sábado, 13 de setembro de 2025

A sintaxe da metáfora.

 

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A sintaxe da metáfora.



Entre desafios sociais e pesadelos comportamentais flui nesse momento a realidade, algo desandou, alguma coisa deu errado de forma geral na composição psicológica da realidade e assim se conseguiu incentivar o absurdo. Afinal, permitimos a infiltração ideológica na camada mais frágil, a juventude. A dissonância cognitiva se tornou abrangente, hoje qualquer raciocínio fora de uma cartilha vendida como verdade passou a ser insubstituível e quem estiver fora dela deve ser eliminado. Sim, extratores de almas e mestres do convencimento habitam escolas e universidades para esse fim. Se tornou possível matar sem arrependimentos, e até gerar satisfação com o ato. Isto se chama desumanização, um processo de dessensibilização com o próximo, onde não é permitido a discordância, a diversidade de pensamento, onde o rebanho tem a verdade. A verdade programada pelo tratador do curral. Sim, animaliza-se para obter controle. A mente humana é maleável, e na juventude está bem frágil para ser manipulada, pois o jovem vive uma tempestade hormonal que o desequilibra no momento das escolhas, e assim lhes oferecem o ódio. Este sentimento, o ódio, é fiel, abrangente e seus acessórios são a dedicação total ao seu alvo e exclusividade em seus propósitos. Nada é mais dedicado ao seu objetivo do que o ódio, ele faz seu portador ser um escravo do seu alvo. Coletivamente isto é algo extremamente perigoso, pode gerar justiçamentos, assassinatos, perseguições implacáveis e radicalismos extremados. O jovem radicalizado vira uma granada sem pino, algo que por qualquer descuido provoca uma tragédia. Não há nele um sistema de mediação ou ponderação de causa e efeito quanto a resultados possíveis. No capítulo aprofundamentos do Livro vermelho de Jung tem algo interessante: “É bom saberes que os demônios gostariam de instigá-lo para sua obra que não é a tua. E tu, estúpido, acreditas que seja tu mesmo, e que isso seja tua obra. Por que? Porque não consegues diferenciar-te de tua alma. Mas tu és diferente dela, não tem de promover a prostituição com outras almas, como se tu mesmo fosses uma alma, mas tu és uma pessoa impotente que precisa de toda a sua força para aproveitamento próprio”. Ao se deixar dominar por propostas invasivas e que reestruturam sua personalidade, você jovem, prostitui sua verdade guiado por “demônios” aqueles que o doutrinam de forma errada. Que o inserem numa realidade paralela onde o amor não possui espaço, onde a ponderação e a avaliação correta não existe. Tudo passa ser apenas ódio e destruição do diferente, daquilo que destoa da cartilha que instalaram criteriosamente no teu cérebro. O rancor e o ressentimento passam a ser rotina estabelecida para a execução de projetos violentos e desagregadores. Se faz necessário beneficiar a arquitetura e reconstruir a sintaxe da metáfora para eliminar a histeria programada no seu comportamento, a subordinação do ato tem de ter equivalência e correspondência com a textura metafórica da alma. A metáfora é uma transposição necessária ao processo figurado do comportamento humano. Processo impossível onde há apenas ódio. O ódio é simples, concentrado e sem recursos além da dedicação ao seu alvo escolhido, nele não há abrangência e diversificação, apenas foco.



Prosseguindo com a orientação de Carl Jung: “Por que olhas para os outros? O que vê neles, está negligenciando em ti. Deves ser o guarda diante da prisão da tua alma. Tu és o eunuco da tua alma, que a protege dos deuses e dos homens ou que protege os deuses e os homens dela. Ao homem fraco é dado o poder, um veneno que paralisa até mesmo os deuses, assim como à pequena abelha, muito inferior a ti em força, é dado um ferrão venenoso e doloroso”. Jung também definiu que o homem vive em dois mundos, o rico mundo do interior o da alma e o mais simplificado o do exterior. “Um demente vive aqui ou lá mas nunca aqui e lá”. O que seus “professores” lhes impuseram foi viver apenas aqui ou lá e nunca aqui e lá, eles transformaram vocês em dementes. Foi proposital, obedece a uma programação estipulada para um fim definido, desumanização doutrinária através de ideologia. Profissionais do campo psicologia e da linguística se envolveram nesse projeto, não foi obra de idiotas, o idiota é você que permitiu ser dominado e manipulado excluindo o que existe de melhor na humanidade. Previsível, pois na juventude, com raras e claras exceções, não existe intelectualidade suficiente para decompor todo esse sistema de falsas premissas e de claros contrastes com a lógica. Gatilhos dever ser construídos para se livrarem disso. Sempre se questione; isto que estão me oferecendo é verdade? Pesquise, leia a respeito de opiniões divergentes. Estude outras opções fora da programação rotineira oferecida, compare, analise dialeticamente e por fim, tome a decisão fundamentada em ponderação lógica. Aceitar, considerar como verdade qualquer coisa que lhes ofereçam geralmente não instrui, forma apenas fanáticos, A mentira repetida e trabalhada com sutileza vira uma falsa verdade, uma armadilha para despreparados. A estrutura gramatical da trapaça ideológica é sofisticada, nãos se enganem com dizeres bonitos e empolgantes, na maioria das vezes, vocês estarão sob efeito do discurso, envolvente, porém falso. Uma isca pertinaz para enganar incautos. Regimes totalitários e controladores são especialistas em discursos para excitar massas ignaras e de pouca cultura. Geralmente apelam para força do grupo, o coletivismo como escudo, que se for aceito, apenas vai transformar a todos num rebanho.



No fim, a verdade proporciona a liberdade, a verdade liberta, já devem ter escutado isso por aí, né? Apesar das contingências da vida o propósito tem de ser o correto, não adianta se entregar a subterfúgios e a estratégias semânticas de controle, se tudo for falso, não atingirá um bom objetivo, e apenas levará a um labirinto infinito de suposições falsas sem fim. Jordan Peterson o seu livro Nós que lutamos com Deus cita: “Em essência, ao estabelecer um pacto com o Único Deus Verdadeiro, Abrão jura viver na verdade. No início, ele não está, de modo algum à altura da tarefa; é, no melhor dos casos, um homem comum. Essa é uma ótima noticia para o restante de nós, que lutamos para direcionar o nosso propósito e organizar nossa vida, tendo em vista que também somos pessoas comuns. Apesar dessa trivialidade, Abrão decide correr o risco. Ele jura modificar seu propósito e aceitar, até mesmo acolher, tudo o que surgir em sua jornada ao longo do caminho da verdade. É preciso entender que essa é a aceitação da própria aventura. Por quê? Porque viver na verdade – agir de acordo com a verdade, enxergar a verdade, falar a verdade – significa aceitar as consequências que surgirem, em vez de virar o alvo da ilusão motivada pelo espírito da mentira. Esse acontecimento imprevisível(o que virá a seguir no mundo?) , decorrente da verdade, é exatamente a aventura da vida”. Bom, vocês que por acaso acessarem esse texto fiquem sabendo, eu escolhi ficar do lado dos que lutam com Deus ao seu lado, e você qual lado escolheu? A verdade ou a ilusão?



Gerson Ferreira Filho.



Citações:


O livro vermelho, Liber Novus. C.G. Jung. Editora Vozes.


Nós que lutamos com Deus. Percepções do Divino. Jordan B. Peterson. Alta Books Editora.


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