quarta-feira, 28 de junho de 2023

Inadequação performática da estrutura política.

 

                                                      Image by Alex Yomare from Pixabay.


 Inadequação performática da estrutura política.




Não me desfaço com facilidade das sensações, minha característica, embora muitas vezes as relegue ao último escaninho da memória. E o espaço de armazenamento virtual aqui é grande, imenso. Revivo coisas que sinceramente, nem deveria me lembrar, coisas de berço. Uma vez ou outra eu revivo aquele momento, com cores e sabores, e todos teores das circunstâncias que se foram mas continuam vivas lá no arquivo, como rolos de pergaminhos adormecidos por pesada atualidade, que se desenrola na superfície da fria pedra do tempo, que se coloca como a mesa das oportunidades explícitas, prontas para mais um passo ousado estimulada pela conjuntura e do açodamento sem ambiguidade de um talvez romântico e irresponsável amanhã. Para frente apenas resta o que acharíamos, suposições, com as ressalvas do que chamaríamos de destino. Não me olhe assim, não leia meu texto como objeto, se inclua nele com paixão, eu sei, de certo modo se torna desconfortável metamorfosear-se em mim, mas tente, e absorva a essência do absurdo com meu propósito que tem o objetivo de atingir o impossível. Misture as estações consuetudinárias e adquira o habito de viajar performaticamente nas letras que dão ênfase a este objetivo inalcançável, ver o sol pleno se diluir para ser o caminho modular de um ritmo que tenha textura excessivamente áspera e quente, e assim adquiramos o polimento necessário para possuir o brilho das estrelas. Estamos aqui, neste texto, eu e você que lê, desorientados por eventos catastróficos do hoje, no torpor inédito de um momento devasso das ocorrências, onde não se tem memória para resgate e para que saibamos como poderá terminar isso tudo. A realidade está esfacelada, as regras não valem mais, a lei? Ora a lei, virou hipótese embriagada em alto teor alcoólico fornecido por abrangências vulgares de uma época imoral e sem limites civilizatórios firmes. Qualquer coisa passou a ser possível nesse cenário caótico, e subitamente qualquer um de nós pode moralmente ser estuprado com o amparo da lei, que passou a ser um derivativo da insanidade e não mais um regulador de boa conduta. E assim, todos nós que ainda possuímos um pouco de sanidade mental, sim nós, eu e você nesse momento único que a tessitura desse texto exótico proporciona, nós sabemos que um regime socialista é uma construção social preparada pelos velhos camaradas do partido. Não se trata da realidade que se vê ou que se sabe, mas um produto ideológico para domínio completo das almas toscas que se submetem ao conteúdo doutrinário. Por isso não consta como procedimento nas lembranças, nunca tivemos algo de tal intensidade aqui.


A bordo dessa nau sem rumo que se transformou nosso já decrépito cenário politico, temos consciência dos riscos, mesmo oferecendo até um teor pornográfico, sabemos de antemão que no comunismo não tem essa de brincar na portinha não! A ferramenta deles não tem ombro e eles são ciumentos, não existe essa coisa de parceria não. No atual regime a lei não está escrita, ela se constrói naturalmente a partir das elucubrações especulativas abstratas de um turbilhão metamórfico de hipóteses transcendentais, de acordo com o humor e o estado de espírito do dia da autoridade vigente ou de plantão. Claro, é possível perceber que essa performance estrutural não está boa, a composição mais parece massa de bolo que desandou. Fica difícil de explicar, e só poderia ser descrita de forma surreal como: se supostamente as cercanias do infinito forem paralelas com a versatilidade e a imprevisibilidade quântica da estrutura transversal de um plano longitudinal em relação ao vazio, teremos assim supostamente um extrato circunstancial da coisa toda a ser entendida. Compreendeu? Nem eu, mas assim é a lei agora. E se ela é assim, não dê bobeira, não se aventure a provocar com questionamentos razoáveis o que não tem razão. Eu tenho vasta experiência em conviver com maluco e posso lhe afirmar, nosso cotidiano bem precisa de Hadol com urgência. Quiçá uma boa camisa de força e um quarto acolchoado. Algo supostamente aconteceu com o mundo, ou o mundo realmente acabou em 2012 de acordo com o calendário Maia e nós ficamos para trás, ou precisamos de explicação dos astrofísicos, alguma onda gravitacional nos atingiu e inverteu tudo no mundo. Lamento meu parceiro de leitura, a imponderabilidade do mundo real transcendeu qualquer delírio psicodélico, ainda não lamente, estamos vivos, eu aqui, preso nesse texto, e você ai fora, em algum momento histórico da estória furtiva que nos abriga mesmo sendo em ocasiões diferentes. Circunstancial é o momento no tempo no qual podemos conviver mesmo não estando presencialmente juntos. Eu estarei aqui sempre que você quiser conversar, neste e em tantos outros textos, artigos e crônicas. Livros já produzidos e a disposição, também estes são a minha casa. E mais essa cônica deverá pertencer a um novo livro, então não se preocupe, essa minha parcela de realidade não tem como fugir daqui.


Então, assim estamos por algum motivo, e o mais recente podemos com toda certeza concluir foi a falta de habilidade politica e de ousadia necessária para cumprir uma certa liturgia de poder necessária para aplicar a correção possível no cenário. Dentro do desastre total, podemos apenas contar com algumas lições aprendidas. A que vivíamos numa ilusão, acreditávamos que existia uma força armada que zelava por nossa segurança e liberdade, não temos. Que políticos eleitos como se fossem nossos representantes não o são verdadeiramente. Trabalham controlados por barganha de interesses diversos e não os interesses dos eleitores que lá os colocaram. Se em algum outro momento histórico alguns de nós ainda tivermos alguma vida cultural esses momentos perversos estarão aqui de alguma maneira preservados para a posteridade. Enfim, a estrutura política pode colapsar e gerar algo melhor que esse momento turbilhonado por infâmias. Forçados que somos agora a aceitar todo um linguajar muito peculiar e evasivo quanto a realidade, ao menos precisamos manter a esperança de algum colapso fortuito que desmanche a estrutura do pesadelo. Expostos que estamos a toda essa alquimia conceitual da estrutura da realidade, simplesmente surfamos a crista desse feitiço verbal em compotas. E a prudência se faz necessária é claro, onde pensar virou crime emitir opinião passou a ser um ato de ousadia que beira a irresponsabilidade com a própria segurança, nunca se sabe o que exatamente pode provocar a ira do sistema. Absortos estamos em praticamente estado contemplativo perante tudo que acontece, assistindo a evolução de eventos que certamente prejudicarão nossas vidas, mas neste final de Junho de dois mil e vinte e três, princípio de inverno, não há o que fazer, no futuro próximo, quando ficar evidente o descompasso da forma de pensar da população em relação a opinião oficial permitida, campos de “reeducação” serão implementados, onde todos nós, os que divergem serão “reprogramados” para um perfil mais amigável e dócil com relação ao sistema. A classe dominante não gosta de gente contrariada, um belo e franco sorriso nos lábios é fundamental para exibir o sucesso da politica de coletivização e padronização. Todos felizes, embora não sejam, porque o fundamental é a aparência. Mas não se preocupe com isso, talvez você possa até ser usado de forma pragmática em algum projeto de mudança de sexo para se tornar inclusivo em algum ambiente no qual será necessário a transformação. Lembre-se da frase símbolo dos novos tempos: você não terá nada e será feliz. Foi bom conversar contigo, apareça quando for possível.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



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