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E o abismo retribuiu o olhar.
Dentro de tanta controvérsia momentânea e ocasional acredito que em maioria já foi percebido que estamos nos distanciando da sanidade mental a passos largos. Não apenas aqui, mas no mundo inteiro, a ausência de preocupação com o que tem real valor e a displicência com o correto, transformou o mundo em algo surreal. A mudança comportamental se faz sentir em sua densidade pesada, onde não há parcimônia com a aplicação ilusória de mais uma dose de abjeção criteriosa para degenerar ainda mais a estrutura social desse agora violado. Desejo esclarecer, foi percebido pelos quais se preservam fora dessa atmosfera desvirtuada e com poder de alucinação. A maioria está sob domínio do ambiente. O significado aplicado por Nietzsche é abrangente e revelador, ao nos entregarmos ao flerte com o mal, acabamos nos tornando o mal também. Demos a nós mesmos o atributo da displicência com toda e qualquer certeza acumulada pela experiência acumulada pelo tempo, e a substituímos pela incerteza ocasional de propostas comportamentais duvidosas e sem base de sustentação saudável para a vida civilizada. Isto está ocorrendo no mundo ocidental inteiro, por aplicação de políticas sociais destrutivas, encharcando a realidade com submissão e aceitação a qualquer coisa que antes era inaceitável. Nesse caldo perverso de conceitos degenerados e inadmissíveis se constrói uma fragilidade psicológica geral de sociedades que passam a aceitar tudo, e até sua própria sobrevivência com identidade própria passa a ser algo negociável com quem quer lhe destruir. Na ânsia de agradar e cumprir os novos procedimentos, populações se anulam psicologicamente acreditando ser um novo processo civilizatório, mas não é. Na verdade se trata de uma política inteiramente voltada para destruir a sociedade como a conhecemos, indivíduos importantes, ricos e influentes resolveram redesenhar o perfil social do ocidente e com isso, nesse joguinho de estratégia particular, amansou a população para aceitar facilmente sua própria extinção. E assim, completamente desconstruídos a população de países, principalmente europeus aceitam passivamente ser conduzidas por elementos de fora que não pertencem a sua terra, vieram de fora, com valores ultraconservadores e religiosos que não aceitam nenhuma flexibilização comportamental. Aqui no Brasil, este ramo da ocupação ainda não aconteceu de fato nesse nível, apesar de que o progressismo se aplica fartamente nas escolas e universidades, o brasileiro é peculiar, diferente, um tanto flexível demais para certas coisas, o europeu se amansou com excesso de civilização, aqui a coisa é mais complicada. Aqui, o abismo olha e se retrai. Temos traficantes evangélicos que desmontam templos de outras religiões, o que acham que vai acontecer com muçulmanos aqui? Não me perguntem como pode existir traficante, cheio de assassinatos nas costas e religioso, mas como disse, isto aqui é Brasil. Um lugar onde a surrealidade paira suavemente e se esconde eventualmente da insanidade. Nada aqui faz muito sentido, aquilo que parece nunca é. Mas na Europa, principalmente na Inglaterra ou Grã Bretanha como queiram, a coisa está muito mais avançada e aceita. As autoridades já impõem no seu povo um sistema opressor quanto ao modo de vida com imigrantes, onde quem vem de fora possui privilégios acima dos nativos. O médico e escritor Theodore Darymple trabalha muito esse tema, pois ele trabalha no sistema de saúde de lá e acompanha o caos implementado de forma geral: “Fundamentalmente a covardia moral das elites intelectuais e políticas é responsável pelo permanente desastre social que tomou conta da Grã Bretanha, um desastre cujas plenas consequências sociais e econômicas ainda serão conhecidas”. Ao impor políticas contra o bem estar do seu próprio povo, essa elite destrói o país e o entrega a estrangeiros que dele se servirão impondo seus costumes e religião. Estamos falando aqui da extinção de um modo de vida e de civilização, a obliteração completa de um povo através dos seus representantes. Ao emascularem-se, essa elite política condena sua gente ao pior destino possível, a perda de seu país. O que um dia foi o império onde o sol nunca se põe, será em breve tempo um lugar irreconhecível e inadequado para a vida ocidental. Voltando a Pindorama, nós os descendentes dos Tupinambás somos mais exóticos e inconvenientes, o povo daqui é sonso, se faz de morto para comer o rabo do coveiro, conforme um velho ditado popular, se faz de indigente para receber benefício financeiro do governo, mas na realidade não precisa, em maioria, alguns sim, mas são minoria. Tem gente morando em favela, ou comunidade que possui todos os eletrodomésticos de classe média alta, o esgoto passa na janela mas dentro de casa o conforto é garantido. O tráfico de drogas ou a milicia proporciona segurança relativa e acesso a televisão por assinatura, em alguns casos até sinal de telefonia. O governo fornece luz de graça, gás de graça, e dizem vão fornecer transporte gratuito também. E se o governo ameaçar cortar o benefício, recebe de volta a indignação desse grupo, como se fosse obrigação de parte da sociedade bancar a outra. Qualquer um que conhece um mínimo de economia básica sabe que gratuidade não existe, alguém paga, e como o governo não tem dinheiro, o que ele tem é arrecadado através de impostos, de tributação sobre bens e serviços, uma parte da sociedade paga por tudo isso.
Numa extrapolação mental exótica e abrangente gostaria de num ensaio ver o sistema de controle chinês tão exato e complexo ser aplicado nesse povo, eu acredito que não demoraria para colapsar totalmente, o chinês, o povo, é dócil, obediente, manso por natureza e adepto a controle. Existem sutilezas incompreensíveis e em camadas ocultas no procedimento comportamental do brasileiro, aqui, se trabalha e obedece apenas por vantagem. Nesse rebanho, as ovelhas ocultam o lobo para se favorecer em certas ocasiões e o lobo aqui aceita ser arregimentado para bicos ocasionais. Quanto a metodologias Darlrymple tem algo a dizer: “No ocidente, movimentos como o Renascimento, a Reforma, o Iluminismo, ao agirem no espaço que sempre existira, ao menos potencialmente, no cristianismo entre igreja e Estado, libertaram os homens como indivíduos para que pudessem pensar por si mesmos e, assim, colocaram em movimento um avanço material sem precedentes, de fato, irrefreável. O Islã, sem a separação de uma esfera secular onde a investigação pudesse florescer livre das alegações religiosas, ainda que por objetivos técnicos, foi irremediavelmente deixado para trás, e, mesmo muitos séculos mais tarde assim continua”. Então, os “inteligentes” do momento estão misturando povos com uma visão de mundo completamente diferente, esse povo que chega está preso por motivos religiosos no ano 650, como conciliar isso? Certamente, por motivos de sua religião eles vão estabelecer como norma a cultura deles. Eliminando completamente a cultura local, pois isso é o que determina a crença deles. As realidades são distintas e incompatíveis. Não será convivência harmoniosa, pacífica e sim substituição. Este antagonismo criará conflito e destruição tanto para um lado como para outro. O terreno ideal para que o abismo se instale, vale avaliação de procedimento antes que o pior aconteça. Ou o abismo enfim vencerá. Eu fico com Nietzsche que diz: “Cheguei à minha verdade por caminhos diversos e de maneiras diversas: não subi até a altura de onde enxergo minhas distâncias por uma única escada”.
Gerson Ferreira Filho.
Citações:
Nossa cultura... Ou o que restou dela. Theodore Dalrymple. É Realizações Editora.
Assim falou Zaratustra. Friedrick Nietzsche. Martin Claret Editora.
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