domingo, 30 de dezembro de 2012
Sopro.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Sob o sol azul.
sábado, 20 de outubro de 2012
Antepara estanque.
sábado, 14 de julho de 2012
Contextos da usura parte 11.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Limbo.
Espasmo.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Contextos da usura parte 10.
sábado, 2 de junho de 2012
Supressão.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Enigma.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Conduta.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Métodos sistêmicos.
sábado, 24 de março de 2012
Rótulos.
Ponha sintaxe neste teu parâmetro.
Meu prazo venceu e você não viu!
Perdeu-se em seu típico meandro?
Sinuosa é a dor de quem já sentiu.
Meus traços morfológicos gritam.
Finja ao menos que você me quer!
Criarei o simulacro que cogitam,
Nas nuanças de um falso querer.
Detenha-me aqui mais um pouco.
Adquira ousados termos loucos,
Seja a vida o estomago e o soco.
Farei de conta: você não existe.
Prefira gemer, então não grite!
Rótulos são detalhes meu amor.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Amor pretérito.
Não bastou o intenso clamor.
Ainda que surgisse tal o dia,
Abrigo pretenso de todo rumor,
Que assim nos corpos rompia.
Um suspiro emparedado a frio.
Ficou parado; na dita ocasião,
Enquanto a tez luzia como rio,
Nas almas cruas, pura paixão.
Não foi o bastante em sutileza.
Não foi suficiente em grandeza.
Embora intenso em dita emoção.
Faltou cautela com o tempo.
Ele, com ímpeto vociferou:
Nada se sustenta em mim.
terça-feira, 20 de março de 2012
As tripas do contexto.
Estou entre o para sempre e o nunca mais. Alguma coisa perene que se oculta na sensação, àquilo que me antecipa a reverberação de uma hipótese muito antes desta ter a alma dissecada pela razão. Caminho sozinho, embora tenha tido companhia. Não demorei a descobrir como eram efêmeros os termos que a sustentavam.
Não consigo me prender a base do concreto, a plasticidade mutante das idéias sempre me absorveram, lá está o meu mundo, não fique triste, procuro conteúdo, lembre-se sou habitante do vazio. Quer vir comigo? Então se olhe no espelho e me convide, quem sabe? Se dentro dos acasos em alguns casos acabaremos obtendo a emoção.
Embora seja noite ainda, e que não tenhamos o reflexo do dia; abrace o meu ímpeto insano, esse desejo de ser normal. O Grande “barato” do fim mora no princípio que ele existe para tudo deixando a incerteza no colo do início, que pode ser exeqüível ou não. Fui feliz! Será? Encontrar sintonia está fora do meu controle, depende sempre de algo subjetivo que vem adjetivando o sujeito no fim de algum contexto que possui frase oração e período.
Me descarte se for preciso, não será a primeira vez que me usaram para alcançar algum objetivo. Não se preocupe sou ecologicamente correto, sempre me reciclo, você ainda vai me encontrar por aí. Meu sorriso aguarda no final.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Nuance.
Ah estes meus neurônios sem sinapses
Que fervem neste quadrante do dia.
Digam-me se puderem: o que acontece
Neste momento de letargia.
A inconsistência dos discursos cleptocráticos...
Esta azia encharcada de agonia!
E a minha ânsia que perambula sob o sol.
Não me venha com perdigotos,
Detesto este papo face a face.
Meu critério não adula a efemeridade.
Gosto das raízes,
Na fonte meu discernimento busca a verdade.
Se não gostou passe reto desvia,
Vá em frente com teu ar blasé.
Sou altamente complexo
Com o máximo de simplicidade.
Meu prêmio mora no minuto
Que antecede o agora.
Não sou Gregor Samsa;
Porém existe luta para que eu seja.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Balcão de detalhes.
Eu sei o que conta, no final sempre falta o detalhe. Não venha me dizer que após tantos beijos e uma noite de amor nada sobrou para ser recordação. Viver sem memória transforma o agora na angustia do não mais existir assim que acabe. Contigo vivi momentos que ainda moram comigo e os quais revivo
Não encontramos aquele pormenor que habita a fotografia da ocasião. Mas será que isso tem importância? Eu sei, para você tem, e isso muda todo o contexto, e por esse pretexto a felicidade torna-se impossível. Curioso possuir memória para o que falta, mas esquecer o que foi realizado.
Na verdade esta tua faceta não reflete porque não quer. A arrogância individualista da tua história envelopou teu querer. Particularidades não te salvarão do abraço da solidão. Seria melhor ser só somente tendo e tido um sentido para o sentimento do que passou. Aquilo que lhe sobra há de lhe faltar e será também apenas mais um detalhe.
Gerson Ferreira Filho.
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sábado, 21 de janeiro de 2012
Felicidade.
Felicidade, meta impossível para os insatisfeitos
O que é ser feliz? Você sabe? Eu creio que ser feliz seria apenas uma adaptação dos sentidos. Aquela possibilidade de satisfação plena ou quase isso com o cenário presente. O ator desta ocasião na cena específica deverá ser capaz de se misturar com o ambiente de tal maneira que com esse mimetismo não seja mais possível encontrá-lo. Ele estará em harmonia com o seu momento e, portanto feliz.
Minha crença está no reconhecimento daqueles pequenos detalhes que muitas vezes nem sequer percebemos como: ter saúde, ter um teto para abrigo, ter sempre uma refeição a mesa, ter amigos uma companhia e sempre mais um dia para viver somente com isso. Depois viriam: a realização profissional e a realização daqueles desejos diversos que todos nós temos. Mas esta segunda fase já é circunstancial.
Nesta fase, a mais perigosa; moram todas as insatisfações. Aquilo que acaba inviabilizando um contexto feliz. Acabamos nos perdendo neste labirinto de alternativas e acabamos esquecendo daquilo que temos no início. Apenas um quesito não atendido neste imenso questionário vai nos transportar para as ruas amargas do descontentamento. Não importa mais se temos saúde, se temos um teto, ou se possuímos amigos alimento e um par, seremos assim infelizes.
Seria possível ser feliz com o quase? Estaríamos prontos para a felicidade sem a plenitude que almejamos? Eu cheguei ao ponto de acreditar que sim. Não acho que devamos abandonar a busca pelo melhor, mas devemos reconhecer sempre e agradecer por aquilo que já possuímos. O descontentamento contínuo; turva o palco você não será capaz de atuar como deveria nesta peça. Eu hoje pratico o reconhecimento do que tenho e do que alcancei. Errei muito, segui trilhas indevidas, me equivoquei nas opções, mas o saldo é positivo.
E agora procuro cultivar o momento sem ansiedade porque creio que sempre que nos desligamos dessa torrente de anseios acabamos vendo aquilo que mais almejamos acontecer. E se não acontecer não tem importância a felicidade já semeou este terreno. Ilustrativamente poderia dizer que vivo em um bote que navega no imenso oceano da inquietude com uma vela acesa na mão. Ela é a minha esperança e eu sou muito tenaz em mantê-la acesa. Sou obstinado no meu propósito.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Código do conceito.
Para sempre seria eterno se fosse um espelho refletindo a si mesmo. Já pensou o que seria sentir, notar ou perceber algo eternamente? E a emoção onde fica neste contexto? E o prazer da novidade, da mudança? Onde ficaria a surpresa? Eu particularmente não gosto de mudanças, mas confesso que a monotonia não é boa companheira. Mesmo neste céu que nos envolve tudo muda, só não percebemos. Por que iríamos desejar a linha reta de uma continuidade sem fim, se o traço sinuoso excita? Para o Criador não existe limites de desempenho.
Dor, amor, angustia, alegria e tantas outras sensações vão e vêm trafegando nesta malha que se constituiu momentaneamente para que possamos existir neste agora. Enquanto escrevo este texto o eixo do universo pode ter mudado, a combinação exata que se fez neste momento não mais será possível de ser estabelecida. Então vamos aprender o máximo que pudermos a respeito de tudo o que for posto a nossa frente: suportar a dor, administrar a angustia, aproveitar a alegria e amar o quanto for plausível dentro do tempo e em seu perímetro. Não é que vamos deixar de existir, mas a cadeia de combinações lógicas para uma nova oportunidade pode não se repetir jamais.
sábado, 14 de janeiro de 2012
Casual.
Agora venha comigo,
Não se abrigue atrás das pálpebras.
A estrada é um pavio,
Não se oculte em qualquer lugar.
Se algo ameaçar fugir da sua boca pense:
Não queira engolir o que vai voltar.
A vida é assim você pensa que escolhe,
E sonha como um exegeta paranóico,
Que seu destino pariu a ode e um tanto estóico
O faz com certeza acreditar.
Não nade em adrenalina.
Isto é real até o momento oposto.
Suas opções são cartas marcadas.
Seus paços foram decididos amanhã.
Não entende?
Ora meu amigo;
Faz tempo que o axioma ri de você.
Por acaso olhas-te o teu contexto?
Quando decidir me procure,
Prometo que estarei alhures.
Não grite e muito menos se rasgue,
Eu juro, tentei ajudar.
Essa vida é tão surreal...
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Abrigo ambíguo.
Às vezes acredito que sou um anacronismo, ao acaso estou sempre errado, ou o mundo que penso estar certo é incorreto. De tão simples acabo sendo muito complicado. Quando amo não sou atitude só inquietude, alguma coisa como a indecisão. Palavras podem não me faltar, mas a inércia, isso que me envolve, me transforma em desperdício, na verdade sou tão inexplicável como o amanhã. Tentarei mais um pouco, insistirei mesmo que encontre um talvez, afinal com tantas incertezas não serei mais uma vez prognóstico, serei o ato, a alma da ação. Quer saber? Deixe que o contexto se explique, enquanto isso meu coração aguarda, o momento é apenas um intervalo, estou acostumado a morar nele.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Palco.
Um acerto de contas, um ajuste, uma coisa que de tão certa será inevitável debaixo do sol ou sob a carícia da lua. Que nua mergulhada na noite aveludada não permitirá mentiras e muito menos ousadas argumentações. Sensato eu diria; deverá ser abandonar os subterfúgios, não ousar com evasivas, ir direto ao ponto: dizer; perdi-me, e só me encontro nos intervalos da contradição. Meu coração se encantou com o erro, minha alma se viciou com o desacerto, sou culpado sem ter culpa por viver na ilusão.
O sol não utilizará suas mãos quentes para afagar-me naquele momento, virá assim o abraço da bruma, e então eu verei o que o medo fez de mim. Este arquétipo transgressor, um equívoco que tentou amar intensamente, mas apenas se fraturou. Destes pedaços nestes meus cacos vou procurar ser sucinto, interpretei mal o paradigma, amei do jeito que não devia, me ofereci mais do que de conteúdo eu continha, cobrei mais do que podia. Portanto eis aqui a minha face, se este será o momento do desenlace que ao menos isso seja leve breve suave. O tempo já me espera na estação. Outro cenário me aguarda.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Plasticidade.
O ignoto me seduz. Não saber o que pode acontecer na próxima hora, à impossibilidade de ver além da última estrela, instiga meus instintos, fustiga meus hormônios. A vida seria impiedosa se fosse coberta de certezas. As surpresas me alimentam mesmo quando são decepções. Porque estas apenas confirmam o quanto a realidade é aleatória, o quanto não ter sentido faz sentido quando eu sinto que as ocorrências negativas são apenas uma pontuação na pauta do destino.
Sempre após este último ponto a vida muda, o rumo se especifica delineando uma nova trajetória, mais uma vez intensa, novamente instigante. Não ser envolvido e testado neste novo caminho será impossível. A incógnita está oculta no coração leve do viajante. O infinito é o destino, enquanto as alternativas discutem o perfil das novas combinações minha alma absorve o caminho acrescentando mais discernimento ao meu coração. A configuração do tempo em seu termo faz o meu sorriso.