quarta-feira, 7 de junho de 2023

Nuances.

 

                                                       Image by Gerd Altmann from Pixabay.



Nuances.


Existe em mim uma lacuna, um intervalo de eternidade que se rompeu neste agora circunstancial de um circuito explícito das agonias cotidianas, que não podem mais ser compartilhadas devido a desavenças imateriais com a densidade ambígua de dias irrelevantes. Não precisava, mas a aspereza concreta e vulgar de todos os caminhos nos levaram ao contexto labiríntico de um ocaso perverso. Os argumentos borbulharam de forma corriqueira na textura da realidade, e desestabilizaram um bem-querer. E a partir desse ponto viramos apenas paisagem fugidia, um impressionismo afetado de mau gosto para ser suportado existencialmente. Onde não mais nos reconhecíamos como um todo e muito menos como um par. E se não existe mais o algo a mais; mas ainda assim, existe presença como circunstância da ocasião, uma presença de forma inimaginável em outros tempos, pesada e desconfortável. Todos os momentos vividos e guardados nas lembranças, agora com característica opaca, obnubilado por uma furtiva intolerância, com se tudo tivesse sido apenas erro e não oportunidade de amar. Se encerrou a época dos sorrisos, dos afagos e do desejo, restou apenas o deserto escaldante e estéril de um rancor inútil, pois improdutivo em essência para chamar de nosso. Enfim, chega-se ao fim sem atributos, no total empobrecimento à custa da vaidade pessoal que não entende a amplitude do contexto e prefere apenas enxergar o que lhe convém. Ao modo heurístico nos limitamos e para fugirmos de nós perdemo-nos entre entreveros do dia a dia, uma sutil evasiva na circunstância para prosseguir sem seguir, consentir sem permitir, dar sem receber. E assim nessas avenidas construídas em descontentamento prosseguimos, no burburinho corriqueiro das ações, das oportunidades fortuitas de uma vida banal sem propósito. Então, eu que tive vida antes do nós, enquanto ocupante da minha confortável singularidade a qual você insistentemente violou, viverei dessas recordações e das próximas no pós você. Lamento, não me desculparei por tudo o que realizamos, foram posições negociadas, e assim sendo produto de cumplicidade que foram subitamente jogadas no lixo. Essa matiz em aquarela não compõe mais uma boa obra, portanto, sigamos nosso rumo, onde ao menos eu encontrarei propósito, sou bom em resolver problemas e em me adaptar. E você ocupe-se apenas de si, este seu mundo exclusivo sem espaço para mais ninguém.


E sendo assim, prosseguindo o caminho como citei outro dia, temos a tragédia do nosso tempo. Todas essas anomalias excêntricas provocadas por flibusteiros ocasionais, produto de uma insanidade que acossa o cerne da responsabilidade e da sobrevivência, A imbecilidade dos nossos tempos tem densidade, pode ser cortada com uma faca. Digerir essa gororoba sozinho, sem um contraponto ou um remédio estomacal pode ser difícil, mas enfim, não recuso o enfrentamento, o escopo da missão será atingido de um modo ou de outro. Não sou de dar abrigo a qualquer dificuldade: ocasionais, sentimentais, estruturais ou intelectuais. Me reconfiguro conforme a necessidade, o que deveria ser um padrão de todos, mas entendo as dificuldades nessa área. Talvez minha cota de desafios tenha sido exagerada e me baniram do lugar-comum. Bom amigos, não será a descrição de relacionamentos psicologicamente abusivos e invasivos que irão ou irá assim contornar nosso problema da atualidade, eles servem necessariamente como parâmetro, porque todos nós estamos coletivamente em um relacionamento extremamente abusivo com os poderosos desse país. Possuídos por um desejo insano de controle e poder, tiram-nos direitos, nossos parceiros de convivência no mundo real resolveram nos transformar em objetos, e se somos apenas um utensilio de uso corriqueiro, nos estupram mentalmente todo dia, financeiramente e moralmente também. Um jarro de barro pode ser utilizado de várias formas, para conter azeite, vinho, água ou bosta. Nos utilizam hoje para descarte de esgoto. Os detalhes costuram a realidade, e hoje politicamente nos utilizam da pior maneira possível. Escalonados do jeito que nos organizaram, estamos na banha podre que circunda a tampa do esgoto, ou mergulhados no líquido infame e fétido do buraco. A elite nos posicionou dessa maneira, quem está na tampa tenta se evadir do ambiente, quem está nadando no chorume tenta puxar os de cima para baixo. Afinal o principal desejo da maioria da humanidade é ver todos destruídos e derrotados. Os de cima mistificam um mito que os varre para dentro e os de dentro, os que nadam, sorriem em agonia por acreditar completamente nas promessas vadias de um desqualificado. Essa semelhança com o poema de Dante Alighieri não deve ser ocasional, Eu até creio que o mundo realmente acabou naquele dois mil e doze da profecia Maia. Uma crença como fuga para suportar tanta insanidade. O mundo enlouqueceu, principalmente os poderosos. E nós, o povo fomos transformados em estorvo bem desconfortável, no qual se aplica uma diversidade enorme de programas de redução populacional. Desde os mais sutis até os mais brutos. Não há misericórdia no procedimento.


Desta forma, vamos nós entre as evasivas possíveis vamos tentando escapar, se possível, da foice da morte programada. Nos escolheram para morrer, isto é fato. Este contraste de cores não nos favorece, sejamos irresolutos na superfície de uma ambiguidade extrema. Deixem vagar na incerteza o destino até que ele ocasionalmente se perca no labirinto dos desejos, e por lá encontre algo mais sedutor, para que assim nos larguem em paz. O pervertido apenas larga seu objeto de prazer ao se deparar com outro que mais lhe atraia. Não contamos mais com os que deveriam nos proteger, se venderam despudoradamente, então, que lhes seja servido o opróbrio eterno por conta dos seus atos. E assim será de bom tom deixar algum registro de uma época perversa, onde um país foi entregue sem luta por avarentos que se deixaram seduzir sem esforço por dinheiro. Como tudo isso terminará? Com certeza da pior maneira possível, se um terreno ou propriedade tem um dono displicente, não vai demorar para que alguém se candidate a posse dele. E assim passaremos de um país livre para uma vassalagem conduzida por algum novo senhor externo. Nós, o rebanho apenas mudaremos de proprietário, e rezaremos que o próximo capataz não seja tão cruel no manejo dos seus animais, nós. Sendo assim amigos, não procrastinem seus ainda possíveis sonhos de agora, não haverá espaço viável para eles no futuro próximo.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.


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