sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

A arte de perceber o óbvio.

 

                                                          Image by NickyPe from Pixabay.




A arte de perceber o óbvio.



Não deveríamos ter dificuldade nessa área mas essa nossa época cruel onde o entendimento e o discernimento coletivo se perdeu entre platitudes sistêmicas temos muita dificuldade de separar algumas coisas dentro da realidade que nos cerca. Talvez seja proveniente da ojeriza em aprender matemática, ela, aqueles cálculos supostamente inúteis ensinam o cérebro a trabalhar de forma lógica, e assim avaliar melhor o contexto da realidade. E no Brasil a grande maioria foge do cálculo. A área de humanas com sua textura aveludada atrai a maioria onde muita gente também fracassa porque sem saber fazer correspondências exatas não se torna possível organizar um bom raciocínio a respeito daquilo que se estuda. Parece sutil e realmente é. Nossos milhões de neurônios precisam de material organizacional dentro de sua operacionalidade clássica, se você não consegue fazer uma correspondência lógica entre situações, teu mundo será caótico. Eu sei, o desconforto da instalação do software matemática é bem desconfortável, mas esse desafio é imprescindível para a evolução mental. Eu digo desconfortável pela sua característica base, é exato. E a exatidão transporta uma monotonia peculiar na sua estrutura. Cabe a você vencer esse desafio para ter algo em si que o diferencie do lugar-comum hoje que é a imbecilidade. Nos meus tempos de colégio eu lidava com isso procurando novas metodologias de transmissão de conhecimento, encontrei uma coleção de matemática do Major João Batista Leandro; Matemática para você, com uma abordagem interessante a respeito do assunto. Porque o desafio sempre me estimulou e não gosto de ficar boiando a mercê da eventualidade. Bom, agora dentro dessa miséria intelectual que nos cerca, e com poucos recursos acadêmicos de qualidade, onde não é possível para a maioria fazer uma análise estatística mental de previsão de contexto futuro pois não sabemos matemática básica, é de se esperar que um governo alicerçado em gente assim não consiga se organizar economicamente nunca. Previsível, a cabeça dessa gente flutua entre suposições semelhantes a feitiçaria nessa área. E assim temos diversas deformidades de interpretação com o conceito de o que é exatamente ser conservador. Uma névoa de ignorância paira nesse conceito mas vou coloca para vocês novamente o que realmente é ser um conservador de fato. Em algum texto anterior já coloquei essa citação, a melhor definição de conservadorismo do Hans-Herman Hoppe: “Conservador refere-se a alguém que reconhece aquilo que é antigo e natural através do “ruído” das anomalias e dos acidentes; refere-se a alguém que defende, o apoia e ajuda a preservá-lo contra aquilo que é temporário e anômalo. No âmbito das ciências humanas – incluindo as ciências sociais -, o conservador reconhece as famílias ( pais, mães, filhos netos) e os lares familiares com base na propriedade privada e em cooperação com uma comunidade de outros lares familiares como unidades sociais mais fundamentais, mais naturais, mais essenciais, mais antigas e mais indispensáveis. Adicionalmente, a família (o lar familiar) também representa o modelo da ordem social em geral”. Aprenderam finalmente o que é ser conservador? Não há espaço para políticas desagregadoras nesse ambiente de estabilidade e de saúde mental. O óbvio tem de ser percebido para que se viva bem e com civilização realmente bem estruturada. Simples, fácil, mas os devaneios de cérebros deficientes, e olhem, nesse patamar coloco muita gente com formação acadêmica, que orgulhosamente ostenta títulos de graduação mas na verdade tem sérias deficiências de compreensão da realidade palpável, vivem numa alucinação coletiva alimentadas por surtos em grupo. Onde um delírio acadêmico alimenta o outro infinitamente. Nesses grupos de “iluminados” ser e pensar de forma deformada é um bom atributo conceitual de como ser especial dentro de absolutamente nada. O vazio se retroalimenta infinitamente nesse vácuo mental. Numa sociedade corrompida, se torna bastante lucrativo e bom para os negócios ser mais um imbecil. Afinal, terá reconhecimento entre seus pares. Nessa atmosfera corrompida e espessa em densidade de absurdos temos hoje o “conservador” de aluguel, aquele que faz acordos com um corruto assumido e reconhecido por vantagens políticas. Sim, nós temos! E nada pior do que um imbecil convencido que possui um propósito. Hipérboles semânticas são criadas diariamente para justificar o inaceitável. Já expliquei o que é conservadorismo de fato, vocês acham que um real conservador se misturaria com leitões na lama para obter migalhas politicas em comiseração ao seu estado miserável de situação politica? Pois é, é exatamente o que temos hoje, para sobreviver politicamente e garantir uma boquinha o segmento que perdeu na última eleição presidencial e resolveu partir para o vale tudo, aceita-se até aliança com quem te traiu no passado, afinal, mais um chifre ou outro não importa se a família estiver segura. E o povo? Ah, que isso! Essa gente existe para isso mesmo, ser enganada, eles gostam, e ainda admiram e cultuam o trapaceiro. Aqui uma elite recolocou no cargo de presidente um ex presidiário solto de forma controversa para terminar de liquidar o país, e o povo querendo seriedade política.



Vejam, o talento político é a persuasão sobre quem realmente produz, a arte do engano, da ilusão da trapaça, se você confia em políticos e suas promessas lamento, você não passa de um animal de curral. O poder de convencimento dessa gente te subjugou e o transformou em objeto pronto para uso em situações interessantes apenas para eles. E isso vale para qualquer político, de qualquer tendência ideológica. Se dizer conservador para obter vantagens pessoais e para sua família não faz de ninguém um ser especial e confiável. E serve para o momento a regra clássica do mérito: se fracassou anteriormente, demonstrou falta de capacidade intelectual para lidar com o que deseja novamente. Exatamente por qual motivo apostaríamos num derrotado? E que vive de lamentos e choro hoje? Onde está o comportamento impositivo para criar um retorno? Qual planejamento real e a proposta ousada de volta ao cenário? A derrota seleciona, exclui os incapazes de produzir alternativas para mudar a realidade, isso nos leva de volta ao assunto supracitado, se você é incapaz de produzir sua estatística interna aplicada ao cenário onde está, você não está apto para o comando. De novo temos o óbvio, apenas de discurso não se produz sustentação, no fim, as ações positivas é que constroem o bom alicerce do futuro. Palavras podem convencer, mas são as ações concretas que levam a vitória. Afinal, não estamos dentro de um delírio psicótico, mas sim em plena realidade, onde os atos produzem resultados conforme seu escopo de produção. Sim, ainda assim você pode prestar apoio a qualquer político, mas tenha em mente que em algum momento ele vai te enganar, e quando isso acontecer, como uma pessoa equilibrada, você larga esse traste pelo caminho. Criar apego religioso por político vai te desumanizar e assim estaremos no ponto conceitual de anomalia social por incapacidade de avaliação do que é real. Passa a ser culto, vira uma questão de fé, onde não há necessidade de evidência para o que se apresenta. Perceba o óbvio para não virar um coletivo sem identidade própria. Ame-se e proteja-se!



Gerson Ferreira Filho.



Citação:


Democracia, o Deus que falhou. Hans-Herman Hoppe. Mises Brasil Editora.



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