terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Paralaxe.

 


                                        Imagem de Nicky ❤️🌿🐞🌿❤️ por Pixabay 




Paralaxe.



Um devaneio efervescente fustiga minha razão. Repentinamente tudo passou a ser pesadelo neste nível de realidade, toda civilidade e preocupação com a vida humana subitamente deixou de existir e todos nós viramos objetos, coisas que necessitam de manipulação e controle. E ainda assim um grande contingente se enxerga bem nessa paisagem distorcida, vive e se comporta como se nada tivesse mudado ou estivesse em mudança. Arrebanhados psicologicamente se guardam em nichos específicos de interesse e aguardam o berrante do seu dono convocar para próxima atitude. A incapacitação para entender o risco paira suavemente nessa atmosfera dócil do curral, não há percepção alguma a respeito do que vai acontecer, e mesmo aqueles que deveriam ter a capacidade de resposta, se comportam aparentemente sem objetivo. Aqueles velhos valores, de ir e vir, de poder ter a própria opinião, a individualidade resguardada por lei, a segurança garantida pelo Estado, que deveria ser assim guardião da estabilidade social utilizando um conjunto de leis elaboradas por representantes populares eleitos para esse fim se perdeu. Assim como dicionários e legislações, até os conhecidos livros sagrados utilizados por séculos como parâmetro comportamental passam por edição arbitrária por elementos que nem conseguem se definir quanto a sua sexualidade e alcançar um termo final nessa questão. Os que não se resolvem, resolveram resolver o que consideram no imaginário deles distorções comportamentais.


Neste final de 2022, um ano peculiar, onde supostamente a população escolheu para liderar seu país uma turma que em matéria de antecedentes causaria rubor na face de presidiários, se oculta e subjaz um deslize de comportamento fatal, a passividade. Aqueles que podem, não querem, aqueles que querem não podem e assim, prisioneiros da indecisão todos nós caminhamos para dias extremamente difíceis para todos. Para os que enxergam e para os que não enxergam. Hoje vi um questionamento nas redes sociais: como pode uma população resolver destruir o seu próprio pais? Simples, a aplicação de dois entendimentos. O primeiro está em acreditar que está tudo bem, e no final a coisa se ajeita como sempre se ajeitou, em segundo estão os que se vendem e propositalmente trabalham contra a própria terra onde nasceram ao se subordinar a interesses externos. Essa segunda camada sabe o que está fazendo e provavelmente lucra com isso. São pessoas que se subordinaram a uma nova governança que certamente por ser global não enxerga o interesse e a necessidade do bairro, da cidade e do país. Toda compartimentação por interesse local foi eliminada, o objetivo é o todo, e sendo assim as minúcias particulares de uma infinidade de comunidades e seus cidadãos não possuem relevância no novo contexto. Eu gosto muito de comparar o que acontece a uma linha de produção industrial, e realmente é o que se tenta implementar, de humanos a produtos controlados, padronizados e armazenados conforme interesses específicos de utilização e consumo.


O curioso e até pueril é que muitos dos que hoje trabalham por esse sistema, que se entregam de corpo e alma para mudar o mundo, tornar o mundo “melhor”, farão parte do estoque de produtos no armazém humano que se projeta. Como crianças eles manipulam a própria desgraça e sorriem como se estivesse tudo bem, sem riscos e o futuro garantido em algum nirvana imaginário. Iremos então, entrar o ano de 2023 com uma equipe não de construção e manutenção, mas com uma equipe de demolição de país. Basta analisar friamente o currículo e as referências de todos eles, os escolhidos para a missão. Além da completa ausência de responsabilidade ainda existe a completa intoxicação ideológica de esquerda. Não existe a mínima possibilidade de dar certo. E não pode ser acidental, o propósito é este mesmo, dar errado. Quanto mais errado, para eles, melhor. No fim teremos um país fragilizado, pronto para ser entregue aos interessados, os poderosos do mundo hoje, um país com a economia arruinada, com um povo quebrantado ao extremo, incapaz de oferecer qualquer resistência e aceitando qualquer migalha que eventualmente caia da mesa da elite. É bom deixar isso registrado, pois isto de alguma forma pode sobreviver no futuro em algum lugar para consulta. O desastre foi desejado, não foi uma ocasião fortuita. Parafraseando Ortega y Gasset como foi feito em um filme famoso na boca de um pirata: “é preciso se perder para encontrar o que não se acha”. Não nos encontramos porque ainda não nos consideramos perdidos, se algum dia assim nos considerarmos talvez tenhamos uma chance de escapar dessa tragédia política que se delineia como futura catástrofe. A posse de si mesmo é o advento da liberdade. Nada há na vida de curral que se avizinha, nem a vida assim tem valor, e quem pode ainda resistir que resista, na ação, na comunicação, na descrição do evento, no registro do tempo, que tudo abriga no seu espaçoso abraço fazendo de todos nós filhos da ocasião. De alguma forma devemos, necessitamos deixar o registro do momento, de todos estes eventos que construirão o futuro, e se houve alguma luta para impedir o pior. Até porque aos derrotados em luta resta a honra de ter feito tudo o que foi possível. Intelectualmente ainda é possível lutar, preserve valores, utilize as melhores regras da civilização, não se entregue passivamente a reforma cultural descabida e alienante. Seja um diferencial no deserto. E assim talvez exista alguma possibilidade da verdadeira civilização sobreviver. Porque apesar de tudo, e até por esse desvio cognitivo infame que se semeia oficialmente o colapso dessa estrutura é garantido. A natureza necessita de diversidade, e nós, todos nós, eles inclusive, pertencemos a ela.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992. CRA – RJ.



Livros em formato E-Book👇


Atualidades e análise de politicas de controle de massas.

https://www.amazon.com.br/Cr%C3%B4nica-B%C3%A1sica-do-%C3%A2mago-Subjetivo-ebook/dp/B08CS7L53N




Novela ambientada no centro do Rio de Janeiro nos anos 70 estruturada de forma bem simples para dar representatividade a uma região, uma comunidade e seus moradores. Incluso contos Contextos da usura do Norte Fluminense.

https://www.amazon.com.br/Nacos-Morma%C3%A7o-Gerson-Silva-Filho-ebook/dp/B087ND2F17


Ou em formato tradicional, o livro de papel na Editora Delicatta Ou no portal da livraria Loyola👇


https://www.livrarialoyola.com.br/produto/nacos-de-mormaco-565832

https://editoradelicatta.com.br/





Nenhum comentário:

Postar um comentário