domingo, 15 de setembro de 2024

Anomalia abrangente.

 

                                                              Image by SK from Pixabay.





Anomalia abrangente.




Bom amigos, vamos cavar fundo nesse conceito, então, sendo assim, desenvolveremos essa crônica com aspecto de artigo, porque será muito mais informativa, e portanto longa. As diferenças de estilos são bem sutis, o artigo é mais informativo, a crônica mais literária, porém no fim as duas informam com estilos e características próprias a seu escopo ou função. E sendo assim como iremos desenvolver o raciocínio para que todos tenham alguma compressão de como o mundo se tornou essa baderna atual, crianças! Vamos mergulhar nas origens e para isso teremos de citar alguns autores fundamentais, e serão muitas citações pois a coisa em si exige esse trato mais aprimorado, até que para vocês tenham as referências necessárias para pesquisa, pois eu sempre procuro favorecer esse campo, nada de afirmar algo que não possa ser confirmado na literatura específica que abrange a área citada. E sendo assim voltaremos nesse intervalo de tempo, diversas vezes para demonstrar como essa loucura surgiu e se alimentou de sonhos e esperanças provocando na maioria dessas vezes tragédias determinantemente coletivas e gigantescas para produzir a morte da liberdade, diversas vezes através do tempo. Venham comigo nessa saga que vai procurar descrever como a tragédia em forma de anomalia surgiu e prosperou, foi produto de atividade humana intelectual eivada de vaidade e de teor discriminatório, um rancor inerente a um tipo de gente que parece ter ódio a humanidade e não faltou a eles capacidade, eram soberbos incontroláveis na sua análise da sociedade. Mas os movimentos foram registrados para a história, apenas estes argumentos foram sonegados para vocês mais jovens, com o intuito de mantê-los desinformados e sob controle. Vamos lá com Ludwig von Mises, um autor odiado pela esquerda, pois ele transformou toda teoria econômica de Marx em pó. “Marx tinha “anti-talento” – ou seja falta de talento. Ele foi influenciado por Hegel e Feuerbach, especialmente pela crítica deste ao cristianismo. Ele admitia que sua teoria da exploração fora tirada de um panfleto anônimo da década de 1820. Suas teses econômicas eram distorções de ideias tiradas de (David) Ricardo (1772 – 1823). Marx era um ignorante no que se referia à economia; ele não percebia que pode haver dúvidas sobre o melhor meio de produção utilizado. A grande questão é saber como devemos utilizar os escassos fatores de produção disponíveis. Marx achava que era óbvio o que tinha de ser feito. Ele não percebia que o futuro é sempre incerto, que é o trabalho de todo homem de negócios está em ser o fornecedor para o futuro incerto. No sistema capitalista, os trabalhadores e aqueles que trabalham com tecnologia obedecem ao empresário. Sob o socialismo, eles obedecerão ao oficial socialista. Marx não levava em consideração que há uma diferença entre dizer o que precisa ser feito e fazer o que outra pessoa diz que tem de ser feito. O Estado socialista é necessariamente um estado policial”. Trocando em miúdos, o “deus” base da ideologia predominante no mundo hoje era um idiota. Mas devemos reconhecer, como eu já citei anteriormente em alguma crônica minha: “O socialismo é uma fraude intelectual de muito sucesso”. Hegel foi o grande inspirador de Marx, e Hegel foi encarregado de criar uma ideologia, adivinhem em quem ele se inspirou principalmente? Platão, Heráclito e Aristóteles. Aquela turma da democracia para poucos, regida por uma elite intelectual apoiada pelos supostamente melhores. Parece com algo que temos agora? Onde um tribunal de poucos homens detém todo o poder? É bom? Claro que não! Mas é a formação de poder original, passada por nomes proeminentes da história e filosofia. Talvez seja esse o nosso trágico destino, a escravidão. Karl R. Popper outro grande intelectual citou que: “O hegelianismo é o renascimento do tribalismo. A significação histórica de Hegel pode ser vista no fato de representar ele o “elo perdido”, por assim dizer, entre Platão e a forma moderna de totalitarismo. Na maioria, os modernos totalitários não se aperceberem de que suas ideias podem ser rastreadas até Platão”. Karl Marx se alimentou dessas ideias para construir o seu sistema político, que na verdade era um filho parido, resultado dessa relação infame de estratégia para domínio do povo, nem original ele foi. Vocês têm de entender que o coletivismo infame de Hegel se apoiava totalmente nas diretrizes de Platão, Hegel deu início e Marx copiou. Nem na sua suposta ideologia conseguiu elaborar por conta própria algo original.



Para deixar bem claro a estrutura doutrinária e sua origem Hegel declarou: “O universal se encontra no Estado” escreve Hegel “o Estado é a ideia divina tal como existe na terra. Devemos, portanto adorar o Estado como manifestação do Divino sobre a terra, e considerar que, se é difícil compreender a Natureza, infinitamente mais árduo será apreender a Essência do Estado… O Estado é a marcha de Deus pelo mundo...Ao Estado pertencem, essencialmente, a consciência e o pensamento. O Estado sabe o que quer… O Estado é real; e… A verdadeira realidade necessária”. Acredito que vocês já perceberam de onde vem o complexo de Deus dos lideres da esquerda, vem de longe, vem dessa imbecilidade de colocar o Estado acima de qualquer coisa, de tudo, o tornando um Deus de fato, e seus representantes divinos e com direito de vida e morte sobre todo restante do povo. Mas tudo isso foi apenas um trabalho intelectual de um homem para bajular o rei da Prússia, Frederico Guilherme II. Em momento de crise e instabilidade política tudo isso foi criado para lastrear politicamente um rei, o colocar numa posição de poder absoluto, uma vez que o rei é o Estado. Nessa ideia de comando exclusivamente criada por filósofos, temos um problema: quem determinará quais filósofos serão escolhidos como merecedores de ocupar cargo tão determinante para a vida de todos? A regra seria bem clara, ninguém poderia fazer nenhuma atividade humana sem permissão desse grupo. O livre comércio, a liberdade, a diversificação de ideias e de comportamento, enriqueceram o mundo com sua pluralidade e flexibilidade de adaptação e de atitude livre comportamental de consumo e de prestígio e satisfação dos interesses particulares. Onde a força do conjunto está presente na diversificação intensa de propostas que concorrem para o progresso da humanidade como um todo. A força do conjunto está justamente em não ser um monólito, rígido, sem flexibilidade. A liberdade proporciona a negociação justa, a aplicação das novas ideias, e o sucesso ou o fracasso atual como correção de rumo ou um ajuste circunstancial da proposta aplicada e a análise de resultados. Claro, como seres humanos, espertalhões irão procurar obter vantagens ilícitas nesse processo de liberdade, mas em processo de controle total do Estado, os mesmos espertalhões ganharão com a rigidez do sistema, trabalhando para esse Estado, o que leva ao raciocínio lógico de que os espertalhões estarão sob maior controle em sistema de liberdade democrática e suas ferramentas constitucionais, do que transformar esses mesmos espertalhões em fiscais do governo. E é isso que o socialismo faz, coloca no poder os que possuem essa característica infame de caráter, um dos clássicos motivos para nunca conseguirem sucesso em seus governos, apenas resultado sofríveis no mínimo, ou o desastre econômico e social total, o que presenciamos hoje, o naufrágio evidente da economia, que aumenta dramaticamente a carga tributária e não consegue acumular capital para o governo, gastando todas as reservas acumuladas anteriormente. O resultado final todos nós sabemos, o colapso financeiro e o empobrecimento generalizado. E assim cá estamos crianças, eu sei, seus professores não explicam a respeito desses assuntos constrangedores. Essas coisas provocam o efeito colapso em toda estrutura doutrinária que eles pregam. Por isso, a anomalia é tão abrangente e parece ser a vitoriosa no nosso momento existencial. Como também vivemos um momento onde a possibilidade de uma guerra mundial em larga escala, e nuclear é um possibilidade palpável, não sei o que realmente restará de mundo para viver, mas aqui está para quem sobrar e tiver a capacidade de ler um registro de conhecimento real da situação. As origens das consequências que vivenciamos e vivenciaremos em breve. Se tiverem dúvidas, pesquisem os autores citados, eles possuem vasta obra a respeito de toda abordagem desse trabalho. Até a próxima oportunidade.




Gerson Ferreira Filho.


Citações:

Marxismo desmascarado. Ludwig von Mises. Vide Editorial.


A sociedade aberta e seus inimigos Tomo 2. Sir Karl Popper. Editora Itatiaia Limitada.


A maioria dessas crônicas estão em áudio no meu canal do Telegram. Que se chama também Entretanto e pode ser acessado no link abaixo. Uma abordagem mais personalizada do texto na voz do autor. 

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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Axioma exógeno.

 

                                               Image by AstroGraphix Visuals from Pixabay.






Axioma exógeno.



Amigos, existe hoje uma necessidade lógica, apodítica, dentro de uma doxa epistêmica de estrutura lacônica porém desconfortável na estrutura da realidade, principalmente na administração das leis. Nada mais se move nesse complexo mundo empanado por pura retórica sem um confronto lisérgico com a tradição legal. Nessa sensação aflitiva de contaminação por um impertinente e ousado oxiúros jurídico habita uma eloquência pertinaz para que os caminhos permaneçam tortuosos e indefinidos, aqui temos os que sentem prazer com a coceira e não se importam mais com a normalidade do contexto, o desvio parece prazeroso e gratificante dentro dessa realidade de conceitos que se adéquam a cada momento a uma realidade favorável ao vaticínio apropriado para o momento. Confesso, me considero feliz por ter mudado de área, de Direito por Administração. Queiram me perdoar os tantos amigos, alguns pessoais do Direito, a profissão de vocês foi esculhambada, esse é o termo apropriado. A estrutura básica foi sabotada por ideologia e interesses políticos, e onde deveria existir apenas o caminho da lei, hoje se vê apenas o improviso que se adapta com a necessidade do momento. E como sugere o título desse trabalho, se a premissa provém de causas externas contaminadas, todo o corpo conceitual de tão importante segmento fica sem sentido e assim temos o risco evidente de que ilegalidades oportunistas venham a se instalar como arbítrio da estrutura social. Mas como eu citei anteriormente, a coceira ficou gostosa, e como um vício virou rotina aceitável transgredir a letra da lei mesmo que pareça estranho e desagradável. Afinal, é por um mundo melhor, Platão ficaria orgulhoso desse novo governo dos melhores, conforme seu pensamento, mesmo que os supostamente melhores, não sejam necessariamente isso, e sim escolhidos por influência e política. O conceito de democracia foi gradativamente expandido para mais participantes. O conceito original só permitia a manifestação e voto de uma elite social, não era para o populacho ignaro. Bom, através do tempo o povo ganhou o direito de participar, claro, a elite não gostou muito dessa ideia. E assim de adaptações em adaptações, chegamos novamente ao controle de poucos sobre muitos, esses muitos não possuem direito, apenas deveres, não há mais lei que os proteja. A ciência do Direito hoje passa a abrigar proteção a quem merece privilégio. Protegido por um complexo e peculiar jargão profissional, se torna possível adotar a decisão mais absurda porém, com revestimento semântico de uma metáfora para parecer adequado embora ilegal. Afinal, ao povo foi negado o ensino de melhor qualidade, e ninguém ou quase ninguém vai entender mesmo. O povo quer cerveja, futebol, praia e sexo. Podemos considerar que hoje a complexidade da vida intelectual verdadeira é para poucos, muito poucos, a população de inteligência limitada só se interessa por prazeres pessoais e vantagens oportunas, como isso será gerado? Ah, que se dane. Mas ao escolherem a mediocridade, também se tornam disponíveis para a eliminação do cenário, é disso que trata a elite mundial, despovoamento. A inteligência artificial está presente no nosso agora, para fazer todo trabalho que seria para os desqualificados e até para os pouco qualificados. Em breve ela também ocupará a vaga dos especialistas e por fim, o que fazer com tanta gente inútil? Adivinhem? Entenderam? Àquele mundo distópico que um dia talvez você tenha lido em alguma obra de um escritor famoso se torne a sua realidade. Bom, quem acompanha o que eu escrevo, tem um bom roteiro registrado de como chegamos a essa situação, eu procuro registrar nas minhas diversas crônicas e artigos essa sensação de fim de mundo se avolumando, enquanto a maioria gasta tempo com futilidades. Eu uso na maioria das vezes grandes autores, intelectuais de primeira para demonstrar que outro caminho existe, mas tenho a sensação de pregar no deserto. A lei, a corrupção dela foi o caminho adotado para gerar facilidades para esse desfecho que se avizinha. A humanidade de forma geral, inclusive os que a comandam perderam conteúdo filosófico, hoje tudo gira em torno de poder e prazeres, nesse mundo mentecapto apenas a insolência do absurdo se ocupa do cotidiano. A vantagem hipotética que pode se tornar plausível corresponde ao propósito de muitos e assim temos o berço do absurdo como aceitável e até relevante no processo de ascensão social.



E sendo assim, aqui estamos, nesse caldo que ousa ser literatura e que tenta ser apologético nesse texto ocasional de uma época destrambelhada e sem rumo certo. Claro, não pode passar sem registro a evidente desigualdade e desequilíbrio do processo de leis forjado para ser submisso ao que não se entende. Os que no futuro conseguirem ler esse registro saberão a respeito das obscenidades que foram praticadas para obter seja lá o resultado que conseguir ser produzido de uma época com aspecto encardido de atividades que não condizem com o bom propósito. Nós, aqui encarangados entre absurdos, prosseguimos na boa fé de que algo mude no cenário para proporcionar um equilibrismo de fato na estrutura psicológica de um tempo que parece condenado a mergulhar no erro que se tornou sistêmico. Amiúde, estamos sobrenadando em dejetos psicológicos de uma geração perdida, e nada indica que irão assim retroceder no planejamento, o desconhecimento e a falta de análise de impacto alimentam a ousadia, e se o resultado do desastre não os atinge, então, por que se preocupar. Não seria uma verminose no orifício corrugado da estrutura legal que seria o problema, transforme a coceira em prazer e encare como um bicho-de-pé circunstancial da estrutura jurídica. Ele está lá, mas coça gostoso. E assim citando Aristóteles: “A alma e a essência da alma são idênticas, mas o homem e a essência do homem não são idênticos, a menos que se venha a chamar a alma também de homem”. As combinações estruturais não são o que parecem ser no contexto da realidade. O que delimita o limite não é o limiar mas a ousadia intrínseca do ser que se constitui de ousadia. Mas essa conversa metafísica se torna inútil mediante o empobrecimento cultural e intelectual de uma era corrompida. Façamos então, da tenacidade nosso abrigo e que o improvável aconteça, uma aurora plena para assepsia com luz das densas trevas.



Gerson Ferreira Filho.



Citação:

Metafísica. Aristóteles, Edipro Editora.




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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Estrutura anômala.

 

                                                    Image by Vicki Hamilton from Pixabay.




Estrutura anômala.




Bom, uma vez que estamos margeando o inconcebível, com a volúpia dos celerados se impondo de maneira obstinada na estrutura da realidade, podemos de fato concluir que a realidade se tornou surreal para conflito substancial na base humana de ser e se comportar. A prioridade clássica foi descartada para dar lugar ao improviso semântico de estruturas viciadas e de perfil subalterno ao desaforo com a ética e a razão. Estar certo e viver sob as regras da civilização se transformou em subversão, ter ideias próprias virou um risco diversificado entre paredes de ódio ideológico, construídas sem o mínimo de sensatez através do tempo. Não há muito o que explicar no cenário agora, apenas observe a decomposição social das autoridades, aqueles que detém o poder de transformação e condução de um país e do mundo. Faz sentido buscar a autodestruição sistemática? Obnubilado no tempo estão os melhores valores, as crenças que davam a estabilidade de grupo e proporcionavam identificação associativa perene para a sociedade. Tudo o que resta são os jargões padronizados, sistematizados e danosos ao trato particular da pessoa. O elemento foi conduzido ao triturador de conciliações, nada mais pode ser apaziguado, hoje a harmonia só pode ser permitida no erro, e você que se dane, por pensar diferente. Não há alternativa, ou você se submete ou como na terminologia bem atual, “resolvem” você. Afinal, a anomalia, você, deve ser eliminada, existe um projeto e você se tornou inconveniente por exercer uma variante intelectual “obsoleta” de acordo com a nova regra, criada por um segmento social comprometido com o arbítrio e o controle total da sociedade dentro de um parâmetro específico de linha industrial. Claro, para os outros, não para eles, evidente. Você comerá uma ração padronizada, e eles comerão filé mignon. A desestabilização mental é a regra a ser seguida, todo valor conservador deve ser abolido para que possa ser aplicado o novo credo da infâmia. Hans-Herrmann Hope proporciona uma interpretação do que é ser conservador: “Conservador, refere-se a alguém que reconhece aquilo que é antigo e natural através do “ruído” das anomalias e dos acidentes; refere-se alguém que o defende, o apoia e ajuda a preservá-lo contra aquilo que é temporário e anômalo. No âmbito das ciências humanas – incluído ciências sociais -, o conservador reconhece as famílias ( pais, mães, filhos, netos) e os lares familiares com base na propriedade privada e em cooperação com uma comunidade de outros lares como às unidades sociais mais fundamentais, mais naturais, mais essenciais, mais antigas e mais indispensáveis”. Melhor detalhamento comportamental de um conservador ainda não encontrei. E nessa característica que os inimigos da civilização atacam, porque na ordem e no equilíbrio não existe a possibilidade da loucura prosperar, então, a estrutura base é sistematicamente atacada, para que a anomalia se instale e domine de forma ampla o cenário atual. Existe no homem uma profunda melancolia em sua origem que o leva a desejar o controle. Nesse desalento intrínseco, alguns buscam autoafirmação no poder exacerbado, que se nutre da indigência intelectual proporcionada por cabresto ideológico, não são mais capazes de enxergar o óbvio, a liberdade não é o inimigo. Não ofende ninguém o outro ser livre, ter seu próprio espaço mental sem interferências, ter suas opiniões de mundo sem precisar ser tutelado por uma programação coletivista de controle. Na lassidão dos sentidos se avoluma e assim prospera o mal. A obviedade das lacunas que se abriram no tecido social permitiram um descompasso evidente com a realidade sadia do convívio em grupo, não há como negar. Grupos segmentados por propósito desequilibrado, atuam para gerar conflito, desordem e pretexto para mais controle. Há uma metonímia em disforia gerando incongruência na realidade, não há mais expectativa de equilíbrio e harmonia nesse palco onde se desenvolve a nossa comédia. Chegamos em um ponto onde muita gente sente prazer pelo controle, como um masoquista inveterado, que a cada chicotada agradece e pede mais. Claro, o sádico de plantão sorri e aproveita o momento, se estão pedindo, qual o motivo de não proporcionar mais brutalidade. Com dizem os psicanalistas, são os detalhes profundos da alma humana. O que pode levar a crer que até no inferno, se ele realmente existir, deve haver os que recebem punição cruel eterna e gritam: Delicia! Li algo a respeito no livro vermelho de Carl G. Jung.


Oportunamente de modo furtivo, aqui estamos nas reentrâncias perversas da existência humana procurando oferecer de alguma forma compreensão da realidade. Ao menos isso, conhecer o formato de onde se está inserido, a escolha deve ser pessoal, a luz ou as trevas. Nessa bolha submissa ao bailado das circunstâncias aqui nos oferece de tudo um pouco, das artimanhas ardilosas do mal, até a luz dos filósofos e metafísicos que gritam seus preceitos no deserto da compreensão humana. Parece desperdício de conhecimento e vontade, mas uma semente aqui e ali de deposita em solo fértil. A sensibilidade se agiganta na estrutura dialética persuadindo a alma a obter um propósito além de apenas ser um animal que caminha na superfície da terra. F.W.J Schelling cita: “O vínculo que unifica a nossa personalidade é o amor e se somente a ligação produtiva de ambos os princípios pode ser criadora e produtora, então, é o entusiasmo no sentido próprio do termo que é o princípio ativo daquela arte ou ciência que cria e produz”. Munidos da paixão existencial através dos milênios não permitimos o desânimo nas piores circunstâncias. E se a questão se torna a produção de interrogações deixamos para vocês uma interessante de Stephen W. Hawking: “Vivemos num universo desconcertante. Tentamos dar sentido à nossa volta e perguntamos: qual é a natureza do universo? Que lugar ocupamos nele e de onde viemos, ele e nós? Por que é assim, exatamente desse jeito?”. Existir em tudo isso não requer passividade e sim uma atuação constante de transformação e adaptação, onde a realidade pode até ser corrompida, mas existirão aqueles que vão se propor objetivamente a corrigir todo e qualquer desvio na estrutura do tempo e do espaço que venha a surgir nesse tecido que nos abriga. Não me importo em ser um alfaiate da realidade, cerzir o agora está na especificação do meu propósito. 



Gerson Ferreira Filho.



Citações:


Democracia, o Deus que falhou. Hans-Hermann Hope. Editora Mises Brasil.


Investigações filosóficas, sobre a essência da liberdade humana. F.W.J Schelling. Edições Almedina S.A.


Uma breve história do tempo. Stephen W. Hawking. Circulo do Livro.



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