sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Cenografia de vontades.

 

                                                     Image by ErikaWhittlieb from Pixabay. 



 Cenografia de vontades.



Quando esse arrebol derrete em aurora sincrônica na superfície limite de um horizonte estipulado por regras de uma óbvia circunferência, fica claro que devaneios e sentimentos moram no delírio da pretensão de desafiar a rigidez intransponível dos fatos, exatos e matematicamente definidos em formas indevassáveis das regras que constituem o seu ser. E ser oblíquo não vai te ajudar a contornar furtivamente essa realidade com sua presença tortuosa que ousa invadir a realidade como ela é. E nessa convulsão de hipóteses onde se espera abrigo, organicamente, apenas suportará suposições que se evadem do caminho reto e não se consolidam como evidência concreta que se transforme em fato definido. A realidade possui textura própria e ela considera irrelevante sonhos lúdicos oxigenados por formulas surreais de feitiçaria política ao tentar calçar um pé maior em número de sapato menor do que o estipulado pelas dimensões reais. No mínimo, se conseguir, trará desconforto permanente ao usuário dessa premissa indigente. Não será possível ordenhar a ideologia para conseguir dessa musa infame algum néctar salvador, não, ela não terá esse recurso. Nem por arroubo de uma simonia latente que abrigue algum ilícito, se fará correto o que margeia a infâmia. Assuma seu nefelibatismo ao se reunir com seus necromantes quando perceber que o mundo ruiu como consequência de seus atos. Abrigue seus ressentimentos e assuma seus erros pois na última hora terá de prestar contas de seus atos. A verdade tem seu sotaque característico, e no fim sempre vence apesar das armadinhas preparadas na estrutura do tablado. As vicissitudes do maligno são suas próprias determinações, a ocasionalidade que supostamente encanta é a mesma que dispersa aos pedaços seus acólitos no final. Lamento por você que se perdeu nesse caminho, não existirá sossego na sua jornada, se não sabia, o mal costuma não cumprir exatamente suas promessas. A essência da perfídia habita a maioria dos homens, infelizmente é assim, e neste terreno fértil irrigado e untado com o húmus da delinquência, se constrói o cotidiano que levará a todos para a ruína. Existirá algum caminho oculto entre tanta perversidade sistêmica para encontrar a luz? Certamente, o Criador não deixa de propiciar uma alternativa de salvação, a boa vontade do amor é infinita, perene. Fora de qualquer mensuração aceitável como exata dado o seu tamanho além de todo critério que se possa ter de aferição. Depende de nós, da escolha, No livro Corpus Hermeticum tem a citação: “Ao escolhermos o melhor, obtemos não somente uma recompensa magnífica – a apoteose da civilização do ser humano – como também mostramos, além disso, nossa piedade para com Deus. Ao contrário, a escolha do pior leva o ser humano à perdição, e, ainda que não seja uma ofensa a Deus, o é no seguinte sentido: esses caminhantes que são incapazes de produzir por si mesmos algo de bom não deixam de atrapalhar o caminho dos outros e apenas passam pelo mundo arrastados pelos prazeres do mundo”. Ser um estorvo ao progresso do seu semelhante é uma agressão direta ao Criador.


Nenhum óbice será tolerado, e nenhuma artimanha materialista sobreviverá ao escrutínio da verdadeira justiça. Portanto, você, e todo aquele que se curvou ao império das vontades e do saboroso agora que teus caprichos particulares criaram para ser seu parque de diversões. O amanhã responderá inevitavelmente com condenação, a causalidade, na verdade, é esmagadora. Seus atributos são o resultado daquilo que se fez, de toda ação projetada, que sempre volta a seu ponto base no contexto, para cumprir seu determinismo de origem. Dar aquilo que foi solicitado a quem pediu. Então, não se apegue tanto a todo material cultural que lhe oferecem como progresso, ao contrário de ser avanço, o que se propaga hoje é puro retrocesso, e pior, uma tentativa deliberada de transformar o homem, o ser humano em animal irracional. Apenas submetido aos instintos básicos e incapaz de dar qualquer salto evolutivo e qualitativo dentro de sua espécie. O prazer, a saciedade desses prazeres, reprodução, declínio e morte estão presentes em qualquer ser vivo além dos racionais. Pertencer a humanidade está além de mera doutrina ideológica, fruto de delírios intelectuais de gente ressentida com sua própria existência, e por isso propagam a mediocridade como um linimento particular que venha atenuar a dor de suas feridas metafóricas característica de origem, de suas almas podres. Ser mau não é destino, mas o maligno assim captura seus serviçais com facilidades oferecidas nos momentos mais cruéis da existência, onde a necessidade turva o discernimento, oferecendo soluções tangíveis, mas que cobrarão um alto preço na construção do futuro. Todo o poder de hoje, se injusto, retornará implacavelmente para o emissor das decisões. Foi intolerante? Nenhuma trivialidade ocasional e fortuita surgirá repentinamente para te salvar, o que você que emitiu, sua criação voltará ao seu colo, não a rejeite, seja receptivo com sua criação. Veja só, me preocupo contigo, ao alertá-lo a respeito dessa sua conduta aleatória com teores de insanidade frívola e complexo de “deus”. Entenda a citação de Ayn Rand: “O homem é o único espécime que pode transmitir e expandir seu repertório de conhecimentos de geração a geração; o conhecimento potencialmente a disposição do homem é maior do que qualquer indivíduo poderia adquirir no seu próprio tempo de vida; todo homem tira um benefício incalculável do conhecimento descoberto por outros”. Numa breve adaptação semântica, temos um extraordinário cabedal de conhecimento acumulado. Qual o motivo que a humanidade tem de abrir mão de tudo isso em troca de desejos particulares e sonhos coletivistas animalizantes de um determinado grupo? Para você ter seus orgasmos múltiplos ao tentar sei rei, ser um imperador? O guia supremo de todo e qualquer ser vivente? Acorde desse delírio enquanto há tempo de salvação, ou pereça nesse onanismo ultrajante, onde terminará untado com seus próprios excrementos para sua própria danação e alívio dos seus semelhantes.


A vaidade seduz, a fortuna cobre de sorrisos estes dias supostamente exitosos, mas a lógica indica sempre o preço, a conta de encerramento sempre chega, inevitável. O futuro é construído, supostamente, por tijolos do agora. Assim cremos, sustentados por ciência, a verdadeira e a fé. Ainda temos a capacidade de raciocinar filosoficamente, por enquanto, da novíssima geração não sei dizer. Empobrecida culturalmente, aviltada nos costumes, onde seus melhores valores foram furtados por ideólogos da perversão, não garanto que em futuro próximo alguém conseguirá ter entendimento metafísico de sua própria presença na realidade. Provavelmente reduzidos, em maioria a suas necessidades básicas, enfim, agrupamentos biológicos escassos, que se desloquem na superfície do planeta, para recompor sua ainda provável necessidade de reposição energética pastando em gigantesca pradaria remanescente do que um dia foi uma civilização. Este será o cenário bucólico dos poucos que restarem, se restarem, em alguma elite sobrevivente a toda insanidade cultivada com esmero pelos profetas da demência coletiva. Escolham bem agora, não proporcionem aos degenerados oportunidades em demasia para que eles assim possam construir esse pesadelo como futuro. Aceitar vantagem financeira para se omitir ou até apoiar a construção dessa realidade distópica faz de você cúmplice do que virá, e atingirá também os seus. Tudo proporciona resultados, ação e omissão, não pense que sua próxima geração escapará desses resultados, acorde!



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citações: Hermes Trismegisto Corpus Hermeticum. Editora Polar.


Ayn Rand Breves lições. E o s devaneios do coletivismo, Dennys Garcia Xavier. LVM Editora.



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