quarta-feira, 25 de maio de 2022

O ardil das horas.


                                                      Imagem de Gerd Altmann por Pixbay.



O ardil das horas.


Entre caçarolas quitutes e trapaças vamos entendendo de forma bem didática como funciona a mente de alguém profundamente mergulhado em progressismo socialista, onde o venha a nós sempre se torna prioritário em relação ao vosso reino. Tudo não passa de aparências, uma selva ideológica onde até seus parceiros podem virar comida, sem ressentimentos, por favor. Ou errarei no tempero e posso salgar o pirão. Nada como jogar um aliado no lixo se a oportunidade for vantajosa, porque de vantagem também vive o homem e centralmente dedicado é o acordo, nada como uma barganha, um acordo bem costurado que permita, quem sabe, uma comissão vantajosa. A encruzilhada é um encontro de curvas, de destinos e preservar a própria pele é o mais viável, sem ressentimentos novamente foi por sobrevivência, mesmo que não seja nobre ainda assim será vida.


Eu nunca tenho certezas, apenas expectativas. Que tudo não passe de turbulência cognitiva nos intervalos da minha existência, aquele lugar efêmero e fugaz que envolve de forma frágil minha vontade. Apenas percebo na atribulação cotidiana que algo deu muito errado nesse projeto, uma perceptível discrepância nesse portfólio, decisões erradas foram aceitas e arquivadas em algum momento no passado para comprometer toda a estrutura da realidade. Uma avenida onde desfilam mendigos intelectuais arrotando uma suposta superioridade ética sem ao menos se darem conta da sua própria miséria compulsória, que flutua sem constrangimento da periferia ao núcleo do entendimento humano.


Nas tripas da realidade a atmosfera não parece muito saudável. Vamos aprendendo nessas artimanhas das horas, sempre enquanto houver tempo e oportunidade. Embora um tanto enojado com as escolhas e alternativas que se apresentam, é o que temos. Minha memória ainda tem espaço para acumular mais um lote de disparates até que seja encerrada minha participação, mas lá no fundo, oculto nas minhas memórias ainda sorri uma esperança furtiva e ousada que brota do meu subconsciente para me dizer de forma adocicada: no final o bem sempre vence.



Gerson Ferreira Filho.


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