quarta-feira, 28 de maio de 2025

O interlúdio e a insensatez.

 

                                                               Image by Alexa from Pixabay.






O interlúdio e a insensatez.



Então, em várias oportunidades fortuitas eu sustentei uma argumentação coerente com a realidade e sempre especifiquei a monotonia daqueles que sobrevivem de extravagâncias ideológicas sem fundamento embora apaixonantes, até porque a paixão é por si só uma insensatez. A harmonia insustentável desses acordes violados em argumentação que parece intelectual mas não passa de uma forma tosca e decadente de pensar e viver, onde limites exíguos se abarrotam de platitudes referendadas por idiotas e estúpidos. Não sei se repararam, mas ser de esquerda é um demérito, você apenas encontra abrigo e conforto dentro da sua tribo, seu destino está selado como animal político, sempre será visto como alguém estranho, de hábitos controversos e atitudes estapafúrdias, será sempre o sujeito que se dispõe a ser desagradável e inconveniente, claro fora da sua tribo. Obvio que nos redutos onde todos se alimentam do mesmo vômito conceitual, haverá abrigo para mais um asselvajado ocasional. Fora, será apenas um cara exótico e motivo de sorrisos circunstanciais naqueles breves momentos onde vai insistir em falar de política. Dependendo do ambiente será sutilmente ignorado, ou quem sabe achincalhado e até posto para fora pois nem sempre o público quer se sujeitar a escutar imbecilidades. A gente vê isso no jornalismo de forma geral, como trabalham sem plateia viva, falam o que desejam, argumentam como celerados situacionais sem perceber imediatamente que a conversa azedou. Canais de comunicação perdem audiência por causa disso. Você vai assistir a um programa esportivo e fica sabendo que o cara que até parece lúcido acredita em marxismo. Como você continua a dar crédito ao que um alienado diz? Isto exige um desprendimento sobrenatural, um exercício de boa vontade inacreditável apenas para prosseguir mais adiante como espectador. Para um jovem lá pelos seus dezessete anos ainda é tolerável sustentar esse perfil ideológico e seus valores, mas passou disso já vira apenas um cacoete ridículo e desmoralizante. Em gente com mais de 50 anos já temos configurada uma doença metal abrangente e limitante. Não tem como uma pessoa com relativa capacidade de avaliação da realidade prosseguir em certas crenças e submisso a um estilo de raciocínio fracassado e evidenciado por diversas ocorrências mundiais. Lamento muito pelos que são assim, mas tem gente que acredita em horóscopo e tantos outros jogos e crendices. O marxismo apenas é um objeto de culto com alguma sofisticação semântica para gerar uma sensação de pertencimento confortável a uma suposta boa causa, mas não é nada disso. No jogo de palavras e na sua dialética estão submersas numa estrutura de trapaça para desconstruir o homem com sanidade que existe em cada um. Existem inúmeros autores que já citei nos meus textos e estão nos meus livros que desmontam completamente essa estrutura e forma de pensar. Mises, Hans-Herman Hope, Thomas Sowell , Milton Friedman, Hayek, Karl R. Popper etc. Basta ler, estudar e entender que algo está completamente errado com sua forma de pensar, o mundo não é como te ensinaram. Não são apenas esses autores, existem muitos outros, e os quais eu cito também. Afinal, alguém tem de se dispor a fazer esse trabalho de higiene intelectual, um trabalho sanitário realmente. Sabem, a caixa de gordura tem de ser limpa periodicamente e muita gente tem uma no lugar do cérebro. E gente importante, cheia de garbo e certezas aleatórias de consistência vulgar. Na verdade são vítimas de um sistema de ensino que os direcionou para esse quadro extravagante e distópico de pensamento, foram produzidos como pacotes de insensatez numa linha de montagem eficiente. Entendam, conforme disse o Dr Lyle H. Rossister: “Como um molestador de crianças, o político esquerdista adestra seus constituintes até que suas precauções naturais contra a troca de poder por favores se dissolva em reafirmação”. Entendam mais uma vez, vocês não são normais, lamento dizer. São produtos e até na velhice continuam sem independência psicológica, escravos de uma mentira. E enquanto velho socialistas se vão uma nova safra de insensatos está em construção para o tormento humano programado, essa sensação está presente também entre a intelectualidade brasileira, temos Nélson Rodrigues deixando seu importante registro em suas crônicas dessa miséria que é esse perfil comportamental em O marxista brasileiro: “Gostaria de perguntar aos meus amigos marxistas: - Que diriam vocês de um sujeito que fosse, ao mesmo tempo, imperialista, colonialista, racista e genocida? Pois esse é o Marx de verdade, não o de nossa fantasia, não o do nosso delírio, mas sem retoque, o Marx tragicamente autêntico. Para ele, o povo miserável deve ser destruído por ser miserável. Diz: - povos sem história, povos anãos, escórias, etc. , etc. A guerra generalizada destruirá todas essas pequenas nações macrocéfalas, de modo a riscar do mapa o seu nome ,até”. E Nélson Rodrigues prossegue: “Como se sabe, a desgraça de satã é sua impossibilidade de amar. O abominável pai da mentira não gosta de ninguém. Daria metade de suas trevas por uma única lágrima. E, por todas as carta de Marx, não há um vislumbre de amor, e só o ódio , o puro ódio. Para ele, há povos piolhentos, povos suínos, povos bandidos que devem ser exterminados. Ele e Engels batem palmas para o imperialismo britânico e norte americano. Eis o que eu gostaria de notar: - são cartas que Hitler, Himmler, Goebbels assinariam, sem lhes riscar uma vírgula”.




Convenhamos, como algo produzido por pessoas assim pode fazer tanto sucesso entre povos que foram odiados pelo protutor dessa pantomima intelectual? Com esperar algo bom que saiu das entranhas do maligno? Como se achar mais humano, inclusivo, progressista e legitimamente bom seguindo uma proposta gestada no inferno? Expliquem-me como será possível equilibrar essa química ideológica e maligna minimamente aceitável para a gestão de recursos humanos. Não sei se já perceberam, deveriam; até a aparência física se torna estranha e de certa forma entrega o que a alma contém. Não! Vocês não são nem um pouco atraentes, algo na atmosfera que os circunda entrega a origem de suas escolhas. Mas o problema essencial está na insistência de quem adere a esse culto político de se tornar predominante nem que seja à força. Se apenas vivessem dentro de seus grupos de interesse com muitas seitas religiosas fazem, apenas exercitando suas crenças de forma interna aos seus templos, mas não, existe uma programação intrínseca de se espalhar como um vírus até possuir a sociedade inteira. E depois? Vem o colapso da vítima, a morte, e nesse caso é a sociedade. E assim provocando a ruptura com o que é normal e aceitável para uma sociedade civilizada e portanto, temos graças aos adeptos desse culto político a tragédia social, miséria, fome e morte em larga escala. Temos assim um parasita ideológico nesse intervalo existencial dominando mentalmente muitos e esses muitos acreditam que são os normais, radicais são os outros. O mundo é complicado, a vida não é fácil ainda mais tendo que conviver com gente necessitando de uma internação em algum manicômio especializado em tratamento psiquiátrico.



Gerson Ferreira Filho.



Citação:


A mente esquerdista, as causas psicológicas da loucura política. Dr Lyle H. Rossiter. Vide Editorial.


A cabra vadia, novas confissões. Nélson Rodrigues. Editora Nova Fronteira.


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domingo, 25 de maio de 2025

A última lágrima do amanhã.

 


                                                             Image by Kalhh from Pixabay.





A última lágrima do amanhã.



Ao percorrer essa textura sutil de estar aqui nas dobras da realidade e submisso a tantas regras comportamentais que impõem submissão a esse contexto evasivo e vazio de ordem claramente estipulada, e mesmo assim se tudo for apenas uma fugaz ilusão peremptória de uma lacuna que se disfarça de vontade, temos presença nesse espaço contingencial preparado unicamente para ser abrigo do desejo e da vontade. Pois somos isso, impertinência voraz como um desajuste fortuito que fornece uma sensação de desconforto nas atribuições que flutuam ao nosso redor e ainda assim não se impõem como premissas. O atributo que nos prende é o mesmo que um esmo fragor de uma brisa e mesmo se todo vento de um desejo fluísse em sentido desse agora não forneceria compreensão humana para abrigá-lo no coração. Seria um contrassenso oferecer abrigo aos que são refratários ao amor. Não há abrigo para a catarse entre os que não se dispõem a se equalizarem com a ressonância da frequência sadia. Ao repelir o contraditório se enrijassem numa textura pobre e sem alternativas que forneçam questionamentos saudáveis ao desenvolvimento de qualquer análise qualificada do contexto. O acaso não proporcionará contexto para qualquer súplica no após, ou se assume a real ignorância do agora, ou se descarta pessoalmente da estupidez irrelevante que nos preenche ou o destino estará pronto para ser cumprido no comprimento exato dos seus espaços inúteis da compreensão. Não se trata de prognóstico, mas de certeza, Venerar o seu totem ideológico não vai lhe oferecer respostas para as necessidades da alma, pois ele representa apenas o vazio comportamental solidificado em símbolo ilusório, não há transcendência num objeto retórico que escoa platitudes como uma gárgula descarta a água da chuva. Eu sei, você está empanturrado de falácias e discursos pegajosos a respeito de uma representatividade dissimulada e sem sentido. Entenda, nós estamos fora dos limites desse mundo, enquanto corpo estamos aqui, mas metafisicamente assim como o Criador estamos além da nossa compreensão atual. E para entender isso será preciso aprofundamento filosófico na estrutura da alma para que o imponderável se estruture na sua realidade e mesmo na sua total ausência de peso trará o equilibro necessário para a migração energética de plano de compreensão. Roger Scruton no seu livro A alma do mundo esclarece : “Um encontro direto com Deus, quando ele é entendido na via filosófica de Avicena* e Tomás de Aquino, é tão impossível quanto um encontro direto com o número 2. Agora vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho, escreveu São Paulo, mas então, veremos face a face. Contudo, por “então” ele quis dizer “além do aqui e do agora”, no reino transcendente onde Deus habita. São Paulo parece estar negando a natureza de Deus, mas, na verdade, ele a está afirmando”. A complexidade de tudo isso pede prudência e humildade porque tudo nesse campo possui energia demais pra ser assimilada repentinamente de forma atabalhoada e imprudente. Não estamos no campo da matéria onde tudo nasce, cresce, morre e apodrece e assim volta ao pó, mas ao Sagrado e sutil aquilo que na verdade é a realidade o que permanece mesmo sem ser visto e muitas vezes nem sequer percebido. Deus não é um conceito, não é empírico existe no sagrado oculto onde a experiência de encontrá-lo cria a percepção e a intencionalidade da fé. Entenda! Deus revela a si mesmo ao se ocultar, Ele está presente em nós, portanto basta ter acesso a Ele por conta própria numa busca minuciosa que não contenha desvios propositais dos subterfúgios clássicos de quem teme o ajuste necessário de rumo. O Criador não possui imagem científica Ele está além do espaço tempo não tem papel causal na sua crença e ao mesmo tempo tem. Qualquer estrutura intelectual do homem que o rejeite se torna um profundo abismo que engole milhares de incautos por rejeitarem o eterno. Perceba-o como uma fragrância, uma essência que conduz energia vital onde se torna reconhecido. O equilíbrio interno do homem está em encontrar o Criador de alguma maneira e quanto mais nos afastamos dele, mais desajustes comportamentais e psicológicos acontecem. Ao nos perdermos no labirinto do egoísmo e da descrença passamos a percorrer os caminhos perigosos das ilusões e das fantasias que aliciam almas para suprir sua alimentação. Uma sociedade sem nenhuma fé desmorona, não vinga, não prospera e não se multiplica. Tudo passa a ser desnecessário, até viver. Alguma semelhança com a atualidade? Com os dias nos quais vivemos? Um ser vazio não se enquadra no que chamamos existir, ele se anula, se torna um nada para si e para a sociedade onde vive ou poderíamos dizer, sobrevive. Hoje estamos em termos sociais exatamente assim, por doutrinação ideológica o divino foi eliminado, considerado supérfluo e decadente, a suposta razão tomou conta e o transcendente foi descartado e substituído pelo prazer imediato da carne e do individualismo materialista como propósito existencial prioritário. Não somos mais espíritos, não temos alma, e portanto não há débitos ou créditos para serem ajustados em algum lugar, o hoje, o agora é tudo o que temos e assim não precisamos nos preocupar com o amanhã.



Quando se nota o caos social e de relacionamentos tudo isso fica evidente. Não há mais vínculo com o amor, tudo é carne, pais não amam seus filhos, os rejeitam, adultos não aceitam mais formar família, cada um cuida de si. Idosos não possuem mais quem os ampare, matar um semelhante não tira nem mais o sono. Filhos dormem com o cadáver do pai por interesse em receber a aposentadoria, por dinheiro. Adultos abusam de crianças inocentes e sentem prazer com isso, criminosos são tratados como prioridade pela justiça que os soltam para reincidirem no crime sistematicamente. A vida do homem de bem não vale mais nada, ser honesto virou uma piada, um motivo de chacota e demérito social. O homem precisa de Deus, e se dedicar nessa busca ao sagrado de alguma forma, essa ausência está cobrando seu preço e ninguém percebe. E o Criador está na cultura, no conhecimento, no aprimoramento comportamental e no limite civilizado de viver. Sem a Ordem que vem da crença não há futuro e restará apenas a última lágrima do amanhã.




Gerson Ferreira Filho.



Citação:


A alma do mundo. A experiência do sagrado contra o ataque dos ateísmos contemporâneos. Roger Scruton Editora Record.



* Avicena: Abu Ali Huceine ibne Abedalá ibne Sin, sábio Persa, Muçulmano. Médico, filósofo, matemático, químico, e escritor.



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terça-feira, 20 de maio de 2025

A estupidez sagaz.

 

                                                       Image by Gerd Altmann ftrom Pixabay. 





A estupidez sagaz.




Então, vamos conversar mais uma vez a respeito dessa época controversa e desalinhada com a sensatez na qual vivemos. Quem acompanha o que escrevo e escrevi bastante até aqui, seis livros e possivelmente um sétimo ano que vem, conhece muito bem as feridas do nosso tempo. Pois tudo o que faço está alinhado com esse cotidiano infame da civilização atual, entre citações de qualidade onde grandes autores da humanidade são mencionados e com seu referencial de categoria procuro enriquecer culturalmente quem acessa meus textos. Está tudo no balcão, disponível, pronto para consumo e para proporcionar uma visibilidade melhor da realidade que nos abraça nesse momento. No texto bruto, muitas vezes com alguns erros no Blog, em áudio caseiro e amadoramente construído na minha voz no meu canal do Telegram, e preservado para a posteridade em livros que poderão ser consultados para informação em uma viagem de época num futuro incerto. O que escrevo não é para os doutores e especialistas culturais, apesar que eles podem também acessar para uma viagem rápida em temas que certamente conhecem. Mas sim para os que nunca tiveram acesso a informação de qualidade cultural e a autores relegados ao esquecimento estrategicamente por aqueles que tinham a intenção de tornar o povo desqualificado e ignorante. Ofereço um incentivo para a pesquisa, pois um povo que tenha cultura de melhor qualidade pensa melhor, tem mais atributos cognitivos para a análise da realidade, e dessa forma adquire uma proteção mais encorpada para essas coisas estúpidas que são oferecidas como um bom atributo temporal de uma época miserável em relação ao conhecimento verdadeiro. Hoje o imbecil tem titulo de mestrado e doutorado, mesmo dentro de uma falta completa de qualificação além daquilo que estudou e se especializou. E muitas vezes nem dentro de sua própria área. Até porque existe um abismo entre o estúpido e o ignorante, como esclareceu Jaques Lacan que eu citei em textos anteriores: “o ignorante é um vazio completo, e o estúpido é um sujeito qualificado, cheio de certezas , erradas”. O que enquadra perfeitamente toda essa turma que se vê hoje em redes sociais exibindo títulos acadêmicos e expelindo abobrinhas filosóficas e de comportamento com se fossem um impertinente vulcão de abjeções. A vergonha, como se diz popularmente hoje, se passa no crédito e no débito. E por isso mesmo eu procuro até hoje me entranhar nas obras culturais dos que realmente tinham qualidade a oferecer, dediquei os últimos dias a leitura de várias obras de Nélson Rodrigues, Uma inteligência que esteve muito acima da média vulgar do brasileiro de forma geral, sabia analisar a nossa realidade como poucos. Para mim, que sou carioca e vivi aqueles tempos, ler os livros dele se torna uma aconchegante viagem a um passado que vivi e uma surpresa encantadora ao reconhecer-me com um pensamento ao menos similar ao do autor. Ele, Nélson Rodrigues percebia a decrepitude do nosso povo já naqueles tempos, e brincava literariamente com isso. Desde o simplório ao magnata empedernido e elitista dentro de sua sagacidade estúpida de salões elitizados por riqueza pessoal , onde muitos se exibiam como pavões circunstanciais de aviário de gente rica. Apenas acessórios pseudo intelectuais de ocasião. Essa ignorância coletiva e abrangente que permeia todas as classes sociais e provoca tragédias ocasionais em toda a estrutura de um povo, que até possui dinheiro mas não sabe direito o que fazer com ele e assim se tornam reféns ideológicos de uma armadilha intelectual preparada para aprisionar almas em seu ventre infame. Não possuir uma formação cultural aprimorada, com referências adequadas de avaliação podem levar a tragédias pessoais enormes durante vida. Nélson Rodrigues narrava essa imbecilidade coletiva que tem traços tão profundos na nossa sociedade, entre fatos curiosos e lances de pura criatividade ele machucava a textura oblíqua de um tempo que ainda hoje temos em versão bem piorada no agora. Estamos mais imbecis, atolados nas futilidades das anomalias proporcionadas por anos de doutrinação ideológica de lupanar. As secreções dos furúnculos de Carl Marx alimentam muita gente ainda. Hoje, os iluminados progressistas chamam tudo isso de inclusão social, de aceitação social do diferente. Ao implementar uma colossal sensibilização com o que a natureza diferenciou se corrompe a qualidade real da estrutura de uma sociedade a ponto de não ser possível mais entender o que é certo ou errado. E se você não possui parâmetros definidos de avaliação você não tem nada, passa a viver num caos de possibilidades onde nada é seguro e tudo, qualquer coisa é possível, não há critérios de estabilidade para equilíbrio do que uns chamam de coletivo.



Enfim, Nélson Rodrigues já naqueles tempos fez uma perfeita descrição do povo dessa terra no seu livro Memorias a menina sem estrela: “Se baixassem um decreto mandando a gente andar de quatro – qual seria a nossa reação? Nenhuma. Exatamente: nenhuma. E ninguém se lembraria de perguntar, simplesmente perguntar: por que andar de quatro?”. Aqui temos uma descrição alegórica exata do comportamento do brasileiro de forma geral, ele vai assimilando, assumido, aceitando, não interessa o motivo, é uma ordem , então que se cumpra. Se trata de um militarismo social assumido, pois apenas militares cumprem ordens sem questionamentos, sem a possibilidade de escolha ou de definição, se aceita ou não. A estabilidade da tropa pede isso, obedeça , não questione, não faça nenhuma análise de contexto ou de ética a respeito das determinações que lhe passaram. Afinal, ordens se cumprem, esse entendimento já levou muitos para a forca, vide o julgamento de Nuremberg. Mas se um povo não possui abrangência cultural fica fácil conduzi-lo como rebanho, bois, carneiros e cabras não possuem intelecto para diferenciar a realidade. Tenho comida e água e uma área para dormir está tudo bem. Faz parte do interesse dos poderosos a manutenção desse ciclo confortável para eles de governança de populações. Um povo com baixo nível de conhecimento se torna dócil, jamais vê o que fazem na verdade com ele. Para isso, para correção desse rumo, tento preencher essa lacuna de conhecimento de forma sutil. Forneço acesso a bons autores, que se forem pesquisados e estudados darão outra perspectiva de mundo para muita gente. Dentro da simplicidade que consigo produzir apresento um mundo completamente novo de hipóteses que certamente potencializarão os que nunca tiveram acesso cultural a algo mais refinado e coerente. Repito, tudo isso não é para os que eventualmente já sabem, mas sim para os que nunca tiveram acesso a tudo isso. Mas repito mais uma vez, ofereço também entretenimento na minha forma peculiar de escrever. Hoje, cultura de qualidade e isenta de aparelhamento cultural de esquerda é coisa rara no mercado, está tudo completamente aparelhado por essa gente que se beneficia da ignorância do povo. Enquanto eles vivem de publicidade gratuita e até de benefícios financeiros e facilidades proporcionadas pelo seu grupo de poder e influência, nós navegamos em mar aberto sem nenhuma proteção além da nossa ousadia e coragem para oferecer qualidade e diferenciação nesse nosso tempo. Seria uma estupidez sagaz? Lutar contra um oceano de iniquidades acreditando vencer? Ou um prazer particular de ser inconveniente aos que se consideram inatingíveis na margem mais absurda do tempo? Me divirto com os sorrisos sarcásticos pelas costas oferecidos pelos ignorantes, que no seu vazio particular riem do que na verdade não entendem, porque alguém por aí já determinou poeticamente: “a ignorância é uma benção”.




Gerson Ferreira Filho.




Citações:


A psicologia da estupidez. Jean-François Marmion. Avis Rara Editora.


Memórias A menina sem estrela. Nelson Rodrigues, Editora nova Fronteira.



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quarta-feira, 14 de maio de 2025

A escassez de sentido.

 

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A escassez de sentido.




E assim companheiros de situação, temos rumos distintos especificações diversas e estamos sujeitos ao império das premissas das quais supostamente não participamos na construção dos detalhes, e se participamos não nos lembramos de seu conteúdo programático o que nos leva ao mesmo local, a desinformação. De acordo com cada crença, isto é proposital, pois não suportaríamos o volume de informação, coerente essa linha de raciocínio, nossa realidade presente já é bem complexa para que tenhamos como peso a memória de outros tempos. O ontem, o hoje e o amanhã já nos basta para servir de estorvo e até nos levar ao limiar do abismo várias vezes. Temos de registrar a partida de Divaldo Franco no dia treze de Maio, uma grande alma que estava entre nós, tive o privilégio de assistir uma palestra dele já tem muitos anos no Tênis Clube de Campos. Algo incrivelmente revigorante, que muitos não tiveram a oportunidade de ter por simples preconceito de religião, nessa luta divisionista implacável da crença em Deus. O homem se divide em grupos, por política, por preferências diversas e também por religião. Cada uma se diz dona de Deus, com se Deus fosse algo possessível e sujeito ao domínio exclusivo de um determinado grupo. Eu tenho uma interpretação diversa, divergente e complicada, mas eu sou assim mesmo. Em tempos idos ainda na minha juventude até cheguei a me questionar por qual motivo eu sou assim, complicado, questionador, inquiridor e essencialmente inconveniente com o que está estabelecido como regra. Um cara chato, digamos. Seria louco, desequilibrado por encontrar fissuras nas propostas apresentadas? Não sei, mas em determinado momento desse conflito existencial me surgiu um insight: você é o que Deus quer que você seja, se é assim esse é o seu formato, seu propósito definido, o trilho onde vai seguir pois nada nesse mundo acontece sem a Permissão e Consentimento de Deus, e se é assim, não preciso me preocupar com mais nada. É um formato pouco digerível para a maioria, entender que a dor, a alegria, a violência, a ignorância e a sabedoria estão no controle do Criador. O que vier a acontecer ou não acontecer está em plano inacessível para mim, e portanto não preciso me preocupar com mais nada. Meu perfil convive bem com qualquer religiosidade, deve ser influência familiar como já esclareci em outras crônicas. Criado como católico e com familiares de outras religiões estudei todas, frequentei e procurei entender o cenário e compreender que o importante é que você se sinta realizado no seu nicho, no seu núcleo de fé. Se você é bom, age com respeito aos seus semelhantes, materializa sua fé auxiliando quem precisa, sendo sempre a mão amiga ao próximo que depende de conforto? Deus não olhará seu crachá para identificá-lo como pertencente a essa ou àquela religião. Sim! Eu sei, o ser humano gosta de aplicar importância a sua vida e a seu estilo, com a afirmação: eu pratico a religião correta, baseado nisso ou naquilo, se você se sente confortável na sua bolha de fé isso é o que importa, deixe o próximo exercer a liberdade que lhe cabe dentro desse período existencial. A única certeza é que esse tempo vai passar e vai digerir todas as verdades alicerçadas em suposições acadêmicas catalogadas através dos termos impostos a nós durante esse trajeto efêmero. Se apenas essa compreensão do direito alheio de crença fosse respeitado, teríamos um mundo melhor, mas o projeto deve ser esse mesmo, o conflito, a dor ensina, educa e realinha destinos. Funciona como uma forja onde o ferreiro maltrata o ferro em brasa até que fique puro para ser aceito como corpo de algo mais refinado, melhor e com um propósito nobre. Volto a lembrar, o que existe, existe porque Deus quer assim, como prova, como desafio ou com ensinamento criterioso que vai moldar a alma naquilo que Ele deseja, não compete a mim e a mais ninguém a intromissão nessa seara Divina, a dor que sinto e o conforto que me abriga estão definidos e não há o que fazer, cumpra seu roteiro, tenha um bom propósito apesar de todo obstáculo que surja pela frente, este problema está lá provavelmente porque você o criou, ou não passa de mais uma oportunidade que a vida lhe oferece para evolução. Pois sua proposta de solução testemunhará por você em algum momento, o que se faz de bom e de bem volta, assim como o que de ruim se faz. Se trata de uma velha lei universal, causa e efeito, causalidade, ela é implacável. No fim, todo nós, o mau e o bom, o sábio e o ignorante , todos nós estamos submetidos ao controle divino, queiramos ou não, até os que em nada acreditam têm seu papel na história humana, não existe falha de programação ou de perfilagem de projeto, entenda, o que acontece , acontece porque tem de acontecer, para o bem e para o mal. Toda e qualquer propriedade que tenhamos já foi passada em análise comportamental de episódios e seções.



Essa escassez de sentido, de intuição, de conseguir captar detalhes subliminares que provocam sensações e reações de todo tipo são parte do nosso conflito interno de evolução, uma tempestade de sensações e certezas improdutivas que se atritam dentro da nossa cosmologia interna que possuímos no nosso subconsciente. Temos a tendência a nos aglutinar com nossos semelhantes, que assim seja, mas não precisamos nos tornar hostis e agressivos ao que entendemos como diferentes e até contraditórios aos nossos valores pessoais. A paz e a liberdade apenas se materializarão quando essa rivalidade tola de crença se extinguir, no momento onde todos entendam finalmente que a civilização representa evolução humana e é o que nos distingue da selvageria que divide em castas compartimentadas em comportamentos de política e de fé. Tudo indica que ainda temos um longo caminho para percorrer e não será fácil obter fartura de compreensão nessa escassez cognitiva mas o trajeto é esse, não se acomodem no padrão, a rotina vicia e empobrece a compreensão o inusitado desafia e dá propostas mais sustentáveis para a alavancagem do espírito. No comodismo das águas se encontra apenas a estagnação, tenha fluxo, evolua, aprenda, e ultrapasse por si mesmo as hipóteses negativas que existiam em você.



Gerson Ferreira Filho.


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quinta-feira, 8 de maio de 2025

O vazio envolvente.

 

                                                          Image by Canva from Pixabay. 





O vazio envolvente.



E assim amigos vamos tentar fazer uma análise do nada, de coisa alguma, parametrizado na orgia das completas ausências de objetivo e de metas para seguir. Algo inusitado que mesmo sendo completa inadimplência mental ocupa espaço definido para a maioria do povo, não se trata de subterfúgio ou de estratégia mas sim de um modo de vida assumido e de completa abrangência dentro das hipóteses caóticas da ausência de avaliação por ser apenas o nada. Se fizermos um ensaio a respeito do tema notaremos que buscando similaridade na inteligência artificial poderíamos dizer que muitos possuem apenas um programa de gerenciamento interno básico, que gerencia somente atividades de sobrevivência e de deslocamento dentro do plano ocupado fisicamente no agora. Ou para turma que gosta de mecânica a diferença entre um caminhão caixa seca e um caminhão moderno. Os dois cumprem o seu propósito mas há um abismo de qualidade entre os dois. Acreditem, a maioria é assim, não se preocupam com evolução e obtenção de prosperidade, vivem suas vidas sem metas ou compromissos de obter uma melhoria progressiva com nossas experiências, em tempos de redes sociais, se apresentam situações que causam constrangimento nos que possuem critério de avaliação superior, mas é assim mesmo. Hoje essas redes sociais informam e comunicam de tudo, são a alma da informação, cultura e entretenimento, falsa ou verdadeira, tem de tudo. Basta selecionar o que tem valor e o que não tem. Governos autoritários têm pavor dessa tecnologia de interação social; onde já se viu o povo dialogando, raciocinando e encontrando respostas de forma livre? Ainda existe uma pequena e sutil camada dos que raciocinam com qualidade de análise de cenário, com inteligência suficiente para constranger os poderosos, expondo suas imoralidades e negócios escusos para o publico de menor capacidade cognitiva. E dentro dessa ignorância profunda que foi cultivada com esmero, tornando a massa popular ignara e com alto e grande teor de obsolência intelectual temos aqueles que ficam felizes e festejam o recebimento de um magro auxílio financeiro do governo. Eu sei, na maioria que pensa causa revolta, mas entendam, essa gente consegue ser feliz na miséria. Receber um valor financeiro pelo qual não fez jus com trabalho para eles é ótimo, o ócio os alimenta e os nutre profundamente, nesse nível o trabalho com objetivo de obter dinheiro e melhorar de vida é uma agressão. Uma intromissão na própria liberdade que julgam ter, mesmo mergulhados na miséria que os delimitam ao perímetro da penúria de seu miserável estado de ser. Não há complexidade cultural suficiente para entender que enquanto vivem na miséria outros vivem como príncipes e reis com recursos que mudaria a vida de todos eles. Os políticos populistas trabalham diretamente com isso, essa massa humana vota e sempre elegerá aquele que lhe dará mais esmolas, mais coisas “grátis” para alívio de sua condição. A preguiça e a falta de propósito são estimuladas pois o voto de um deles possui o mesmo valor de um voto de alguém qualificado, chamam isso de democracia. E como são muito numerosos graças ao desinvestimento no ensino básico e profissional, a politicalha infame sempre vence. Não basta produzir o iletrado, tem de produzir também o profissional meia boca, aquele que apesar de ter diploma ainda assim é um analfabeto funcional que acredita em teses políticas disfuncionais e derrotistas. Este vácuo mental não proporciona ambição, ao contrario, fornece convicções distorcidas da realidade onde trafegam abusivamente opiniões fracassadas repetidas insistentemente apenas por não se aceitar o lógico, a normalidade funcional do mundo. Se vive assim feliz mesmo em cenário caótico e sem perspectiva nenhuma de avanço social para as próximas gerações. Não há saúde, não há emprego, não há segurança mas o importante é o benefício com o qual comprarei umas linguiças e uma cerveja para curtir o momento. Já observou um galinheiro, uma granja? As galinhas e frangos não se importam com mais nada se tiver ração e água, é exatamente desse jeito que a maioria vive. O interesse pelo progresso pessoal é um sinal de uma inteligência um pouco acima da média, e isso hoje é raro. Se perceber, se notar que está fora de onde merecia estar, de entender que com esforço pessoal é possível migrar do galinheiro para algo com mais dignidade e que ofereça múltiplos caminhos no tempo e no espaço levam a novos destinos, constroem novas histórias e possibilidades, cada nova habilidade adquirida o posicionam de forma diferente na realidade, isso se trata de valor agregado, de qualificação para múltiplos cenários, e com o somatório de conhecimento a amplitude de ação de propostas se apresenta em oferta ao que se propõe a ser diferente. Você escolhe: ter uma vida de galinha num aviário ou se projetar intelectualmente para ser o dono do negócio, Quer ser o dono da granja ou viver feliz como um frango? Se alegrar efusivamente ao ponto de dançar com a ração e a água grátis ou se apropriar de si e produzir um final diferente? Eu aqui utilizando o linguajar peculiar dos socialistas que construíram esse desastre social que se avizinha, mais um, é a especialidade deles, “tenho lugar de fala”, fui muito pobre, mas desde criança tive um diferencial, não gostava nem um pouco de ser pobre. E sendo assim, mais uma vez utilizando vocabulário deles, furtado de um termo de Administração de empresas, procurei “empoderamento”. Sim, essa gente até muda o linguajar para se excluir da sociedade e fazer de conta que são especiais.



E esse “empoderamento” está em estabelecer objetivos, criar diferenciação, e como se faz isso? Adquirindo habilidades profissionais. Aumentando a própria capacidade de ação estudando e encarando qualquer oportunidade de ter mais conhecimento. Se qualificar para ser diferenciado e assim obter mais oportunidades e ofertas profissionais. E com melhores ofertas e com profissionalismo se sobe a escada social se libertando da mediocridade abrangente de nossa sociedade. Infelizmente a maioria não é assim, não encara a vida como um caminho para percorrer e progredir, prefere estacionar e ser feliz na miséria onde nasceu. Bebida ruim, comida de péssima qualidade, roupas de palhaço e a música tribal conforta muitos, plenamente satisfeitos naquilo que conseguem perceber como qualidade mas não é. Essa turma até quando fortuitamente consegue obter muito dinheiro se perde nos valores e desperdiçam tudo voltando ao ponto de origem. A maior fortuna que um homem pode ter é seu intelecto, se for apenas um vazio envolvente ainda que consiga obter fortuna será um mendigo cognitivo e sujeito as trapaças da vida. Entendam e aprendam a se defender porque como disse o grande poeta Augusto dos anjos: “O beijo, amigo, é a véspera do escarro, a mão que afaga é a mesma que apedreja”. O ser humano é cruel, portanto não se torne disponível para ser pisado ou ser descartado como lixo. Adquira seu valor específico na selva.


Gerson Ferreira Filho.



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sábado, 3 de maio de 2025

A angústia dos espaços.

 

                                                     Image by Gerd Altmann from Pixabay. 



A angustia dos espaços.




Dentro de cada lacuna existe uma loucura e no íntimo de cada loucura existe uma normalidade particular para proporcionar conforto ao insano. Não devemos tentar desalojar o desajustado do seu universo particular, isto depende apenas dele, do celerado, do inclemente, de se autoconhecer e reconhecer sua própria miséria cognitiva. Ofereça apenas circunstâncias alternativas, caminhos diferentes sugestivos como um traçado proposital que pareça uma construção própria do alienado, assim ele não se sentirá invadido e sua camada de proteção construída em orgulho e arrogância não irá rejeitar a opção. Porque o estúpido acredita ter conhecimento pleno de tudo e jamais aceitará uma opinião que entre o conflito com suas crenças internas de como o mundo deve funcionar. Estamos cercados de gente assim, extremamente dominados por convicções deletérias e perniciosas constituídas de erros sistemáticos absorvidos por doutrinação proposital para construir um ser que margeia o irracional sem perceber que é assim. Ao contrário, se percebe como um “iluminado” um “ungido” muito superior moralmente a seus pares de existência. E isso gera um impacto significativo na realidade, do comportamento ao desempenho econômico de sociedades, causando danos severos em todas as áreas da comunidade e vida social com uma visão distorcida da realidade. Da política a justiça e claro ao desempenho financeiro, tudo passa a ter uma morbidez incompreensível quanto aos resultados esperados onde se tem a normalidade das instituições, a organização, de qualquer área não pode usufruir de uma boa dinâmica onde se aplica o erro de interpretação quanto a funcionalidade estrutural dos reais parâmetros de estruturação social. Vive-se num amplo devaneio, e tudo se amplifica Introjetando em prolapse um futuro ainda e apenas como uma péssima expectativa. No presente se compromete desastrosamente o futuro e esse futuro maculado não se sustentará para acomodar dentro dele um conteúdo plausível de prosperidade que se deveria possuir dentro de algo legitimamente planejado e construído para ser apenas por si sustentável. Existem regras, e elas são claras, específicas para uma boa condução social com amplitude necessária ao progresso e a prosperidade esperada dentro de uma boa condução dos valores da civilização. E quem governa está diretamente ligado ao sucesso ou ao fracasso do planejamento. Adam Smith no seu livro A riqueza das nações explica: “As grandes nações nunca empobrecem por má conduta privada, embora às vezes isso ocorra pela prodigalidade e pela má conduta pública. Todo ou quase todo o rendimento público é, na maioria dos países, empregado para a subsistência de mãos improdutivas. A saber, as pessoas que compõem uma corte numerosa e esplêndida, um grande aparato eclesiástico, grandes frotas e exércitos – que em tempos de paz, não produzem nada, e, em tempo de guerra, não adquirem nada que compense as despesas de sua manutenção, mesmo enquanto alguma guerra ainda está em andamento. Já que essas pessoas nada produzem, são todas mantidas pelo produto do trabalho de outros homens”. Está claro que o Estado grande não produz, ou poderíamos dizer, produz gente que não produz, vivem apenas dos recursos de terceiros. Não há efetiva geração de riqueza para ser compartilhada como prosperidade. Um judiciário enorme e poderoso produz exatamente o que além de muito papelada na sua extensa burocracia e interpretações da lei? Qual o produto físico que possa ser comercializado e assim gere lucro para justificar seu tamanho e poder? E ainda mais, Forcas Armadas enormes, mal treinadas e ineficientes e inúteis como defesa de seu povo e suas fronteiras. Numerosos ministérios com milhares de funcionários burocráticos também sem função produtiva real, essa turma não produz nem um botão ou um dedal que sirva para uma simples costureira produzir suas roupas, e olhem; as roupas que a costureira produz, os vestidos e os ternos do alfaiate contribuem com a riqueza do país quando somadas no total de atividades rentáveis. Uma nação poderosa representa a quantidade de riqueza produzida dispersamente nas atividades individuais dos seus cidadãos, e não na mesa dos gabinetes dos funcionários burocráticos que apenas cuidam de uma rotina infinita para representar um trabalho na verdade que poderia ser feito por muito menos pessoas e assim desonerar a atividade de controle. Este inchaço natural do Estado estimulado pela ideologia socialista está diretamente ligado a ineficiência que provoca desastres sociais enormes em países que se entregam a isso. Devemos lembrar aos entusiastas da improdutividade que a simples atividade de cada trabalhador que produz seu sustento é o que rende capital para que os salários de toda essa turma improdutiva seja pago. Através da cobrança de impostos em cima de quem produz é que gera o salário do improdutivo, e se o setor improdutivo for enorme, maior do que o que produz, teremos sérios problemas.



Essa angústia espaçosa que se forma na diluição de problemas clássicos de gestão econômica para desequilibrar a forma de sobrevivência social de um espaço chamado país se apresentam como base de uma ideologia com base em equívocos solidificados em crenças praticamente esotéricas e sem fundamentação lógica para que gere prosperidade e resultados positivos no futuro. Parece simples mas não é, principalmente quando se lida com fanáticos entumecidos na mais pura estupidez acadêmica de propostas inviáveis e comprovadamente evidenciadas como destrutivas. Precisamos de um reconhecimento da realidade, um alívio nesses espaços intercalados na insanidade coletiva para que a boa regra volte a florescer e ocupar o que hoje é apenas insanidade. Claro isso depende de enriquecimento cultural, de pesquisa, de estudo de aprimoramento cognitivo determinado, ou teremos a tragédia com resultado. Um lugar onde uma diminuta elite viverá nababescamente à custa de todos e sem nenhuma perspectiva de progresso. Reduza-se a máquina, dê mais liberdade de empreendimento, coloque a carga tributária para níveis aceitáveis com um Estado menor e acompanhe o milagre acontecer. Adam Smith tem mais algo a oferecer: “O esforço uniforme, constante e ininterrupto de cada um para melhorar sua condição, o princípio que dá origem tanto à opulência pública e nacional quanto à privada, costuma ser suficientemente poderoso para sustentar o progresso natural das coisas no caminho do aperfeiçoamento, apesar das extravagâncias do governo e dos grandes erros de sua administração”. Um Estado pequeno, enxuto, ainda assim pode errar mas seus erros não vão criar calamidades dentro da estrutura de governança, e como é pequeno, suas correções também serão mais simples e de caráter imediato devido a seu design interno ser bem simplificado e sem enormes escalonamentos de poder e influência compartimentados em setores de interesse. Se e quando conseguirmos refinar os nossos procedimentos políticos talvez consigamos obter prosperidade e segurança, mas não com uma máquina pública enorme e desequilibrada para sustentar. É muito malandro querendo viver à custa de quem realmente produz. Afinal, a boa vida sem merecimento, ou uso de relógios caríssimos de grife internacional oferecem importância a estultos e néscios para a satisfação de seus delírios particulares de grandeza. Nada mais arrogante e esnobe do que um incapaz intelectual que se julga sábio.



Gerson Ferreira Filho.



Citação:


A riqueza das nações. Adam Smith. Edipro Editora.


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