quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Excentricidade intrínseca.

 

                                                     Image by Gerd Altmann from Pixabay.




Excentricidade intrínseca.



Você conhece suas distâncias? Mesmo entre toda platitude desse agora infame? Onde a miscelânea semântica fornece abrigo oportunista a todo contrassenso vadio que se materializa nessa nossa fronteira da sanidade mental? Parabéns! Você é uma joia rara, um sobrevivente, provavelmente o amanhã dependerá de ti, mesmo que neste tenebroso espaço de tempo, você ainda não tenha consciência disso. Existe ritmo na natureza, tudo flui decididamente neste encorpado e ousado oceano de possibilidades, embora hoje se construa um discurso contra o padrão binário, tudo não passa de mais uma falácia criada pela anomalia mental dos nossos tempos. Tudo tem seu oposto, positivo, negativo, luz e trevas, o 0 e o1, o bem e o mal. Não há repouso na existência onde tudo se move como tábua de maré estipulada para todo ser vivente. Porém há método e organização na frequência eterna de ocasionalidades que são mais arbitrárias do que possam parecer. Nessa dinâmica o conhecimento e a sabedoria tem de ser repassada. Infrutífero e improdutivo acumular tesouros quando se pode multiplicá-los eternamente através do universo que nos abriga. O separar de pontos é irrelevante nesse contexto, qualquer teorema sofrerá para delimitar este intervalo onde o infinito é a premissa. Como a súplica de um amor eterno o tempo passa apesar do espaço que se comprime para retê-lo sem sucesso no momento que mais atinge o âmago do ser. E como todo conhecimento, toda inteligência é chama a ignorância se constitui de matéria, que sofre toda mazela presente na sua construção. Onde assim se pune para se livrar do conteúdo inferior na forja da vida. Escolha sempre o melhor, purifique-se para a transcendência adquirindo conhecimento, expandindo seu espaço vital de conhecimento você diminui sua densidade específica e passa a habitar outro plano, outro nível existencial onde não existe horizonte que limite a compreensão, cabendo apenas a você ajustar a profundidade que deseja alcançar. Não se apegar a tolices e a modismos circunstanciais já passa a ser um bom procedimento, as ilusões bailam no seu perímetro, justamente para capturar mais uma vítima e na maioria das vezes, elas, as ilusões se fantasiam com credibilidade para apossar-se do incauto e frívolo espírito.


Então, tudo depende de propósito, de sentido, sem este detalhe subliminar que define nossa vida não sobreviveríamos a toda artimanha do contexto, sempre pronto para nos aniquilar. Carl Jung definiu: “O homem necessita de ideias gerais e convicções que lhe deem um sentido à vida e lhe permitam encontrar seu próprio lugar no mundo”. Normalmente encontramos isso na simbologia que a religiosidade proporciona, adquirindo assim diversidade de sobrevivência entre hipóteses metafísicas que revestirão nossa vontade e proporcionarão abrigo contra a desídia oportunista que possa tentar nos envolver com seus truques e sua incúria. Sem um substancial significado, não sobreviveríamos neste plano. Seríamos basicamente animais irracionais sem conteúdo vivendo por viver apenas consumindo e por fim, consumando uma existência irrelevante como qualquer outro ser bruto na superfície do planeta. E novamente Carl Jung define: “É a consciência de que a vida tem uma significação mais ampla que eleva o homem além do simples mecanismo de ganhar e gastar. Se isso lhe falta, sente-se perdido e infeliz”. Como um exórdio preliminar há necessidade de começar bem, ajustando necessariamente nossa própria cúria para decisões que tenham pertinência na razão. Trabalhar pelo mal e para o mal exige um pré-obliterado padrão comportamental para proporcionar conforto a quem a isso se entrega. Acredito que já abordei o tema em outra cônica, mas se faz necessário relembrar as palavras do Dr Murray Stein: Do ponto de vista da psicologia profunda, o problema do mal está ligado à percepção de que ele é, em grande parte, controlado por fatores inconscientes. Com exceção dos psicopatas rematados, fazer o mal é algo que as pessoas geralmente tentam evitar, pelo menos até certo ponto. A maioria quer estar do lado do bem (ou pelo menos, ser vista assim); não do lado do mal. Portanto, a atualização do mal geralmente é muito mais sutil e insidiosa que conscientemente perniciosa. Pode-se, com a consciência tranquila, servir ao mal enquanto conscientemente pretende-se fazer o bem obedecendo a uma lei maligna, por exemplo. O mal opera e pode ser praticado em perfeita inocência, com boas intenções e censo de responsabilidade cívica”. O mal é tão pernicioso quanto ao seu domínio que é capaz de simular uma atitude nobre para uma monstruosidade, e assim conseguir realizar seu trabalho. E a deformação mental por má orientação, estímulos culturais indevidos, baixo padrão de coeficiente de inteligência podem proporcionar o terreno adequado para que o mal monte suas armadilhas e capture grande número de almas. Portanto, se faz necessário possuir em essência o bom propósito dentro da nossa estrutura de valores, e que eles invadam também nosso subconsciente, e não seja apenas uma superfície frágil de conceitos, ou teremos a subversão dos nossos valores mais íntimos.


Temos que trazer a excentricidade para dentro de nós, fugindo dos padrões comuns, dentro da extravagância multifacetada de conceitos diversos, para enriquecer assim o ambiente cognitivo, que uma vez preenchido de análises e bons valores, transformará nossas mentes em um labirinto indecifrável para o mal. A ociosidade cultural e o vazio existencial são preferencialmente o terreno onde a discórdia e a vilania procurará se estabelecer para a partir desse ponto criar sua perversão psicológica com aparência de progresso social. Preencha totalmente seus escaninhos mentais com bons valores, mesmo os secretos e indevassáveis, aqueles onde apenas você se permite escrutinar quanto ao conteúdo e até a textura de suas paredes internas. Conheça suas dimensões particulares, ou poeticamente citando, mergulhe nas suas lonjuras neste momento combinatório onde minha semântica inusitada tenta penetrar no seu subconsciente de forma fortuita. Não estou aqui para doutrinar, mas para convencer, e a sutileza que estruturalmente separa esses conceitos tem corpo subliminar, onde está contida a verdadeira percepção da realidade. O doutrinado apenas possui revestimento, o convencido encontrou a si mesmo, e essa é toda realidade que você precisa. Exitoso é o interior mental de quem conseguiu se mapear completamente e conhece todas as próprias circunstâncias e reconhece o mal, apenas de olhar de soslaio, e o evita como a banalidade de uma ocasião indevida do cotidiano que já não possui o poder de ferir.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citações.


Carl G. Jung, O homem e seus símbolos. Harper Collins Editora.


Murray Stein, Sincronizando tempo e eternidade. Editora Cultrix.



Este é o décimo texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.


Enfim pronto!



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