quinta-feira, 7 de julho de 2022

Ensaio conceitual de um tempo.

 

                                                          Imagem de ELG21 por Pixabay.



Ensaio conceitual de um tempo.



Entender esta nostalgia encharcada de esperança poderia entorpecer e faria do destino um abismo quando na verdade tudo que o desejo ordenava era reviver uma recordação de forma material. Se assim fosse a profundidade da escuridão submissa a algum devaneio que pudesse lhe entregar uma opção para não se apegar tanto ao teor sublime que possa apresentar o tecido da realidade escondida se o pressuposto se ocultar no plissado da intenção quando o sarcasmo da hora tomar a dianteira da narrativa. Não! Não tenha a certeza do possuir o controle e a consistência desejada e reconfortante, ao contrário pode dissimuladamente por acaso ter a característica pegajosa de uma teia. Onde os desesperados se atiram e não podem mais sair. Os conselhos apressados do pior momento não representam um compromisso com a exatidão. O ressentimento não ajuda mesmo que tenha por base algo muito real, a ingratidão, essa coisa que acontece e permanece, como um corrosivo da alma.


Há necessidade de progresso, de fluir para o futuro, abandonar todo resíduo inconveniente de relações, que não se submete mais aos caprichos do tempo porque vivem hoje no museu das lembranças. As artimanhas da estrutura semântica dessa construção intelectual que lhe envolve não pode ser apenas um fim mas apenas um ensaio de um principiante que procura estruturar e compreender a jornada. Entenda a impessoalidade da realidade, ela se impõe e atropela sonhos e desejos, seja gentil com ela, seja adaptável e se ajuste conforme o fluxo inevitável da vida e encontre seu espaço coerente com as regras. Até porque estamos em tempos de gente que apesar de ocupar posições relevantes, de possuir supostamente preparo intelectual e acadêmico para decidir o futuro, teve sua formação comprometida nos bancos escolares por perfídia utópica e insanidades ideológicas que contrariam toda e qualquer regra de vida de uma sociedade civilizada.


Essa saudade impertinente de tempos sem insanidade e amarrados na lógica comportamental da civilização que hoje vemos em processo de destruição foi perdida por descuido, por estarmos embriagados em sucesso, liberdade e prosperidade. Hoje, infelizmente estamos no período onde o iluminismo de botequim substituiu a racionalidade crítica dos tempos onde era realmente vanguarda e não bazófia de um sofomaníaco no exercício de um poder roto e desfigurado. Vivemos no mundo controlado agora por uma geração que foi nutrida e amamentada por mais de quarenta e tantos anos com o “leite” de Karl Marx, nos colégios e universidades, e este povo não reconhece respeito a opinião alheia e acredita que a lei pode ser flexibilizada conforme o desejo de momento. Alguns ficaram extremamente ricos e resolveram dominar o mundo passando por cima até de governos com complacência das autoridades que rezam pela mesma cartilha progressista, essa infâmia comportamental.


Uma vez de posse de tanto dinheiro e com o sucesso consolidado, estes “iluminados” transformaram o mundo em um tabuleiro, onde se joga o destino de todos de forma irresponsável e como crianças mimadas jogando um prosaico jogo de estratégia modificam o destino de todos. Simplesmente porque eles podem. E quem poderia com a força da lei impedir, hoje faz parte da “brincadeira” e assim está neutralizado em demência ideológica aguda. Somos governados por líderes sem transcendência sem metafísica que idolatram a si mesmos e tendem a se transformar em um moedor de carne. O estar além do mundo material é o que nos difere das bestas. Os irracionais não filosofam e muito menos raciocinam. Vivem apenas por supostos prazeres do cotidiano ao saciar seus instintos e necessidades vitais.


Então, como recurso psicanalítico apenas sublimamos como último recurso de defesa para amenizar aquela nostalgia já citada que causa dor quando em confronto com a realidade. Pois ao sobrenadar a insanidade não devemos nos permitir perder a guia do entretanto porque o todavia pode engolir você na margem do absurdo. Porque ao sobrenadar rotineiramente a loucura este princípio se consolidará de tal forma na sua realidade que será impossível distinguir-se de tudo. Sua individualidade, aquilo que realmente você é, terá desaparecido irremediavelmente no delírio coletivo e você será apenas objeto, um conteúdo de um todo vil e degradante, um objeto sem humanidade limitado por suas circunstâncias ocasionais e preferências programadas pelo coletivo. Temos o nosso tempo, portanto, mantenha seu olhar firme, mesmo contra essas artimanhas desse conflito de interesses, mantenha uma altivez mordaz ao alimentar o recato numa convicção absoluta do quem verdadeiramente você é, mesmo naquele momento onde não exista mais distinção de quem ou o quê. E lembre-se sempre: o socialismo é uma fraude intelectual de muito sucesso e o politicamente correto cria dessa bestialidade não passa de censura comportamental para poupar a sensibilidade de gente mal resolvida em luta com seus próprios fantasmas.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992.


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