quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Palavras interditadas.

 

                                                  Image by Alexander Lesnitsky from Pixabay. 




Palavras interditadas.


Os ouvidos supostamente nobres, forrados com uma fortuna incalculável não apreciam os acordes da verdade. Mas os senhores da inconveniência sempre surgem aleatoriamente no contexto entre bifurcações contraditórias e rebeldes para exclamar: governo mundial único é coisa de adolescente que foi criado soltando pipa no ventilador e construindo casinha no carpete com peças Lego. Nunca teve uma real experiência lá fora no mundo real onde um tombo no barro expõe o sangue no contato com a realidade. O mundo real machuca, esfola e ainda sorri do lamento dos fracos, então, sendo assim, querem criar um mundo de faz de conta, artificial, onde tudo seja programado, planejado, nele apenas residam pessoas especiais, sem mescla, sem diversidade, com todas as reações padronizadas e previsíveis numa utopia comportamental de filme de ficção científica que essa geração privilegiada tanto assistiu. Transforma-se a fantasia distópica em realidade e viva conforme seus devaneios infantilizados. Chineses comem gafanhotos, coreanos comem cachorros, mas eu prefiro uma picanha bovina, como governar toda essa diversidade com um único comando centralizado? Apenas essa sutil e tênue diferença já causaria desconforto e conflito, nem citei dos tantos costumes quanto a vestimenta, comportamento, e cultura. Carneiro, bodes, bois e porcos não ficariam a vontade se todos fossem colocados no mesmo curral, você que lê isso ficaria bem exatamente por qual motivo? Não se espante, a elite pensa justamente isso de você, o consideram apenas um animal de criação que no momento está se tornando inconveniente por ter procriado muito além do previsível. Entendam, todos nós, os que não pertencem a esta refinada elite humana somos apenas uma seborreia a ser eliminada do contexto vigente no planeta. Nada que uma planificação bem organizada e orquestrada não possa eliminar com detergente na hora certa, mas tem de ser gradativa, para não causar impacto obvio e possível revolta na massa a ser eliminada. Sem percepção de risco, a exposição coletiva é maior e o objetivo trafega tranquilamente, sem ser notado pela maioria. Alguns que notarem, serão comprados, garantindo-lhes dinheiro e uma suposta inclusão do bote de resgate dos privilegiados – tudo mentira é claro – apenas um recurso de última hora para garantir o fluxo do projeto. Neste caldeirão coloca-se um pouco de radicalismo religioso, este elemento sempre funciona como catalisador energético de fracionamento social em larga escala, uma porção razoável de idiotas úteis, essa argamassa abjeta não pode faltar, apesar do odor fétido que proporciona, e claro, não pode faltar também a adição generosa de venalidade, aquele atributo encontrado com muita facilidade em qualquer canto do país. Oferecer vantagens sempre foi um ato seguro para conseguir resultados inusitados e fora da realidade. E assim estamos prontos para o novo mundo! Que acabará defecado em grande estilo como a obra clássica de um glutão inveterado ao realizar suas necessidades fisiológicas. Será lindo!


O ambiente para o banquete onde a nossa carne será sacrificada já está praticamente pronto. Uma geração predominante que só se interessa por pancadão em termos de música, muito sexo, e com baixíssimo padrão cultural e escolar, deseja cada vez mais absurdos e não possuem comedimento ao mergulharem em qualquer boçalidade oferecida com alimento dos seus instintos. A elite mundial trabalhou bem, estamos apenas no prefácio de uma obra tremendamente destrutiva e já sentimos os efeitos das obscenidades que irão chegar. Se não existir nenhuma reação consistente, com certeza dessa vez chegaremos no tão decantado em prosa e verso , fim da história. A conclusão de um ciclo existencial como civilização diversificada e rica com opções infinitas de recursos, principalmente cognitivos, de onde se tirou todo o progresso alcançado até aqui. A dor psicológica de conseguir perceber a decadência programada e o estratagema cruel se faz presente. Um lamento filosófico que mergulha no espaço profundo de um subconsciente que se organizou para a excelência e não para o vulgar. Ao assistir uma decadência programada por semelhantes que enlouqueceram com suas enormes posses materiais. Onde muitas cabeças bem gerenciadas quanto a carreira e a cultura se comportam como se estivessem imunes e a salvo do que está por vir, não não estão. Senhores doutores e personalidades com preparo acadêmico e profissional, o que foi preparado atingirá a todos, mesmo os academicamente preparados e com inteligência acima da faixa mediana. A inteligência artificial em algum momento no futuro cada vez mais próximo substituirá todos vocês. Profissionais liberais de forma geral serão inúteis com suas habilidades sempre defasadas quanto ao mais atual escopo da ciência aplicada. Uma máquina se atualiza em tempo real com tudo o que possa acumular de informação que seja criado naquele momento específico da ação. O risco de se tornar desnecessário paira acima da cabeça de qualquer um que não pertença a essa nobreza exclusiva de bem nascidos. Não se engane, seu doutorado e mestrados não lhe servirá de abrigo contra algo que raciocina e dá soluções mais rápido que você. Toda essa capacidade científica poderia ser utilizada para o bem, para a construção de um futuro melhor para todos, para conforto, entretenimento e pesquisa científica sem limites humanos de cálculo, mas a ferramenta mágica está nas mãos de degenerados sociais, e eles vão direcioná-la para o fim que eles desejam, e não para benefício de toda humanidade, porque toda humanidade é um conceito que não se encaixa muito bem no propósito que eles possuem. Com controle da informação, com patrulhamento comportamental e vigilância de situações de risco para eles e suas políticas, criarão uma armadilha de onde não será possível escapar. De contradição em contradição estão criando a distopia infernal preferida de suas almas sequazes ao delírio particular de uma minoria afetada por uma superioridade fantasiosa.


Mergulhados profundamente nesse disparate filosófico que provavelmente teve origem em mentes mal formadas em encontros casuais de algum lupanar onde progenitoras adversas e diversificadas quanto a origem pariram seus protótipos caudilhescos de velhacaria performática para destruir o mundo como conhecemos. Toda filosofia gerada e que parte do finito se torna uma blasfêmia conceitual apenas por existir na realidade infinita. Schelling definiu muito bem: “Toda filosofia que parte do finito emaranha-se em contradições, pois mesmo que o finito seja seu ponto de partida, ele o é apenas a fim de atingir a partir dele o infinito. Uma ciência que em toda parte excluísse o infinito não seria de maneira alguma filosofia”. Então, partindo de uma premissa falsa constroem uma artificialidade truncada com delitos conceituais onde a especulação científica está aprisionada na finitude de seu alcance. E com essa abordagem pretendem reconstruir o mundo dos sonhos deles, alicerçado em contrassensos expelidos por uma quimera contraditória que se alimenta da sordidez de seus arautos. E assim teremos interditados nossos bens, nossa palavra e nossa vida. A base da civilização como conhecemos é a filosofia, se filosoficamente estamos conspurcados e alienados, esta que é o ápice do raciocínio humano em seus melhores momentos, nada mais restará do que a animalidade concreta com talvez, alguns episódios de tênue raciocínio para apenas colocar o nariz para fora da lama que vai nos envolver. Você que olha e não vê existirá um momento onde terá de realmente olhar para não ver, pois se ousar ver o que realmente acontece, terá decretado o seu fim. Pense, no meio de tudo isso, talvez seja uma vantagem.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 - 91992 CRA – RJ.



Citação: Propedêutica da filosofia. De Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling. Editora Vide Editorial.


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