sexta-feira, 22 de julho de 2022

Limiar.

 

                                                Imagem de Alexas fotos por Pixabay.




Limiar.



O que exatamente poderia nos dias exóticos da atualidade ser consentido chamar de insanidade? Um unicórnio rosa sobrevoando a cidade ou um grupo entediado com tanto dinheiro que resolveu brincar com o mundo, eliminando peças do tabuleiro como se fossem coisas e não vidas humanas? A imponderável flutuabilidade de uma razão quimérica se perdeu nas brumas da loucura explicita encorpada por doutrinação de massa que ao se alojar no subconsciente coletivo corroeu o atributo do equilíbrio civilizacional.


Trafegamos agora em vias oblíquas e com a configuração de um labirinto, sem saber exatamente qual serão as regras existenciais permitidas após a próxima curva, ou se ainda estaremos aqui com uma permissão padronizada de existência concedida, um favor, uma esmola permitida pelos “deuses” dos novos tempos. O questionamento válido no momento é: vale a pena existir sem desejos próprios? Sem autonomia? Sem liberdade? Possuindo uma “vida” regrada por diretrizes estabelecidas por terceiros, estes que nem sequer sabem dos seus anseios?


Nisso o mundo se transformará em breve. Por que? Porque a maioria está fornecendo espaço para que insanos associados a interesseiros e desonestos consigam manobrar e aumentar a amplitude de seus planos pessoais, onde não há lugar para a maioria. A sociedade só chegou até aqui por causa da intensa diversidade humana e com essa ferramenta poderosa de múltiplas faces construiu o conhecimento e a prosperidade, ainda que mal distribuída. O mundo pasteurizado e seleto que está por vir não possuirá a variação intelectual que possibilita o progresso dentro da multiplicidade de escolhas e oportunidades. Suicídio coletivo de uma espécie?


Na superfície parda dos meus devaneios reside a certeza que o amor prevalecerá, mesmo contra essa sólida loucura contemporânea que me fustiga no limiar da vida. O último capítulo não pode se resumir a uma tragédia patrocinada por insanos produzidos em escala industrial, encharcados com sua débil moral padronizada, o lugar-comum da demência coletiva que abraça nosso cotidiano. Em algum lugar um pouco de vergonha na cara deve ter restado em quem possui o poder de reverter estes termos sombrios. Porque acreditar que mesmo em posição relativamente privilegiada estarão a salvo do que está por vir, hoje, equivale a fazer um testamento para ninguém, pois os seus irão contigo para o esquecimento. Os vencedores escrevem a história, e se não existir história que nos escombros fique a marca da luta.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20-91992.


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