sexta-feira, 21 de abril de 2023

A caverna mental.

 

                                              Imagem de Stefan Keller por Pixabay.


A caverna mental.




Bom amigos, neste bate papo informal, tipo algo característico de mesa de boteco de periferia. Aquelas conversas em companhia de torresmos e cerveja gelada que povoam nosso imaginário, mesmo que este tempo tenha passado e ninguém mais ouse ficar sentado numa calçada de esquina sem ser vítima de algum zumbi produzido por sócio construtivismo progressista alienante, ainda temos como lembrança um carinho fortuito da brisa fresca em tardes escaldantes dessa região tropical que geralmente nos cozinha em fogo brando. A sociedade regrediu, se animalizou, perdeu conteúdo intelectual em larga escala, e nada no horizonte indica que conseguirá reverter essa tendência, trata-se de evidente fim de ciclo existencial. O fim de uma civilização, que esgotou seu potencial estipulado e passou a viver um lento e persistente colapso mental. E não será o instigante acompanhamento de tremoços e ovos rosa que aplacará o desconforto com essa etapa mal enjambrada do perímetro elástico que nos circunda em substância infame. Porém, dentro de tudo isso, e com a tranquilidade ocasional de uma psicose, vamos nessa conversa supostamente informal, formalizando em nosso espírito a estrutura real do cotidiano ousado que nos instiga e assim nos impele ao cerne da análise dos fatos. Atendente! Me veja uma daquelas linguiças bem gordurosas e mais uma cerveja bem gelada por favor, antes de iniciar a abordagem, proteína será necessária no processamento exato desses eventos. Bom, introduzindo-me no tema, outro dia citei entre amigos na rede social que existem eventos que possuem a capacidade de funcionar com o um teste de QI/QE por si só, ao analisarmos as respostas e interpretação dos fato ocorridos. O que me seduz neste plano – rede social – é justamente isso, a possibilidade de acompanhar o desempenho cognitivo da coletividade, embora saibamos que a área não represente a totalidade da população. Muita gente não está on-line. E portanto a coisa funcione apenas como uma amostra um tanto composta de desvios e inconsistências de método. Entretanto, é possível estabelecer um roteiro com alguma consistência metodológica desse acompanhamento. Me desculpem, mas o cacoete profissional de gerenciar pessoas e procurar entender suas potencialidades e limites específicos entranhou na minha alma depois de tantos anos, e tenho olhos analíticos treinados para sempre procurar entender o outro. A idade não foi capaz, ainda, de me tirar isso. Então, aprofundando o tema, essa fatia social, onde muitos possuem um relativo preparo acadêmico, técnico e vivencial, ainda assim é possível perceber fragilidades interpretativas, acompanhadas muitas vezes de um viés invejoso quanto ao acontecido. O ser humano invariavelmente não absorve muito bem o sucesso alheio, ele incomoda, alguns trabalham isso muito bem, mas outros se deixam dominar pela ignominia.



À escusa flutua na superfície do tema como folha morta no perfil plácido de um lago de ressentimentos. É assim, se encontrar superado pelo próximo sempre gerou desconforto, um clima de derrota pessoal, e sendo assim nos desculpamos internamente para prosseguir com algum glamour que nos forneça uma simpatia elegante com nosso fracasso. E tudo isso, essa efervescência de sentimentos não significa inferioridade, apenas indique, talvez, falta de atenção, de foco, de poder de análise. Assim temos uma operação fantástica de desenvolvimento tecnológico, que reunindo o melhor do melhor da inteligência humana, consegue impulsionar a maior carga em questão de tonelagem para o espaço próximo, conforme citou um amigo de ambiente virtual: os portugueses da Escola de Sagres devem ter fracassado algumas vezes, para conseguir fazer de Portugal, o dono dos mares e oceanos. A evolução humana caminha com tropeços, correções e avanços consolidados no aprendizado cotidiano. Lições aprendidas, já trabalhei com esse escopo, e garanto, é um sucesso. Voltando ao problema coeficiente de inteligência, o Dr Daniel Goleman citou: “o cérebro emocional desempenha uma função na arquitetura neural”. E prossegue: "existiu um cérebro emocional muito antes do surgimento do cérebro racional”. E se não for possível gerir a emoção, não se obtém qualidade na interação com o exterior e toda sua complexidade estrutural que normalmente se torna desafiadora para quem, apesar de inteligente não possui um campo emocional equilibrado e ativo dentro de si. A maioria dos equívocos e pré-conceitos afoitos presentes na textura da realidade comportamental são produzidos por gente fragilizada neste campo da emoção mal gerenciada e enfraquecida num oceano de capacidade intelectual que funciona como um motor sem lubrificação. Voltando ao Dr Goleman: “O tipo de alto QI puro (isto é, onde não é considerada a inteligência emocional) é quase uma caricatura do intelectual, capaz no domínio da mente mas inepto no mundo pessoal”. E sendo assim, pessoas supostamente inteligentes cometem gafes arrebatadoras, muitas vezes propelidas por tradicional inveja, o sucesso incomoda, como já abordei acima, e a falta da emoção no julgamento cria a propositura fria dos dados brutos, sem a análise contemplativa de todo o ocorrido, para entender antes de opinar, o que inacreditavelmente dá um aspecto de falta de controle emocional. A evidência se materializa no corpo da sentença proferida, quando e quanto a falta da análise emocional.



Ah, mas explodiu! Interprete, use seu coeficiente emocional e decomponha as ações como elas devem ser. Saiu da plataforma de lançamento, o maior foguete transportando a maior nave espacial da história humana, durante o curto voo, centenas de sensores de diversos fins devem ter fornecido para a engenharia milhares de dados para análise, que serão utilizados para correção e aperfeiçoamento tecnológico, garantindo mais um passo rumo ao excelente. E este excelente nos permitirá num futuro próximo sair desse pálido ponto azul como definiu Karl Sagan. Permitirá que não estejamos mais vulneráveis a acontecimentos inesperados como o que vitimou os dinossauros e tantas outras espécies no passado. Temos um diferencial definidor de destino, o raciocínio, embora sempre nublado por ignorância e má-fé de muitos, se sobrevivermos aos idiotas que adquiriram poder, poderemos ter um futuro magnífico. O fato histórico está criado, mesmo enxovalhado e depreciado por parte dessa supostamente qualificada camada da sociedade, que se entrega ao desconfortável despeito invejoso, de não poder suportar o sucesso de alguém que nitidamente é superior intelectual a tribo progressista do pensamento único. Mas está na essência da estrutura base do socialismo, potencializar com agrupamento a incapacidade, dentro do efeito cardume, os frágeis mentalmente se sentem fortalecidos e ousam desafiar e dominar os mais capazes. Mudando assim o aspecto do mundo para o perfil limitado e improdutivo de suas teorias aleijadas. Claro, poderosas mentes, ou nem tanto assim se aproveitam dessa insanidade com matéria prima de um novo mundo. Reduzidos e limitados dentro de sua estrutura de pensamento sem criatividade, voltados unicamente ao coletivo, vivem e desejam se manter como uma grande colônia, um formigueiro humano descerebrado, obedecendo instintos limítrofes ao nada, onde se encontram apenas palavras de ordem, um comando básico para existir. Sem emoção, é claro. Somente cérebros altamente complexos são capazes desse refinamento qualitativo que nos diferencia do restante da criação. O efeito caverna mental está muito presente no nosso cotidiano, onde na luz trêmula de fogueiras, ainda hoje muitos vivem catando e comendo os piolhos um dos outros. Este estilo de vida foi gigantescamente incentivado, ao se eliminar qualquer boa prática de ensino nas nossas escolas e universidades, hoje, nossos jovens são preparados em maioria, para serem trogloditas sentimentais e emasculados. Será interessante essa caverna, ninguém terá estrutura mental para sair ousadamente dela para caçar. Atendente! Por favor, mais uma cerveja e torresmos.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.



Citação: Inteligência emocional. Do Dr Daniel Goleman. Editora Objetiva 2012.



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