sexta-feira, 11 de julho de 2025

Um perímetro para guarnecer.

 


                                                              Image by Anja from Pixabay. 





Um perímetro para guarnecer.




E assim devemos por segurança estar aprovisionados em nosso espaço mental para suportar tanta surrealidade e ignorância que hoje a sociedade nos proporciona sem receio de ser invasiva e inconveniente. Naturalmente sempre existiu e vai existir uma cota determinada de estúpidos no mundo mas como agora ele adquiriram protagonismo e relevância passaram a transformar o mundo em algo surreal. E as esquinas do mundo são sinuosas e controversas, sempre com aquele olhar sedutor para lhe oferecer algo incorreto para o levar ao abismo. A vida é um oximoro pedante que sempre lhe oferece duas alternativas: uma errada e a outra incorreta, e dessa combinação inadequada se produz um futuro injusto e desajustado com o perfil de um mundo sadio. Viver no hospício não é fácil, mas é o que temos em um período onde a negligência revestiu a realidade com uma loucura contumaz. Portanto, se proteja dentro da cultura relevante, lendo bons autores e não apenas os da camada ideológica que são apenas serviçais fiéis dessa insanidade. Carlo M. Cipolla criou às leis fundamentais da estupidez humana e entre tantos comentários nos ofereceu: “É preciso ter em mente que, de acordo com a segunda lei fundamental, uma fração da população votante corresponde a pessoas estúpidas, e eleições oferecem a todas elas uma oportunidade magnífica de fazer o mal a todas as outras pessoas sem ganhar nada por sua ação”. E o que diz essa tal de segunda lei? Aqui está: “A probabilidade de determinada pessoa ser estúpida independe de qualquer outra característica dessa pessoa”. Então, eu comprovei isso pessoalmente gerenciando pessoas e me relacionando diretamente com profissionais de alto escalão, Profissionais, uns até com doutorado que exalavam estupidez e era necessário aparar arestas para que determinada ação ou tarefa não acabasse em desperdício, improdutividade em cronogramas altamente complexos de atividades rotineiramente especializadas. Normalmente um estúpido está sempre coberto de certezas e sempre procura seguir essas convicções errôneas que lhe dão lastro a sua peculiar arrogância que o define sem que ele se perceba como um idiota.



Na verdade, a estupidez estratifica o mundo em camadas de insanidade, aplica sempre o desejo vulgar de informações aleatórias e não fundamentadas na verdade. Para um estúpido reconhecer a verdade se faz necessário um forte trabalho de descontaminação criterioso e sensato quanto a lhe oferecer alternativas que pareçam ter saído da cabeça dele, é assim que se lida com deficientes mentais. A solução tem de ser semeada com cuidado na cabeça do necessitado para que ele aceite a mudança dentro dos paradigmas paradoxais que habitam uma mente conturbada. Cipolla também cita em referência: “A maioria das pessoas não age com consistência, sob determinadas circunstâncias, uma determinada pessoa age com inteligência e sob outras diferentes a mesma pessoa vai agir de forma vulnerável. A única exceção importante a essa regra é representada pela pessoa estúpida que normalmente demonstra um forte pendor na direção da consistência perfeita em todos os campos do empreendimento humano”. O estúpido sempre foge para seu nicho de entendimento particular, por isso há necessidade de que seja tutelado intelectualmente para não se perder em conjecturas infames de seu raciocínio limitado. Thomas Sowell apelidou essa turma de Os ungidos, um livro que recomendo, e eles hoje comandam o mundo. O resultado se torna evidente ,basta acompanhar o noticiário para entender que algo vai muito errado na governança geral. Para lidar com esse mundo complexo eu sugiro a aplicação da Navalha de Ockhan, não sabe o que é? Enquanto o estúpido complica, busque a simplificação. Essa abordagem filosófica vem do frade franciscano Guilherme de Ockhan, lá nas profundezas do século XIV. E é usada até hoje com um simplificador de procedimentos, alguma coisa muito complexa se resolve com a mais simples das abordagens. É mais ou menos isso: “A pluralidade não deve ser postulada sem necessidade ou é inútil fazer com mais aquilo que pode ser feito com menos”. E também o autor do livro a respeito dessa filosofia Johnjoe McFadden cita: “Em 1934, Albert Einstein insistiu que o grande objetivo de toda ciência é cobrir o maior número de fatos empíricos por dedução lógica a partir do menor número possível de hipóteses ou axiomas”. Um estúpido ou imbecil não possui capacidade de trabalhar filosoficamente assim pois estão imersos em convicções vadias e deturpadas na sua particular estrutura mental. A certeza é o abrigo do estúpido, e hoje temos muitos em função de comando, criando privilégios para si e os seus companheiros de insanidade. Por isso a necessidade de fortalecer o espaço mental vital para não ser tragado por esse oceano de dejetos mentais onde estamos por obrigação existencial mergulhados. Sem uma boa estrutura intelectual, privilegiada com bom conteúdo de conhecimento a respeito de filosofia, economia, psicologia, literatura e organização social com uma boa dose de administração de procedimentos estaremos expostos demais a atmosfera exterior que hoje não é saudável.



Guarnecidos em nosso espaço mental assistiremos essa tragédia patrocinada por ideólogos e agentes de desestruturação social que foram muito dedicados em pregar o erro como se fosse algo vantajoso e correto. Como artificialidades não se sustentam por muito tempo a tragédia virá, o colapso do sistema e de sua estrutura mental em algum momento entrará em conflito sistêmico e não poderá prosseguir pela simples falta de material humano de qualidade para dar prosseguimento no devaneio, pois até para sonhar corretamente se faz necessário qualidade de raciocínio. O desastre fareja a incompetência e sempre acha seu alvo, tudo é uma questão de tempo.




Gerson Ferreira Filho.




Citações:


As leis fundamentais da estupidez humana. Carlo M. Cippola. Editora Planeta.


A navalha de Ockham. Johnjoe McFadden. Editora Sextante.



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quarta-feira, 9 de julho de 2025

O avesso da lógica.

 

                                                        Image by Juanita Mulder from Pixabay. 





O avesso da lógica.




E assim nesse trabalho que executo de acompanhar a realidade e seus atributos contemporâneos e de presença marcante nessa circunstância que nos abraça para que sustentados estejamos no tecido desse agora controverso, temos aqueles que lutam para ser taxados, para pagar imposto. Não acreditam? Pois é, chegamos nesse ponto de delírio social onde a vítima implora o contato do chicote com sua pele como se isso fosse lhe proporcionar prazer. Como chegamos nesse nível? Ora, com professores que pregam a decapitação de opositores nas universidades, de economia planificada, de coletivismo e outras taras ideológicas diversas e incapacitantes. Quem lê os grandes autores da economia sabem diferenciar o que é oferta, demanda e empreendedorismo. Adam Smith determinou como funciona: “Dê-me aquilo que eu quero e você terá isto que você quer”. E também algo com mais conteúdo explicativo a respeito do funcionamento da economia: “Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que eles têm por seus próprios interesses”. E também um detalhe constrangedor para nossos dias de amor a dependência econômica do Estado, onde se prefere receber benefícios do governo do que trabalhar: “Ninguém, a não ser um mendigo, opta por depender principalmente de seus concidadãos”. O que nos leva a crer que estamos numa época de mendigos, pedintes maltrapilhos e esfarrapados de alma. E assim sendo essa gente, toda essa massa humana apoia o aumento da cobrança de impostos, pois isso transfere dinheiro da camada produtiva para quem não produz nada, é um perfeito inútil. Qualquer imposto, tenha o nome ou a sigla que tiver vai parar no preço final ao consumidor, entendam; o empreendedor, também conhecido como empresário tem sua receita proveniente de sua atividade específica, e ele não vai absorver mais carga tributaria sacrificando sua margem de lucro para nenhum projeto social. Porque amigos, o governo não tem dinheiro, ele arrecada os recursos através dos impostos para pagar suas obrigações administrativas e compromissos populares e populistas. Atender necessidades e desejos é a alma da economia de livre mercado, e os que se prontificam a realizar esse atendimento criam muita vezes fortunas, em outros casos apenas sobrevivem com sua margem de produtividade após desconto de todas as obrigações tributárias, essa que vão para o governo.



Entendam, existe uma margem de sobrevivência onde o empreendedor não permitirá invasão de forma alguma, pois ali está a qualidade de vida dele, e se um novo imposto for criado, ele simplesmente irá repassá-lo para o preço do produto que coloca na praça. O que irá assim onerar o consumidor interessado em tal produto, pode ser pão, carne, arroz, feijão, leite, ovos etc. Vamos desenhar: através de um estorinha bem simples. Dona Gertrudes é uma excelente confeiteira, e sendo assim resolve empreender e produzir doces em geral para vender na porta de casa. Para produzir os diversos doces ela precisa de insumos, de produtos base como farinha, açúcar, ovos, leite, essências diversas, corantes, e ainda formas metálicas variadas e claro gás para os fornos onde serão cozidas todas essas guloseimas. Tudo isso tem um custo que será incorporado no preço do produto, assim como o preço da mão de obra, o esforço consumido em produzir e o tempo gasto nessa produção. Ela sendo organizada, ela anota tudo isso direitinho para obter a margem real que dedicará ao lucro, o retorno esperado com a produção. Essa margem de lucro tem de compensar todo o trabalho e gerar receita para comprar novos insumos, e claro, a justa e merecida sobra que irá portanto, recompensar todo trabalho. Este equilíbrio se mantém até que o governo crie uma nova tributação. Ao surgir um novo imposto, os fornecedores de matéria-prima aumentam seus preços para descarregar o novo imposto em quem compra, e assim esse novo tributo vai para dona Gertrudes, e ela não vai ficar com esse prejuízo que reduzirá sua margem de lucro, também reajustará o preço de seus doces. Portanto, aumento de imposto impacta diretamente no preço final ao consumidor que pagará mais caro pelo produto que deseja, até mesmo um docinho excelente para agradar o paladar do dia. Seja um imposto direto ou um imposto sobre operações financeiras, o mercado vai entregar esse reajuste de preços na sua mão prezado consumidor. Não é uma medida inteligente apoiar aumento de imposto porque quem vai pagar é você mesmo, no final a sua renda familiar será reduzida pelo governo para satisfazer necessidades alheias aos seus interesses pessoais. Não seja burro o suficiente para ajudar o carrasco a lhe esfolar, por favor, o bom senso agradece.



Governos não democráticos e improdutivos se alimentam de altíssimas cargas tributárias para satisfazer seus luxos e para manter parte da população sob controle de seus benefícios sociais criando uma legião de dependentes fiéis que entregarão sempre seu voto ao sistema. Existe também a causa base do aumento de preço a expansão da moeda, impressão de dinheiro, o que torna o valor de face menor pois há mais dele em circulação. Um fenômeno monetário já explicaram diversos economistas renomados, alguns com prêmio Nobel nessa área. O ser humano de forma natural pensa primeiro em si e no resultado que terá para se sustentar e ter conforto financeiro, Adam Smith também cita isso: “Todo indivíduo sempre se esforça para encontrar o emprego mais vantajoso possível para o capital de que ele dispõe. De fato, é a sua própria vantagem, e não a da sociedade, que ele tem em vista”. E aqui nessa simples característica muito humana é onde mora o desastre do coletivismo, qualquer tipo de socialismo, ninguém vai produzir para o benefício dos outros, e sim para si e para os seus. O que acaba tornando sociedades coletivizadas improdutivas se o agente de produção de bens não tem participação direta no resultado do seu trabalho, para que exatamente ser eficiente se parte do seu próprio esforço vai para os outros, que talvez nem se esforcem para ter vantagem? O indivíduo quer seu bem e dos seus, se tiver liberdade ele enriquecerá assim como tantos outros também, e um número muito grande de indivíduos com prosperidade formam um país rico e com liberdade. O segredo? Liberdade, controle mínimo do Estado e carga tributária baixa que permita boas margens de lucro que certamente atrairão investimento e incentivarão o progresso de forma geral. Raciocínio fácil demais para quem não possui o cérebro do lado do avesso.




Gerson Ferreira Filho.



Citação:


A mão invisível. Adam Smith, Penguin & Companhia da Letras Editora.  



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sábado, 28 de junho de 2025

A futilidade existencial.

 

                                                       Image by Daniel Hannah from Pixabay.







A futilidade existencial.



Em que transformamos essa realidade que nos abriga? Em nada! Temos e não estamos, um lugar de aparências, um lugar de frivolidades banais e descuido com o amanhã. Um sentimento oblíquo perdido no trânsito intenso dos centros comerciais cheios, lotados com se tudo estivesse completamente normal, onde todos andam e se esbarram e se endividam no crédito concedido para isso mesmo, alienação, terá um preço? Isso mesmo, sim, a gratuidade aparente não passa de um artifício sedutor para um agora ilusório de conforto para um período que antecede a tragédia. Quantos nessa multidão leram Dostoiévski? Ou Mário Ferreira dos Santos? E Olavo de carvalho? Provavelmente apenas eu, as aparências são reveladoras, Onde áreas Vips para refeições refinadas estão lotadas tanto quanto a praças de alimentação popular, que na verdade de popular nada tem. Os passos dispersos no rosto do porcelanato refinado indicam prosperidade, e completa falta de preocupação com as nuvens negras no horizonte, nada indica uma crise, ou algum problema de gestão social, Essas pegadas dispersas e contraditórias de escopo evasivo imprimem um sentido controverso na realidade que se oculta no entorpecimento dos caminhos dentro dessa bruma de objetificação por prazer. Essa frugalidade falsa e contumaz atiça sentidos impele desejos e impede que a realidade apareça como parte do cenário, não há problemas e a vida é deliciosamente envolvente. Nada-se em sobriedade como disfarce nas ocasiões. Tudo bem, tudo bom e estável como um olho de furacão, não é perceptível em nenhum momento que há crise, que a economia se complica, que preços aumentam para o consumidor, que a justiça se tornou invasiva nos direitos, afinal, para que se desejar direito e correção com a letra da lei se a vida é tão boa? E assim prosseguimos nessa metáfora do tempo que guarnece o significado com sua sutileza específica para que a verdade nunca surja repentinamente e faça sua presença ser notada de forma inconveniente para os poderosos, afinal, nesse contexto alguém manda, possui autoridade, mesmo que não apareçam de frente nessa situação. A inconveniência da informação correta se esconde nos limites das redes sociais, onde a parte da população que realmente se importa troca ideias a respeito daquilo que ninguém vê aqui fora no mundo real. Como regra, esse mundo exterior, iludido e passivo não percebe nada pois não há sinal nenhum de algum problema ou inconformidade explicita, se as ruas estão completamente tomadas de automóveis, veículos novos e consumindo combustível, está tudo bem, não há com o que se preocupar.



Isto vem de longe, não é uma construção filosófica recente, existiram os que alertaram, mas a grande maioria ignorou o alerta, e hoje a alienação geral adquiriu substância e pesa na sociedade como uma carga inadequada que veio para ficar e se estabelecer como regra final. Numa crônica de 2008 Olavo de Carvalho já alertava para esse procedimento hoje materializado na maioria de nós: “Todos os proprietários de jornais, revistas e canais de Tv sabiam disso perfeitamente. A justiça eleitoral sabia disso. As Forças Armadas sabiam disso. A cumplicidade geral deu ao crime, ares de legitimidade, marcando a ruptura definitiva entre o debate público e a realidade da vida nacional e gerando a atmosfera de alienação e loucura da qual a corrupção e a violência, em doses jamais vistas no mundo, são apenas o sintoma mais visível e escandaloso. Jamais na história de qualquer nação, a elite falante, por amor e temor a um grupo político ambicioso e cínico, traiu e ludibriou tão completamente um povo”. Foi um esplêndido, para eles, trabalho de grupo como objetivo de criar esse rebanho humano que temos hoje, passivo, desinformado, resignado em seus limites e até feliz com seu consumo distraído de futilidades ainda oferecida por um mercado agonizante. Um dia, os recursos vão acabar, os cofres do erário se esvaziarão e conterão dentro de si apenas o vazio constrangedor de um país quebrado economicamente, e nesse ponto, talvez e somente talvez o povo comece a notar que a famosa curva de Laffer faz sentido. Essa representação teórica entre tributação e rendimento econômico é útil para entender desempenho e saturação fiscal de arrecadação, mostrando que ao se tornar insuportável, a carga tributária pode não mais atender aos encargos governamentais e assim exigindo a queima de reservas para complemento do orçamento e suas obrigações sociais prementes. Bom, quem segue a ideologia socialista e sua peculiar ignorância econômica não entende nada disso, e sendo assim repetem erros de forma sistemática apenas por não aceitar o óbvio. Mas o nosso principal problema hoje é essa futilidade existencial gerada por um movimento de poder que até aqui venceu em todas as etapas do processo. Hoje estão consolidados, Olavo de Carvalho avisou o que aconteceria, ninguém deu importância, preferiram ouvir os trapaceiros, com seu discurso inclusivo, preocupado com os necessitados, e de textura agradável. E assim estamos aqui neste cenário onde praticamente todos os profissionais de justiça são socialistas, progressistas pois assim se intitulam como se isso fosse progresso e não retrocesso. Também a maioria dos políticos e profissionais do ensino básico e superior, serviço completo, barba cabelo e bigode como se diria antigamente. E agora? Como sair disso? Complicado, uma desintoxicação ideológica geralmente requer sofrimento, em algum momento a pressão da realidade vai cobrar seu preço, pois sonhos ideológicos não possuem alicerce sólido, são construídos em cima de argumentação, e o argumento está no processo dialético infinito de propostas volumétricas e  realizáveis e não em sonhos e devaneios.



Portanto, aqui estamos; anestesiados como sociedade, curtindo a vida ainda possível sem o conhecimento exato do que pode realmente acontecer. As evidências, todas elas, indicam desastre mas para que se preocupar com isso? Não se preocupe, o sistema já se encarregou de silenciar o contraditório, então, curta sua vida extravase seus medos, compre prazer no crédito pois o boleto dessa fatura, você vai pagar, mas o vencimento ainda parece distante e o cartão de crédito está no melhor momento. Acredito que algum poeta já mencionou que de ilusão também se vive, portanto, vamos ao consumo, ele é gratificante e o asfalto das ruas prossegue se emborrachando com os milhares de pneus que se deslocam no seu corpo avido por trânsito sem nenhuma preocupação com amanhã. Afinal, como diria o esperto brasileiro, o amanhã ainda não existe, não devemos nos preocupar com ele. A imprudência e a falta de planejamento sério produz desastres absurdos apenas para mostrar que ser irresponsável não é uma boa opção. Você que percebe o cenário real, não se preocupe, tudo dará errado e não há o que se possa fazer quando colapso chegar. Toda essa futilidade vai ruir e escorrerá pelo assoalho da realidade até ao ralo do destino que se alimenta de rejeitos produzidos por ideologia.





Gerson Ferreira Filho.



Citação: Olavo de Carvalho em O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. Editora Record.


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segunda-feira, 16 de junho de 2025

A elasticidade da circunstância.

 

                                                             Image by David from Pìxabay. 





A elasticidade da circunstância.




E assim amigos, vamos conversar agora a respeito dessa flexibilidade moral dos nossos dias, dessa sutil colaboração mental onde mora todo desvio e onde temos o catalisador do equívoco comportamental atual. Elasticidade hoje também ligada a preços e demandas em forma econômica para os iniciados nessa área mas que possui abrangência no perfil humano de ser e se comportar. E assim cria lacunas de possibilidades deletérias e oportunistas que no fim acabam dominando o ambiente de forma geral. Nessa insalubridade mental vive o desvio e a incorreção que espreita de forma oportunista o ensejo oferecido pelo empobrecimento cultural majoritário da atualidade. Eu vou fazendo o que está ao meu alcance para distribuir um pouco de cultura através dos meus livros, eu poderia estar produzindo literatura cheia daquelas estrovengas literárias como: “Então, com violência a chuva caiu, se precipitou banhando telhados e sutilmente naquela manhã de turmalina com a diversidade de cores complexas onde de forma assanhada em teores exóticos escorria pelos vãos de telhas corrompidas pela idade e assim gotejava na face rígida de uma calçada pobre”. Não! Meu propósito não está em criar literatura, mas em propagar conhecimento. Já existe muitos autores disponíveis para esse ramo, eu procuro informar, discutir a realidade e ensinar, mostrar aquilo que propositalmente foi negligenciado no ensino. Se vou obter êxito e reconhecimento? Não sei, mas sinto que tem de ser assim. Então introjete-se com meu texto, internalize-o como literatura mesmo que assim não seja, meu objetivo é complexo e multifacetado para que um dia você que lê saiba quem foi Mario Ferreira dos Santos. Não sabe quem é? Não me espanta essa ausência no cenário cultural. Estamos na era da cretinice, e o que é um cretino? Segundo Aaron James professor de filosofia na Universidade da Califórnia: “Trata-se de um homem, ou muito raramente uma mulher, que se permite a si mesmo vantagens particulares na vida social e se sente imunizado contra críticas”. Conhecem alguém assim? No mundo político e jurídico principalmente? A cretinice abrangente se alicerça no efeito Dunnig-Kruger onde uma formação fraca e a superficialidade de conhecimento alimentam uma peculiar arrogância do saber, sem necessariamente saber o que se faz. E se se sentem especiais mesmo não sendo, acreditam solidamente estarem imunes a qualquer crítica mesmo quando se encontram em erro absoluto. A vida no saber requer modéstia e reverência ao conhecimento que se torna distante da rispidez dos estúpidos que assim se abrigam em propostas incompletas e deficientes de conteúdo para lastrear pois quem sabe, sabe que nunca sabe o suficiente para se considerar completo, em plenitude final onde não resta mais nada a saber.



Porém essa é uma premissa impossível e denota a incapacidade redundante de raciocínio lógico dos nossos ásperos tempos, porque existe uma infinidade de gente assim, se achando sem perceber que na realidade está perdido entre jactâncias que não significam altivez real. Hoje existe a figura do “especialista” aquele sujeito que geralmente exibe orgulhosamente doutorados e mestrados como se fosse o ápice do conhecimento e portanto, lhe dá o direito de finalizar controvérsias apresentadas em balcão público de discussões. Quando existe a necessidade de percorrer uma longa estrada de pesquisa e estudo para ao menos entender a realidade. Aqui chegamos em outra categoria de estupidez, o narcisista. Este é especial como determina o Dr Jean Cotteaux: “É o canalha que se satisfaz com a submissão e o sofrimento alheios, e que faz carreira saciando a sua paixão por humilhação. É um transtorno de personalidade narcisista malicioso e pode vir a apresentar a tríade obscura, associando narcisismo, maquiavelismo e psicopatia”. E assim temos um mundo essencialmente comandado por gente assim, pode dar certo? Pode, mas a possibilidade de dar errado é enorme. Não é uma questão de premonição mas apenas raciocínio lógico aplicado nas decisões e nos apoios tanto dos líderes como do povo, em qualquer lugar. Junte nessa mistura abjeta um tanto de submissão ideológica com ignorância congênita, ínsita de origem natural ao ser que a transporta em si e não faz ideia que é assim. E assim nessa tragédia cognitiva temos o Self Junguiano, a totalidade da psique, consciente e inconsciente, a nossa personalidade, ou nas palavras de Jung: “Não sou eu que crio a mim mesmo, mas eu aconteço para mim”, colocam o self como algo que existe a priori, quer seja conhecido ou desconhecido, é o ordenador dos eventos da vida”. Com toda essa profundidade e essa elasticidade e capacidade de ajustes inesperados na circunstância temos um leque de possibilidades e nem todas são boas. Vestidos que estamos de insolência abrangente supomos sermos deuses, mas estamos bem longe disso. Nossos exageros podem ser fatais de forma coletiva embora hoje apenas consigamos perceber só algum desconforto pessoal dependendo de onde nos situamos nesse cenário desvirtuado.



Bom, em tudo isso toda essa argumentação não poderíamos deixar de citar também Mário Ferreira dos Santos, aquele que a maioria de vocês desconhece. Um pouco da filosofia dele que espero ser um incentivo: “Ora, tudo quanto há, tudo quanto é, foi e será, tem sua origem no Ser Infinito. Consequentemente, tudo quanto acontece, acontece ou acontecerá foi providenciado por Ele, pois do contrário teria vindo do nada, o que é absurdo”. Sendo assim o que acontecer acontecerá com o consentimento Dele, e sendo assim o destino que tivermos teremos por decisão e projeto do criador. Deve ter algum propósito tudo isso , essa ignorância abrangente que nos envolve e pretende nos controlar totalmente. Mas de qualquer forma aqui vai algumas sementes de alternativas, de conhecimento para pesquisa e enriquecimento cultural. Quem entende o mecanismo do cenário se desenvolve melhor nesse labirinto. Nesse momento histórico onde guerras podem eclodir e internamente somos controlados por celerados devemos esperar atrocidades mas quem sabe, alternativas podem aparecer inesperadamente rasgando essa bruma espessa de obscenidades comportamentais.




Gerson Ferreira Filho.



Citações:



Filosofia concreta, Mário Ferreira dos Santos. Editora Filocália.


A psicologia da estupidez. Jean-François Marmion Editora Avis Rara.


O mito do significado na obra de Carl G. Jung. Aniela Jaffé. Editora Cultrix.


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quarta-feira, 4 de junho de 2025

A estratificação sumária do contexto.

 

                                                        Image by Jim Black from Pixabay. 




 A estratificação sumária do contexto.



E assim turma passa a existir a necessidade de uma abordagem mais criteriosa embora rápida desse cenário controverso e cheio de propostas insinuantes porém erradas para proporcionar uma sedução abrangente de nossos sentidos. O que era previsível vai se demonstrando em atitudes e ações por parte dos poderosos, o objetivo? Controle total, não se pede assessoria a uma ditadura brutal para conduzir e construir liberdade, não! Tudo gira em torno de controle, temos aqui apenas a necessidade de um grupo que age em detrimento da sociedade. O dano é nosso a vantagem pertence apenas a eles. Mas o que temos em termos de sociedade é algo extremamente submisso a uma possibilidade vantajosa no horizonte, e assim temos o jornalismo de aluguel, aquele que trabalha com taxímetro, vai para onde o passageiro de momento que paga a corrida quer. Não há nenhuma preocupação em ser usado seja lá para que pauta for, se o dinheiro chega não existe controvérsia. Existem hoje raríssimos e raríssimas jornalistas realmente profissionais e que honram a carreira que escolheram, que produzem material de qualidade. São pedras preciosas no lamaçal. Por que eles são importantes? Porque representam a divulgação da realidade que acontece, e se você não se preocupa com a veracidade do que divulga seu papel não passa de um manipulador e faz parte da máquina governamental que se insinua como um regime de exceção. Numa verdadeira democracia existem regras, e se a opinião ofende existem leis específicas para cada violação. Punir alguém por ter uma opinião que lhe desagrada se trata apenas de impor sua vontade sobre a vontade alheia. Cada um tem seu universo, seu jeito de interpretar a realidade, e tem pleno direito de fazer isso, não seja o ditador que você carrega dentro da alma.


Em redes sociais eu convivo e converso com pessoas as quais não possuem meus valores, e nem por isso os censuro, os impeço de falar o que desejarem, não exerço patrulha de opinião. Cada um com suas escolhas, caso perguntem serei sincero, mas sem ser agressivo. Democracia é isso, quando se exerce patrulha se limita a liberdade, o discurso fica pobre e o ambiente se torna claustrofóbico no seu perfil comportamental. Aqui nós temos uma formação cultural antiga, já citada por grandes nomes da literatura como Lima Barreto e Nélson Rodrigues , o brasileiro em maioria é um salafrário de berço, levar vantagem é uma meta de vida, seja lá onde for. Ética, honestidade e lealdade não costumam ser respeitadas muito aqui. Mário de Andrade nos entregou Macunaíma, que representa perfeitamente a maioria desse povo, preguiçoso, mau caráter, sem ética. Lamento informar, em maioria somos isso, essa coisa maliciosa e burra que acredita ser esperto mas no fim, de alguma forma sempre perde. Hoje temos entre os que nos comandam essencialmente isso pessoas com relativa instrução e proficiência fugaz em recursos intelectuais mas trazem em si o Macunaíma de Mário de Andrade, ou o padre de passeata de Nélson Rodrigues ou até então, principalmente o espirito plateia de Lima Barreto, aquele que apenas assiste. E assim termos esse extrato social definido, onde espertos da comunicação obtém vantagens financeiras para apoiar obscenidades políticas e o político em si que se beneficia da ausência de ética dos profissionais de comunicação, aqui o mundo político sustenta muita gente, afinal, com tamanha carga tributária fica fácil esse convencimento monetário insidioso que uma vez aceito acorrenta o elemento que o aceita. O nosso político é o exato exemplo do povo que temos, tão honesto quanto ele, tão ético quanto qualquer um nas ruas. Aqui nessa dócil terra se você desmaiar na rua acorda nu. Desaparece o relógio, anel, os sapatos, o cinto as calças a camisa e se tiver dente de ouro arrancam também. Este perfil estratificado é abrangente , está em todas as instituições da república, não há nenhuma ilha de qualidade. Temos um padrão comportamental que atravessa classes sociais, não é apenas uma característica dos mais pobres e desafortunados, entre os privilegiados também temos os espertalhões, aqueles que jamais se intimidam em cometer um deslize ocasional aqui e ali para obter aquela tradicional vantagem tão apreciada, quase sagrada nessa terra.

 Com cheguei nessa conclusão? Observando amizades companheiros de trabalho e até parentes, sim, o parentesco não impede nem alivia essa peculiar necessidade de enganar o próximo. Está na natureza da maioria poderíamos dizer. Essa característica infame permeia todas as camadas da nossa sociedade com uma simplicidade absurda. Natural, como algo que faz parte dessa maioria, do perfil psicológico talvez herdado dos nossos antepassados. O que nos leva , alguns de nós a pensar: por que somos diferentes? Por que não aderimos ao lugar comum, seria mais simples, mais inclusivo, mergulhar na promiscuidade reinante e ser apena mais um no ambiente corrompido. Bom, posso falar por mim, nunca, jamais apreciei essa coisa de ser esperto, gosto de ser correto, enganar outra pessoa não me faz bem, e acredito que muitos de vocês também são assim. Dormir em paz, com a consciência limpa do dever cumprido na jornada diária de experiências. Claro, nessa vida de malandros eventualmente nós temos que prestarmos submissão a algo que contrarie nossa regra, trata-se de sobrevivência, não gosto desses momentos mas é praticamente inevitável. Ser obrigado a participar de um “jeitinho” se torna constrangedor. Porém nesse mundo que foi educado pela regra de que tudo é aceitável por uma necessidade política, sim, grande parte dos problemas são alimentados nessa base ideológica. Onde para construir o objetivo final, se for necessário roube, mate, destrua. Sim! Tudo isso está na base doutrinaria ideológica do socialismo, tudo é aceitável em nome da causa, e sendo assim ao relativizar a moral em nome de um procedimento você corrompe uma sociedade. Todos os valores são perdidos em nome de um projeto social. Não há fronteiras entre bom senso e a insanidade neste cenário.

Paul Johnson Jornalista e escritor disse a respeito de Lênin, um dos projetistas dessa doutrina: “Lênin cercou-se de publicações oficiais, livros de história e de economia. Não fez esforço algum para se informar diretamente sobre as opiniões e condições das massas… Jamais visitou uma fábrica ou colocou os pés numa fazenda. Não se interessava pela forma na qual a riqueza era criada. Nunca foi visto nos bairros da classe trabalhadora das cidades onde residiu”. Desse sujeito saiu boa parte das diretrizes que até hoje assombram o sistema de ensino. Nunca existiu nenhuma conexão com o povo e sim tudo era pelo poder simplesmente o poder, o povo para ele praticamente não existia. Ou se existia era apenas um objeto de uso político, o que os seguidores dessa ideologia até hoje são, objetos políticos desumanizados para uso dos poderosos. Um membro da elite produzindo meio de poder para a oligarquia. E dentro dessa insanidade semeada foram criadas algumas distorções sociais que consomem muita energia e criam conflitos constantes na estrutura da sociedade, algo como “Justiça social”. Thomas Sowell disse algo relevante a respeito dessa anomalia: “A inveja foi considerada um dos sete pecados capitais, antes de se tornar uma das virtudes mais admiradas sob seu novo nome, “justiça social”. Este sistema privilegia o incompetente, onde aquele que não obteve sucesso por diversos fatores em detrimento dos melhores, ao alijar os melhores de uma sociedade, prejudicando-os no processo se empobrece tanto o conhecimento como a evolução de um futuro corpo tecnológico apenas possível com melhores a meritocracia tão odiada é o que garante a qualidade de qualquer serviço. Para suprir os invejosos todos inclusive eles serão prejudicados, pois o mundo ficará pior para todos. Se você precisasse de receber uma anestesia na coluna vertebral, se sentiria seguro se soubesse que o anestesista não foi o melhor na universidade, e só esteve lá por vantagens políticas? Pois é, você que é tão inclusivo, que é tão progressista pense bem nisso. Você teve participação direta no resultado que virá, se o médico errar, você nunca mais andará. E olhe, este é apenas um dos setores sensíveis de conhecimento humano. Boa sorte! Vai precisar.



Gerson Ferreira Filho.



Citação:

A busca da justiça cósmica. Como a esquerda usa a justiça social para assolar a sociedade. Thomas Sowell. LVM Editora.




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quarta-feira, 28 de maio de 2025

O interlúdio e a insensatez.

 

                                                               Image by Alexa from Pixabay.






O interlúdio e a insensatez.



Então, em várias oportunidades fortuitas eu sustentei uma argumentação coerente com a realidade e sempre especifiquei a monotonia daqueles que sobrevivem de extravagâncias ideológicas sem fundamento embora apaixonantes, até porque a paixão é por si só uma insensatez. A harmonia insustentável desses acordes violados em argumentação que parece intelectual mas não passa de uma forma tosca e decadente de pensar e viver, onde limites exíguos se abarrotam de platitudes referendadas por idiotas e estúpidos. Não sei se repararam, mas ser de esquerda é um demérito, você apenas encontra abrigo e conforto dentro da sua tribo, seu destino está selado como animal político, sempre será visto como alguém estranho, de hábitos controversos e atitudes estapafúrdias, será sempre o sujeito que se dispõe a ser desagradável e inconveniente, claro fora da sua tribo. Obvio que nos redutos onde todos se alimentam do mesmo vômito conceitual, haverá abrigo para mais um asselvajado ocasional. Fora, será apenas um cara exótico e motivo de sorrisos circunstanciais naqueles breves momentos onde vai insistir em falar de política. Dependendo do ambiente será sutilmente ignorado, ou quem sabe achincalhado e até posto para fora pois nem sempre o público quer se sujeitar a escutar imbecilidades. A gente vê isso no jornalismo de forma geral, como trabalham sem plateia viva, falam o que desejam, argumentam como celerados situacionais sem perceber imediatamente que a conversa azedou. Canais de comunicação perdem audiência por causa disso. Você vai assistir a um programa esportivo e fica sabendo que o cara que até parece lúcido acredita em marxismo. Como você continua a dar crédito ao que um alienado diz? Isto exige um desprendimento sobrenatural, um exercício de boa vontade inacreditável apenas para prosseguir mais adiante como espectador. Para um jovem lá pelos seus dezessete anos ainda é tolerável sustentar esse perfil ideológico e seus valores, mas passou disso já vira apenas um cacoete ridículo e desmoralizante. Em gente com mais de 50 anos já temos configurada uma doença metal abrangente e limitante. Não tem como uma pessoa com relativa capacidade de avaliação da realidade prosseguir em certas crenças e submisso a um estilo de raciocínio fracassado e evidenciado por diversas ocorrências mundiais. Lamento muito pelos que são assim, mas tem gente que acredita em horóscopo e tantos outros jogos e crendices. O marxismo apenas é um objeto de culto com alguma sofisticação semântica para gerar uma sensação de pertencimento confortável a uma suposta boa causa, mas não é nada disso. No jogo de palavras e na sua dialética estão submersas numa estrutura de trapaça para desconstruir o homem com sanidade que existe em cada um. Existem inúmeros autores que já citei nos meus textos e estão nos meus livros que desmontam completamente essa estrutura e forma de pensar. Mises, Hans-Herman Hope, Thomas Sowell , Milton Friedman, Hayek, Karl R. Popper etc. Basta ler, estudar e entender que algo está completamente errado com sua forma de pensar, o mundo não é como te ensinaram. Não são apenas esses autores, existem muitos outros, e os quais eu cito também. Afinal, alguém tem de se dispor a fazer esse trabalho de higiene intelectual, um trabalho sanitário realmente. Sabem, a caixa de gordura tem de ser limpa periodicamente e muita gente tem uma no lugar do cérebro. E gente importante, cheia de garbo e certezas aleatórias de consistência vulgar. Na verdade são vítimas de um sistema de ensino que os direcionou para esse quadro extravagante e distópico de pensamento, foram produzidos como pacotes de insensatez numa linha de montagem eficiente. Entendam, conforme disse o Dr Lyle H. Rossister: “Como um molestador de crianças, o político esquerdista adestra seus constituintes até que suas precauções naturais contra a troca de poder por favores se dissolva em reafirmação”. Entendam mais uma vez, vocês não são normais, lamento dizer. São produtos e até na velhice continuam sem independência psicológica, escravos de uma mentira. E enquanto velho socialistas se vão uma nova safra de insensatos está em construção para o tormento humano programado, essa sensação está presente também entre a intelectualidade brasileira, temos Nélson Rodrigues deixando seu importante registro em suas crônicas dessa miséria que é esse perfil comportamental em O marxista brasileiro: “Gostaria de perguntar aos meus amigos marxistas: - Que diriam vocês de um sujeito que fosse, ao mesmo tempo, imperialista, colonialista, racista e genocida? Pois esse é o Marx de verdade, não o de nossa fantasia, não o do nosso delírio, mas sem retoque, o Marx tragicamente autêntico. Para ele, o povo miserável deve ser destruído por ser miserável. Diz: - povos sem história, povos anãos, escórias, etc. , etc. A guerra generalizada destruirá todas essas pequenas nações macrocéfalas, de modo a riscar do mapa o seu nome ,até”. E Nélson Rodrigues prossegue: “Como se sabe, a desgraça de satã é sua impossibilidade de amar. O abominável pai da mentira não gosta de ninguém. Daria metade de suas trevas por uma única lágrima. E, por todas as carta de Marx, não há um vislumbre de amor, e só o ódio , o puro ódio. Para ele, há povos piolhentos, povos suínos, povos bandidos que devem ser exterminados. Ele e Engels batem palmas para o imperialismo britânico e norte americano. Eis o que eu gostaria de notar: - são cartas que Hitler, Himmler, Goebbels assinariam, sem lhes riscar uma vírgula”.




Convenhamos, como algo produzido por pessoas assim pode fazer tanto sucesso entre povos que foram odiados pelo protutor dessa pantomima intelectual? Com esperar algo bom que saiu das entranhas do maligno? Como se achar mais humano, inclusivo, progressista e legitimamente bom seguindo uma proposta gestada no inferno? Expliquem-me como será possível equilibrar essa química ideológica e maligna minimamente aceitável para a gestão de recursos humanos. Não sei se já perceberam, deveriam; até a aparência física se torna estranha e de certa forma entrega o que a alma contém. Não! Vocês não são nem um pouco atraentes, algo na atmosfera que os circunda entrega a origem de suas escolhas. Mas o problema essencial está na insistência de quem adere a esse culto político de se tornar predominante nem que seja à força. Se apenas vivessem dentro de seus grupos de interesse com muitas seitas religiosas fazem, apenas exercitando suas crenças de forma interna aos seus templos, mas não, existe uma programação intrínseca de se espalhar como um vírus até possuir a sociedade inteira. E depois? Vem o colapso da vítima, a morte, e nesse caso é a sociedade. E assim provocando a ruptura com o que é normal e aceitável para uma sociedade civilizada e portanto, temos graças aos adeptos desse culto político a tragédia social, miséria, fome e morte em larga escala. Temos assim um parasita ideológico nesse intervalo existencial dominando mentalmente muitos e esses muitos acreditam que são os normais, radicais são os outros. O mundo é complicado, a vida não é fácil ainda mais tendo que conviver com gente necessitando de uma internação em algum manicômio especializado em tratamento psiquiátrico.



Gerson Ferreira Filho.



Citação:


A mente esquerdista, as causas psicológicas da loucura política. Dr Lyle H. Rossiter. Vide Editorial.


A cabra vadia, novas confissões. Nélson Rodrigues. Editora Nova Fronteira.


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domingo, 25 de maio de 2025

A última lágrima do amanhã.

 


                                                             Image by Kalhh from Pixabay.





A última lágrima do amanhã.



Ao percorrer essa textura sutil de estar aqui nas dobras da realidade e submisso a tantas regras comportamentais que impõem submissão a esse contexto evasivo e vazio de ordem claramente estipulada, e mesmo assim se tudo for apenas uma fugaz ilusão peremptória de uma lacuna que se disfarça de vontade, temos presença nesse espaço contingencial preparado unicamente para ser abrigo do desejo e da vontade. Pois somos isso, impertinência voraz como um desajuste fortuito que fornece uma sensação de desconforto nas atribuições que flutuam ao nosso redor e ainda assim não se impõem como premissas. O atributo que nos prende é o mesmo que um esmo fragor de uma brisa e mesmo se todo vento de um desejo fluísse em sentido desse agora não forneceria compreensão humana para abrigá-lo no coração. Seria um contrassenso oferecer abrigo aos que são refratários ao amor. Não há abrigo para a catarse entre os que não se dispõem a se equalizarem com a ressonância da frequência sadia. Ao repelir o contraditório se enrijassem numa textura pobre e sem alternativas que forneçam questionamentos saudáveis ao desenvolvimento de qualquer análise qualificada do contexto. O acaso não proporcionará contexto para qualquer súplica no após, ou se assume a real ignorância do agora, ou se descarta pessoalmente da estupidez irrelevante que nos preenche ou o destino estará pronto para ser cumprido no comprimento exato dos seus espaços inúteis da compreensão. Não se trata de prognóstico, mas de certeza, Venerar o seu totem ideológico não vai lhe oferecer respostas para as necessidades da alma, pois ele representa apenas o vazio comportamental solidificado em símbolo ilusório, não há transcendência num objeto retórico que escoa platitudes como uma gárgula descarta a água da chuva. Eu sei, você está empanturrado de falácias e discursos pegajosos a respeito de uma representatividade dissimulada e sem sentido. Entenda, nós estamos fora dos limites desse mundo, enquanto corpo estamos aqui, mas metafisicamente assim como o Criador estamos além da nossa compreensão atual. E para entender isso será preciso aprofundamento filosófico na estrutura da alma para que o imponderável se estruture na sua realidade e mesmo na sua total ausência de peso trará o equilibro necessário para a migração energética de plano de compreensão. Roger Scruton no seu livro A alma do mundo esclarece : “Um encontro direto com Deus, quando ele é entendido na via filosófica de Avicena* e Tomás de Aquino, é tão impossível quanto um encontro direto com o número 2. Agora vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho, escreveu São Paulo, mas então, veremos face a face. Contudo, por “então” ele quis dizer “além do aqui e do agora”, no reino transcendente onde Deus habita. São Paulo parece estar negando a natureza de Deus, mas, na verdade, ele a está afirmando”. A complexidade de tudo isso pede prudência e humildade porque tudo nesse campo possui energia demais pra ser assimilada repentinamente de forma atabalhoada e imprudente. Não estamos no campo da matéria onde tudo nasce, cresce, morre e apodrece e assim volta ao pó, mas ao Sagrado e sutil aquilo que na verdade é a realidade o que permanece mesmo sem ser visto e muitas vezes nem sequer percebido. Deus não é um conceito, não é empírico existe no sagrado oculto onde a experiência de encontrá-lo cria a percepção e a intencionalidade da fé. Entenda! Deus revela a si mesmo ao se ocultar, Ele está presente em nós, portanto basta ter acesso a Ele por conta própria numa busca minuciosa que não contenha desvios propositais dos subterfúgios clássicos de quem teme o ajuste necessário de rumo. O Criador não possui imagem científica Ele está além do espaço tempo não tem papel causal na sua crença e ao mesmo tempo tem. Qualquer estrutura intelectual do homem que o rejeite se torna um profundo abismo que engole milhares de incautos por rejeitarem o eterno. Perceba-o como uma fragrância, uma essência que conduz energia vital onde se torna reconhecido. O equilíbrio interno do homem está em encontrar o Criador de alguma maneira e quanto mais nos afastamos dele, mais desajustes comportamentais e psicológicos acontecem. Ao nos perdermos no labirinto do egoísmo e da descrença passamos a percorrer os caminhos perigosos das ilusões e das fantasias que aliciam almas para suprir sua alimentação. Uma sociedade sem nenhuma fé desmorona, não vinga, não prospera e não se multiplica. Tudo passa a ser desnecessário, até viver. Alguma semelhança com a atualidade? Com os dias nos quais vivemos? Um ser vazio não se enquadra no que chamamos existir, ele se anula, se torna um nada para si e para a sociedade onde vive ou poderíamos dizer, sobrevive. Hoje estamos em termos sociais exatamente assim, por doutrinação ideológica o divino foi eliminado, considerado supérfluo e decadente, a suposta razão tomou conta e o transcendente foi descartado e substituído pelo prazer imediato da carne e do individualismo materialista como propósito existencial prioritário. Não somos mais espíritos, não temos alma, e portanto não há débitos ou créditos para serem ajustados em algum lugar, o hoje, o agora é tudo o que temos e assim não precisamos nos preocupar com o amanhã.



Quando se nota o caos social e de relacionamentos tudo isso fica evidente. Não há mais vínculo com o amor, tudo é carne, pais não amam seus filhos, os rejeitam, adultos não aceitam mais formar família, cada um cuida de si. Idosos não possuem mais quem os ampare, matar um semelhante não tira nem mais o sono. Filhos dormem com o cadáver do pai por interesse em receber a aposentadoria, por dinheiro. Adultos abusam de crianças inocentes e sentem prazer com isso, criminosos são tratados como prioridade pela justiça que os soltam para reincidirem no crime sistematicamente. A vida do homem de bem não vale mais nada, ser honesto virou uma piada, um motivo de chacota e demérito social. O homem precisa de Deus, e se dedicar nessa busca ao sagrado de alguma forma, essa ausência está cobrando seu preço e ninguém percebe. E o Criador está na cultura, no conhecimento, no aprimoramento comportamental e no limite civilizado de viver. Sem a Ordem que vem da crença não há futuro e restará apenas a última lágrima do amanhã.




Gerson Ferreira Filho.



Citação:


A alma do mundo. A experiência do sagrado contra o ataque dos ateísmos contemporâneos. Roger Scruton Editora Record.



* Avicena: Abu Ali Huceine ibne Abedalá ibne Sin, sábio Persa, Muçulmano. Médico, filósofo, matemático, químico, e escritor.



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terça-feira, 20 de maio de 2025

A estupidez sagaz.

 

                                                       Image by Gerd Altmann ftrom Pixabay. 





A estupidez sagaz.




Então, vamos conversar mais uma vez a respeito dessa época controversa e desalinhada com a sensatez na qual vivemos. Quem acompanha o que escrevo e escrevi bastante até aqui, seis livros e possivelmente um sétimo ano que vem, conhece muito bem as feridas do nosso tempo. Pois tudo o que faço está alinhado com esse cotidiano infame da civilização atual, entre citações de qualidade onde grandes autores da humanidade são mencionados e com seu referencial de categoria procuro enriquecer culturalmente quem acessa meus textos. Está tudo no balcão, disponível, pronto para consumo e para proporcionar uma visibilidade melhor da realidade que nos abraça nesse momento. No texto bruto, muitas vezes com alguns erros no Blog, em áudio caseiro e amadoramente construído na minha voz no meu canal do Telegram, e preservado para a posteridade em livros que poderão ser consultados para informação em uma viagem de época num futuro incerto. O que escrevo não é para os doutores e especialistas culturais, apesar que eles podem também acessar para uma viagem rápida em temas que certamente conhecem. Mas sim para os que nunca tiveram acesso a informação de qualidade cultural e a autores relegados ao esquecimento estrategicamente por aqueles que tinham a intenção de tornar o povo desqualificado e ignorante. Ofereço um incentivo para a pesquisa, pois um povo que tenha cultura de melhor qualidade pensa melhor, tem mais atributos cognitivos para a análise da realidade, e dessa forma adquire uma proteção mais encorpada para essas coisas estúpidas que são oferecidas como um bom atributo temporal de uma época miserável em relação ao conhecimento verdadeiro. Hoje o imbecil tem titulo de mestrado e doutorado, mesmo dentro de uma falta completa de qualificação além daquilo que estudou e se especializou. E muitas vezes nem dentro de sua própria área. Até porque existe um abismo entre o estúpido e o ignorante, como esclareceu Jaques Lacan que eu citei em textos anteriores: “o ignorante é um vazio completo, e o estúpido é um sujeito qualificado, cheio de certezas , erradas”. O que enquadra perfeitamente toda essa turma que se vê hoje em redes sociais exibindo títulos acadêmicos e expelindo abobrinhas filosóficas e de comportamento com se fossem um impertinente vulcão de abjeções. A vergonha, como se diz popularmente hoje, se passa no crédito e no débito. E por isso mesmo eu procuro até hoje me entranhar nas obras culturais dos que realmente tinham qualidade a oferecer, dediquei os últimos dias a leitura de várias obras de Nélson Rodrigues, Uma inteligência que esteve muito acima da média vulgar do brasileiro de forma geral, sabia analisar a nossa realidade como poucos. Para mim, que sou carioca e vivi aqueles tempos, ler os livros dele se torna uma aconchegante viagem a um passado que vivi e uma surpresa encantadora ao reconhecer-me com um pensamento ao menos similar ao do autor. Ele, Nélson Rodrigues percebia a decrepitude do nosso povo já naqueles tempos, e brincava literariamente com isso. Desde o simplório ao magnata empedernido e elitista dentro de sua sagacidade estúpida de salões elitizados por riqueza pessoal , onde muitos se exibiam como pavões circunstanciais de aviário de gente rica. Apenas acessórios pseudo intelectuais de ocasião. Essa ignorância coletiva e abrangente que permeia todas as classes sociais e provoca tragédias ocasionais em toda a estrutura de um povo, que até possui dinheiro mas não sabe direito o que fazer com ele e assim se tornam reféns ideológicos de uma armadilha intelectual preparada para aprisionar almas em seu ventre infame. Não possuir uma formação cultural aprimorada, com referências adequadas de avaliação podem levar a tragédias pessoais enormes durante vida. Nélson Rodrigues narrava essa imbecilidade coletiva que tem traços tão profundos na nossa sociedade, entre fatos curiosos e lances de pura criatividade ele machucava a textura oblíqua de um tempo que ainda hoje temos em versão bem piorada no agora. Estamos mais imbecis, atolados nas futilidades das anomalias proporcionadas por anos de doutrinação ideológica de lupanar. As secreções dos furúnculos de Carl Marx alimentam muita gente ainda. Hoje, os iluminados progressistas chamam tudo isso de inclusão social, de aceitação social do diferente. Ao implementar uma colossal sensibilização com o que a natureza diferenciou se corrompe a qualidade real da estrutura de uma sociedade a ponto de não ser possível mais entender o que é certo ou errado. E se você não possui parâmetros definidos de avaliação você não tem nada, passa a viver num caos de possibilidades onde nada é seguro e tudo, qualquer coisa é possível, não há critérios de estabilidade para equilíbrio do que uns chamam de coletivo.



Enfim, Nélson Rodrigues já naqueles tempos fez uma perfeita descrição do povo dessa terra no seu livro Memorias a menina sem estrela: “Se baixassem um decreto mandando a gente andar de quatro – qual seria a nossa reação? Nenhuma. Exatamente: nenhuma. E ninguém se lembraria de perguntar, simplesmente perguntar: por que andar de quatro?”. Aqui temos uma descrição alegórica exata do comportamento do brasileiro de forma geral, ele vai assimilando, assumido, aceitando, não interessa o motivo, é uma ordem , então que se cumpra. Se trata de um militarismo social assumido, pois apenas militares cumprem ordens sem questionamentos, sem a possibilidade de escolha ou de definição, se aceita ou não. A estabilidade da tropa pede isso, obedeça , não questione, não faça nenhuma análise de contexto ou de ética a respeito das determinações que lhe passaram. Afinal, ordens se cumprem, esse entendimento já levou muitos para a forca, vide o julgamento de Nuremberg. Mas se um povo não possui abrangência cultural fica fácil conduzi-lo como rebanho, bois, carneiros e cabras não possuem intelecto para diferenciar a realidade. Tenho comida e água e uma área para dormir está tudo bem. Faz parte do interesse dos poderosos a manutenção desse ciclo confortável para eles de governança de populações. Um povo com baixo nível de conhecimento se torna dócil, jamais vê o que fazem na verdade com ele. Para isso, para correção desse rumo, tento preencher essa lacuna de conhecimento de forma sutil. Forneço acesso a bons autores, que se forem pesquisados e estudados darão outra perspectiva de mundo para muita gente. Dentro da simplicidade que consigo produzir apresento um mundo completamente novo de hipóteses que certamente potencializarão os que nunca tiveram acesso cultural a algo mais refinado e coerente. Repito, tudo isso não é para os que eventualmente já sabem, mas sim para os que nunca tiveram acesso a tudo isso. Mas repito mais uma vez, ofereço também entretenimento na minha forma peculiar de escrever. Hoje, cultura de qualidade e isenta de aparelhamento cultural de esquerda é coisa rara no mercado, está tudo completamente aparelhado por essa gente que se beneficia da ignorância do povo. Enquanto eles vivem de publicidade gratuita e até de benefícios financeiros e facilidades proporcionadas pelo seu grupo de poder e influência, nós navegamos em mar aberto sem nenhuma proteção além da nossa ousadia e coragem para oferecer qualidade e diferenciação nesse nosso tempo. Seria uma estupidez sagaz? Lutar contra um oceano de iniquidades acreditando vencer? Ou um prazer particular de ser inconveniente aos que se consideram inatingíveis na margem mais absurda do tempo? Me divirto com os sorrisos sarcásticos pelas costas oferecidos pelos ignorantes, que no seu vazio particular riem do que na verdade não entendem, porque alguém por aí já determinou poeticamente: “a ignorância é uma benção”.




Gerson Ferreira Filho.




Citações:


A psicologia da estupidez. Jean-François Marmion. Avis Rara Editora.


Memórias A menina sem estrela. Nelson Rodrigues, Editora nova Fronteira.



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