domingo, 30 de abril de 2023

O subterfúgio oblíquo.


                                              Imagem de Jeff Jacobs por Pixabay.


 O subterfúgio oblíquo.


Neste ocaso de ilações semânticas onde o futuro se decompõe sem disfarces óbvios, na insanidade aplicada com toda a tenacidade dos loucos e degenerados, não me resta mais nada a fazer do que escrever nessa margem do último suspiro de uma fragrância tênue de liberdade, que se esvai ao vento de um turbilhão inclemente de degenerações. Pois onde se aloja a infâmia todo existir se torna um sortilégio, que vaga nas lacunas das oportunidades possíveis de um termo. Onde se possível, como unidade léxica arremate meu desejo por exatidão. E se a indignidade se aloja nos pormenores da realidade o que fazer? A não ser sentenciar a ocasião ao abalo da crítica, e se nem isso for mais possível? Como almejar um lamento onde não há intervalo entre as ocasiões? Pois se fará necessário se encontrar brechas no absoluto e fraturas na estrutura por onde o desejo possa fluir furtivamente. Neste ardil eventual fruto de uma ocasionalidade banal então, nos refugiaremos da demência oficializada, estabelecida por escravos da incoerência alienante de propostas abjetas. Habitaremos a profundidade filosófica da metafísica, não por opção, mas como recurso último de opções escassas nesse portfólio de oportunidades. Para que permaneçamos sãos, há de se preservar as derradeiras sensações de humanidade coerente que assim possamos ainda possuir, onde uma paixão surgia espontaneamente de um sorriso fortuito ou de um olhar indefinido no oblíquo termo da sensação. Uma coisa pura, sem tamanho específico e que mesmo assim ocupa tudo que possa estar dentro do limite de abrangência. Aquele detalhe sutil onde tudo instantaneamente cabe no universo de um beijo. Nadaremos no infinito da introspecção forçada, para sobreviver com integridade a todo assédio da loucura, para assim sustentarmos o que vai restar de coerência nesse mundo em colapso moral.


E se for preciso vagar numa sublimação plástica de ações circunstanciais não nos oporemos a todo bom trajeto que surgir nessa margem restrita pois será por sobrevivência e sanidade psicológica, fora da inundação de pretextos perversos que a ocasião possa sugerir. Seremos notas de uma sinfonia rebelde a flutuar no espaço vazio de mentes incoerentes, para fustigar a insanidade com o ruído do que um dia foi a realidade. Uma lembrança invasiva que não aceita cabresto, não delimita espaços e morde a incoerência com fúria, trazendo o desconforto nas sanções estabelecidas pela força. O fundo musical invasivo da verdade que lá da profundidade abissal inatingível da certeza vem trazer o alerta para que se reestabeleça a coerência na realidade corrompida. A paz não é atributo da loucura, mas sim toda e qualquer aflição. E sendo assim, banidos de um universo equilibrado, devemos pretender viver na tormenta lúdica de um pesadelo para todo e qualquer alienado enquanto existir espaço e frestas para infiltração. A canção deve prosseguir, mesmo para todo e qualquer sequelado ideológico que se sinta perturbado pela lógica. Nos transformamos em revolucionários, em rebeldia pura porém tardia, contudo, ainda assim oportuna na cabeça dos degenerados que babam e espumam por um controle que jamais terão. A totalização dos esforços para a implementação da vulgarização humana que apenas pensa de uma forma não terá vida fácil. Facilidades e fragilidades existirão nesse contexto, e a nossa sorte está na deficiência intelectual deles. Os grandes pensadores do totalitarismo hoje apenas existem em livros, e não existirá dinamismo e flexibilidade na construção de uma estrutura final consistente. Não se enganem, haverá uma brutal resistência, mas a pertinácia dos obstinados há de fraturar o domínio perverso. Tergiversar a infâmia, chamá-la para dançar num jogo sedutor bordejando suas claras e básicas deficiências cognitivas e assim penetrar fundo no âmago de suas crenças vazias, carentes de uma boa ilusão, o próprio entorpecente intelectual onde se viciaram na plenitude do discurso vazio da ideologia. Comprem consciências com o material obtido dentro da própria filosofia alheia, use como uma vacina, que biologicamente utiliza um vírus fracionado para derrotar a doença. Pois, eles são a doença, que se alastra com o incentivo de poderosos líderes. Não há lugar aqui apenas para virtudes, se quiser derrotar o infame, não será com lealdade e correção que o êxito acontecerá.


Nada que seja preciso se sujar no lamaçal, mas todo e qualquer sortilégio enganador e carregado de ilusionismo deverá ser empregado, devolvendo a eles a perfídia característica de seu comportamento. Não há problema ético em enganar o erro com um subterfúgio oblíquo. Lembrem-se, eles chegaram até aqui implementando gradativamente a maior fraude intelectual da história humana, e em nenhum momento tiveram escrúpulos para rever seu método. E hoje temos um projeto final de destruição da humanidade em fase de conclusão. Se a canção não é boa, ainda assim dance, seduza e iluda. Nos prolegômenos da existência não diz que o manso e o inocente vai vencer. Isto está no campo da fé, e se apenas isso nos restar recomento então, orações pois, apenas isto restará para em hipótese afastar-nos do precipício. Entretanto, O justo vive da fé diz Paulo mas também temos Tiago que diz: “Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma”. “Crês que há um só Deus? Fazes bem. Também os demônios creem e tremem”. Junte a fé com a ação e vença irreversivelmente. Porque um combatente imbuído, impregnado da fé e da determinação rompe com sua ação como uma aurora implacável causando terror na escuridão.



Gerson Ferreira Filho.

ADM 20 – 91992 CRA – RJ.


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