terça-feira, 19 de julho de 2022

A exata inflexibilidade.

 

                                              Imagem de Frauke Riether por Pixabay.



A exata inflexibilidade.



A política e os números costumam não ser muito harmoniosos, mas há de se ter cuidado com esses últimos. Eles, os números não flexionam por mágica ou vontade, eles mostram de maneira implacável o resultado da displicência e da falta de cuidado geralmente presente na política. Até para nós, na economia doméstica aquela coisa simples do cotidiano, onde gerenciamos nossas contas, nossos gastos, despesas e quando possível, se for possível uma poupança qualquer. Rolamos dívidas, trabalhamos com cartões de crédito com data de vencimento o mais distantes entre elas para aproveitar a lacuna de maior prazo, reduzimos o consumo interno, abrindo mão de alguns prazeres para acumular recursos visando o equilíbrio das contas. Todas essas margens, embora referenciadas em valores diferentes, são iguais para a família e o governo.


Não precisamos fazer um balanço patrimonial, um demonstrativo de resultados ou relatório de fluxo de caixa, ou controlar o ativo circulante conhecido como capital de giro, mas o governo precisa, alguém tem de fazer e tem de ser muito bom nisso. O capital de giro que explicando de forma bem simples significa subtrair o ativo circulante do passivo circulante é um ponto crucial na operacionalidade do conjunto. Aqui entenda conjunto como governo, ativo e passivo aqui meus amigos não tem nada relacionado ao desejo sexual mas sim com equilíbrio de contas. O passivo se relaciona com dívidas como: aluguel, contas a pagar, pagamento devido aos tantos fornecedores, folha de pagamento de funcionários. E o ativo: contas a receber, aplicações financeiras, valores positivos em contas bancárias


Bom amigos, o governo está momentaneamente fazendo coisas que espero esteja levando esse singelo controle exposto de forma muito simplificada aqui a sério, porque está eliminando receita, diminuindo impostos – não que não tenhamos margem para redução – nossa carga tributária é imoral. Mas quando se reduz significativamente a arrecadação e logo a seguir abre-se a torneira dos benefícios pagos pelo governo devemos nos preocupar com seriedade. O Brasil tem uma arrecadação de impostos gigantesca, mas também tem uma folha de pagamento enorme. Políticos, juízes, funcionários públicos de forma geral, e ainda tem de ter dinheiro para aposentadorias, sistema de saúde, obras de infraestrutura, e nada disso sai barato. É sempre bom lembrar para os que ainda não entenderam: o governo não tem dinheiro, o dinheiro do governo vem do seu salário cidadão. Do produto que você compra no supermercado, do carro que você compra, do combustível que você usa.


E até da água que você bebe. É até difícil encontrar algo que não receba tributação. Este é o dinheiro do governo, todos pagam do mais pobre ao mais rico. Uns escapam repassando esse valor para produtos mas o consumidor final morre com ele no bolso. O dinheiro do governo é o nosso dinheiro arrecadado das mais diversas formas. O salário do político e dos juízes é pago por todos nós, eles não se importam em possuir remunerações estratosféricas, não são eles que pagam. Na verdade recebem valores que amortizam o efeito da carga tributaria que claro, incide em cima deles também. A questão aqui primordial gira em torno da irresponsabilidade com os números hoje, a matemática financeira não se comove com política, ela tem a exata inflexibilidade dos números. A benesse de hoje com o dinheiro público será motivo de desespero amanhã. A não ser que nesse mundo muito louco criaram uma matemática de gênero onde os desejos particulares de alguns flexionem os resultados criando recursos do vento ou que ondulem conforme o oceano. Me lembro de algo que minha mãe dizia: “dia de muito, véspera do nada”.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992.


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