domingo, 29 de outubro de 2023

Euforia limiar.

 

                                                       Image by Angela from Pixabay.

Euforia limiar.



Então, assim estamos nessa fronteira esquizofrênica que precede o absurdo contemplando o eclodir do fim construído realmente para ser fatal. Na soleira do destino nos situamos a um passo da destruição ainda entre questionamentos a respeito de sexualidade, inclusão social, representatividade, enquanto as ogivas do fim do mundo são acariciadas com zelo e pertinácia nos seus confortáveis silos de armazenamento. A “virtude” psicodélica ocidental se prepara para bater de frente com o fundamentalismo do oriente, decadência versus proselitismo fanático e intolerante. Quem vencerá? Talvez ninguém, mas à custa da ação restará certamente um escárnio maldito pairando no sorriso malicioso do mal. Os profetas da oportunidade margeiam a incoerência inflamando multidões acéfalas e construídas com fanatismo para lançarem-se na luta por um nada, uma vez que ao morto apenas, e se possível restará uma cova rasa ou talvez nem isso, provavelmente servirá de pastagem para insetos e pássaros oportunistas. Não há gelosias neste limite para atenuar o calor da hora que se aproxima. O que restará no após não será exatamente o que nossos sonhos ou pesadelos possam descrever. Eu aqui um escriba irrelevante e circunstancial vou registrando debaixo do peso esmagador das ocorrências, os acontecimentos, para que se restar alguém apto para ler, saiba como o processo se desenvolveu. A simples existência de alguém no após se faz duvidosa, ainda mais quando a insanidade se torna perene e possessiva nas ocasiões que nos cercam nesse agora situado no momento desse tempo cruel. O que deu errado? Ora, da construção ideológica fraudulenta, ao descaso com a tradição e até a displicência com o amanhã, temos um caldeirão de obscenidades temperadas com absoluta insanidade para ser servido como o prato principal de uma geração que terá seus laços de sangue oferecido como sacrifício de uma progênese tardia e amaldiçoada pelos delitos de sua ancestralidade. De um lado temos os dessensibilizados por ideologia, um mundo sem empatia com os que raciocinam em outra frequência que não a dos doutrinados, onde apenas tem valor o que proporciona ganho político. Não importa qual tipo da aberração, se for enxergada como uma vantagem para a causa na qual estão inseridos, vale tudo. O alicerce da tragédia ocidental está neste ponto, a permissão que foi oferecida para que toda uma geração fosse sequestrada mentalmente por uma corrente de pensamento hostil com a qualidade. Deste ponto, foi potencializado todo tipo de demência e procedimento distorcido do amanhã. Abriram as portas para a promiscuidade vadia dos intelectuais de botequim e eles entregaram ao mundo essa parcela de circunstância deformada. Do lado oposto temos o fanatismo religioso associado com o esquerdismo oportunista. Vejam, o esquerdismo que dá poder a diversidade sexual no ocidente, apoia aqueles que exterminariam qualquer desvio nessa área. Contraditório? Não! Apenas puro oportunismo. Como nematoides que infestam um organismo essa gente pouco se preocupa com o destino do infestado, querem apenas se alimentar e se reproduzir para garantir a perpetuação de sua espécie. E para isso se adaptam ao ambiente podendo se colocar de qualquer lado do cenário. Essa mistura de alienação ideológica com fanatismo religioso avilta qualquer luta por direitos e liberdade, colocando seus adeptos no estremo descartável da realidade.


A falta de empatia socialista com o processo de fanatização religiosa cria o objeto humano ideal para uma tragédia colossal, onde milhões serão mortos sem entender direito o que acontece. E como sempre os inocentes pagarão o terrível preço por apenas existirem no lugar errado e na hora errada. Porque a fria alma de quem combate por intolerância recebe de volta o resultado dos seus atos obscenos, a lei universal do retorno não poupa ou tem piedade de ninguém. A eternidade representada no Ouroboros se cumprirá implacavelmente. Porque o criador, independente do formato que você dê a ele, sempre estará presente, pois o tempo e o espaço não lhe forma empecilho porque não há limite para o eterno e nem circunstância frívola para lhe opor resistência. E do seu ponto de observação apenas vê as consequências dos nossos erros. A ausência de luz está em nós, em alguns muito mais, em outro muito menos, aos que se entregaram aos devaneios das hipóteses obscuras da dramaticidade trágica do contexto, perecerão como desfecho da insanidade, obliterados da ocasião como qualquer encerramento terrível. Então, tenha sensibilidade para perceber a textura episódica da tribulação. Se o mau agouro se confirmar, a euforia do limiar representará o gorjeio triste de um tempo, onde foi possível viver irresponsavelmente sem pensar no amanhã, e isto explica tudo. Viver o momento como se não houvesse amanhã construiu esse agora. E a maioria ainda permanece assim, sem a mínima noção dos riscos inerentes, a vida prossegue sem aparentemente apresentar abalos de alerta. O cotidiano se cumpre de maneira frugal entre prazeres e sorrisos fortuitos, afinal, como crianças que quebram seu brinquedo, destruiremos o mundo que consideramos uma ocasionalidade exclusivamente de prazer. Ouvi isso tantas vezes, “nasci para ser feliz”, como se fosse um destino obrigatório, uma circunstância num parque de diversões. Nossas responsabilidades existem, queiramos ou não, podemos ignorá-las através do tempo, mas a ocasião fomentada a bom tempo frutificará, o que exatamente você plantou? Não adianta cobrir-me com vitupérios, o desacato dos néscios não passa de afronta esvaziada de sentido, na trama da realidade, não vai mudar a verdade. O agravo do destino se consuma na ação postergada pela falsa indulgência a si mesmo. Evidenciando a desordem de planejamento de um passado frívolo, de qualquer forma o resultado virá, harmônico como uma sinfonia ou conturbado como uma locomotiva impetuosa que passará por cima dos seus sonhos. Cada um com suas certezas, e entre definições exacerbadas de conteúdo oblíquo que jaz em um cadáver psicológico que ousou ter mais significância que um propósito. Se realmente existirá guerra, um conflito generalizado não sabemos, porém, a atmosfera de hostilidades presente no antagonismo fabricado, possui a densidade correta para a tragédia. Portanto, a monotonia ambiental precede a tempestade, que impele seu furor sobre os justos e injustos, a misericórdia não pertence como qualidade à natureza, ela é cruel. A excitação se forma no atrito entre as margens da continuidade semântica do momento, se os atores principais chegarem a conclusão que podem vencer, vencer com sobrevivência de qualidade no após, o risco aumenta. Mas se não estiverem dispostos a pagar para ver, e preferirem a dança de poder sem confronto, teremos novamente o equilíbrio da frequência.


Não sair gravemente ferido dessa ousadia não se trata de conjectura, mas de certeza. Quem estará disposto a uma vida de sobrevivência sem o poder e o status inicial provocará o evento, acenderá o pavio. E a partir dai salve-se quem puder, impérios consolidados ruirão, chefes de Estado consagrados morrerão ou estarão presos, não há hipótese, tenham as armas que tiverem, de saírem incólumes e faceiros desse evento. De forma peculiar, é essa incerteza que até agora nutriu o juízo nos líderes. Nada melhor do que a taxa de risco inerente para aumentar o preço da apólice, pois seguro morreu de velho, e toda cizânia carece de diálogo. Se for possível o equilíbrio se descarta qualquer altercação. O produto final dessa caldeirada infame decidirá por nós, se continuaremos a ser ou seríamos e seremos apenas mais um capítulo encerrado de uma possibilidade fracassada. O escriba encerra por aqui o registro esperando que exista um amanhã.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Este é o décimo primeiro texto fora do meu mais recente projeto. Vestígios do cotidiano, que brevemente estará disponível para aquisição. Conterá 61 crônicas, desta vez maiores e mais encorpadas do que as do Fragmentos do momento, portanto o livro terá mais páginas. Este fica para o próximo livro se Deus quiser.


Enfim pronto!



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