” é o caminho do inferno, não se abre oportunidade para gente suja e para oportunistas. O lugar dessa gente é na cadeia, ou eles vão nos colocar lá. O resultado das eleições lá nos Estados Unidos foi espetacular para os conservadores, como se diz popularmente; foi barba, cabelo e bigode. O representante eleito venceu no voto popular e no número de delegados, e ainda fez maioria no Senado e Na Câmara dos Deputados. Ou seja, todo o sistema político está na mão, agora basta fazer a coisa certa. Desinfetar a máquina pública, reorganizar o país e mais uma vez servir de exemplo para o mundo. Que fique para registro, a liberdade ainda respira.




Gerson Ferreira Filho.


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sábado, 2 de novembro de 2024

Os termos existenciais.

 

                                                  Image by Dimitris Vetsikas from Pixabay. 




Os termos existenciais.



E assim, enquanto toda relatividade se exaspera, tudo do todo se curva na margem de uma hipótese sestrosa, que na sua manha dengosa apenas fala de propósito, e se não se vive apenas de objetivo, mas de toda circunstância aleatória que contenha emoção onde fica a paixão? Lamento, amigos, mas quem nunca sentiu o coração ferver por alguém, não viveu. Sem a razoabilidade de um beijo em quem se ama, o todo não se completa. O agora não passa de um planejamento sem meta, um ser sem sentido que o seja, uma parcela de nada para suprir um desassossego. Neste satisfatório pleonasmo de bem-querer seja o que o momento te oferece, um algo para o termo, uma ocasião que se estabeleça no tempo mesmo quanto tudo estiver passado. Entenda, o nada se trata apenas de uma abstração filosófica, o tudo teve origem nele e se tudo tem procedência no nada, aprenda a perceber-se dentro de tudo, embora para o contexto você não seja nada. Nos detalhes que escapam da percepção moram todos os argumentos e todas as respostas que ainda estão no âmbito do impossível. Você, apenas ainda não entrou nesse recanto onde todas as hipóteses se cumprem, na especulação está todo o sentido de ser. E é preciso ser para sentir, para amar, para se apaixonar, se entregar, nem que seja por apenas um momento fortuito à energia da conexão, onde se sincronizam ocasiões, para marcar eternamente o espaço tempo com um plissado de ocasião na periferia insegura dessa circunstância. Ao marcar com elegância o tempo, esse ambiente onde estamos inseridos e que nos arrasta inexoravelmente para um determinado fim. E se para o fim certo caminhamos, assim devemos então também não negligenciarmos a nossa alma. Como certa vez Sócrates definiu: “Que é o homem? A resposta socrática é inequívoca: o homem é a sua alma, uma vez que é o que distingue de todas as outras coisas”. Porque no fim tudo é filosofia, tudo é a abordagem do todo e de tudo, pormenorizado na questão do infinito, que não se permite sondar em sua total profundidade porém, dessa alma que constitui o homem há um quê de impertinência voraz que não se delimita a parâmetros e padrões, sempre procura a resposta que falta, e sendo assim, bem-vindo a filosofia. Nela se procura o todo. Não sinta sua condição de asceta da ciência violada, se privar de conteúdo pode lhe causar satisfação mas nossa missão está no questionamento eterno, Enfim, essa é a nossa finalidade, imiscuir-nos na proposta e dissecá-la até que fique explícita a origem de ser como é. Conforme Giovanni Reale cita: “Mas para que serve filosofar hoje, num mundo onde ciência, técnica e política parecem dividir entre si os poderes num mundo onde cientistas, técnicos, políticos, transformados em novos magos, movem todos os fios? O propósito a nosso ver , continua sendo o mesmo que a filosofia teve desde a origem: desmitizar. Os antigos mitos eram os da poesia, da fantasia, da imaginação: os novos mitos são os da ciência, da técnica e das ideologias, vale dizer, os mitos do poder”. Mitos científicos e políticos puderam ser sentidos de forma terrível na pandemia passada, aquelas coisas vendidas e distribuídas como uma certeza praticamente absoluta mas na verdade não se possuía certeza de nada. Tanto em produtos como em técnica de controle comportamental vivenciamos um verdadeiro festival de inconsequências que jamais foram discutidas com a seriedade necessária. Conhecer, aprender e usar a filosofia tem suas vantagens, afinal. Mas hoje, isso é considerado coisa de gente pedante, sofisticada e sem foco para análise de contexto. De certa forma a perda de capacidade cultural nas camadas de comando causam um estrago tremendo na estrutura da realidade. Sem análise profundamente verdadeira o que sobra é o mito, a crendice e a análise empobrecida do contexto. Sim, é possível se perder em suposições errôneas como no período da fantasia e da poesia mesmo estando em pleno período científico se faltar a análise profunda do tema. A arrogância científica pode causar desastres irreparáveis. E olhe, eu estou sendo gentil com essa gente. O Autor citado ainda adverte: “Ciência e técnica se apresenta como o triunfo da razão. Mas trata-se de uma razão que, uma vez perdido o sentido da totalidade, uma vez que se elevam as “partes” ao lugar do “todo”, periga fazer sucumbir o sentido de si mesma”. O homem se constitui de alma, e portanto, pensa, pensa e se atribui ser específico na natureza, onde reina em plenitude, submetendo todo esse restante da natureza. Não há rivalidade possível, apenas seu semelhante na luta eterna por protagonismo.


E entre iguais existe um antagonismo de fronteira, criado nos primórdios da existência, onde iguais se separaram por características de cor e de culto, provocando um divisionismo inadequado para a reunião dos povos. Um anacronismo como o termo sofista ontem e hoje, o que na antiguidade representava sábio, hoje representa um enganador embusteiro. Portanto, se faz necessário ter cuidado no uso do termo, poderíamos dizer que, de compartimentalização natural já temos problemas, não precisamos de mais um. Necessitamos de mais amor, de mais apego e atenção com aquelas coisas que realmente marcam, que fazem a diferença, aquilo que levaremos como crédito, para energizar-nos nos momentos de incerteza. O beijo de um amor, o abraço de um filho, um carinho de mãe uma orientação do pai. Muitas vezes, são tão efêmeros na sua esmagadora brevidade, que dão todo o significado para o resto da vida. Uma transitoriedade que especifica o que exatamente será de nós. Defina-se dentro do argumento da vida, se apodere da oportunidade de estar aqui, cumpra seus termos existenciais pois talvez não exista outra oportunidade. Mas mesmo assim, se não existir, acumule apaixonadamente cada momento, para criar um caminho, uma trilha confortável para sua descendência passar.




Gerson Ferreira Filho.



Citação:



Sofistas, Sócrates e Socráticos menores. Giovanni Reale. Edições Loyola.


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