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Paradoxos subliminares.
“O homem está condenado a ser livre”.
Jean-Paul Sartre.
Estamos em época de conflitos comportamentais, não que se apenas por acaso estivéssemos fora disso em algum momento, pois, afinal, ser conteúdo de transformação dinâmica está no nosso perfil existencial. Por isso citei Sartre logo de início, pois embora fosse de opiniões políticas infames em filosofia foi grande. Não há como fugir de sua parte filosófica apesar da idiotice política. Como já citei em textos de minha autoria mais antigos, o processo político ideológico se situa no nível da religião, quem tem fé em um formato de sociedade morre nele, apesar de erros evidentes. Se trata de fé. Apenas com uma reforma interior muito particular se consegue transcender de um formato de convencimento para outro. Afinal o próprio Sartre determinou: “Corremos rumo a nós mesmos, e somos, por tal razão, o ser que jamais pode se alcançar”. Nesse infinito escalonado onde Jung definiu como o dinâmico subconsciente, vivemos sem perceber num oceano de hipóteses, cabe somente a nós escolher, definir o rumo, mesmo que seja inalcançável, mas tem de parecer plausível para a estabilidade de ser, de se pertencer e ocupar lugar dentro da realidade. Os contrastes e as contradições sempre existirão no complexo caminho, porém suprido de informação suficiente para o exercício intelectual, será possível navegar nesse ambiente psicológico de forma segura e confortável. Tudo passa a ser conteúdo, bagagem que atenda a qualquer necessidade e imprevisto. E portanto, a liberdade, mesmo alcançada com dificuldade e meios tortuosos é o nosso destino final, estamos condenados a isso como definiu o filósofo. Muito melhor do que ser um condenado a escravidão eterna, a ser submetido para sempre aos desejos e taras ideológicas de grupos de interesse submissos a infâmias e ao exclusivismo peculiar dos que se consideram superiores ao restante do povo. Porém, até o mal possui propósito na realidade, ele não é um acidente de percurso, ou uma inutilidade ocasional que surgiu do nada. Andrew Lobaczewdki define: “Os maus tempos não são apenas o mero resultado de uma regressão hedonista ao passado; eles possuem um propósito histórico a ser cumprido”. Temos de entender que nesse ambiente que ocupamos, o sofrimento tem finalidade regenerativa. Mesmo que de pronto não consigamos entender o objetivo, mas tudo tem sua razão de ser, obedece a um minucioso planejamento estrutural onde toda e qualquer possibilidade e evento já foi calculada para determinado fim. Lutar pela sobrevivência existencial cria os blocos que irão montar a estrutura da nova sociedade dentro de valores honestos e estáveis. A diferenciação se dará na reestruturação do caráter e da personalidade do indivíduo mergulhado nos problemas ocasionais que se apresentam para solução. Compreende a estrutura mental do adversário e nela penetra de forma ousada com valores e técnicas resgatadas de valores melhores do passado para costuras no tecido psicológico dessa gente que pertence ao mal e nem e dá conta disso. Como citado por Lobaczwski: “Tempos difíceis e trabalhosos dão origem a valores que finalmente conquistam o mal e produzem tempos melhores”. O mal não passa de uma condição histérica a ser resolvida, uma neurose e nesse vazio predominante que a situação lhes oferece, vivem para prejudicar o próximo como o alívio de um estertor sistemático que sibila impulsos aleatórios de sentimentos excludentes com relação a sociedade comum.
E assim, esse resgate de valores sociais legítimos e regeneradores só é possível pela parcela da sociedade não contaminada pelo discurso socializante e coletivista que impregnou o ensino básico e superior por décadas, o socialismo foi fruto de esquizofrenia, e como comportamento esquizoide se infiltrou na realidade produzindo um egotismo tenaz exacerbado nos seus próceres de característica proeminente na sociedade para fins de controle social. Qualquer uma pessoa normal já deve ter percebido com qual ferocidade essa gente defende seus valores distorcidos e deselegantes quanto ao desenho arquitetônico da realidade. A tradicional ladainha coletivista se repete e se preserva, apesar de todos os desastres óbvios produzidos através do tempo. Por mais que os resultados dos seus valores produzam tragédias eles continuam insistindo no mesmo método, por que? Porque é um processo esquizofrênico. Peter Jacob Frostrig, psiquiatra definia Carl Marx e Engels dessa maneira: “No entanto, se forem bem sucedidos em esconder sua personalidade por trás dos escritos, sua influência pode envenenar as mentes da sociedade em uma ampla escala e por longo tempo. A convicção de que Karl Marx seja o melhor exemplo disso é correta, visto que ele foi a figura mais conhecida desse tipo”. Prezados companheiros socialistas, vocês seguem as diretrizes de um esquizofrênico, não há logica nesse mundo, por isso, nunca dá certo. Nunca perceberam? Acredito que vocês também foram incorporados nesse problema psiquiátrico. Não só e apenas no campo social mas no econômico, as alternativas apresentadas são risíveis e completamente infantis para a gestão de Estados e países de forma geral. Grandes homens, Mises, Hayek, Milton Friedman , Hans-Hermann Hoppe, Thomas Sowell e muitos outros já desmoralizaram completamente essa metodologia política de manicômio. Não há lógica procedimental nesse conjunto de aberrações distribuídas como se fosse algo aceitável e de ação previsível quanto ao bom resultado. Apenas idiotas continuam acreditando nesses delírios ultrapassados e corrompidos na origem, pois se tratam de um raciocínio doente. Não há como oferecer credibilidade a quem se entrega a esses delírios irrealizáveis. Mas não podemos desconsiderar os paradoxos subliminares que essa geringonça ideológica causa na sociedade, afinal, nem todos tem capacidade intelectual para saber o quanto tudo isso é uma farsa de grande sucesso. Definição minha, presente em outros textos: “O socialismo é uma fraude intelectual de grande sucesso”. Pode se considerar de extraordinário sucesso, para ter capacidade de envolver tantos indivíduos pelo mundo e por tanto tempo. Bom, a quantidade de idiotas sempre foi enorme, temos de levar isso em consideração.
Nessas tradicionais reentrâncias ideológicas Hans-Herman Hoppe oferece o seguinte cenário específico de um regime socialista ou de influência coletivista: “Assim, caso se deseje subir a escada do regime socialista, é preciso recorrer a talentos políticos. Não é a capacidade de empreender, de trabalhar e de satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores que garante o sucesso. Ao invés disso, é por meio da persuasão, da demagogia e da intriga – bem como por meio de promessas, subornos e de ameaças – que se alcança o topo. É desnecessário dizer que essa politização da sociedade, implícita em qualquer sistema de propriedade coletiva, contribui ainda mais para o empobrecimento e a miséria”. Algo criado por um esquizofrênico jamais terá sucesso no mundo real, portanto, essa anomalia abrangente consome vidas e recursos na realidade que não consegue absorver toda essa insanidade que ainda é propagada por seres delirantes e incapazes de entender a realidade através dos desastres que provocam, no fim, Marx conseguiu multiplicar sua insanidade de forma abrangente e profunda entre os mais suscetíveis a mitos e lendas exóticos. Sartre diz: “o homem está condenado a ser livre”, em um tom melancólico, como se isso fosse ruim, mas isto é ótimo! Representa de forma sutil que embora os esforços dos loucos, continuaremos livres, e não condenados, mas sim destinados a liberdade.
Gerson S. Filho.
Citações:
O ser e o nada. Jean-Paul Sartre. Editora Vozes.
Ponerologia: psicopatas no poder. Andrew Lobaczewski. Vide Editorial.
Democracia, o Deus que falhou. Hans Hermann Hope. Mises Brasil Editora.
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