terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Azimute.





Não desisti de um horizonte.

Ainda que não o alcance,

Mesmo furtivo e distante,

Lá ficam; meu eu e instante.


Aquele momento ali e além.

Mesmo na inércia do sentido,

Içado no limite de um, porém...

Onde meu agora é medido.


Não há tempo! Nem elemento!

Só a força de um pensamento.

Que impele como uma canção.


Nos paços e espasmos contidos,

No meio e bem escondido,

Sou tormenta e turbilhão!



Gerson F. Filho.


Recanto das letras.


Um comentário:

  1. Poeta Gerson, muito bom o seu soneto!
    Não desista do seu horizonte...

    «Não há tempo! Nem elemento!

    Só a força de um pensamento.

    Que impele como uma canção.»

    A poesia abre todos os horizontes do espírito.
    Gostei.
    Abraço amigo
    T.G.

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